sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Telescópio Espacial Hubble continua capturando imagens de cair o queixo por todo o universo

NGC 2683
Esta imagem recém divulgada mostra a galáxia NGC 2683, apelidada de Galáxia UFO. Usando luz infravermelha, a Câmera Avançada de Pesquisa do Hubble conseguiu esta imagem.

                                                                Messier 9
Esta é a foto mais detalhada já capturada do aglomerado de estrelas Messier 9. Cientistas acreditam que os aglomerados de estrelas abrigam algumas das mais antigas estrelas de nossa galáxia. Messier 9 fica a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, bem perto do centro da Via Láctea.

                                             Nebulosa planetária 6881                   
Esta imagem do Hubble mostra uma nebulosa planetária localizada na constelação de Cygnus. Cientistas acreditam que a forma da nebulosa é causada por uma estrela binária, que fica em seu centro. No centro da imagem vemos a nebulosa interior, com cerca de um quinto de ano-luz de diâmetro, e irradiando deste centro vemos as 'asas', que se espalham por cerca de um ano-luz, de ponta a ponta.

                                                  Galáxia NGC 1483
Esta galáxia espiral barrada faz parte do Grupo Dorado de galáxias, localizadas cerca de 62 milhões de anos-luz de distância. Este grupo compreende cerca de 70 galáxias, e muitas outras galáxias distantes podem ser vistas na imagem.

                                                      Matéria escura
Esta imagem composta mostra a distribuição da matéria escura, as galáxias e gás quente no centro do aglomerado de galáxias em formação Abell 520, formado a partir de uma violenta colisão de aglomerados de galáxias massivas. O Hubble foi um dos muitos telescópios utilizados para compor esta imagem. Segundo a NASA: 'A mistura de azul e verde no centro da imagem revela que um aglomerado de matéria escura reside perto da maior parte do gás quente, onde muito poucas galáxias são encontradas. Este achado confirma observações anteriores de um núclero de matéria escura, no aglomerado. O resultado pode representar um desafio para as teorias básicas da matéria escura, o que prediz que galáxias estão ancoradas à matérias escura, mesmo durante o choque de uma colisão'.

                                                   Antila, a galáxia anã 
 Esta galáxia isolada está localizada a mais de quatro milhões de anos-luz da Terra e só foi descoberta em 1997.


                                                         Eta Carinae
Registros mostram que em 1843 a Eta Carinae se tornou uma das estrelhas mais brilhantes no céu, mas eventualmente começou a escurecer e, no século 20, tornou-se invisível a olho nu. O sistema da estrela começou a brilhar de novo e tem sido um alvo regular do Hubble ao longo de seus 22 anos de serviço.

                                     Nebulosa planetária Hen 3-1333
Esta imagem do Hubble mostra a nebulosa planetária Hen 3-1333, mais especificamente uma estrela, com cerca de 60% da massa de nosso sol, agonizando.

Cientista está propondo que dinossauros inteligentíssimos surgiram em outros mundos


Telescópio Kepler da NASA examina os céus para encontrar “mundos habitáveis” – mas um químico americano sugeriu que o projeto como um todo, é uma péssima ideia.
 Ronald Breslow sugere que as formas de vida baseadas em aminoácidos e açúcares pode não ser a mesma, dando origem a dinossauros ferozes que evoluíram para possuir inteligência humana e tecnologia avançada.
“Seria melhor para nós que não os conhecêssemos”, disse Breslow, afirmando que foi um golpe de sorte o grande asteroide ter caído no planeta, deixando o campo livre para que mamíferos prosperassem, bem como nós, os humanos.
 Em outros mundos, os dinossauros poderiam ter evoluído em enormes animais inteligentes com grande potencial de ataque, verdadeiros “guerreiros” armados com equipamentos tecnológicos – mas sem perder sua enorme fome de carne fresca.
 “Mostrar como isso poderia ter acontecido não é tão simples. Uma implicação deste trabalho é que em outras partes do Universo possa haver formas de vidas baseadas em apenas D-aminoácidos e L-açúcares”, comenta o pesquisador.
 E ele continua: “Essas formas de vida poderiam muito bem ser versões avançadas de dinossauros. Nós os mamíferos tivemos sorte pela queda do asteroide”. 
Nos relatórios observados, Ronald Breslow que possui Ph.D., discute o mistério secular da razão pela qual os blocos de construção terrestres serem os aminoácidos (que formam as proteínas), açúcares e o DNA e RNA (materiais genéticos que existem principalmente em uma orientação ou forma definida).
 Para existir a vida, proteínas, por exemplo, precisam conter apenas uma forma quiral de aminoácidos, para esquerda ou para direita.
Com exceção de algumas bactérias, os aminoácidos em toda a vida na Terra têm orientação para a esquerda. A maioria dos açúcares tem uma orientação para a direita. Como essa homoquiralidade predominante pode ocorrer?

Breslow descreve evidências que apoiam a ideia de que os ácidos aminados incomuns transportados para a Terra através de meteoritos há 4 bilhões de anos, estabeleceu o padrão da forma dos aminoácidos com a geometria levógira, o tipo de proteína terrestial, bem como os padrões dextrógiro dos açúcares no DNA.
Segundo o pesquisador, os aminoácidos poderiam ter formado uma conformação espacial diferente, dando origem a outros animais inimagináveis, com propriedades incríveis e jamais pensadas em outros locais nos confins do Universo.

Apollo 13: há 42 anos, explosão no espaço interrompia missão

Houston, we have a problem: missão Apollo 13, com o comandante James Lovell, o piloto John Swigert e o piloto do módulo lunar Fred W. Haise foi .... Foto: Nasa/Divulgação
Houston, we have a problem: missão Apollo 13, com o comandante James Lovell, o piloto John Swigert e o piloto do módulo lunar Fred W. Haise foi considerada uma "falha bem sucedida"


Há 42 anos, uma explosão no tanque de oxigênio número 2 da Apollo 13 interrompia os planos dos Estados Unidos de realizarem a terceira missão a pousar na Lua. Lançada da Flórida no dia 11 de abril de 1970 com o comandante James Lovell, o piloto John Swigert e o piloto do módulo lunar Fred W. Haise, a nave foi resgatada no dia 17, no Pacífico. A história virou filme em 1995, com Tom Hanks, Kevin Bacon e Bill Paxton interpretando os respectivos astronautas.
Apesar de o objetivo final não ter sido atingido, a missão é considerada pela Nasa, a agência espacial americana, como uma "falha bem sucedida", já que foi possível aprimorar o conhecimento para casos de emergência e resgate.
Investigações apontaram depois que a explosão foi causada devido a modificações no sistema de oxigênio, que aumentaram a voltagem nos tanques de 28 para 65 volts. Contudo, os interruptores termostáticos não foram adaptados para a mudança e não resistiram ao superaquecimento.
Em janeiro deste ano, a Nasa impediu que a caderneta usada pelo comandante James Lovell para refazer os cálculos e possibilitar o retorno da Apollo 13 à Terra fosse leiloado. A agência quer que artefatos utilizados em viagens espaciais não sejam comercializados.
Segundo a Heritage Auctions, empresa que leiloaria a caderneta de Lovell, as anotações no objeto foram feitas logo após o contato dos astronautas com a base, momento em que foi dita a célebre frase "Houston, we have a problem!" (Houston, temos um problema!). A expectativa era de que a peça, um manual de ativação do módulo lunar, atingisse um valor em torno de US$ 25 mil.

A caderneta usada pelo comandante James Lovell para refazer os cálculos e possibilitar o retorno da Apollo 13 à Terra em 1970, após a nave ter sofrido sérios danos no espaço, seria leiloada dia 30 de novembro, mas Nasa impediu  Foto: Heritage Auctions/AP




Iate de R$ 43 milhões construído para bilionário lembra nave espacial


E o mercado marítimo entrou numa nova era: a espacial. Pelo menos foi essa a intenção do design John Shuttleworth ao criar o iate Adastra, apresentado nesta sexta-feira (13) em evento realizado na China.
A embarcação de luxo, que custou R$ 43,8 milhões e lembra modelos de naves espaciais que, por enquanto, só são vistas em filmes de ficção científica, foi encomendada por um empresário bilionário.
O barco tem 42,5 metros de comprimento, 16 metros de largura e pesa 52 toneladas. Com capacidade para transportar 15 pessoas, entre hóspedes e tripulantes, o Adastra foi construído com um sistema de monitoramento que possibilita, por exemplo, conduzi-lo com um iPad – mas dentro de um raio de 50 metros de distância.
O iate Adastra é apresentado em feira realizada na China. Modelo foi construído para lembrar uma nave espacial. (Foto: Reprodução)
O iate Adastra é apresentado em feira realizada na China. Modelo foi construído para lembrar uma nave espacial. 

Inteligência humana evoluiu graças a preocupação, diz pesquisa

A preocupação pode ter evoluído junto com a inteligência como uma característica benéfica do ser humano, segundo um estudo liderado por cientistas da Suny Downstate Medical Center, em Nova York, nos Estados Unidos.Jeremy Coplan, professor de psiquiatria da Suny Downstate, e seus colegas descobriram que a inteligência elevada e a preocupação excessiva têm relação com o mesmo tipo de atividade cerebral, o que sugere que a inteligência pode ter evoluído a partir da preocupação dos seres humanos.
"Enquanto a preocupação excessiva é geralmente vista como um traço negativo e a alta inteligência como uma algo positivo, a preocupação pode ajudar a nossa espécie a evitar situações perigosas, independentemente de quão remota seja a possibilidade de isso vir a acontecer," disse Coplan.
"Em essência, a preocupação pode fazer as pessoas não se arriscarem e terem taxas mais altas de sobrevivência. Assim, como a inteligência, a preocupação pode conferir uma vantagem à espécie", reitera o líder do estudo.
Na pesquisa, pacientes com transtorno de ansiedade foram comparados a voluntários sadios para avaliar a relação entre quociente de inteligência (QI), preocupação e metabolismo.
Em um grupo controle de voluntários normais, o QI elevado foi associado a um menor grau de preocupação. Mas em pessoas diagnosticadas com o transtorno, o maior QI foi associado ao maior grau de preocupação. A correlação entre QI e preocupação foi significativa em ambos os grupos.
No entanto, no primeiro caso, a correlação foi positiva e no último, negativa. Foram avaliados 18 voluntários saudáveis (oito homens e 10 mulheres) e 26 pacientes com o transtorno (12 homens e 14 mulheres).
Estudos anteriores indicaram que a preocupação excessiva tende a existir tanto em pessoas com inteligência superior e inferior, e pouco menos em pessoas de inteligência moderada. Foi levantada ainda a hipótese de que pessoas com menor inteligência sofrem mais ansiedade, porque alcançam menos sucesso na vida.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Repórter da BBC faz visita inédita a centro espacial da Coreia do Norte


O repórter da BBC Damian Grammaticas foi um dos primeiros jornalistas estrangeiros a ter acesso ao centro de lançamento de foguetes da Coreia do Norte, apontado por americanos e vizinhos do país comunista como um programa de propulsão de mísseis disfarçado. Os norte-coreanos, por outro lado, alegam que a base está sendo usada exclusivamente para lançar o primeiro satélite do país. Confira o relato.
'Os guardas do lado de fora do centro de lançamento de satélites da Coreia do Norte não sorriem, mas não é de se estranhar, afinal eles nunca viram jornalistas estrangeiros por aqui antes.
Foguete norte-coreano (Foto: BBC)Foguete norte-coreano 
O outrora local secreto no interior do país fica a cerca de meia hora da capital Pyongyang. Nos campos cheios de lama da região, soldados cavam hortas com enxadas e agricultores plantam mudas com as próprias mãos.

Ninguém descreveria o centro de controle da missão norte-coreana como imponente. A base fica em um edifício pequeno, de dois andares, pouco chamativo se comparado à sede da Nasa em Houston ou ao comando espacial da Rússia.
E há outra diferença. Bem em frente ao edifício há uma grande jaula, grande o bastante para acomodar um homem, com vários metros de comprimento. Nela, vivem um veado e vários faisões.
Não está claro se esses bichos são mantidos como animais domésticos ou se servirão de banquete para os cientistas espaciais da Coreia do Norte.
Ao subir os degraus da base e passar pelo portão principal, o visitante depara-se imediatamente com uma pintura panorâmica pendurada em uma parede que mostra uma paisagem impressionante e os dois líderes norte-coreanos já mortos -- Kim Il-sung e seu filho, Kim Jong-il -- apontando, talvez para o futuro.
Sala de controle da missão espacial norte-coreana é bem mais simples que a da Nasa (Foto: BBC) Sala de controle da missão espacial norte-coreana é bem mais simples que a da Nasa 
Abertura inédita Mas o recluso regime da Coreia do Norte, agora comandado pelo número 3 na dinastia governante, Kim Jong-un, parece iniciar um processo de abertura pela primeira vez.
Assim, nosso grupo de jornalistas foi encaminhado para o centro nervoso do edifício. Lá, 16 técnicos comandam o lançamento do satélite. Vestindo jalecos brancos, como médicos, eles estão sentados diante de telas de computadores.
As imagens em um telão dão pistas sobre o lançamento do satélite e mostram o foguete da Coreia do Norte sendo abastecido. Somos informados de que o satélite que o foguete levará ao espaço já foi acoplado.
Nunca antes o coração do programa espacial da Coreia do Norte foi exposto ao mundo dessa forma.
''Alguns insistem em dizer que nosso programa espacial pacífico é um teste de mísseis'', afirma Paek Chang-ho, chefe do centro de controle de satélites.
''Foi por isso que nos os convidamos, para mostrar de forma clara que nosso programa nada mais é do que o lançamento de um satélite, não de um míssil balístico. Espero que vocês nos apoiem em mostrar a transparência de nosso programa de lançamento de satélites'', disse Pake Chang-ho, dirigindo-se aos jornalistas estrangeiros.


Temores
A abertura iné
dita da Coreia do Norte é uma forma de aplacar temores de que o país estaria prestes a testar uma tecnologia de lançamento de uma ogiva capaz de alcançar até os Estados Unidos.
Os Estados Unidos advertiram que o lançamento seria uma infração às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que impedem a Coreia do Norte de testar tecnologia de mísseis. Se a Coreia do Norte decidir levar um teste adiante, ela poderá sofrer sanções da ONU, afirmam os americanos.
Mas Paek Chang-ho diz que ao repreender os norte-coreanos, os Estados Unidos estão tratando o país como uma criança. ''Nós somos adultos -- o que estou dizendo (para os Estados Unidos) é que não se metam nos nossos assuntos'', acrescenta.
A Coreia do Norte não dá sinais de querer perder tal autonomia. Kim Jong-un, que ainda não completou 30 anos, recebeu o título de primeiro secretário do Partido dos Trabalhadores, seguindo os passos de seu e avô, que governaram antes dele.
Enquanto a conferência do Partido dos Trabalhadores era realizada, fomos levados para ver a Universidade Kim Il-sung. Não tenho certeza do porquê de nossos hóspedes do governo norte-coreano terem nos trazido ali.
Eles nos mostraram a piscina, um complexo gigante e novo em folha, cheio de jovens e saudáveis norte-coreanos, nadando para cima e para baixo na piscina olímpica.
Outros estavam se divertindo, deslizando em escorregadores ou recebendo massagens de jatos de água. Havia até mesmo um elevador envidraçado para que o visitante não seja obrigado a subir degraus para alcançar os trampolins mais altos.


Isolamento
Nossos anfitriões também nos mostraram a livraria virtual, onde estudantes estudavam diante de seus computadores, mas sem acesso à internet, conectados apenas à limitadíssima intranet norte-coreana.

Diante de um terminal estava Kim Gwang-hyok, de 31 anos, que estudava a história dos líderes revolucionários da Coreia do Norte. Ele é dois anos mais velho do que o atual líder do país, mas disse confiar e acreditar em Kim Jong-un e ver nele as mesmas qualidades que seu pai e avô.
O jovem Kim Jong-un agora está no comando dos programas de foguete do país e de suas bombas nucleares. Apesar das novas tentativas de abertura, muitos no exterior ainda acreditam que as perspectivas não são animadoras'.

Novo observatório faz descobertas sobre planetas a 25 anos-luz da Terra


O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quinta-feira (12) um estudo sobre o sistema planetário da estrela Formalhaut, a cerca de 25 anos-luz da Terra.
Observatório Alma registrou a parte em laranja da imagem. A parte em azul foi obtida no passado pelo Telescópio Espacial Hubble (Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/the NASA/ESA Hubble Space Telescope)Observatório Alma registrou a parte em laranja da imagem. A parte em azul foi obtida no passado pelo Telescópio Espacial Hubble 
Foi a primeira pesquisa feita com base em imagens obtidas pelo novo observatório Alma, que ainda está em construção no Chile.

Com a nova tecnologia, foi possível observar a região com mais precisão, e os astrônomos viram as bordas do disco de poeira em torno da estrela mais bem delineada. Juntando isso a simulações de computador, eles conseguiram calcular o tamanho dos planetas do sistema.
Os planetas encontrados em torno de Formalhaut são, no máximo, poucas vezes maiores que a Terra. Em 2008, dados do Telescópio Espacial Hubble levaram a crer que eles seriam do tamanho de Saturno, segundo maior planeta do Sistema Solar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Fóssil encontrado mostra que peixe não sofreu evolução em mais de 400 milhões de anos


Um grupo de peixes antigos chamados celacantos, mudaram pouquíssimos ao longo do tempo, sendo chamados de “fósseis vivos”.
  Agora, os restos de um crânio encontrado na província de Yunnan, China, confirmam que estas criaturas basicamente ficaram inalteradas ao longo de 400 milhões de anos.
  Estes peixes foram cotados terem sido mortos juntos com os dinossauros, desaparecendo por completo, até o primeiro celacanto ter sido descoberto em uma rede de pesca em 1938 na costa oriental da África do Sul. Desde então, outros foram encontrados nas costas do Oceano Índico.
Embora seja clara como se deu sua história, os fósseis que deixaram para trás tem sido escassos até o momento. Um maxilar inferior datado de 400 milhões de anos descoberto na Austrália, sugeriu pela primeira vez que o celacanto possuía aparência combinada de duas espécies vivas atualmente.
  Este fóssil tem sido descrito como o mais antigo celacanto, mas os autores da pesquisa escreveram que ele fornece tão poucas informações que eles não podem afirmar com toda certeza em qual árvore genealógica ou qual família este peixe se encaixaria.
A mais recente evidência fóssil, os restos de um crânio, mostra que o fóssil anterior encontrado na Austrália era uma espécie de “celacanto moderno”, de acordo com pesquisadores que publicaram um estudo ontem, 10 de abril, na revista Nature Communications.
Os celacantos pertencem a um grupo antigo, os peixes de nadadeiras lobadas, que possuem barbatanas ligadas a hastes, em vez de diretamente a seus corpos.
Segundo os cientistas, os celacantos são intermediários entre os peixes com pulmões e os tetrápodes – animais de quatro patas, incluindo o ser humano.

Encontrado sistema solar na constelação de Hydrus que pode ser gêmeo do nosso


  O nosso sistema solar pode ter um irmão gêmeo – foi encontrado um sistema com nove planetas.
O sistema solar encontrado possui apenas um planeta a mais que o nosso, mas se levarmos em consideração que até pouco tempo atrás plutão fazia parte... A pesquisa foi publicada na revista Astronomy and Astrophysics, chefiado por Mikko Tuomi que reanalisou os dados extraídos da estrela HD 10180 capturada por um satélite de altíssima resolução do Chile.
 
Essa estrela tem sido estudada há anos por causa de sua distância relativamente próxima, cerca de 130 anos-luz, sendo bastante brilhante e fácil de ser estudada pelos astrônomos.
  Estudos recentes detectaram que a estrela, que está na constelação de Hydrus, encontrou 6 planetas orbitando-a, com possibilidade de confirmação do 7º planeta nas próximas semanas. No entanto, outra pesquisa já tinha confirmado a existência do 7º planeta e cogitava a possibilidade de terem mais 2 em órbita.
 
Os dois últimos planetas encontrados são chamados de super-Terras por serem 1,9 e 5,1 mais pensados que a Terra. Os novos planetas seguem órbitas quentes, circulando sua estrela em menos de 10 dias (o planeta menor) e 68 dias (o planeta maior).
  Um dos novos planetas a ser descoberto, o sétimo, foi confirmado sendo particularmente muito próximo de sua estrela. Com uma massa 1,3 vezes maior do que a Terra encontra-se mais próximo de sua estrela do que Mercúrio, tornando sua superfície praticamente líquida com estanho, zinco e ferro.
O estudo mostra que a estrela é “muito calma”, o que impossibilita ou torna improvável que outros planetas encontrados possam provocar eventos significativos.
Outros sistemas solares já foram encontrados com 3 ou 4 planetas orbitando, mas um parecido com o nosso da Via Láctea é a primeira vez.

asteroide AG5 pode atingir a Terra em 2040


Um asteroide com cerca de 140 metros de diâmetro tem preocupado alguns pesquisadores e cientistas por estar em rota de colisão com a Terra. A previsão é de que o AG5, como foi batizado, chegue próximo do nosso planeta em 2040. Segundo o jornal Huffington Post, alguns pesquisadores têm se reunido para discutir como desviá-lo.
Em seu último pronunciamento sobre o asteroide, em 28 de fevereiro, a agência espacial americana (Nasa) afirmou que a possibilidade de colisão é "muito pouco provável" e que o AG5 tem chance 1 na escala Torino, que mede até 10 o risco de impacto na Terra.
O AG5 foi identificado em 8 de janeiro de 2011. Astrônomos conseguiram descobri-lo através de um telescópio refletor Cassegrain de 60 polegadas, localizado no cume do Monte Lemmon nas montanhas Catalina, norte de Tucson, Arizona.
Devido à sua localização atual, ainda não é possível ter outros detalhes do AG5 para que os cientistas possam confiantemente projetar sua distância da Terra no futuro. Mas esse dia está chegando, afirma a Nasa.
Em setembro de 2013, a agência afirma que terá a oportunidade de fazer observações adicionais quando o asteroide estiver a 147 milhões de quilômetros da Terra. Assim, a Nasa espera descartar inteiramete a probabilidade de qualquer impacto em 2040.

Trabalho em equipe levou à evolução do cérebro humano, sugere estudo

O trabalho em equipe pode ser o elemento que diferenciou os humanos dos demais animais e levou ao desenvolvimento de um cérebro tão grande, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11) pela revista "Proceedings of the British Royal Society".

Em comparação com o de seus antecessores hominídeos, o cérebro do Homo sapiens pode ser visto como o de um gigante, mas os cientistas, apesar de seus cérebros superdesenvolvidos, nunca puderam explicar por que a evolução levou a esse resultado.
Segundo pesquisadores irlandeses e escoceses, a resposta pode ser muito simples: para sobreviver, o ser humano precisou cooperar com seus semelhantes e, portanto, precisou se dotar de um cérebro suficientemente grande para navegar na complexidade das relações sociais.
Para realizar o estudo, projetaram um modelo informático que reproduzia o cérebro humano, no qual a rede de neurônios era capaz de evoluir para responder a uma série de desafios sociais. Depois, submeteram este cérebro virtual a dois cenários.
No primeiro, dois delinquentes foram detidos pela política e cada um podia decidir se denunciava ou não seu cúmplice. No segundo, ambos indivíduos, presos em um carro coberto pela neve, deveriam avaliar a situação para determinar se uniriam suas forças para escapar ou se deixariam simplesmente o outro agir.
Os dilemas colocados são típicos da teoria dos jogos, um método matemático bastante usado nas ciências sociais. Em ambos os casos, um dos indivíduos pensava que pode obter mais benefícios sendo egoísta. O caso é que, quanto mais seu cérebro evoluía, mais o indivíduo estava disposto a cooperar, descobriram os pesquisadores.
"Com frequência cooperamos dentro de grandes grupos de indivíduos que não se conhecem e isso exige capacidades cognitivas para determinar quem está fazendo o que e para ajustar nosso comportamento em função disso", disse à AFP um dos autores do estudo, Lucas McNally, do Trinity College de Dublin.
A cooperação não é totalmente desinteressada e frequentemente é resultado de um cálculo para avaliar os benefícios, sobretudo a esperança de uma devolução de favores, afirma McNally.
"Se você coopera e eu sou enganado, na próxima vez você pode dizer: 'ele enganou da outra vez, e por isso deixo de cooperar com ele'. Devemos cooperar para poder seguir nos beneficiando da cooperação", resume o pesquisador.
Segundo ele, o trabalho em equipe e a potência cerebral estimulam uns aos outros. "A mudança para sociedades mais cooperativas, mais complexas, pode levar à evolução de um cérebro maior. E com o aparecimento de níveis de inteligência mais elevados, constatamos que a cooperação vai muito além".
No entanto, há limites físicos para a cooperação, relativiza Robin Dunbar, antropólogo especializado na evolução na Universidade de Oxford.
"O tamanho atual de nosso cérebro limita o tamanho da comunidade com a qual podemos interagir, aquela à qual sentimos que pertencemos", indicou à AFP.

Andorinhas de Chernobyl resistem bem à radiação, afirma pesquisa


Imagem feita pelo fotógrafo da usina de Chernobyl, Anatoliy Rasskazov, poucas horas após a explosão no reator 4, mostra uma coluna de vapor radioativo saindo da instalação. O fotógrafo foi exposto a 12 vezes o máximo aceitável de radiação naquela época. M (Foto: AP)
Imagem feita pelo fotógrafo da usina de Chernobyl,
Anatoliy Rasskazov, poucas horas após a explosão
no reator 4, mostra uma coluna de vapor radioativo
saindo da instalação. O fotógrafo foi exposto a 12
vezes o máximo aceitável de radiação naquela
época. 
As andorinhas que vivem ao redor da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, resistem melhor do que se pensava aos atuais níveis de radiação, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista científica “Biology Letters”.
Especialistas britânicos estudaram os mecanismos de defesa antioxidante das aves e concluíram que elas são capazes de resistir a doses baixas de radiação.
A explosão do reator 4 da central nuclear de Chernobyl, em 1986, considerado o pior acidente nuclear da história, teve um forte efeito sobre a fauna e flora dos arredores.
Hoje, 26 anos depois, os cientistas seguem debatendo as consequências para o ecossistema dos níveis de contaminação.
Os radicais livres, moléculas produzidas pela radiação, causam dano às celular e ao DNA e o organismo os combate com vitaminas C ou E.
Entretanto, quando a quantidade de radicais livres supera a de antioxidantes, ocorre o “estresse oxidativo”, que danifica as células, os tecidos e os órgãos.
O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, conseguiu detectar quantos antioxidantes são necessários para combater a ação do agente radioativo e, com isso, constatou que a redução da população de aves ocorreu mais por fatores ambientais do que pela própria contaminação.
Cavalos selvagens galopam pela zona de exclusão de Chernobyl. (Foto: Dennis Barbosa/G1)Cavalos selvagens galopam pela zona de exclusão de Chernobyl. (Foto: Dennis Barbosa/G1)
Animais selvagens
Quem vai à a zona de acesso restrito em torno da usina de Chernobyl, no norte de Ucrânia, além de visitar o reator onde começou o desastre nuclear e a cidade fantasma de Pripyat, pode conhecer uma atração adicional: os cavalos selvagens que andam em bando pelos campos abandonados.
São animais da espécie Przewalski (Equus ferus przewalskii), que já esteve extinta na natureza no passado, mas foi reintroduzida à vida selvagem e tem uma população crescente na Ucrânia e em países da Ásia.
Originalmente, o cavalo Przewalski vivia no oeste da Mongólia, norte da China e leste do Cazaquistão. A última vez que a espécie foi observada na natureza, antes de ser dada como extinta, foi em 1969.
 Os animais que hoje existem soltos são fruto de reintrodução feita pelo homem. Todos os cavalos Przewalski que vivos atualmente descendem de 12 animais que estavam em cativeiro, segundo informações da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).

A zona de exclusão de Chernobyl, uma área de acesso controlado de 30 km de raio, tem outros animais, como castores, veados, gaviões e águias. A caça é proibida, mas segue ocorrendo clandestinamente, segundo relatos de moradores locais. Apesar de os animais serem frequentamente avistados na região, há cientistas que contestam que a área seja um “santuário”, já que a radioatividade segue afetando a natureza ali, restringindo a variedade de espécies.

Astrônomos descobrem fenômeno desconhecido na superfície do Sol


Pontos brilhantes no centro da imagem -- feita em cor falsa -- são as 'células da coroa solar' (Foto: Nasa/Stereo/NRL)
Pontos brilhantes no centro da imagem -- feita em
cor falsa -- são as 'células da coroa solar'
Um estudo publicado nesta semana pela revista científica “Astrophysical Journal” mostra um aspecto do Sol que os cientistas ainda não conheciam: as “células da coroa solar”. Elas surgem próximas aos buracos da coroa, que são regiões menos quentes e densas da superfície do Sol.
Estas figuras foram vistas pela primeira vez no fim de 2011, por Neil Sheeley, do Laboratório de Pesquisas da Marinha dos EUA, na capital Washington. Ele identificou a formação observando um material fornecido pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) da Nasa.
A coroa, onde o fenômeno ocorre, é a atmosfera do Sol. As “células” surgem na superfície como bolhas em uma panela com água fervente. Na imagem, elas têm o centro bem brilhante, com contorno escuro.
“Achamos que as células têm a aparência de chamas, como velas em um bolo de aniversário”, disse Sheeley, em material divulgado pela Nasa. “Se você olha lateralmente, se parecem com chamas. Se olha de cima, são como células”, especificou.
Segundo os autores, entender o fenômeno ajudaria a prever as mudanças nos campos magnéticos do Sol, que afeta nas tempestades solares. Essas tempestades chegam até a Terra e podem influir sobre aparelhos de comunicação por rádio ou satélite.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Satélite brasileiro estudará buracos negros


O primeiro satélite astronômico brasileiro já teve sua configuração definida. A informação é do cientista responsável pela missão, que está sendo planejada para voar em janeiro de 2017.
"Os instrumentos já estão completamente definidos", diz João Braga, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Ciências Espaciais), em São José dos Campos.
Batizada em homenagem ao físico brasileiro Cesar Lattes (1924-2005), a espaçonave é o ponto culminante do primeiro esforço de desenvolvimento de satélites científicos conduzido pelo Brasil.
Originalmente, o que veio a se tornar a configuração original do Lattes consistia em dois satélites diferentes, um voltado para astrofísica (Mirax) e outro para observação da Terra (Equars).
O planejamento das duas missões, separadas, havia começado em 2000. Contudo, uma mudança estratégica do programa sugeriu a combinação das duas numa só, o que gera uma configuração curiosa: a parte de cima do satélite passará o tempo todo olhando para o céu, enquanto a de baixo estará sempre mirando a Terra.
Os dispositivos das duas missões estarão embarcados na chamada Plataforma Multimissão (PMM), uma espécie de "carcaça de satélite genérica" que pode ser usada para propósitos diferentes.

Não será a primeira missão da PMM (que deve ser usada inicialmente pelo satélite de monitoramento Amazônia-1), mas a ideia é que se torne a primeira a ter o sistema de controle de atitude (que determina a orientação da nave no espaço) desenvolvido totalmente no Brasil.
O Lattes fará uma varredura do céu em busca de sinais de fontes de raios X. Essa radiação altamente energética costuma vir de objetos astrofísicos interessantes e misteriosos, como os buracos negros, e seu estudo pode ajudar a identificar a natureza de diversos fenômenos ainda pouco compreendidos.
Um dos aspectos interessantes da missão é que ela fará um monitoramento constante de grande parte do céu em busca dessas fontes. "O fato é que o céu em raios X é supervariável e até hoje nenhuma missão fez um acompanhamento sistemático", diz Braga. "Vamos monitorar o comportamento transiente, em todas as escalas de tempo, de segundos a meses."
Com isso, espera-se fazer descobertas na dinâmica de objetos como buracos negros, identificando, por exemplo, o processo de acreção.
Buracos negros são objetos tão densos que nada consegue escapar de sua gravidade, nem mesmo a luz. Os raios X são emanados de suas imediações, onde costumam se formar discos de acreção --material prestes a ser engolido pelo objeto. Com o Lattes, será possível investigar a fundo esse processo.


VERSATILIDADE
Enquanto os detectores de raios X --desenvolvidos pelo Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos Estados Unidos-- ficam apontados para o céu, outros instrumentos, destinados a monitorar a atmosfera terrestre, ficam apontados para baixo.
A disputa entre duas missões concorrentes num mesmo satélite poderia se tornar um problema, mas nesse caso tudo confluiu bem, segundo João Braga.
"Tivemos de mudar um pouco nossa estratégia de observação. Antes, quando o Mirax era uma missão solo, a ideia era observar a região do centro da galáxia de forma fixa. Mas agora, para conciliar com as necessidades do Equars, que precisa estar apontado para a Terra, vamos fazer um monitoramento móvel de mais da metade do céu."
Segundo o pesquisador, a mudança não ocasionou perda científica. "Embora, para um alvo específico, você tenha menos tempo ininterrupto de observação, você passa a ter uma região do céu muito maior."
O Lattes deve ficar a cerca de 650 km de altitude, numa órbita com 15 graus de inclinação, com relação ao equador terrestre. O satélite, com seus 500 kg, deve ser lançado por um foguete estrangeiro, contratado comercialmente.
Nenhum dos lançadores que poderiam partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, tem a configuração certa para fazer o serviço. Para o brasileiro VLS, o Lattes é pesado demais. Para o ucraniano Cyclone-4, é leve demais.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Via Láctea tem bilhões de planetas potencialmente 'habitáveis'


Espetacular vista da Via Láctea no Observatório Europeu do Sul, no Chile. Crédito: Yuri Beletsky/ESO.
Vista da Via Láctea capturada a partir do Observatório Europeu do Sul, no Chile


Bilhões de planetas potencialmente "habitáveis" existem na Via Láctea, onde está a Terra.
O anúncio foi feito nesta semana por um grupo de cientistas do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble, na França.
Em apenas um conjunto de 102 estrelas do tipo "anãs vermelhas" foram descobertas nove 'super Terras'. Essa é a maneira como são chamados os planetas rochosos com massa um pouco maior que a da Terra.
Já "anãs vermelhas" é o apelido das estrelas que são relativamente frágeis e frias se comparadas com o Sol. Elas são muito comuns nas galáxias e representam 80% de todas as estrelas na Via Láctea.
"Nossas novas observações significam que mais ou menos 40% de todas as anãs vermelhas têm uma 'super Terra' em sua zona habitável, onde a água líquida pode existir na superfície do planeta", explicou Xavier Bonfils, coordenador da equipe de pesquisadores.
Existindo água, é possível que existam formas de vida.
"Mas as anãs vermelhas são conhecidas por estarem sujeitas a erupções estelares que podem submergir o planeta em uma onda de raios X ou de radiações ultravioletas, tornando a vida menos provável na região", disse Stéphane Udry, do Observatório de Genebra.
Portanto resta muito caminho a percorrer para detectar uma hipotética forma de vida extraterrestre.

domingo, 8 de abril de 2012

Abc da Astronomia - Invisível


Analistas buscam conhecer mais da história do universo estudando as estrelas

Puebla (México) 8 abr (EFE).- Cientistas do México e dos Estados Unidos planejam apresentar em 2015 o resultado de duas pesquisas que podem permitir conhecer mais a história do universo investigando a das estrelas "de forma comparativa e detalhada".
"Com o Grande Telescópio Milimétrico (GTM) conheceremos a história das estrelas no sistema solar, na galáxia próxima, na distante e na mais distante, de uma forma comparativa e detalhada", disse neste domingo à Agência Efe o diretor do Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica (INAOE), Alberto Carramiñana Alonso.
Desde o vulcão da Sierra Negra, que fica entre os estados mexicanos de Puebla e Veracruz, 170 cientistas documentam desde 2008 a vida do universo com o GTM e desde o Observatório de Raios Gama High Altitude Water Cherenkov (HAWC, na sigla em inglês).
Este observatório permite monitorar durante as 24 horas do dia fontes celestiais emissoras de raios gama que estejam a menos de 45 graus do apogeu.
Carramiñana sustentou que os trabalhos foram organizados em duas linhas: uma primeira que na qual 20 cientistas analisam como foram formando-se estrelas quando o universo tinha poucos elementos pesados e outra na qual 150 analistas tentam criar um mapa de dois terços da abóbada celeste observada como se vê utilizando raios gama.
"Os dois projetos seriam entregues à comunidade científica mundial em 2015, quando tenham concluído", garantiu o diretor do INAOE.
O observatório está situado no vulcão Sierra Negra, a cerca de 4.581 metros de altura, e conta com seis unidades de pesquisa para documentar a história da formação estelar.
Além disso, o centro científico permite captar a luminosidade da atmosfera, medir as explosões de raios gama, construir microcircuitos e averiguar a vida de um vulcão. 

Rússia se juntará à agência europeia em missão para Marte


A Rússia vai se juntar à Agência Espacial Europeia para enviar uma missão à Marte para recolher amostras em busca de sinais de vida. Os russos entram no projeto depois que os americanos da NASA saíram.
Apesar de classificar o projeto ExoMars como o "Santo Graal da exploração de Marte", a NASA deixou a missão de US$ 1,3 bilhão em fevereiro, alegando problemas de orçamento e uma mudança de foco.
O chefe da agência espacial russa Vladimir Popovkin e seu colega da agência europeia Jean-Jaques Dordain se comprometeram a trabalhar juntos após uma conversa em Moscou, disse o porta-voz de Popovkin.

Novo plástico que 'sangra' se regenera sozinho


Um dia no futuro: você faz aquela baliza malfeita e fica com um arranhão no para-choque traseiro. De repente, o plástico cinza fica avermelhado na região do dano. Em alguns minutos, a mancha desaparece, assim como o risco. Problema resolvido.
Parece mágica? Bem, como dizia o saudoso escritor Arthur C. Clarke, qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia. E é bem esse o caso do trabalho do engenheiro de materiais Marek Urban, da Universidade do Sul do Mississippi em Hattiesburg, nos Estados Unidos.
Financiado pelo Departamento de Defesa americano, ele está desenvolvendo plásticos que imitam a pele humana --são capazes de "sangrar" e cicatrizar quando cortados ou arranhados.
O pesquisador apresentou seu trabalho numa reunião da ACS (Sociedade Americana de Química, na sigla em inglês) e deu uma ideia de como funciona a invenção.
Plásticos são polímeros --compostos baseados em longas cadeias de átomos de carbono enfileirados. O segredo do trabalho de Urban foi implementar, em meio às cadeias, pequenas pontes, elos moleculares, que se quebram e mudam de forma quando o plástico sofre dano.
A mudança de forma leva à troca de cor --uma mancha vermelha se forma ao redor da avaria. Dessa forma, ela indica de forma inequívoca o problema causado.
Só isso já é uma grande vantagem: a exibição clara da avaria pode impedir que inspeções rápidas deixem de vê-la -o que não é bom quando se fala de um componente de uma máquina que não pode falhar em plena operação, como um avião.
Mas o negócio vai além. Uma vez "marcado" o dano, uma mudança ambiental previamente escolhida -desde a incidência de luz solar até alterações na acidez ou temperatura- leva à restruturação das pontes quebradas. O plástico se autorrepara e a mancha vermelha some.



REVOLUÇÃO
Plásticos que se regeneram são uma espécie de Santo Graal da ciência de materiais. Há outros modelos em desenvolvimento, mas o de Urban é o único que não precisa ser mergulhado em algum composto para eliminar o dano.
O pesquisador destaca que o autorreparo pode acontecer muitas vezes e que o material é mais amigável ao ambiente que outros plásticos, uma vez que o processo de produção é baseado em água, em vez de ingredientes tóxicos.
Embora o trabalho esteja no estágio da ciência básica, o pesquisador está entusiasmado com a possibilidade de vê-lo em aplicação em breve.
"Estamos trabalhando com grandes empresas para promover a comercialização", disse o pesquisador à Folha. "No campo da pesquisa, estamos explorando formas de combinar a capacidade de autorreparo com outros atributos. A meta é criar materiais amigáveis ao ambiente."
Os cientistas veem grande potencial imediato para o uso desses plásticos em componentes estruturais de aeronaves e em armamentos --não é à toa que a pesquisa é financiada pelos militares. Um dos próximos objetivos é criar materiais com essas características que sejam capazes de suportar altas temperaturas.

Nasa publica diário de uma abobrinha espacial


O crescimento de um pé de abobrinha pode render mais assunto do que parece. Ainda mais quando é plantado no espaço. O nascimento e crescimento da plantinha é tema do blog “O Diário de uma abobrinha espacial” (Diary of Space Zucchini, em tradução livre)”, divulgado pelo site da Nasa.
Com narrativa muito bem humorada escrita pelo astronauta Don Pettit, o leitor fica sabendo passo a passo da “rotina” da planta em plena estação espacial norte-americana (ISS, na sigla em inglês).
No poste inicial, a abobrinha ironiza sua própria condição diante do clima adverso.
Astronautas da Nasa criam pé de abobrinha no espaço (Foto: Nasa)Astronautas da Nasa criam pé de abobrinha no espaço 
"Eu brotei, introduzida neste mundo sem ninguém me consultar. Eu não sou a mais bonita; (...) Eu sou o tipo que faz moleques quererem vomitar na mesa do jantar e serem mandados para a cama sem sua sobremesa; Eu sou útil, a matéria vegetativa saudável que pode prosperar sob condições adversas. Eu sou uma abobrinha – e estou no espaço”.
As “peripécias” da abobrinha são contadas do dia 5 de janeiro a 16 de fevereiro. Em mais uma de suas divagações, ela reclama do hábito de um dos astronautas de cheirar suas folhas.
“Meu jardineiro fica agitado com as minhas folhas. Eu não tenho certeza se eu gosto disso. Agora eu tenho quatro delas e eu não entendo muito bem porque ele se comporta dessa maneira. Ele mete o nariz nelas. Será que ele me pegou para ser algum tipo de lenço? Aparentemente, ele tem prazer em meu cheiro de terra verde. (...) Talvez este seja um dos meus papéis como um tripulante nesta expedição”.
Em seu último depoimento, a abobrinha, já florida, brinca com sua condição de ser a única mulher da tripulação.
“Eles estavam animados com minhas flores hoje. Estavam todos ansiosos para ver pequenas abobrinhas no espaço. Mas eu não tenho coragem de contar-lhes um pequeno detalhe. Eu produzo dois tipos de flores; masculinas com estames e femininas, que produzem abobrinhas. Mas como faço parte dessa tripulação masculina, seria mais apropriado produzir apenas flores masculinas”.
Pé de abobrinha florece em pleno espaço (Foto: Nasa)
Pé de abobrinha florece em pleno espaço

Nasa mapeia em 3D tornados que atingiram cidade do Texas, nos EUA


A agência espacial americana (Nasa) conseguiu mapear em três dimensões (3D) as tempestades que atingiram a região de Dallas, no Texas, na última terça-feira (3), causando grandes estragos materiais.
As duas imagens divulgadas, feitas com a ajuda do sistema "Missão de Medição de Precipitação Tropical" (TRMM, na sigla em inglês), mostram a altura das nuvens de tempestade as taxas de precipitação registradas. Esse tipo de tempestade pode alcançar até 13 km de altura, de acordo com a Nasa.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), na terça feira foram emitidos 18 alertas de tornados sobre o nordeste do Texas. Nessas tempestades, segundo a NOAA, caíram granizos do tamanho de bolas de beisebol.
Imagens das TVs locais, difundidas pela rede CNN nesa terça, mostraram carros, caminhões e trens virados nos campos.
Um estacionamento de caminhões em Dallas foi atingido, e duas carrocerias tombaram com a força do vento, disse o motorista de caminhão Michael Glennon, que gravou a destruição em sua câmera de vídeo. "A segunda carroceria ficou em pedaços e voou entre 50 e 100 pés (15 a 30 metros) no ar".
Casas e árvores foram destruídas, segundo a imprensa local. Todos os voos do aeroporto internacional de Dallas-Fort Worth ficaram no chão por questão de segurança, segundo um porta-voz da American Airlines.
Tempestades captadas por sistema da Nasa na última terça-feira (3), nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos (Foto: Hal Pierce/NASA/SSAI )Tempestades captadas em 3D por sistema da Nasa na última terça-feira (3), por volta das 20h33, hora local, nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos. 
Tempestades captadas por sistema da Nasa na última terça-feira (3), nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos (Foto: Hal Pierce/NASA/SSAI)Tornados destruíram casas e desabrigaram famílias na região do Texas. Além do estado, a tempestade atingiu também o Arkansas e parte de Oklahoma. 

Satélite flagra derretimento de 85% de importante geleira antártica

Uma importante geleira na Península Antártica, um dos lugares mais sensíveis às mudanças climáticas, teve 85% de sua massa derretida nos últimos 17 anos, anunciou nesta quinta-feira (5) a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

De acordo com um estudo realizado a partir de fotos tiradas pelo satélite europeu Envisat, a geleira denominada Larsen B passou de uma superfície de 11.512 quilômetros quadrados em 1995 (quase o tamanho do Catar) a apenas 1.670 quilômetros quadrados atualmente.
Larsen B é um dos três gigantescos pedaços em que se dividiu a enorme geleira que se estende ao longo da Península Antártica no Mar de Weddell.
Entre 1996 e 2002, vários enormes pedaços de gelo se desprenderam de Larsen B, começando pelo segmento chamado Larsen A, em janeiro de 1995. Em 2002, a metade da superfície de Larsen B se desintegrou depois de um rompimento importante em um bloco de gelo.
Visão da geleira feito pelo satélite  (Foto: ESA)
Visão da geleira feita do satélite Envisat 
"Larsen C (o terceiro segmento) por ora segue presa (à Península), mas as observações do satélite mostram uma redução de sua espessura e um aumento da duração das fontes de água no verão", informou a ESA.
Os enormes icebergs, constituído a partir do fluxo da água das geleiras, formam um grosso tapete flutuante ligado à costa.
Segundo os cientistas, esses icebergs são muito sensíveis às mudanças de temperatura e sua espessura se vê afetada desde a parte inferior pela ação de correntes de água mais quente.
O norte da Península Antártica teve um aumento de aproximadamente 2,5 graus Celsius em sua temperatura nos últimos 50 anos, um número muitas vezes superior à media mundial.
Os cientistas da ESA lembraram que esses gigantescos icebergs da geleira Larsen não devem ser confundidos com a grossa capa de gelo que cobre o Pólo Sul.
Se essa cobertura de gelo que cobre a Antártica derreter, ainda que seja parcialmente, elevaria o nível dos mares e ameaçaria os países insulares e as cidades costeiras. Entretanto, os pesquisadores da ESA constataram que essa cobertura por enquanto permanece estável.