sexta-feira, 25 de maio de 2012

Astros 'gêmeos' da Terra são raros no universo, diz cientista


John Rehling, um cientista da computação de Dartmouth College e da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, descobriu, com base nos dados do satélite caçador de planetas Kepler, que um gêmeo perfeito da Terra ainda está longe de ser encontrado. Segundo ele, das 156 mil estrelas que o Kepler monitora em busca de planetas, apenas 27 deve ter uma Terra legítima, em termos de tamanho e órbita. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Rehling confirmou o que cientistas envolvidos com o Kepler têm dito a cada divulgação de dados ao afirmar que cada vez mais planetas pequenos como o nosso estão sendo encontrados, além dos planetas suficientemente afastados de suas estrelas. Após uma análise estatística rigorosa, o cientista percebeu que existe uma curiosidade desagradável nessa informação: de uma maneira geral, quando o planeta tem o tamanho da Terra, não tem órbita similar, e vice-versa. Portanto, se as condições terrestres são raras na escala astronômica, o Sistema Solar passa a ser um lugar interessante.

A cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, foi capturada pelo braço robótico da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) às 10h56 desta sexta-feira (25, horário de Brasília).


O maior e mais avançado radiotelescópio do planeta, capaz de detectar sinais de vida extraterrestre em lugares distantes do universo, será dividido entre locais na África do Sul, na Austrália e na Nova Zelândia. A decisão foi anunciada durante uma reunião do consórcio internacional que controla o projeto, sexta-feira (25) no aeroporto de Schiphol, Holanda.
A decisão de dividir os locais de instalação da Rede de 1 Quilômetro Quadrado (SKA, na sigla em inglês), um projeto de US$ 2 bilhões, surgiu depois de fortes esforços de lobby dos dois principais candidatos -- a África do Sul, de um lado, e a parceria entre Austrália e Nova Zelândia, do outro.
Ilustração de como será a estrutura do SKA (Foto: Reuters/Divulgação - SKA Organisation/Swinburne Astronomy)Ilustração de como será a estrutura do SKA 
Os cientistas que comandam o projeto disseram que a decisão de adotar localização dividida não é uma vitória das conveniências políticas sobre a ciência.
"Estamos todos cientes das dimensões políticas disso", disse Jon Womersley, presidente do conselho da organização SKA, mas acrescentou que "é uma maneira cientificamente motivada de ir em frente".
Quando concluído, em 2024, o telescópio será formado por 3 mil discos de antenas, cada um com 15 metros de diâmetro, e por muitas outras antenas individuais. O conjunto todo propiciará uma superfície de recepção de um quilômetro quadrado. A primeira fase de construção deve começar em 2016.
Varrendo o céu 10 mil vezes mais rápido e com sensibilidade 50 vezes maior que a de qualquer outro telescópio, o novo sistema será usado para estudar as origens do universo e será capaz de detectar sinais fracos que podem indicar a presença de vida extraterrestre.
Telescópio KAT-7, na África do Sul, onde deve funcionar o SKA (Foto: Reuters/Mike Hutchings)Telescópio KAT-7, na África do Sul, onde deve funcionar o SKA

Primeira nave privada começa a se acoplar à estação espacial


A cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, foi capturada pelo braço robótico da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) às 10h56 desta sexta-feira (25, horário de Brasília).
É o primeiro passo para a acoplagem da nave à ISS, que deve ser concluída ao longo do dia. Os astronautas que estão na estação devem ter acesso à cápsula na manhã de sábado.
É a primeira vez na história que uma nave espacial construída pela iniciativa privada vai se conectar ao complexo que orbita a Terra. Até agora, apenas as agências espaciais da Rússia, do Japão, da Europa e dos Estados Unidos já tinham completado essa operação. Por isso, o feito é considerado o início de uma nova era na exploração espacial.
O lançamento aconteceu na última terça-feira, e foi feito por um foguete projetado pela própria SpaceX, o Falcon 9. Segundo a Nasa, a captura pelo braço robótico ocorreu exatamente 3 dias, 6 horas, 11 minutos e 23 segundos após o lançamento, 404 km acima do noroeste da Austrália
O voo da Dragon é considerado um teste. A nave levou pouco mais de 500 kg de suprimentos, como alimentos e água, que serão úteis, mas não seriam indispensáveis para os astronautas que estão na ISS.
Com o desenvolvimento dos voos da iniciativa privada, a SpaceX -- assim como outras empresas -- poderá até transportar astronautas no futuro.
Aproximação da Dragon à ISS (Foto: Nasa/SpaceX/Divulgação)Aproximação da Dragon à ISS

Primeiro homem a pisar na Lua lamenta cortes no programa espacial dos EUA


Neil Armstrong em traje de astronauta (Foto: AP/BBC)
Neil Armstrong em traje de astronautaO primeiro homem a ir à Lua, o célebre Neil Armstrong, que pousou sobre o satélite natural com a Apollo 11 em julho de 1969, lamentou a decisão dos Estados Unidos de fazer cortes no programa espacial americano.
Em uma rara entrevista, o americano falou com a CPA Austrália, a associação de contadores do país, e disse que os cortes no programa, anunciados pelo presidente americano, Barack Obama, em 2010, limitam as expectativas do país em uma área em que os EUA sempre foram pioneiros.
"A Nasa (agência espacial americana) é um dos investimentos públicos de maior sucesso na motivação dos estudantes para que eles façam bem as coisas e alcancem tudo o que puderem alcançar", disse o ex-astronauta.

Armstrong citou seu próprio exemplo, afirmando que, quando criança, os voos dos militares americanos o motivaram a se esforçar.
"É triste que estejamos levando o programa para uma direção em que reduzimos a quantidade de motivação e estímulo que dá aos jovens", afirmou.
A entrevista de Armstrong foi disponibilizada em vídeo no site da CPA Austrália para marcar o aniversário de 125 anos da instituição e causou surpresa na imprensa internacional.
O ex-astronauta de 82 anos não costuma conceder entrevistas e sempre foi resistente em falar sobre a missão ao espaço que o levou à fama em 1969.
Mas, talvez a razão de Armstrong ter falado com o diretor da CPA, Alex Malley, seja familiar.
"Eu sei de algo que a maioria das pessoas não sabem a respeito de Neil Armstrong. O pai dele era contador", disse Malley à imprensa australiana.


20 segundos
Armstrong disse na entrevista que não estava muito otimista em relação à sua missão à Lua.

"A diferença entre 20 minutos ali em cima (no espaço) e ir à Lua, era algo muito além do que podíamos acreditar, tecnicamente", disse o ex-astronauta comparando a missão da Apollo 11 com as missões anteriores da Nasa, na qual os astronautas chegaram ao espaço e não ao satélite natural.
"Um mês antes da decolagem da Apollo 11, decidimos que tínhamos confiança o bastante para tentar descer na superfície (da Lua)", dise.
"Acredito que tínhamos uns 90% de possibilidades de voltar a salvo à Terra, mas apenas 50% de aterrissar em uma primeira tentativa. Havia muitas coisas desconhecidas nesta descida da órbita lunar para a superfície, que não tinham sido demonstradas", lembrou o ex-astronauta.
O momento do pouso na Lua foi tenso.
"Não era, absolutamente, um bom lugar [para o pouso]", disse.
"Peguei o controle manual e voei como em um helicóptero, em direção oeste", contou.
Armstrong revelou que o computador de bordo indicou um lugar para o pouso que não era o melhor, pois estava ao lado de uma cratera.
"Levei [a nave] para uma zona mais plana, sem tantas rochas e encontrei uma área parecida e pude pousar ali antes que ficássemos sem combustível. Tínhamos [combustível] apenas para mais 20 segundos".


Conspirações
Na entrevista, Armstrong também comentou o fato de que muitas pessoas ainda pensam que a viagem à Lua foi uma mentira.

"As pessoas gostam de teorias de conspiração, são muito atraentes", disse.
Mas o ex-astronauta conta que existe uma forma de provar que eles chegaram à Lua e a prova está no próprio satélite natural da Terra.
"[Os comentários] nunca foram uma preocupação para mim porque em algum momento alguém voará de volta [para a Lua] e encontrará a câmera que deixei lá em cima", diz o americano, citando câmeras fotográficas que tiveram de ser deixadas para trás por excesso de peso na nave no regresso à Terra.

Cientistas afirmam que Marte tem elementos básicos da vida


Imagem da Nasa mostra marcas de lava vulcânica em Marte (Foto: AFP/BBC)
Imagem da Nasa mostra marcas de lava vulcânica
em Marte 
Novas evidências encontradas em meteoritos sugerem que elementos básicos para o surgimento de vida estão presentes em Marte.
O estudo descobriu que carbono encontrado em 10 meteoritos, que abrangem mais de quatro bilhões de anos da história marciana, se originou no planeta e não foi o resultado de contaminação na Terra.
Detalhes do estudo foram publicados na revista "Science".
Mas a pesquisa também mostra que o carbono de Marte não veio de formas de vida.
Uma equipe de cientistas baseada na Carnegie Institution for Science, com sede em Washington, encontrou "carbono reduzido" nos meteoritos e diz que o elemento foi criado por atividade vulcânica no Planeta Vermelho.
O carbono reduzido é o carbono que está ligado quimicamente ao hidrogênio ou entre si.


'Química orgânica'
Eles argumentam que isso é uma evidência "de que Marte realizou química orgânica durante a maior parte de sua história".


Líder do estudo, o Dr. Andrew Steele disse à BBC: "Nos últimos 40 anos, procuramos uma piscina do chamado 'carbono reduzido' em Marte, tentando descobrir onde e se está lá, perguntando se, de fato, existia".
"Sem o carbono, os elementos de construção da vida não podem existir (...) Então, é o carbono reduzido que, com hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, compõe as moléculas orgânicas da vida".
Ele diz que a nova análise respondeu à primeira pergunta.
"Esta pesquisa mostra que, sim, o carbono reduzido existe em Marte. E agora estamos nos movendo para o próximo conjunto de perguntas".
"O que aconteceu com ele [o carbono reduzido], qual foi seu destino, será que deu o próximo passo de criar vida em Marte?", indagou.
O cientista espera que a próxima missão a pousar no Planeta Vermelho -- a Mars Science Laboratory, também conhecida como missão Curiosity -- lance mais luz sobre a grande pergunta.
"A questão se estamos sós tem sido um grande condutor da ciência, mas ela se relaciona com a nossa própria origem. Se não há vida em Marte, qual a razão? Isso nos permite traçar uma hipótese mais clara sobre por que há vida aqui".
Então, será que Steele acha que houve, ou há, vida em Marte?
Ele ri: "Tragam-me algumas pedras de lá e eu vou te responder".

Banco Goldman Sachs prevê investir US$ 40 bilhões em energia verde


O gigante de Wall Street, o banco de investimentos Goldman Sachs, prevê investir US$ 40 bilhões em energia renovável durante a próxima década, anunciou um porta-voz da companhia nesta quinta-feira (24).
"Estamos ampliando nosso compromisso de longo prazo para apoiar as energias renováveis destinando um orçamento de US$ 40 bilhões em financiamento e investimento de capital na próxima década a empresas que incentivarem a tecnologia limpa alternativa", explicou, Michael Duvally, o porta-voz da companhia.
O banco, que destacou a grande oportunidade que representam este tipo de projeto nos mercados emergentes, busca financiar e investir em projetos relacionados com energia solar e eólica e em biocombustíveis, entre outros.
"Este objetivo reafirma nosso compromisso de satisfazer as necessidades de nossos clientes nesse âmbito, assim como de exercer um papel de catalizador neste importante mercado", completou.
O Goldman Sachs, que tem uma equipe dedicada a investir em tecnologias limpas e energias renováveis, financiou US$ 4,8 bilhões e participou de investimentos de mais de US$ 500 bilhões nesse setor durante o ano passado.
"Espera-se que a indústria da tecnologia limpa seja um mercado de crescimento rápido, que nós pensamos que se encontra em um momento crucial em termos de expansão de tecnologias que ajudarão a diversificar as fontes de energia e a melhorar o meio ambiente", esclareceu Duvally.

Cristais podem ajudar a prever erupções vulcânicas

Uma descoberta publicada na edição desta sexta-feira (25) da revista “Science” pode prever com mais eficácia as erupções vulcânicas. A técnica recorre a pequenas mudanças que acontecem no interior da Terra.

A lava que é expelida pelos vulcões nada mais é que o magma, uma camada de rochas derretidas que ficam sob a crosta terrestre. Se uma erupção pega de surpresa a população que vive próxima aos vulcões, tem efeitos mortais. Estima-se que mais de 500 milhões de pessoas morem nessas áreas.
A equipe de Kate Saunders, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, encontrou alterações na estrutura química do magma que ocorrem antes de uma erupção. Ocorre maior formação de cristais na câmara magmática, região dos vulcões onde se acumula a rocha líquida.
O estudo foi feito com análises químicas e observações sísmicas de uma erupção do Monte Santa Helena, no noroeste dos Estados Unidos, que teve uma grande erupção em 1980.
“Uma correlação entre o surgimento de cristais e a atividade sísmica vulcânica já era esperada, mas ver uma evidência tão clara dessa relação é extraordinário”, afirmou Saunders, em material de divulgação da universidade.
Imagem em cor falsa dos cristais encontrados (Foto: Kate Saunders/Divulgação)Imagem em cor falsa dos cristais encontrados

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sonda marciana faz foto da própria sombra


Ele ainda não tem Instagram, mas o jipe-robô marciano Opportunity já sabe os macetes para ter uma foto de sucesso. Na borda da cratera Endeavour, a sonda tirou uma foto da própria sombra. Para deixar o efeito mais bonito, alterou as cores da imagem com a ajuda de filtros. A fotografia foi divulgada pela agência espacial americana (Nasa).
O Opportunity chegou a Marte em janeiro de 2004. Sua missão ia até abril, mas ele continuou trabalhando e não parou até agora. Já são oito anos no planeta vermelho - sete anos e nove meses a mais do que o previsto. Seu jipe irmão, o Spirit, parou de funcionar em 2010.
Opportunity faz foto da própria sombra no solo marciano. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell/Arizona State Univ.)Opportunity faz foto da própria sombra no solo marciano.

Primeira nave privada tenta acoplagem nesta madrugada


A cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, está em rota para realizar uma primeira aproximação à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) antes de tentar o acoplamento previsto para a madrugada de quinta para sexta-feira, segundo a agência espacial americana (Nasa).
Se tudo der certo, será a primeira vez que uma nave espacial construída pela iniciativa privada vai se conectar ao complexo orbital. O voo é considerado um teste.
Cápsula Dragon é vista da ISS como um pontinho à distância. (Foto: Reprodução)Cápsula Dragon é vista da ISS como um pontinho à distância. 
A empresa SpaceX, que lançou a Dragon com sucesso na terça-feira, informou que aproximadamente às 5h30 (de Brasília) desta quinta, o veículo não-tripulado navegava a 2,5 quilômetros da ISS.
A cápsula, que leva pouco mais de meia tonelada de alimentos, roupas e equipamentos aos seis astronautas que residem na ISS, deverá atracar por volta de 3h da sexta, iniciando uma nova era da exploração espacial.
Enquanto a Dragon continuava sua aproximação à ISS, o presidente dos EUA, Barack Obama ligou para o co-fundador da SpaceX, Elon Musk, para o parabenizar pelo sucesso da missão.
A aproximação desta madrugada teve o propósito de testar os sistemas de navegação e comunicações que operarão amanhã quando a Dragon tentar o acoplamento com a ISS, um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações.
Em 7 de maio, o astronauta Don Pettit, a bordo da ISS, treinava para a acoplagem com a Dragon. (Foto: Divulgação) 
Em 7 de maio, o astronauta Don Pettit, a bordo da ISS, treinava para a acoplagem com a Dragon.

Arqueólogos croatas encontram navio mais antigo do Adriático

Uma equipe de arqueólogos encontrou no fundo do mar no litoral norte da Croácia um povoado neolítico bem conservado e os restos do navio mais antigo descoberto até agora no Adriático, e possivelmente em todo o Mediterrâneo.

"Tratam-se de descobertas arqueológicas singulares que supõem um ponto culminante neste campo", disse à Agência Efe a arqueóloga Ida Koncani Uhac, do Museu Arqueológico da Ístria, e chefe do projeto de pesquisa.
Os achados foram encontrados debaixo da superfície marítima no noroeste da península da Ístria. Os especialistas do museu arqueológico realizam suas pesquisas com ajuda de mergulhadores profissionais desde 2008.
Medida por um método de datação por radiocarbono, a idade do navio descoberto a 2,2 metros de profundidade remonta ao primeiro milênio antes de Cristo. Dessa forma, esse é o barco mais antigo descoberto no mar Adriático, explicou a arqueóloga.
A construção naval descoberta é singular, pois suas partes eram unidas por uma técnica peculiar de costura com cordas entre buracos situados nas bordas das pranchas de madeira.
O comprimento do casco mede aproximadamente 6 metros e a largura 2,4 metros, e foram descobertas oito pranchas. Da mesma forma, as pesquisas apontaram que a população neolítica descoberta no mesmo local, "Atlântida croata", era integrada por casas construídas sobre pilares de madeira, que por permanecer no lodo marinho, foram conservadas de forma inusitada.
"É um povoado pré-histórico do período entre o Neolítico final e Idade de Bronze inicial. O achado se encontra a uma profundidade entre 2,5 e 3,2 metros, sobre uma superfície ao redor de 10 mil metros quadrados", ressaltou Ida.
Uma pesquisa inicial de proporção menor do povoado revelou uma grande quantidade de ossos de animais e vasilhas pré-históricas de cerâmica.

Cientistas transformam bolhas de ar em robôs que se movem com lasers


Bolhas controladas por lasers podem mover buscas muito pequenas (Foto: Divulgação)Bolhas controladas por lasers podem mover buscas muito pequenas
Cientistas da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, criaram um sistema que transforma bolhas de ar dentro da água em robôs, controlando os seus movimentos por meio de lasers.
O possível uso destas bolhas controláveis, segundo os pesquisadores, está dentro de microestruturas e do corpo humano. A ideia é que as bolhas possam no futuro ajudar no combate contra o câncer.
O sistema funciona com o laser apontado para dentro da bolha. Isso controla a direção do ar dentro dela e, ao movimentar o foco de luz, a bolha se move. Ela pode, também mover pequenas estruturas e conduzir medicamentos, por exemplo (clique aqui para assistir ao vídeo).
Robô bolha (Foto: Divulgação)Laser apontado para bolha de ar dentro da água consegue controlá-la, podendo ser usada como um robô

Avião impulsionado por energia solar parte para voo intercontinental


‘Solar Impulse’ decolou de Payerne, na Suíça, rumo a Rabat (Foto: Reuters)‘Solar Impulse’ decolou de Payerne, na Suíça, rumo a Rabat 
O avião experimental ‘Solar Impulse’ decola da Base Aérea de Payerne, na Suíça, com destino a Rabat, no Marrocos, em seu primeiro voo intercontinental. A bordo está o piloto Andre Borschberg. O protótipo que não usa gasolina como combustível e é alimentado por energia solar através 12 mil células fotovoltaicas nas asas, fará uma escala em Madrid, na Espanha. A aeronave vem sendo preparada para dar uma volta no mundo. (Foto: Laurent Gillieron / AP Photo) 
O avião experimental ‘Solar Impulse’ decola da Base Aérea de Payerne, na Suíça, com destino a Rabat, no Marrocos, em seu primeiro voo intercontinental. A bordo está o piloto Andre Borschberg. O protótipo que não usa gasolina como combustível e é alimentado por energia solar através 12 mil células fotovoltaicas nas asas, fará uma escala em Madrid, na Espanha. A aeronave vem sendo preparada para dar uma volta no mundo.

Astronauta faz imagens de chuva de meteoros vista do espaço


A bordo da Estação Espacial Internacional, o astronauta Don Pettit fez uma série de fotografias da chuva de meteoros Lirídeos atingindo a Terra em 22 de abril. As imagens estão sendo usadas agora por um grupo de cientistas do Centro Espacial Marshall, no Alabama, para melhorar o entendimento do fenômeno. O estudo pode render ferramentas melhores no futuro para observar meteoros.
As 316 fotografias foram combinadas em um vídeo, que você pode ver ao lado.
Imagem feitas da chuva de meteoros vista do espaço (Foto: NASA/JSC/D. Pettit)Imagem feitas da chuva de meteoros vista do espaço.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Astrônomo brasileiro dá novo rumo à busca pelo Planeta X


A busca por evidências da existência do Planeta X - o misterioso planeta hipotético no limite de nosso sistema solar - tomou um novo rumo graças aos cálculos de um astrônomo brasileiro. Rodney Gomes, astrônomo do Observatório Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, afirma que as órbitas irregulares de pequenos corpos gelados além de Netuno implicam que um planeta quatro vezes maior que a Terra está girando em volta do nosso sol nas bordas do sistema solar. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Gomes mediu as órbitas de 92 objetos do cinturão de Kuiper - pequenos corpos e planetas anões - e afirmou que seis desses objetos pareciam ser arrastados para fora de curso em comparação com suas órbitas esperadas.
Na terça-feira, Gomes contou aos pesquisadores da Sociedade Americana de Astronomia que, provavelmente, a razão para essas órbitas irregulares fosse um companheiro solar de massa-planetária - um corpo distante do tamanho de um planeta que é poderoso o bastante para mover os objetos do cinturão de Kuiper. Ele sugere que o planeta seria quatro vezes do tamanho da Terra - quase do tamanho de Netuno - e estaria 1,5 mil vezes mais longe do sol do que o nosso planeta.
Mesmo estando em cima do muro, outros astrônomos aplaudiram os métodos utilizados pelo brasileiro. Rory Barnes, da Universidade de Washington, falou à National Geographic que Gomes "traçou um caminho para determinar como um planeta seria capaz de 'esculpir' partes do nosso sistema solar". "Por enquanto, a evidência ainda não existe. Eu acho que o principal ponto que ele demonstrou é que há maneiras de encontrar essas evidências. Mas não acho que haja provas de que o planeta realmente está lá", afirmou Barnes.
"Para mim, é surpreendente que um companheiro solar tão pequeno quanto Netuno possa ter os efeitos que ele Rodney Gomes vê. Mas eu conheço Rodney e tenho certeza de que ele fez os cálculos corretos", disse Hal Levison, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder, Colorado.

Encontro na França discute avanços da ciência para a invisibilidade


A tecnologia para conseguir a invisibilidade no campo da óptica abriu a porta para sua aplicação em outros âmbitos, como o som, a temperatura e as ondas sísmicas. Os avanços foram apresentados nesta quarta-feira (23) em um encontro de cientistas em Paris.
Alguns dos principais especialistas que desenvolvem pesquisas sobre o tema se reuniram no colóquio "Invisibilidade: sonho ou realidade?", organizado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS) em Paris.
Em entrevista coletiva, os cientistas enumeraram diversas aplicações da invisibilidade através dos chamados "metamateriais", estruturas desenvolvidas artificialmente que fazem com que a luz não capte objetos tridimensionais.
O diretor de pesquisa do CNRS Claude Amra ressaltou que o objeto não chega a desaparecer de fato, mas é "protegido" pelo metamaterial interposto entre este e o olho humano.
A ideia de "proteção" foi fundamental para transpor a invisibilidade para outros âmbitos da física, assinalou.
Neste sentido, os últimos trabalhos conseguiram fazer com que, além da luz, as ondas do som e eletromagnéticas contornem o objeto. "Protegido", esse objeto não absorveria nem rebateria essas ondas.
Como exemplo destes avanços, Sébastien Guenneau, pesquisador do CNRS, citou as camadas contra tsunamis e terremotos, que consistem em um dispositivo de anéis concêntricos de diferentes materiais que rodeiam um objeto e, por isso, desviam as ondas dele.
O pai dos "metamateriais", o cientista britânico John Pendry, que também compareceu ao encontro, fez essa descoberta no final dos anos 1980. No entanto, não faz muito tempo que ele começou a intuir e explorar as aplicações práticas.
O cientista francês André de Lustrac, que também participava da conferência, afirma que no futuro a noção de invisibilidade poderia ser aplicada não somente ao espaço, mas também ao tempo.

Sonda da Nasa faz imagem de sombra do eclipse no Pacífico

Eclipse de 20 de maio visto sobre o Oceano Pacífico (Foto: Nasa)
Nos últimos dias 20 e 21, moradores do Extremo Oriente e do oeste dos Estados Unidos puderam ver um eclipse do Sol. O eclipse acontece quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, o que projeta uma sombra sobre o planeta. O fenômeno foi visto primeiro na Ásia e percorreu todo o caminho até a América do Norte. Esta foto feita pelo observatório Modis, da Nasa, mostra o eclipse sobre o Oceano Pacífico. A mancha escura à esquerda é a sombra da Lua, enquanto a parte mais clara à direita recebe luz do Sol. O que aparece em branco são as nuvens sobre o mar 

Enguia pré-histórica tem coluna parecida com a humana

Um estudo publicado nesta segunda-feira (14) mostrou que uma enguia que viveu há cerca de 350 milhões de anos já tinha uma coluna vertebral semelhante à dos animais terrestres, incluindo os humanos.

Em geral, os peixes têm uma anatomia mais simples, dividida apenas em duas partes – antes e depois da cauda. Já os animais terrestres têm a coluna separada em cinco seções – cervical (no pescoço), torácica (na parte de cima do tronco), lombar (na parte debaixo do tronco), sacrais (na altura do pélvis) e caudais (na cauda). As vértebras de cada uma dessas regiões possuem características próprias, que revelam a que parte ela pertence.
O fóssil do Tarrasius problematicus, encontrado na Escócia, revela que essa enguia pré-histórica tinha a versão mais complexa, com as cinco subdivisões. A descoberta de Lauren Sallan, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, publicada pela revista científica “Proceedings of the Royal Society B” traz um problema para os paleontólogos.
Normalmente, as características das vértebras eram usadas para determinar se um fóssil era de um animal aquático ou terrestre. Com a novidade, esse traço sozinho não será mais suficiente para revelar os hábitos de um animal pré-histórico.
Estudo da coluna da enguia 'Tarrasius problematicus' (Foto: Lauren Sallan/University of Chicago)
Estudo da coluna da enguia 'Tarrasius problematicus

Sonda faz imagem de eclipse solar visto do espaço


A sonda espacial Hinode fez imagens do eclipse solar do último domingo (20) vistas do espaço, informou a agência espacial americana (Nasa). A Hinode é uma sonda japonesa, fruto de uma parceria com a Nasa e o Reino Unido. O eclipse anular foi visto no Hemisfério Norte, na Ásia e nos Estados Unidos.
A sonda está a 630 km de altitude, em órbita da Terra e é usada para estudar o Sol.

Um eclipse do Sol ocorre quando a Lua se coloca entre a Terra e a estrela. Quando ele é anular, cria um anel de fogo em volta da sombra do satélite.
Fotografia feita pela sonda espacial Hinode do eclipse (Foto: JAXA/Hinode)Fotografia feita pela sonda espacial Hinode do eclipse

Cinzas de ator de Jornada nas Estrelas e de astronauta vão ao espaço


O foguete Falcon 9 que decolou nesta terça-feira (22) para levar a cápsula Dragon à Estação Espacial Internacional carregava também outra carga muito especial: as cinzas do ator James Doohan, o Scotty, da série Jornada nas Estrelas, e do astronauta veterano Gordon Cooper.
No alto à esquerda, o astronauta Gordon Cooper. No alto, à direita, o engenheiro Bob Shrake. Abaixo, o ator James Doohan e as cápsulas levadas a bordo do Falcon 9. (Foto: AP) 
No alto à esquerda, o astronauta Gordon Cooper. No alto, à direita, o engenheiro Bob Shrake. Abaixo, o ator James Doohan e as cápsulas levadas a bordo do Falcon 9
Doohan ficou famoso ao interpretar o engenheiro Montgomery Scott, ou “Scotty”, na série clássica de Jornada nas Estrelas.
Gordon “Gordo” Cooper estava no primeiro grupo de astronautas selecionados pela Nasa, parte do projeto Mercury, em 1959. Ele foi o primeiro astronauta a dormir no espaço e o último homem a participar de uma missão sozinho – de lá para cá, nunca mais ninguém foi enviado sem companhia ao espaço.
A cápsula com as cinzas foi colocada no segundo estágio do foguete e levada até à órbita da Terra. As cinzas de cerca de outras 300 pessoas também estavam a bordo. Entre eles, estava o engenheiro Bob Shrake, que dedicou a vida a desenvolver controles para naves espaciais da Nasa.
O “enterro espacial” custa cerca de US$ 3 mil e pode ser contratado por qualquer pessoa.
O foguete ‘Falcon 9’ decola de Cabo Canaveral. (Foto: John Raoux / AP Photo)O foguete ‘Falcon 9’ decola de Cabo Canaveral.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Nepalês pesquisa idioma que tem apenas uma falante viva

Gyani Maiya Sen é uma aldeã do Nepal de 75 anos muito especial, porque em seus lábios se conserva viva a herança do kusunda, um idioma em extinção de origem desconhecida que os especialistas se esforçam para conservar.

Ela é a última falante conhecida do kusunda. Há outras pessoas -- como seus filhos -- que sabem algumas palavras, mas ela é a única capaz de manter uma conversa fluente, e isto em teoria, já que até agora não tinha com quem praticar.
Gautam Bhojraj, um estudioso nepalês de 27 anos que se dispôs a assumir a tarefa de manter viva esta língua, própria de uma tribo florestal que deixou a vida nômade há poucas décadas.
"Se falo a língua, ela se conservará", diz Gyani Maiya à Agência Efe por telefone, em nepalês, de seu povoado no oeste do Nepal. "Antes não tinha ninguém com quem praticar".
Segundo o censo nepalês de 2001, entre os 26 milhões de habitantes do país, restavam apenas 87 pessoas da etnia kusunda.
"Mas isso é um exagero", ressalta à Efe o professor de linguística Madhav Prasad Pokhrel, da Universidade Tribhuvan de Katmandu, que orienta os trabalhos de Gautam Bhojraj para obter a conservação do kusunda.
Seu motivado orientando tentou encontrar nos últimos anos outros falantes do kusunda no oeste do Nepal, embora sem sucesso. "Algumas pessoas conhecem palavras do idioma, mas só Gyni Maiya pode falar bem", lamenta o pesquisador.
O povo kusunda, uma vez fora das florestas e estabelecido em povoados, deixou de falar sua língua e não a ensinou para seus filhos porque o resto da sociedade desprezava sua origem florestal. "Não nos preocupamos em aprendê-la porque não servia para nada", explica Prem Bahadur Pun, filho da última falante.
Gyani Maiya começou a viver em um povoado com seus pais quando tinha dez anos e se casou com um homem da etnia magar aos 15, enquanto seus companheiros de andanças nas florestas mudavam até o próprio nome para esconder suas origens.
No Nepal, coexistem mais de cem grupos étnicos que falam dezenas de idiomas, a maioria pertencente às famílias linguísticas sino-tibetana, indo-europeia, austro-asiática e dravidiana.
Mas o kusunda parece estar fora dessas categorias: "é uma língua isolada", afirmou o professor Pokhrel. Segundo o pesquisador Gautam, este idioma tem quase mil palavras-raiz, e a forma de combiná-las para formar novas palavras é distinta da de outras línguas.
"É uma língua estranha, mas gosto de aprendê-la. Tem alguns sons guturais, como os que se encontram no árabe e no turco", descreve Gautam.
O kusunda foi descoberto pelo Ocidente em 1969 por um antropólogo austríaco, mas começou a ser estudado em 1995, e graças às novas tecnologias e à arrecadação de recursos, os pesquisadores puderam começar os esforços de conservação no início deste ano.
O curioso é que, agora que há um estudante pesquisando o idioma, Gyani Maiya desempoeirou seus próprios conhecimentos de kusunda e já é capaz de falar a língua de seus ancestrais com muito mais fluência.
"Acho que no início ela tinha vergonha de falar em kusunda, mas agora fala comigo, e sua confiança para usar esta língua cresceu", ressalta Gautam.
Para ele, o problema é que a última falante de kusunda tinha começado a esquecer a sintaxe e a morfologia, e também não tinha os contextos necessários para pôr sua língua em prática. "Se perguntarmos a alguém como se diz uma palavra específica em sua língua, ela talvez não consiga responder, mas a palavra certamente aparecerá quando precisa ser usada no contexto apropriado".
Os contextos de Gyani Maiya eram os que lhe proporcionava sua mãe até sua morte, já faz 25 anos: ambas usavam o kusunda apenas quando precisavam dizer algo sem que as demais pessoas presentes entendessem. O último estertor "natural" do kusunda, portanto, funcionou como uma espécie de código secreto.

Metano preso há milênios está escapando com derretimento do Ártico, diz pesquisa

Gás metano que estava preso há milênios no interior do Ártico está sendo expelido para a atmosfera por causa do derretimento do gelo polar, segundo cientistas americanos.

Em estudo publicado na revista especializada Nature Geoscience, pesquisadores da Universidade do Alasca em Fairbanks (UAF) disseram ter identificado milhares de áreas árticas onde o metano, que estava preso sob o gelo, está conseguindo escapar à medida que este derrete.
Isso pode ter um impacto significativo nas mudanças climáticas globais, dizem.
O metano é segundo gás mais causador do efeito estufa, após o CO2, e seus níveis estão aumentando depois de alguns anos de estabilidade.
Moléculas
As origens do gás são difíceis de serem medidas, já que suas fontes são variadas - por exemplo, decomposição do lixo e criação de gado.
Mas os pesquisadores do projeto no Ártico, liderados por Katey Walter Anthony, identificaram que o gás na região estava retido há muito tempo pela quantidade de diferentes isótopos de carbono nas moléculas de metano.
A partir de pesquisas aéreas e de campo, a equipe identificou 150 mil pontos de metano no Alasca e na Groenlândia, em lagos margeados por gelo.
Amostras locais mostram que alguns desses pontos estão liberando metano antigo, possivelmente proveniente de depósitos naturais de gás ou de carvão sob os lagos. Outras áreas estão expelindo gás mais recente, possivelmente formado a partir da decomposição de vegetais nos lagos.
Segundo o estudo, esse fenômeno pode acontecer em outras regiões, onde bacias sedimentares estão cobertas por um subsolo congelado (chamado de permafrost), por geleiras ou coberturas de gelo ricas em gás natural. Uma das áreas onde isso pode ocorrer é o oeste da Sibéria.
Se o derretimento ocorrer substancialmente até 2100, 'o resultado será um grande aumento no ciclo de metano, com potenciais implicações para o aquecimento global'.
Aquecimento mais rápido
A quantificação da liberação de metano no Ártico é uma área de pesquisa florescente, já que diversos países estão enviando missões para monitorar as terras e os mares da região.
'O Ártico é a região do planeta que mais rapidamente se aquece e tem muitas fontes de metano que podem elevar (sua emissão) à medida que a temperatura subir', afirmou Euan Nisbet, professor e pesquisador do metano no Ártico para a Universidade de Londres.
'E essa é mais uma preocupação séria: o aquecimento provoca ainda mais aquecimento.'
A seriedade e a urgência da ameaça da situação identificada no Ártico são motivos de controvérsia - alguns cientistas dizem acreditar que os impactos disso não serão percebidos por muitas décadas, enquanto outros alertam para a possibilidade de uma aceleração rápida do processo de aquecimento global.

Novo telescópio solar é inaugurado na Espanha


O maior telescópio solar da Europa, chamado Gregor, foi inaugurado nesta segunda-feira (21) no Observatório do Teide, nas Ilhas Canárias, na Espanha. O projeto coordenado por um consórcio alemão servirá para auxiliar a observação e compreensão dos processos que acontecem no Sol.
Durante a inauguração do Gregor, o diretor do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), Francisco Sánchez, explicou que esta infraestrutura é uma prova de cooperação que ajuda o desenvolvimento conjunto.
Telescópio Gregor, construído nas Ilhas Canárias (Foto: Desiree Martin/AFP)Telescópio Gregor, construído nas Ilhas Canárias 
Os custos deste telescópio e de seus primeiros instrumentos são de aproximadamente 12,85 milhões de euros (cerca de R$ 33,6 milhões), custeados em grande parte pelo consórcio alemão, que inclui o Instituto de Astrofísica de Potsdam-Leibinz e o Instituto de Pesquisa Solar Max Planck em Katlenburg-Lindau, como parceiros.
O Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), assim como o Instituto de Astrofísica de Göttingen e o Instituto Astronômico da Academia de Ciência da República Tcheca, também participam deste projeto.

O telescópio solar Gregor ajudará a compreender melhor os processos físicos que são produzidos na maioria das estrelas do universo, além de resolver questões sobre como a atividade solar afeta e danifica os satélites e as redes de energia da Terra.
O novo aparelho também permitirá uma observação da atmosfera solar com uma resolução nunca vista até agora. Isso porque o Gregor possui uma abertura de 1,5 metros, um número superior ao do resto dos telescópios solares instalados nos observatórios do IAC.
A resolução espacial, espectral e temporal permite que os pesquisadores possam seguir os processos físicos na superfície do Sol em escalas menores -- como 70 quilômetros, por exemplo.
Ao contrário do que ocorre com o resto de telescópios solares, o desenho do Gregor é totalmente aberto, já que sua cúpula é substituída por um teto retrátil. Esse mecanismo evita o superaquecimento da estrutura e dos espelhos.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Veja imagens do eclipse solar

Foto de longa exposição mostra vários momentos do eclipse em Utsunomiya, no Japão
Foto de longa exposição mostra vários momentos do eclipse em Utsunomiya, no Japão

Eclipse solar é visto no Japão e Taiwan


Moradores de países como Japão e Taiwan puderam desfrutar na manhã de segunda-feira (21), ainda noite de domingo no Brasil, de uma vista privilegiada do eclipse solar.
Por volta das 7h30 no horário local (19h30 do domingo em Brasília) Tóquio foi a maior metrópole desde a qual se pode ver o fenômeno, no qual a Lua cobriu o Sol até tapar cerca de 94% de sua superfície e desenhar um anel.
Parte do eclipse solar, fotografado em Tóquio (Foto: Kim Kyung-Hoon / Reuters)
Parte do eclipse solar, fotografado em Tóquio 
O evento, que na capital japonesa só se repetirá com estas características dentro de três séculos, levantou uma grande expectativa e levou à tomada de medidas como a mudança de horário de muitos colégios para permitir que as crianças o vejam acompanhadas.
Também foram distribuídos folhetos com recomendações que lembram que não se deve olhar diretamente para o sol sem a proteção adequada e descrevem como observar de forma segura o eclipse, que será visível em grande parte do arquipélago japonês.
O fenômeno, quando a lua e o sol se alinham com a Terra, visto a partir da escola Hirai Daini em Tóquio (Foto: Issei Kato / Reuters)
O fenômeno, quando a lua e o sol se alinham com a Terra, visto a partir da escola Hirai Daini em Tóquio 
Algumas joalherias de Tóquio aproveitaram para promover a venda de anéis comemorativos deste eclipse, ao mesmo tempo em que vários estabelecimentos colocaram em suas vitrines toda uma gama de óculos, telas negras e telescópios.
Embora todo o processo dure duas horas, a fase anular só pode ser vista durante cinco minutos.
A última vez que um fenômeno deste tipo pôde ser visto na capital japonesa foi há 173 anos, em setembro de 1839.

domingo, 20 de maio de 2012

'Não é um fracasso', diz presidente da SpaceX sobre lançamento abortado


A agência espacial americana (Nasa) deu explicações, em uma coletiva de imprensa às 7h30 (horário de Brasília), a respeito do lançamento abortado da 1ª nave espacial privada rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês). Gwynn Shotwell, presidente da SpaceX, empresa responsável pela missão, afirmou que o caso "não é um fracasso. Abortamos com um propósito". Assista no vídeo ao lado uma animação do que é previsto para a missão.
Segundo ela, um problema de elevada pressão no motor 5 do foguete Falcon 9 foi a causa do cancelamento da missão no último segundo, que ocorreu em Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. "Temos que fazer o lançamento com todos os nove motores funcionando, por isso a decisão de abortar. Não podemos culpar nossos homens por essa", afirmou. A nave levaria a cápsula não-tripulada Dragon, carregando cerca de 500 quilos de suprimentos.
Imagem da TV Nasa mostra a espaçonave na estação de Cabo Canaveral minutos depois da operação ter sido abortada por problemas técnicos (Foto: NASA / AP)Imagem da TV Nasa mostra a Falcon 9 na estação de Cabo Canaveral minutos depois da operação ter sido abortada por problemas técnicos
"O que vamos fazer agora é manter a área com segurança", explicou. "Estaremos lá procurando o que houve de problemas e faremos uma declaração oficial em breve". Shotwell disse também que "é possível reparar o problema" e que Falcon 9 deve ser lançado no dia 22 de maio. "Faremos uma inspeção visual e abriremos o foguete caso necessário".
A SpaceX recebeu US$ 1,6 bilhão da agência espacial americana (Nasa) para fazer 12 voos de reabastecimento da ISS, após a aposentadoria dos ônibus espaciais no ano passado. Este voo, por ser um teste, não conta como um deles.

Outra empresa contratada para o mesmo serviço, a Orbital Technologies, ainda não colocou uma nave em órbita.
O desafio é grande e a Nasa já adiantou que mesmo que algo dê errado, o projeto vai continuar. No material de divulgação à imprensa, a própria SpaceX se dizia preparada para problemas. “Se algum aspecto da missão não tiver sucesso, a SpaceX vai aprender com a experiência e tentar de novo.”
Se a missão conseguir superar esses desafios, os voos robóticos de reabastecimento da estação podem começar a virar rotina. E mais: tanto o Falcon 9 quando a Dragon foram projetados para carregar astronautas.
Caso a empresa consiga provar que consegue voar com segurança, os americanos – que estão sem naves próprias desde a aposentadoria de Discovery, Endeavour e Atlantis – finalmente poderão voltar ao espaço por conta própria.
Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS (Foto: Space X)Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS

Lançamento da 1ª nave espacial privada rumo à ISS é abortado


Foi abortado na manhã deste sábado (19), na base de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, o lançamento da primeira nave espacial construída pela iniciativa privada rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Um provável problema de elevada pressão em um dos motores do foguete Falcon 9 teria causado o cancelamento, de acordo com a SpaceX, empresa responsável pela missão.
Uma coletiva de imprensa será concedida às 7h30 (horário de Brasília) deste sábado para detalhar os problemas encontrados na tentativa de lançamento deste sábado. A nave levava a cápsula não-tripulada Dragon, carregando cerca de 500 quilos de suprimentos.
Assista no vídeo acima uma animação do que é previsto para a missão.
A SpaceX recebeu US$ 1,6 bilhão da agência espacial americana (Nasa) para fazer 12 voos de reabastecimento da ISS, após a aposentadoria dos ônibus espaciais no ano passado. Este voo, por ser um teste, não conta como um deles.

Outra empresa contratada para o mesmo serviço, a Orbital Technologies, ainda não colocou uma nave em órbita.
O desafio é grande e a Nasa já adiantou que mesmo que algo dê errado, o projeto vai continuar. No material de divulgação à imprensa, a própria SpaceX se dizia preparada para problemas. “Se algum aspecto da missão não tiver sucesso, a SpaceX vai aprender com a experiência e tentar de novo.”
Se a missão conseguir superar esses desafios, os voos robóticos de reabastecimento da estação podem começar a virar rotina. E mais: tanto o Falcon 9 quando a Dragon foram projetados para carregar astronautas.
Caso a empresa consiga provar que consegue voar com segurança, os americanos – que estão sem naves próprias desde a aposentadoria de Discovery, Endeavour e Atlantis – finalmente poderão voltar ao espaço por conta própria.
Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS (Foto: Space X)Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS 

Pesquisadores do Ceará registram imagem de 'mancha monstro' do Sol


Estudantes do IFCE podem observar manchas solares (Foto: N-Astro/IFCE)
Estudantes do IFCE também puderam observar
manchas solares 
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) anunciou o registro de imagens de manchas solares captadas pelo Núcleo de Astronomia de campus da cidade de Juazeiro do Norte. O registro ocorreu nos dias 10 e 14 de maio. São imagens do um grupo de manchas solares AR 1476, ou Região Ativa 1476, descoberto recentemente por cientistas da Nasa. De acordo com o N-Astro, a “mancha monstro”, como foi apelidada o grupo, pode ser observada sem instrumentos ópticos, mas é necessário um filtro adequado para evitar danos permanentes nos olhos.
"Conseguimos imagens muito boas dessas manchas solares que têm um tamanho anormal das outras”, afirma o coordenador do N-Astro, Wilame Teixeira. O professor de física explica que o surgimento das manchas são comuns e a quantidade delas determina o período da atividade solar. Além das imagens feitas pelos pesquisadores, os estudantes e professores do campus de Juazeiro do Norte também observaram a “mancha monstro” no telescópio.
Segundo o núcleo, que trabalha para a divulgação científica, a segurança para observação visual e fotográfica da “mancha monstro” do Sol foi possível com a utilização de um filtro solar especial acoplado ao telescópio. As manchas solares medem um diâmetro estimado de cerca de 160.000 km, o equivalente a uma área coberta na superfície do Sol de 12 planetas Terra.
Imagem em alta resolução na região ativa 1476 (Foto: N-Astro/IFCE)Imagem em alta resolução nas manchas solares região ativa 1476 
Manchas solares
De acordo com a descrição da N-Astro, a imagem em alta resolução obtida pelo telescópio do núcleo mostra que as manchas solares são formadas por regiões escuras, chamada “umbras” e com temperatura que chega a 3.800°C, cercadas de regiões menos escuras, que são as “penumbras” e apresentam temperaturas da ordem de 5.300° C.

Segundo o núcleo, as manchas solares aparecem escuras na “superfície” do Sol porque ficam em regiões “frias” em relação às outras regiões vizinhas de temperaturas mais altas. Ao contrário do cor escura no registro fotográfico, as manchas são aproximadamente 10 vezes mais brilhantes do que a Lua cheia, segundo os pesquisadores.