sábado, 19 de novembro de 2011

Amanhã postarei a 2° parte.
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LHC revela indícios de uma nova física

 O LHCb é um experimento particularmente adequado para examinar o que é chamado de "violação de carga-paridade".

Nova física
Cientistas do LHC (Large Hadron Collider) apresentaram nesta segunda-feira o que pode ser o primeiro indício de uma "nova física" - fenômenos além da nossa compreensão atual do Universo, o que exigirá a elaboração de novas teorias da física.
Partículas chamadas mésons-D parecem decair de uma forma ligeiramente diferente de suas antipartículas, segundo relatou o físico Matthew Charles, do experimento LHCb, um dos grandes detectores do LHC.
O resultado pode ajudar a explicar porque vemos muito mais matéria do que antimatéria no Universo.
A equipe salienta que uma análise mais aprofundada será necessária para sustentar o resultado - os dados para isso já foram em grande parte coletados, mas ainda não deu tempo para analisá-los.
No momento, eles estão reivindicando uma certeza estatística de "3,5 sigmas" - sugerindo que há uma chance menor do que 0,05% de que o resultado que eles observaram deve-se ao acaso. É necessário chegar a 5 sigmas para que o resultado seja aceito como uma descoberta.
Violação de carga-paridade
O LHCb é um experimento particularmente adequado para examinar o que é chamado de "violação de carga-paridade" - pequenas diferenças de comportamento se uma dada partícula é trocada por sua equivalente de antimatéria (mudando sua carga) e girada em torno de um dos seus eixos (mudando sua paridade).
Nossa melhor compreensão da física até agora, o chamado Modelo Padrão, sugere que as complicadas cascatas de decaimento dos mésons-D em outras partículas deve ser quase a mesma - com uma variação menor do que 0,1% - apresentada por uma cadeia similar de decaimento de antimatéria.
Mas a equipe do LHCb encontrou uma diferença de cerca de 0,8% - uma diferença significativa que, se for verdade, poderá anunciar a primeira "nova física" encontrada no LHC.
Identificar tal diferença no comportamento das partículas de matéria e antimatéria também pode finalmente ajudar a explicar porque o nosso Universo é esmagadoramente feito de matéria.
"Certamente este tipo de efeito, uma nova fonte de violação de CP, pode ser uma manifestação da física que estabelece a assimetria matéria-antimatéria," explicou o Dr. Matthew Charles, que apresentou os resultados.
No entanto, ele salientou que existem "muitos passos na cadeia" entre confirmar o resultado experimental e resolver a teoria para acomodá-lo.
"Este resultado é uma dica de algo interessante, e, se ele se confirmar, isso significará que, no mínimo, a nossa atual compreensão teórica precisa melhorar," afirmou. "É exatamente o tipo de coisa para a qual o LHC foi construído."
Sobre outras expectativas com relação às pesquisas do LHC, veja as reportagens:
Os sigmas de uma descoberta em física
A física das partículas tem uma definição para uma "descoberta": um nível de certeza de cinco sigmas.
O número de desvios-padrão, ou sigmas, é uma medida de quão improvável é que um resultado experimental deva-se simplesmente ao acaso, em vez de um efeito real.
O nível três sigmas representa a mesma probabilidade de jogar uma moeda e obter oito caras ou oito coroas em sequência.
Cinco sigmas, por outro lado, corresponderia a lançar a moeda mais de 20 vezes e obter sempre o mesmo resultado.
É altamente improvável que um resultado de cinco sigmas aconteça por acaso, e, assim, um resultado experimental cinco sigma torna-se uma descoberta aceita pela comunidade científica.
Luz é gerada pelo vácuo



Os fótons virtuais que pululam do vácuo quântico são capturados em duplas por um "espelho" que vibra a uma velocidade próxima à velocidade da luz.[Imagem: Philip Krantz/Chalmers]
 
Luz do vácuo
Cientistas conseguiram transformar escuridão em luz: eles produziram luz a partir do vácuo.
A realização do experimento, previsto há mais de 40 anos, coube a Christopher Wilson e seus colegas da Universidade Chalmers, na Suécia.
O grupo conseguiu capturar fótons que pululam do vácuo quântico, aparecendo e desaparecendo continuamente.
Vácuo não é vazio
O experimento é baseado em um dos mais estranhos, mas mais importantes, princípios da mecânica quântica: o princípio de que o vácuo pode ser tudo, menos um vazio "repleto de nada".
Na verdade, o vácuo está repleto de partículas que estão flutuando continuamente entre a existência e a inexistência: elas surgem do nada - ou melhor, do vácuo quântico - têm uma vida efêmera e desaparecem novamente.
Seu tempo de vida é tão curto que esses fótons são mais comumente conhecidos como partículas virtuais.
O que os pesquisadores fizeram foi pescar alguns desses fótons e dar-lhes a eternidade em termos quânticos, ou seja, transformá-los em fótons reais, luz que pode ser detectada por um sensor e medida.
Simulando um espelho
Para capturar os fótons virtuais, os pesquisadores simularam um espelho movendo-se a uma fração significativa da velocidade da luz. O fenômeno, conhecido como efeito de Casimir dinâmico, foi observado experimentalmente pela primeira vez.
"Como não é possível fazer um espelho mover-se rápido o suficiente, nós desenvolvemos outra técnica para obter o mesmo efeito," explica o professor Per Delsing, coordenador da equipe. "Em vez de variar a distância física até um espelho, nós variamos a distância elétrica de um circuito elétrico que funciona como um espelho para micro-ondas".
O "espelho" consiste em um sensor quântico conhecido como SQUID (Superconducting Quantum Interference Device), que é extremamente sensível a campos magnéticos.
Alterando a direção do campo magnético vários bilhões de vezes por segundo, os cientistas fizeram o "espelho" vibrar a uma velocidade equivalente a 25% a velocidade da luz.
Isto é cinco vezes mais do que a tentativa anterior, quando os cientistas afirmaram pela primeira vez ter produzido luz a partir do nada - aquele artigo, contudo, ainda não havia sido aceito para publicação em uma revista científica, o que significa que outros cientistas não haviam avaliado o experimento.
"O resultado foi que os fótons apareceram em pares do vácuo, e nós pudemos medi-los na forma de radiação de micro-ondas," disse Delsing, ou seja, exatamente como a teoria previa.
Materialização dos fótons
O que acontece durante o experimento é que o "espelho" transfere uma parte de sua energia cinética para os fótons virtuais, o que os ajuda a se "materializarem".
Segundo a mecânica quântica, vários tipos de partículas pululam no vácuo quântico. Os cientistas acreditam que foram capazes de detectar os fótons porque eles não têm massa.
"É necessário relativamente pouca energia para excitá-los e tirá-los do estado virtual. Em princípio, pode-se criar outras partículas do vácuo, como elétrons e prótons, mas isso vai exigir um bocado mais de energia," disse Delsing.
Agora os cientistas querem estudar em detalhes esses fótons emergentes: como eles surgem aos pares, os cientistas acreditam que eles possam ser úteis para o desenvolvimento de computadores quânticos, com seus qubits de partículas entrelaçadas.
Estamos deixando os pássaros loucos com tanta poluição sonora 


Pesquisa mostra que os pássaros estão sendo duramente afetados pela grande poluição sonora que a humanidade produz.
Não são apenas seus vizinhos que se irritam com o rock nas alturas que você escuta na madrugada. Estudo está mostrando que nós estamos atrapalhando as aves, especialmente quando elas tentam entrar em um estado de calmaria e mansidão, preparando-se para dormir ou acasalar. A poluição sonora nunca foi uma área com grandes estudos e acompanhamento dos impactos ambientais, mas a pesquisa apresentada pela Universidade do Colorado e Lewis Fort College está mostrando que nós estamos atrapalhando a reprodução das aves com tanto barulho.
As duas instituições declararam: “Nós estamos gerando uma grande quantidade de poluição sonora em todo o mundo permeando o habitat natural de várias espécies de animais, alteração os rituais de acasalamento de aves. Este excesso de barulho não é prejudicial apenas para os seres humanos, mas ameaça a vida selvagem, especialmente as aves onde ficaram constatado mudanças na densidade populacional de várias espécies, dificuldade na interação predador-presa, desorientação em migrações e falha na tentativa de reprodução”.
A pesquisa mostrou que geralmente pássaros grandes não suportam os ruídos que produzimos e acabam abandonando suas moradias, mesmo que sejam em ambientes naturais onde tenham nascido. O mesmo não foi observado em pássaros menores que mostram ser resistentes e conseguirem uma boa adaptação. A pesquisa foi publicada na respeitada PLoS ONE.
China testa seus satélites espiões com marcas misteriosas no deserto de Gobi 


Uma grande quantidade de glifos (marcas) está aparecendo em várias localidades da China, fazendo a euforia de entusiastas em todo o mundo através do Google Earth.
O último deles surgiu no deserto de Gobi. Internautas utilizando o Google Earth encontraram dezenas de “desenhos” gigantescos, alguns com tamanhos semelhantes a linhas de Nazca no Peru.
Alguns especialistas informaram que isso é uma tática usada pelo país para calibrar as observações de satélites espiões. Os glifos são extremamente complexos, alguns com marcas e dizeres da cultura chinesa. Jonathon Hill estima que as linhas nada mais são que uma estratégia do governo para desviar a atenção e/ou identificar os satélites que observam detalhes do país continuamente.
Algumas fontes sugerem que os glifos seriam formados por placas de alumínio devido à grande capacidade que possuem de refletir a luz, mas isso seria pouco provável pelo preço e enorme trabalho empregado na formação das linhas. Jonathon Hill declarou ao portal Vida e Mistério: “As linhas possuem lacunas onde existem os cruzamentos e poucos canais de drenagem e não são perfeitamente preenchidas. Certamente trata-se de tinta, com muitas estrias e cobertura desigual”.
Os Estados Unidos já utilizaram glifos como estes para calibrar seus próprios satélites espiões. Especialistas sugerem que a China possui satélites com péssima resolução, pois o gigantismo das linhas é interpretado como uma baixa qualidade de suas lentes.

Empresa quer ser a primeira a transformar a Lua em um verdadeiro garimpo 


Para quem pensa que nosso planeta é o único local que desperta o interesse financeiro de garimpos, vem aí uma novidade.
A empresa Shackleton Energy Company, fundada em 2007, está preparando e pesquisando tecnologias e equipamentos para exploração do solo lunar. A empresa busca patrocínio em todo o mundo, arrecadando pequenos valores de pessoas físicas ou grandes montantes de empresas que querem ver seus nomes gravados nesta atividade pioneira. A idéia inicial da empresa é arrecadar fundos até 2020 para montar a primeira base lunar para exploração mineral.
Antes de levar essa “grande idéia” para um patamar de realidade, é necessário amplo conhecimento sobre o que existe de fato no solo lunar. Segundo a NASA, existem estimativas de grandes depósitos de gelo, que poderiam ser usados, sendo convertido em oxigênio para a sobrevivência e hidrogênio como combustível.
A empresa diz que está pesquisando para encontrar uma região da Lua que atraia a atenção por algum fator especial, apenas após isso será decido o local das primeiras escavações dos garimpeiros com máquinas de alta tecnologia. O corpo de funcionários formado por engenheiros, especialistas em robótica e mineração, gestores aeroespaciais, economistas e advogados com especialização em assuntos espaciais, trabalham juntos para tornar o sonho uma realidade palpável.
Bill Stone, presidente da empresa, declara no website do projeto: “Estamos prontos para lançar este programa espacial e usar os recursos desta oferta inusitada para alavancar a engenharia através de grandes esforços organizacionais necessários para que nossos astronautas possam explorar industrialmente a Lua já em 2020”.
Se você ficou animado com o projeto e quiser fazer uma doação, basta clicar aqui e contribuir. Para os que contribuírem com até 5 euros, receberão um certificado digital de apoio ao projeto. Para os mais animados que estiverem dispostos a abrir o bolso com o valor de R$ 1,3 milhão de reais, poderá ter seu nome usado em batismos de futuras bases na Lua. Caso queira um pedaço de rochas da Lua, basta doar R$ 120 mil reais, e você receberá sua amostra até o ano de 2021.
‘Equação de Drake’: É quase impossível não haver vida inteligente lá fora!





Frank Donald Drake.
Drake nasceu em Chicago e, durante a juventude, ele amava eletrônica e química. Ele afirma ter considerado a possibilidade de existência de vida em outros planetas com apenas 8 anos de idade, mas não teria discutido tal ideia com ninguém devido às ideologias religiosas da época.
Ele começou a estudar astronomia na Universidade Cornell. Suas ideias sobre a possibilidade de vida extraterrestre foram reforçadas após ouvir uma palestra do astrofísico Otto Struve em 1951. Pouco depois, ele trabalhou brevemente como técnico de eletrônica da Marinha americana no USS Albany. Após o serviço militar, ele graduou-se em radioastronomia em Harvard.
Embora esteja intimamente ligado à pesquisa sobre civilizações extraterrestres, Drake começou a carreira como radioastrônomo no então recém-inaugurado National Radio Astronomy Observatory (Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos), em Green Banks, Virgínia Ocidental. Mais tarde trabalhou no Laboratório de Jato-Propulsão da NASA. Em suas pesquisas, ele descobriu a ionosfera e a magnetosfera de Júpiter. Como pesquisador, Drake envolveu-se com os primeiros estudos sobre os pulsars.
Nos anos 1960, Drake supervisionou a conversão do Observatório de Arecibo em radiotelescópio. Em 1972, Drake projetou, com Carl Sagan, a Placa Pioneer, a primeira mensagem enviada ao espaço. Dois anos depois, ele escreveu a Mensagem de Arecibo. Mais tarde ele foi supervisor na produção do Disco de Ouro da Voyager.
Drake trabalhou como Professor de Astronomia na Universidade Cornell entre 1964 e 1984. Desde então, ele é Professor Emérito de Astronomia e Astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz.
Veja agora a equação que Frank Drake formulou, a fim de estimar o número de planetas que poderiam abrigar a vida inteligente na galáxia, levando em consideração alguns fatores (relacionados abaixo).
N = o número de civilizações em nossa galáxia com as quais comunicação poderia ser possível;
R* = a taxa média de formações de estrelas por ano em nossa galáxia;
ƒp = a fração dessas estrelas que possuem planetas;
ne = o número médio de planetas que podem potencialmente abrigar a vida, por estrela que tem planetas;
ƒℓ = a fração dos planetas acima, que poderiam desenvolver vida em algum momento;
fi = a fração dos planetas acima, que realmente desenvolvem vida inteligente;
ƒc = a fração de civilizações que desenvolvem tecnologia necessária para liberar sinais para o espaço, que poderiam ser detectáveis;
L = o tanto de tempo que tal civilização libera esses sinais detectáveis para o espaço.
Em 2001, uma rigorosa estimativa usando a Equação Drake foi implementada, levando em consideração o número de planetas que estão na ‘zona habitável’, que é a área ao redor de uma estrela, onde a água se encontra em estado líquido, a temperatura é ideal e a fotossíntese é possível (isto é, para formas de vida tal como conhecemos). Os resultados mostraram que, estatisticamente, centenas de milhares de planetas poderiam abrigar a vida em nossa galáxia. Os resultados também indicaram que planetas habitáveis similares à Terra poderiam existir a somente algumas centenas de anos luz de nós.
Mesmo sem a Equação de Drake, lembramos que os astrônomos têm estimado a existência de 200 bilhões a 400 bilhões de estrelas, somente em nossa galáxia, Desta forma, fica claro que a não existência de vida fora de nosso sistema solar é uma impossibilidade.
E se levarmos em consideração que nossa história como ‘humanos’ aqui na Terra é de somente alguns milhares de anos, e que há uma grande possibilidade de que exista outras raças que tenham milhões, senão bilhões de anos em evolução, (se é que a evolução exista como nós a compreendemos hoje), parece ser perfeitamente plausível que estas civilizações já tenham solucionado o ‘problema das distâncias’ entre sistemas solares e estejam mesmo nos visitando.



Estudos mostram galáxias como especialistas em "reciclagem"

 

 

Os cientistas descobriram que as galáxias são especialistas em "reciclagem" já que, segundo suas observações com o telescópio espacial Hubble da Nasa, reutilizam continuamente grandes volumes de hidrogênio e elementos pesados para criar novas gerações de estrelas.
Os cientistas asseguram que esta prática de "reciclagem" evita que algumas galáxias esvaziem seus "tanques de combustível" --de diferentes gases-- e estendam sua etapa de formação de estrelas durante mais de dez bilhões de anos, segundo publicado nesta sexta-feira em três estudos complementares sobre o tema na revista "Science".
Um dos objetivos dos estudos era ver como galáxias como a Via Láctea somam massa com a formação de estrelas e suas descobertas, asseguram, são um desafio para os modelos teóricos sobre o papel dos fluxos de gás na criação de galáxias.
Os astrônomos acreditam que a cor e a forma de uma galáxia são em grande parte controlados pelo gás que flui através de um extenso halo que existe a seu redor, composto de hidrogênio, hélio e elementos pesados como carbono, oxigênio, nitrogênio e neônio, em contraposição à matéria escura, que é o espaço desconhecido que também faz parte do universo.
Suas conclusões se baseiam nas observações do Telescópio Espacial Hubble, em particular de um de seus instrumentos, o Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS) que ajudou a detectar o halo de gás que recobre a Via Láctea e outras 40 galáxias.
As observações de estrelas distantes com este aparelho mostram que uma grande massa de nuvens se precipita através do halo gigante da Via Láctea, o que favorece a formação de estrelas.
Estas nuvens de hidrogênio quente residem dentro do disco de 20 mil anos luz da Via Láctea e contêm material suficiente para gerar cem milhões de sóis.
Parte deste gás é material reciclado que está sendo continuamente alimentado pela formação de estrelas e a energia explosiva das estrelas novas e das supernovas, que geram gás quimicamente enriquecido de novo no halo.
Nicolas Lehner, da Universidade de Notre Dame em South Bend, Indiana; Jason Tumlinson do Space Telescope Science Institute em Baltimore, Maryland, e Todd Tripp da Universidade de Massachusetts em Amherst são os principais autores dos três estudos.
"Nossos resultados confirmam a suspeita teórica de que as galáxias expulsam e podem reciclar o gás, mas também apresentam um novo desafio aos modelos teóricos para entender os fluxos de gás e sua integração com o panorama geral da formação de galáxias", assinalou Tumlinson em comunicado divulgado pela Nasa.

Cientistas explicam formação de 'cordilheira fantasma' na Antártida

 

 

Cientistas dizem que agora podem explicar a origem do que talvez sejam as mais extraordinárias montanhas da Terra.
As Gamburstsevs são do tamanho dos Alpes europeus e totalmente cobertas pelo gelo antártico.

BBC
Cientistas explicam formação de 'cordilheira fantasma' na Antártida
Cientistas explicam formação de 'cordilheira fantasma' na Antártida
Sua descoberta na década de 1950 foi uma grande surpresa. A maioria supunha que o continente fosse plano e sem grandes variações.
Mas dados de estudos recentes sugerem que a cadeia de montanhas formou-se há mais de um bilhão de anos, segundo o trabalho divulgado na publicação científica Nature.
As Gamburtsevs são importantes por serem o local onde sabemos hoje que o gelo iniciou sua expansão pela Antártida.
ESTUDOS CLIMÁTICOS
A descoberta da história das montanhas ajudará portanto em estudos climáticos, auxiliando cientistas a descobrir não apenas mudanças passadas da Terra, mas também possíveis cenários futuros.
"Pesquisar estas montanhas foi um enorme desafio, mas fomos bem-sucedidos e produzimos um trabalho fascinante", disse Fausto Farraccioli, da British Antartic Survey (BAS), à BBC.
Ele foi o pesquisador principal do projeto AGAP (sigla em inglês para Província Antártica de Gamburtsev).
A equipe de cientistas de várias nacionalidades viajou algumas vezes durante os anos de 2008 e 2009 ao leste do continente gelado, mapeando o formato da montanha escondida usando um radar capaz de penetrar o gelo.
Outros instrumentos registraram os campos gravitacionais e magnéticos, enquanto sismômetros estudavam as profundezas da Terra.
A equipe AGAP acredita que estes dados podem agora construir uma narrativa consistente para explicar a criação das Gamburtsevs e sua existência através do tempo geológico.
SUPERCONTINENTE
É uma história que começou pouco antes de um bilhão de anos atrás, muito antes de formas de vida complexas se formarem no planeta, quando os continentes estavam se atraindo para formar um supercontinente conhecido como Rodínia.
A colisão que aconteceu gerou as enormes montanhas.
No decorrer de centenas de milhões de anos, os picos sofreram gradualmente um processo de erosão. Apenas as "raízes", ou bases, das montanhas teriam sido preservadas.
Mas entre 250 e 100 milhões de anos atrás, quando os dinossauros habitavam o planeta, os continentes começaram a se separar em uma série de fissuras próximas à base gelada das montanhas.
Este movimento aqueceu e rejuvenesceu as "raízes", criando as condições necessárias para que a terra se elevasse mais uma vez, fazendo com que as montanhas fossem restabelecidas.
Seus picos cresceram ainda mais na medida em que vales profundos foram sendo cortados por rios e geleiras a seu redor.
E teriam sido as geleiras que escreveram os capítulos finais, há cerca de 35 milhões de anos, quando elas se expandiram e se fundiram para formarem o Manto Antártico Oriental, encobrindo a cadeia de montanhas neste processo.
MISTÉRIO SOLUCIONADO
"Esta pesquisa realmente soluciona o mistério de por que você pode ter montanhas aparentemente jovens em meio a um velho continente", diz a pesquisadora principal do estudo, Robin Bell, da universidade de Columbia.
"As montanhas originais provavelmente foram erodidas, para retornar como uma fênix. Elas tiveram duas vidas", disse ela.
A ideia é agora conseguir financiamento para escavar as montanhas em busca de amostras de solo, que poderiam confirmar o modelo divulgado na Nature.
Os pesquisadores também buscam determinar o local mais adequado para fazer a escavação no gelo.
Ao examinar bolhas de ar presas na neve compactada, os pesquisadores podem determinar detalhes do passado, como condições ambientais, incluindo a temperatura e a concentração de gases na atmosfera, como dióxido de carbono.
Acredita-se que em algum local da região de Gamburtsev seja possível a coleta de amostras de gelo com mais de um milhão de anos. A amostra seria ao menos 200 mil anos mais antiga do que o gelo antártico já analisado por cientistas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novo teste mostra neutrinos ainda acima da velocidade da luz

 

 

Uma nova experiência parece ter obtido novas indicações de que Einstein pode ter se enganado ao cravar que nada poderia superar a velocidade da luz, teoria que embasa o pensamento moderno sobre o funcionamento do universo.
As novas indicações, que contestam um dogma científico que vinha se sustentando desde a publicação da teoria da relatividade por Einstein em 1905, parecem confirmar que partículas subatômicas conhecidas como neutrinos seriam capazes de velocidade algumas frações de segundo superiores à da luz.
Uma nova experiência no laboratório Gran Sasso, usando um feixe de neutrinos emitido do CERN, na Suíça, a 720 quilômetros de distância, foi realizada para verificar o resultado de uma experiência semelhante conduzida por uma equipe de cientistas em setembro passado, e recebido com ceticismo.
Cientistas do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália (INFN) anunciaram em comunicado que seus novos testes tinham por objetivo excluir um possível efeito sistêmico que poderia ter afetado a medição original.
"Uma mensuração tão delicada e que porta implicações tão profundas para a Física requer nível extraordinário de precisão", disse Fernando Ferroni, presidente do INFN.
"O resultado positivo do teste faz com que cresça nossa confiança no resultado original, ainda que a palavra final caiba a diversas mensurações análogas que estão sendo realizadas em todo o mundo", acrescentou.
Uma equipe internacional de cientistas chocou o mundo da ciência ao anunciar o resultado original, em setembro. A primeira constatação surgiu do exame de 15 mil feixes de neutrinos emitidos durante três anos pelo CERN para o laboratório do Gran Sasso, uma instalação subterrânea perto de Roma.
Os físicos que participaram da experiência, conhecida como OPERA pelas iniciais de seu título científico, disseram ter verificado os resultados iniciais repetidamente, para excluir qualquer fator que pudesse representar erro de leitura, antes de anunciar suas constatações.
Se o resultado for confirmado, cientistas dizem que as constatações podem demonstrar que Einstein, o pai da Física moderna, estava errado ao afirmar, em sua teoria da relatividade especial, que a velocidade da luz era uma "constante cósmica" e que nada podia ser mais rápido.
Isso forçaria uma grande reconsideração das teorias sobre como funciona o cosmos, e poderia significar que, em tese, é possível enviar informações ao passado.

O que é neutrino?

 O neutrino é uma partícula subatômica sem carga elétrica e que interage com outras partículas apenas por meio da interação gravitacional e da fraca (duas das quatro interações fundamentais da Natureza, ao lado da eletromagnética e da forte). É conhecido por suas características extremas: é extremamente leve (algumas centenas de vezes mais leve que o elétron), existe com enorme abundância (é a segunda partícula mais abundante do Universo conhecido, depois do fóton) e interage com a matéria de forma extremamente débil (cerca de 65 bilhões de neutrinos atravessam cada centímetro quadrado da superfície da Terra voltada para o Sol a cada segundo).
 

Diretor da Nasa diz que corte no orçamento pode atrasar viagens até 2017

 

 

O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, disse que um corte no orçamento poderia atrasar as viagens operadas por empresas privadas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) até 2017.
Perante o iminente anúncio de cortes nas agências federais pelo elevado déficit público dos Estados Unidos, Bolden destacou em uma subcomissão do Senado que um financiamento insuficiente do programa de naves espaciais comerciais poderia atrasar o início dos voos.
Desde que a Nasa aposentou seus ônibus espaciais no último mês de julho, os EUA não contam com uma nave própria para suas viagens à ISS, um laboratório internacional do qual participam cinco agências espaciais que representam 16 países.
Agora são as naves russas Soyuz, com menor capacidade, as que transportam os astronautas e os EUA têm que pagar por um lugar a bordo.
O plano é que as empresas privadas construam as naves para transportar os astronautas americanos à ISS, enquanto a Nasa se concentra em desenvolver um veículo que permita viagens além da órbita terrestre baixa.
Por isso reduzir os fundos poderia afetar "significativamente" o calendário do programa e a estratégia de aquisição, ressaltou Bolden, garantindo que um nível de despesas de US$ 500 milhões anuais para o programa, como o previsto para o ano fiscal de 2012, "atrasaria a capacidade inicial à ISS até 2017".
De fato, segundo lembra o jornal "Flórida Today", este ano só foram aprovados US$ 406 milhões para este programa, enquanto a Nasa havia solicitado US$ 850 milhões.
Bolden lembrou que a Nasa está trabalhando na "nova geração" do sistema de voo espacial tripulado com o desenvolvimento da cápsula Orion e do Sistema de Lançamento Espacial, que permitirá aos astronautas viajar além da órbita terrestre "pela primeira vez desde a missão lunar da Apolo 17 de dezembro de 1972".
A Nasa prevê realizar uma prova de voo não-tripulado com a Orion e o SLS em 2017, e prevê que a primeira missão tripulada aconteça em 2021.

Microscópio revela 'rosto assustador' em minúsculo animal aquático

 Uma imagem feita com microscópio revelou um "rosto assustador" no esqueleto de um minúsculo animal aquático, um briozoário, que vive em colônias e participa da construção de recifes.

 

 

 

 A fotografia faz parte da exposição 'Incredible Inner Space', organizada pelo Centro de Pesquisa Microscópica e de Microanálise da A u st r á l i a, que destaca a beleza encontrada em trabalhos científicos realizados em uma rede de laboratórios e universidades ao redor do país.

Segundo os cientistas, além de belas, as imagens fazem parte de uma busca por conhecimento e contam uma história. "A análise de materiais em escalas microscópicas e atômicas é fundamental em áreas como medicina, engenharia e arqueologia", dizem os organizadores.
A impressionante imagem do briozoário, por exemplo, faz parte de uma pesquisa de David Salt, da Universidade de Sydney, que analisa esqueletos atuais para poder identificar melhor as formas fossilizadas das criaturas aquáticas.
Os buracos no esqueleto servem para permitir que os alimentos cheguem até o animal que vive ali dentro.
O 'assustador' briozoário vive em colônias e participa da construção de recifes. (Foto: David Salt / Universidade Nacional da Austrália)O 'assustador' briozoário vive em colônias e participa da construção de recifes.(Foto: David Salt / Universidade Nacional da Austrália)

Nasa cria mais preciso mapa já feito da superfície da Lua

 

 A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou o mais preciso mapa da superfície da Lua já feito. O mapa foi produzido usando informações enviadas pela nave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO, ou Orbitador de Reconhecimento Lunar, em português), lançada em junho de 2009.

As imagens revelam depressões e elevações em quase toda a Lua. Um pixel no mapa representa uma área praticamente igual a dois campos de futebol. "Nossa nova visão topográfica da Lua fornece os dados que os cientistas lunares esperavam desde a era das missões Apollo", disse Mark Robinson, cientista-chefe da câmera da LRO.
Com o mapa, segundo Robinson, é possível determinar os graus de inclinação de todos os principais terrenos geológicos da Lua em uma escala de 100 m, além de determinar como a crosta lunar foi deformada, entender melhor a mecânica das crateras geradas por impactos e planejar melhor futuras missões à Lua, tripuladas ou não.
Dois instrumentos foram usados para produzir o mapa: a câmera com lente grande-angular e um altímetro a laser. A nave LRO foi lançada à órbita lunar carregando seis instrumentos projetados para coletar informações detalhadas sobre o ambiente do satélite natural da Terra.
Mapa foi montado com informações da sonda LRO, lançada em junho de 2009 ao espaço. (Foto: Nasa / via BBC)Mapa foi montado com dados da sonda LRO, lançada em junho de 2009 ao espaço. (Foto: Nasa / via BBC)

Cientistas dos EUA afirmam ter criado o metal mais leve do mundo

 

Material é cerca de 100 vezes mais leve que o isopor, segundo eles.
Ele pousa sobre dente-de-leão sem provocar danos.

 

Imagem mostra placa de metal pousada sobre dente-de-leão sem danificá-lo. Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, os laboratórios HRL e o California Institute of Technology anunciaram ter desenvolvido o que seria o metal mais leve do mundo, cerca de 100 vezes mais leve que o isopor. A descoberta vai ser detalhada em estudo publicado na 'Science' nesta sexta (Foto: Reuters)Imagem mostra placa de metal pousada sobre dente-de-leão sem danificá-lo. Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, os laboratórios HRL e o California Institute of Technology anunciaram ter desenvolvido o que seria o metal mais leve do mundo, cerca de 100 vezes mais leve que o isopor. A descoberta vai ser detalhada em estudo publicado na 'Science' nesta sexta (Foto: Reuters)

‘Triângulo amoroso’ cósmico explica origem de estrelas ‘fugitivas’

 

 

Os astros jovens e velozes conhecidos pelos astrônomos como “estrelas fugitivas” podem ser sobras rejeitadas de um triângulo amoroso espacial, segundo um estudo apresentado nesta sexta-feira (18) na revista “Science”.
Esse tipo de estrelas é conhecido por ser muito mais veloz do que as outras. Cálculos feitos a partir de sua trajetória indicam que a fugitiva está se afastando de outra estrela – por isso, o nome.
Ilustração mostra uma estrela fugitiva se afastando rapidam.  (Foto: Science/AAAS)Ilustração mostra uma estrela fugitiva se afastando rapidam. (Foto: Science/AAAS)
Uma das explicações para a existência delas afirma que supernovas ocorridas em um sistema estelar teriam “atirado” essas estrelas para longe. O estudo divulgado nesta sexta, no entanto, sugere outra origem.
Para Simon Portegies Zwart e Michiko Fujii, as estrelas fugitivas seriam resultado do encontro catastrófico de três estrelas dentro de um aglomerado. A intensa atração gravitacional entre elas faz duas formarem um "casal", um sistema binário. A que sobra, é lançada ao espaço e vira uma “fugitiva”.