Uma vida é muito longa em relação ao picossegundo
que leva para que dois átomos formem uma molécula, mas é um piscar de
olhos se comparada a muitos fenômenos naturais, como a formação de
cadeias de montanhas ou a colisão de galáxias. Para responder questões
que levam mais que uma vida para serem resolvidas os cientistas repassam
seus esforços entre gerações.
Em medicina, por exemplo, estudos longitudinais costumam acompanhar assuntos bem depois de os pesquisadores originais terem morrido; alguns estudos ainda em andamento começaram nos anos 20. O recorde da mais extensa sequência de coleta ininterrupta de dados da história deve pertencer aos antigos Diários astronômicos, dos babilônios, que contêm pelo menos seis séculos em observações desde o primeiro milênio antes de Cristo; esses registros revelaram padrões recorrentes de eventos como eclipses solares e lunares.
Na maior parte dos campos da pesquisa científica questões mais interessantes e fundamentais continuam em aberto porque os cientistas simplesmente não tiveram tempo suficiente para estudá-las. Mas e se o tempo não fosse um empecilho? Recentemente, conversei com pesquisadores-líderes em vários campos sobre quais problemas atacariam se tivessem mil anos – ou 10 mil, ou mesmo 1 milhão de anos – para fazer observações ou realizar experimentos. (Para manter o foco em ciência e não em futurologia, pedi que imaginassem que só poderiam usar tecnologia considerada de ponta hoje.) As versões condensadas de suas intrigantes respostas são as seguintes:
Em medicina, por exemplo, estudos longitudinais costumam acompanhar assuntos bem depois de os pesquisadores originais terem morrido; alguns estudos ainda em andamento começaram nos anos 20. O recorde da mais extensa sequência de coleta ininterrupta de dados da história deve pertencer aos antigos Diários astronômicos, dos babilônios, que contêm pelo menos seis séculos em observações desde o primeiro milênio antes de Cristo; esses registros revelaram padrões recorrentes de eventos como eclipses solares e lunares.
Na maior parte dos campos da pesquisa científica questões mais interessantes e fundamentais continuam em aberto porque os cientistas simplesmente não tiveram tempo suficiente para estudá-las. Mas e se o tempo não fosse um empecilho? Recentemente, conversei com pesquisadores-líderes em vários campos sobre quais problemas atacariam se tivessem mil anos – ou 10 mil, ou mesmo 1 milhão de anos – para fazer observações ou realizar experimentos. (Para manter o foco em ciência e não em futurologia, pedi que imaginassem que só poderiam usar tecnologia considerada de ponta hoje.) As versões condensadas de suas intrigantes respostas são as seguintes: