sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nasa divulga foto de fenda que pode gerar iceberg maior que Nova York

A Nasa divulgou esta semana uma nova imagem de uma fenda de 30 km de comprimento, na Antártida, que pode gerar um iceberg maior que Nova York. Ele teria 900 km², contra 785 km² da cidade americana. A área do bloco de gelo corresponderia a 60% da cidade de São Paulo.Localizada no glacial da Ilha Pine, a fenda foi descoberta em outubro de 2011 por cientistas do projeto IceBridge, da Nasa, que analisa mudanças nas camadas de gelo que cobrem a Antártida e a Groenlândia, desde 2009.
A fotografia mostra o bloco de gelo do alto, à distância. A rachadura, que tem 80 metros de espessura e 60 metros de profundidade, aparece na imagem como um risco. Já em novembro do ano passado, a Nasa havia divulgado uma foto mais próxima da rachadura.
Fotografia da Nasa mostra fenda que pode formar iceberg maior que Nova York (Foto: Nasa/ GSFC/ METI/ ERSDAC/ JAROS, and U.S / Japan ASTER Science Team)
Fotografia da Nasa mostra fenda que pode formar iceberg maior que Nova York

Segundo a Nasa, é muito difícil prever quando o iceberg pode se desprender, mas ela estima que o processo deve ocorrer nos próximos meses. A rachadura faz parte de um ciclo natural e não acarreta risco ambiental, explicou para a imprensa o chefe do projeto IceBridge, Michael Studinger.
Já Ted Sambos, especialista em glaciação do Centro de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos, afirmou, em entrevista para a National Geographic nesta quinta-feira (2), que a fenda está se formando com um padrão diferente, que levaria a uma "aceleração da glaciação", ou seja, uma movimentação mais rápida do iceberg em direção ao mar.
Isso seria motivo de preocupação, já que a glacial da Ilha Pine "é a que mais contribui para o aumento do nível do mar", considerou.

Astrônomo anuncia descoberta de duas luas em Júpiter


Duas novas luas ao redor de Júpiter foram detectadas por instrumentos na Terra, aumentando para 66 o número de satélites naturais do maior planeta do Sistema Solar. As informações são do site da revista "National Geographic".
A descoberta foi anunciada nesta semana pelo astrônomo Scott Sheppard, do Instituto Carnegie para Ciência em Washington, nos Estados Unidos, a uma central de telegramas sobre astronomia mantida pela União Astronômica Internacional. Os dois novos astros receberam os nomes de S/2011 J1 e S/2011 J2.
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e conta com 66 satélites naturais. (Foto: Nasa)
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e conta com 66 satélites naturais.

A dupla foi vista pela primeira vez em 27 de setembro de 2011, no Observatório de Las Campanas, no Chile, com o telescópio Magalhães.
Ao contrário das primeiras luas do planeta, descobertas pelo astrônomo Galileu Galilei há mais de 400 anos e visíveis com pequenos telescópios, os dois novos satélites têm apenas 1 quilômetro de extensão cada e demoram 580 e 726 dias para dar uma volta pelo planeta gasoso.Os dois astros orbitam Júpiter no sentido contrário ao da rotação do planeta. Dos 66 satélites do planeta, 52 possuem esta característica. Como a maioria das luas "retrógradas", S/2011 J1 e J2 são considerado satélites irregulares por girarem muito longe do gigante gasoso e apresentarem trajetórias muito inclinadas e pouco redondas.
O formato das órbitas dos dois satélites levam os cientistas a acreditar que ambos possam ser asteroides ou pedaços de cometas "capturados" pela gravidade de Júpiter.
Os nomes das luas normalmente homenageiam amantes e filhas do deus romano Júpiter e seu equivalente grego Zeus. Mas para receber um nome mitológico, a lua precisa ter passado por, no mínimo, um ano de observações.

Espécie de grama marinha pode ser a mais antiga forma de vida da Terra



Gramas marinhas podem ser compostas de clones de gigantes antigos.
A Posidonia oceanica, um tipo grama marinha, se reproduz tanto sexualmente quanto por meio de floração ou assexuadamente, gerando clones de si mesma. Isso pode resultar em organismos simples que são muito grandes e muito antigos.
A pesquisadora Sophie Arnaud-Haond, bióloga marinho no Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar lembra: "Organismos clonais tem essa capacidade extraordinária de um genoma perfeito e pode ser transmitido através de gerações sem ser alterado”.
No entanto, a teoria recorda que esse processo é conhecido como mutações somáticas - erros de cópia. Arnaud-Haond afirma: "Acumular as mutações, a maioria dos quais se espera que tenham um impacto negativo, e ao longo de gerações, deverão também se degenerar e eventualmente desaparecer. A idade de organismos clonal deve ser limitada também”.
Os pesquisadores analisaram 40 prados em 3,5 mil quilômetros do Mar Mediterrâneo. Nem todas as gramas marinhas são geneticamente idênticas. No entanto, nos clones eles conseguiram encontrar tamanho e idade absolutamente iguais. Alguns chegaram até 15 quilômetros de largura e podem ter mais de cem mil anos de idade. "Fileiras de Posidonia oceanica estão entre os mais antigos", declarou Arnaud-Haond disse ao LiveScience.
Modelos de computador ajudaram a demonstrar que Posidonia oceanica tem um modo de propagação comum a outras algas marinhas que permite que elas evitem o acúmulo de mutações deletérias e isso explica como ela escapa da degeneração esperada de organismos clonais. "O entendimento das particularidades que tornaram os genomas tão adaptáveis a uma ampla gama de condições ambientais podem ser o foco da pesquisa extremamente interessante no futuro", Arnaud-Haond disse.Algas marinhas são a chave dos ecossistemas costeiros, mas têm diminuído globalmente nos últimos 20 anos, com a Posidonia oceanica em declínio a uma taxa estimada de cerca de 5% anualmente. "Clones de Posidonia oceanica têm sido capazes de sobreviver. Por um lado, isso sugere uma capacidade de lidar com as mudanças ambientais que poderia ser um indício positivo sobre sua capacidade de lidar com perspectivas de médio e longo prazo da mudança global. Por outro lado, as mudanças estão ocorrendo hoje em dia a uma taxa sem precedentes, e a queda acentuada em geral e em particular levanta preocupações quanto à capacidade desta espécie de crescimento lento e sua idade.”
Os cientistas detalharam suas descobertas on-line n a edição da revista PLoS ONE.

Russos estão prestes a alcançar lago "alienígena" na Antártida


 Após duas décadas de ensaios, pesquisadores russos vão iniciar a exploração do mais alienígena dos lagos terrestres. Contudo, a falta de contato com colegas americanos por seis dias deixa todos apreensivos. Poderia ter dado algo errado?
Não, não é a abertura de mais um episódio da série de televisão "Arquivo X". Fato é que os cientistas estão no mais inóspito ambiente da Terra -o interior do continente antártico. E as águas que eles pretendem estudar ficam sob 3,6 km de gelo.
Estima-se que o lago Vostok, mantido em estado líquido pela pressão e pelo calor interno da Terra, esteja isolado do resto do planeta há pelo menos 14 milhões de anos.
Daí o interesse por ele: sabe-se lá que criaturas podem ter sobrevivido e prosperado num ambiente tão diferente.
Imagina-se que o lago tenha mais semelhança com o ambiente encontrado em Europa, uma das luas de Júpiter, do que com a Terra.
"É tentadora a analogia entre o Vostok e o oceano subsuperficial de Europa", afirma Eduardo Janot Pacheco, astrônomo do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP.
Verificar o que existe vivo no Vostok é uma forma de especular sobre a possibilidade de haver vida em luas geladas como Europa. Isoladas da luz solar, as criaturas que habitam esses ambientes têm de viver dos poucos nutrientes que ali existem.
Os russos têm perfurado o gelo que cobre o Vostok há muito tempo. Mas em 1998, a cem metros de onde começa a água, eles foram obrigados a interromper o trabalho.
A preocupação da comunidade internacional era a de que a perfuração contaminasse o lago com microrganismos de fora, eliminando o potencial para descobertas e prejudicando o ecossistema que pode existir lá.
Só em 2010, após desenvolverem um novo protocolo de segurança, os russos puderam prosseguir.
Na semana passada, a equipe liderada por Valery Lukin reportou a colegas americanos, por e-mail, que estava nos 20 a 30 metros finais. O último contato entre russos e americanos aconteceu na segunda-feira.
Desde então, a equipe antártica tem mantido silêncio, o que gera apreensão no resto do mundo.
O QUE PODE DAR ERRADO
Há a pequena possibilidade de que a súbita liberação da pressão do lago gere um gêiser gigante. Além disso, os cientistas correm contra o tempo: as perfurações só podem ser feitas durante o verão antártico, que está no fim. No inverno, as temperaturas inviabilizam os trabalhos.
Tudo faz parte de um aprendizado que pode ser útil para explorar recantos inóspitos do Sistema Solar.
"Esse é um grande ensaio técnico para perfurar capas de gelo em Europa", diz Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em São José dos Campos (SP).
O interesse maior da pesquisa, no entanto, diz respeito à biologia e à evolução da vida. "As formas de vida que estão para ser descobertas se isolaram do mundo há 20 milhões de anos", afirma. "De lá para cá, como evoluíram? Esses seres serão o paradigma a ser procurado em ambientes extraterrestres."
SEPARAÇÃO DE CONTINENTES
Hoje, o lago Vostok está sob quase quatro quilômetros de gelo, no interior do continente antártico.
Mas cerca de 65 milhões de anos atrás, quando ele estava na superfície, a configuração dos continentes era bem diferente.
A Antártida estava conectada à Austrália e ainda tinha clima subtropical, com florestas e fauna expressiva.
A separação das duas massas de terra, com o gradual avanço da Antártida para o polo Sul, levou ao congelamento permanente. Estima-se que a capa de gelo tenha selado o conteúdo do lago Vostok entre 25 milhões e 14 milhões de anos atrás.
"Ou seja, as formas de vida lá existentes evoluíram de maneira independente há mais tempo do que o passado desde que nossos ancestrais desceram das árvores", diz Eduardo Janot Pacheco, astrônomo da USP.
Dadas as atuais condições ambientais, a existência de criaturas multicelulares sofisticadas no interior do lago é altamente improvável. Imagina-se que ele seja um ambiente dos mais inóspitos, saturado em nitrogênio e oxigênio, com concentrações 50 vezes maiores do que a em lagos típicos da Terra.
Além disso, a falta de luz solar deve levar a uma baixa presença de nutrientes, que limitaria a evolução da vida. Com efeito, é o que torna tudo tão interessante.
De que maneiras os organismos teriam se adaptado a essas condições?
A regra é esperar o inesperado, segundo os cientistas. "Durante a escavação desse túnel de aproximadamente quatro quilômetros de comprimento, já haviam sido descobertos microrganismos, dos quais não sabemos nem mesmo a que reino pertencem", afirma Janot.
Por isso, os russos se animam com a possibilidade de descobertas que podem mudar completamente o panorama da biologia, tal como é ensinada hoje nas escolas.
Entretanto, para isso ainda será preciso esperar.
Mesmo que os exploradores consigam atingir a água do lago nesta temporada, o recolhimento de amostra para análise só se dará em cerca de um ano. 

Seca de 600 milhões de anos pode ter eliminado vida em Marte


 Cientistas disseram que a vida nas primeiras camadas do solo marciano pode não existir em um novo estudo, já publicado no jornal "Geophysical Research Letters". Ela teria sido eliminada ao longo de uma superseca com cerca de 600 milhões de anos e só poderia ser encontrada em regiões bem mais profundas do planeta.
A afirmação é baseada na análise de uma amostra coletada durante a missão Phoenix, em 2008. Durante três anos, os pesquisadores do Imperial College London estudaram as partículas da terra para determinar se o planeta era ou não habitável. Elas indicaram que o solo marciano se formou em condições áridas, da mesma forma que a Lua, o que dificultaria a sobrevivência de algum tipo de vida.
Mais: apesar de estar originalmente em uma região gelada ao norte de Marte, a terra, segundo pesquisas prévias, também cobriria o restante do astro. Ou seja, a mesma hipótese de "clima seco acaba com vida" valeria para o resto do planeta.
Tom Pike, que liderou o grupo, disse que o planeta que conhecemos hoje não se parece com o antigo, que tinha períodos quentes e úmidos e era mais propício para abrigar formas de vida.
Como há indícios de que Marte tenha tido água, os cientistas acreditam que ela existiu 5.000 anos atrás, mas não houve tempo suficiente para que a vida ressurgisse na superfície.Solo congelado em Marte; estudo atual contradiz os anteriores, que defendem a existência de bactérias adormecidas

Turismo espacial pode ter viagens já em 2012


 O ano de 2012 está repleto de propostas de viagens turísticas ao espaço oferecidas por companhias como a Virgin Galactic, que mesmo incertas já possuem uma longa lista de espera.
Sir Richard Branson, fundador e dono da Virgin Galactic, informou que a primeira viagem com turistas a bordo - ele e sua família - poderá ser feita no final deste ano ou início de 2013.
A companhia selecionou um grupo reduzido de agências no mundo para oferecer as viagens, como a de Lynda Turley Garrett, presidente da Alpine Travel of Saratoga na Califórnia, e a de Bill Rubinsohn, presidente da Rubinsohn Travel na Pensilvânia, que já tem uma lista de clientes desejando experimentar esse tipo de turismo.
"A data do primeiro voo ainda não foi definida, mas os testes terminaram bem e dentro do programa previsto", disse Lynda à Agência Efe, especificando que a Virgin Galactic "tem atualmente 475 reservas de clientes de todo o mundo".
Por enquanto, já há uma infraestrutura no deserto do Novo México, onde está sendo erguido o "Spaceport", um complexo futurista, obra do arquiteto Norman Foster, de onde está previsto que saiam as nave mãe WhiteKnightTwo (WK 2) e as SpaceShipTwo (SS2).
A nave SpaceShipTwo, com o tamanho de um jato particular e capacidade para transportar seis passageiros e dois pilotos, realizou com sucesso seu primeiro voo de teste tripulado sobre o deserto do Mojave (Califórnia) em outubro de 2010.
De acordo com Lynda, há uma série de assentos reservados para personalidades de diferentes países do mundo que irão viajar convidadas pela Virgin Galactic. "Sir Richard quer que isto seja um evento global, com um primeiro viajante de cada país do mundo - dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Japão".
O restante dos interessados, acrescentou, pode comprar uma passagem para o primeiro ano de voos por US$ 200 mil ou um bilhete para o segundo, com uma entrada de US$ 20 mil e pagamento do resto quando o voo estiver confirmado.
Além disso, as famílias aventureiras ou grupos de amigos que, entediados com os destinos convencionais na Terra, queiram fretar uma nave, terão um desconto de 10%.
 Planeta Terra visto a partir da Lua; imagem do planeta poderá ser apreciada por turistas espaciais

 Este valor não inclui só a passagem, mas os três dias de treinamento no aeroporto espacial em regime de pensão completa - excluindo a viagem da cidade de procedência do turista.
Os pioneiros espaciais têm a oportunidade de participar de eventos organizados pela Virgin e inclusive conhecer Branson, que segundo Lynda é uma pessoa "encantadora", "inteligente" e "criativa", não só no sentido empreendedor, mas também filantrópico.
O voo é suborbital, portanto não chega a sair da órbita terrestre, mas será possível experimentar a sensação de falta de gravidade e fazer algo que só poucos privilegiados podem: olhar a Terra de longe.
A SpaceShipTwo irá decolar acoplada a nave mãe e subirá por 45 minutos até 15 quilômetros de altura onde irão se separar. Após alguns segundos de queda livre, o motor entra em ignição e a nave é propulsada a 4 mil km/h atingindo os 110 quilômetros de altura em 90 segundos.
Os motores serão então desligados para que os viajantes possam desfrutar da falta de gravidade por alguns minutos e observar a Terra antes de apertar os cintos para realizar a aterrissagem no "espaçoporto".
Entre os que reservaram uma passagem há famosos e empresários, "mas também há pessoas que querem realizar seu sonho de ir ao espaço ou pôr seus nomes nos livros de história", garantiu Lynda.
Tanto Lynda como Rubinsohn acreditam que daqui a um prazo máximo de cinco anos as passagens irão ficar mais baratas.
"Como todo novo produto, o primeiro a sair é mais caro que os seguintes. Espero que o custo diminua em dois ou três anos", disse Rubinsohn.
Na opinião de Lynda, "os custos de pesquisa e desenvolvimento são sempre mais altos em um projeto como este - mas com o passar dos anos, o preço irá diminuir".
Lynda lembrou que outras empresas como a SpaceX, de Elon Musk, cofundador da PayPal; e mais recentemente o fundador da Amazon.com, Jeffrey P. Bezos; e Paul G. Allen, um dos fundadores da Microsoft; também demonstraram interesse no espaço.
Seus projetos, por enquanto, "estão focados principalmente em pôr satélites em órbita e ganhar contratos da Nasa, mas já disseram que as viagens de passageiros também poderão fazer parte de um plano futuro". 

Astronautas registram o leste da América do Norte à noite; veja


 A última foto tirada pelos astronautas que se encontram em missão na ISS (Estação Espacial Internacional), divulgada nesta sexta-feira pela Nasa, mostra o leste da América da Norte.
A câmera captou o corredor de cidades formadas pela Filadélfia, Nova York e Boston nos Estados Unidos (a parte toda iluminada à direita).
O fundo verde são as luzes da Aurora Boreal, no hemisfério Norte. 
Foto divulgada nesta sexta-feira (4) pela Nasa mostra de o corredor formado pela Filadélfia, Nova York e Boston

Hubble fotografa galáxia espiral parecida com Via Láctea


 O telescópio espacial Hubble fotografou a NGC 1073, que está localizada na constelação da Baleia, a 55 milhões de ano-luz, e é conhecida por ser parecida com a Via Láctea.
A ESA e Nasa divulgaram a imagem nesta sexta-feira. As duas agências espaciais --da Europa e dos Estados Unidos-- estudam a NGC 1073 para entender o sistema cósmico onde vivemos.
A NGC é uma galáxia espiral barrada. Essa classificação se deve a várias "linhas" (barras) de estrelas que se encontram na região central.
Segundo os pesquisadores, essas barras provavelmente são criadas pela força gravitacional local, que faz com que gases sejam atraídos para dentro e sirvam de material para a formação de novas estrelas.
 A galáxia espiral barrada NGC 1073 se encontra na constelação da Baleia, a 55 milhões de anos-luz

'Super-Terra' pode ter água líquida como nosso planeta


 Um planeta rochoso com 4,5 vezes a massa da Terra e que orbita uma estrela a "apenas" 22 anos-luz daqui é o mais novo candidato a conter água no estado líquido fora do Sistema Solar.
O GL 667Cc, que em termos astronômicos está na nossa "vizinhança", é o quarto a ser identificado na chamada zona habitável de sua estrela.


 Essa zona é a faixa onde os astrônomos calculam que o planeta possa receber uma quantidade de energia semelhante à que a Terra recebe do Sol.
Isso permite que a superfície do planeta tenha temperaturas semelhantes às daqui. O novo planeta é, agora, o que tem melhores chances de ter água líquida e condições de abrigar vida.
No entanto, para o astrônomo Fernando Roig, do Observatório Nacional, o que mais chama atenção são as características da estrela que ele orbita, a Gliese 667C.
Parte de um sistema com duas outras estrelas na constelação de Escorpião, ela tem uma atmosfera muito mais pobre em metais do que o Sol.
"Sempre se considerou que a presença desses elementos seria fundamental para a formação de planetas do tipo terrestre", afirma Roig.
NADA A VER
A descoberta indica que a formação de planetas rochosos pode não ter nada a ver com a atmosfera da estrela que eles orbitam. "Esse é o primeiro exemplo de um planeta desse tipo orbitando uma estrela pobre em elementos pesados".
Uma outra característica importante da Gliese 667C é o fato de ela ser uma anã vermelha do tipo M. Isso significa que ela é bem mais fria que o Sol, cuja superfície tem temperatura de 5.500ºC.
Na 667C, a temperatura da superfície está por por volta de 3.500ºC. E como sua massa é de 38% a do Sol, sua luminosidade equivale a apenas 0,3% a da nossa estrela.
Apesar disso, o que garante o potencial de vida no novo planeta é sua proximidade da estrela. Ele está a uma distância equivalente a três quartos do espaço entre Mercúrio e o Sol.
Essa proximidade dá ao planeta um período orbital muito curto, completando uma translação em 28 dias.
Além disso, grande parte de sua luz está na faixa infravermelha, que é bem absorvida na forma de calor.
Conforme explica a astrônoma Lucimara Pires Martins, professora do núcleo de astrofísica teórica da Universidade Cruzeiro do Sul, é ao redor desse tipo de estrela que há esperança de encontrar planetas "promissores".
"Para encontrar água líquida, é preciso ter temperaturas amenas, então a busca vem se concentrando naquelas com temperatura equivalente ou mais frias que o Sol."
O planeta foi detectado por meio das pequenas oscilações que sua gravidade provoca na órbita da estrela, que abriga ainda outro planeta, o GL 667Cb, localizado ainda mais perto. Seu período orbital é de apenas sete dias, o que o deixa muito quente para ter água líquida.
A descoberta das condições do novo planeta foi feita por astrônomos independentes a partir da análise de dados do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, e será publicada no "Astrophysical Journal Letters". 

Nasa recebe 6 mil solicitações para nova turma de astronautas


  A Nasa, a agência espacial norte-americana, anunciou na sexta-feira (3) que recebeu 6.372 solicitações de candidatos, o dobro do habitual, para fazer parte da turma de astronautas que iniciará os treinamentos em 2013.
Trata-se do segundo maior número de solicitações recebidas desde 1978, quando mais de oito mil candidatos enviarma seu currículo com o sonho de fazer parte do corpo de astronautas da Nasa.Em novembro de 2011, a agência espacial americana anunciou que abria o processo de seleção para recrutar os astronautas que continuarão com as missões à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), mas que também se prepararão para futuras explorações além da órbita terrestre.
"Uma combinação adequada de habilidades, educação e experiência proporcionará uma maior capacidade para trabalhar com sucesso em uma ampla gama de situações operativas", afirmou em comunicado Janet Kavandi, diretora do departamento de operações da tripulação de voo.
A Nasa recebeu solicitações durante dois meses, prazo que venceu no dia 27 de janeiro.
O diretor do escritório de seleção da Nasa, Duane Ross, admitiu a surpresa já que em convocações anteriores "recebemos entre 2,5 mil e 3,5 mil solicitações", comentou.
"Estamos um pouco surpresos, mas muito contentes pela resposta que demonstra que o publico mantém seu interesse na exploração espacial", embora para seu departamento "isto significa que vamos estar ocupados por uma temporada", brincou.
Uma vez recebidas as solicitações, começa um longo processo de crivo antes de convocar os pré-candidatos para as primeiras provas.
Durante os próximos dois meses aproximadamente, o pessoal do escritório de seleção de astronautas revisarão os currículos e os compararão segundo uma barema de qualificações.
Os candidatos que passarem nesta fase serão analisados por um comitê de seleção que identificará os "altamente qualificados" e determinarão quem continua para os testes médicos e as primeiras entrevistas.
O processo de entrevistas é realizado em duas etapas: primeiro é realizada uma do comitê de seleção de astronautas entre agosto e outubro, e posteriormente, segundo o calendário estabelecido, entre novembro e janeiro de 2013, acontece outra série de entrevistas nas quais são avaliados também os testes médicos.
A expectativa é que o comitê tome sua decisão final na primavera de 2013 e a nova turma comece então os dois anos de treino antes que possam ser enviados em uma missão.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Planeta com três sóis pode ser habitável

Os astrônomos demonstraram que planetas habitáveis podem se formar em uma variedade de ambientes muito maior do que se imaginava.

Riqueza de ambientes planetários
Se um planeta com dois sóis já impressiona, imagine então um planeta com três sóis.
Foi justamente isso que uma equipe internacional, coordenada por Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Gottingen, na Alemanha, acabam de descobrir.
Mas o melhor está por vir: segundo eles, o planeta está na zona habitável, ou seja, a uma distância adequada de seus três sóis para manter água líquida em sua superfície.
Logo depois de revelar que há mais planetas que estrelas na Via Láctea, e que mesmo planetas com dois sóis são comuns, agora os astrônomos demonstram que planetas habitáveis podem na verdade se formar em uma variedade de ambientes muito maior do que se imaginava.
Planeta com três sóis
O planeta, chamado GJ 667Cc, orbita uma pequena estrela muito diferente do Sol, uma anã-branca, situada a 22 anos-luz da Terra.
Essa estrela, por sua vez, orbita um binário formado por duas estrelas, estas sim, mais parecidas com nosso Sol.
Mas deve haver noite no planeta, porque a anã-branca e seu sistema planetário - há pelo menos dois outros planetas no sistema - orbitam o binário à mesma distância que há entre o Sol e Plutão.
Já foram localizados mais de 100 planetas na zona habitável, mas a maioria é de gigantes gasosos, como Júpiter, e não planetas rochosos como a Terra.
O recém-descoberto GJ 667Cc parece ser do tipo certo, residindo bem no meio da zona habitável de sua estrela.
Contudo, a técnica usada para detectar o GJ 667Cc não é precisa o suficiente para permitir o cálculo exato de sua massa. Segundo os pesquisadores, sua massa mínima equivale a 4,5 vezes a massa da Terra, mas esse número pode chegar a 9.
Para determinar com segurança a composição de um planeta - se ele é rochoso - é necessário saber sua densidade, que por sua vez é calculada a partir da sua massa e do seu diâmetro.
Assinaturas de vida
Contando com seus três sóis, o planeta recebe 90% da luz que a Terra recebe. Entretanto, como a maior parte dessa luz está na faixa infravermelha do espectro, um percentual maior dela deve ser absorvida pelo planeta.
Juntando os dois efeitos, dizem os cientistas, o GJ 667Cc absorve mais ou menos a mesma energia de suas estrelas que a Terra absorve do Sol, o que permite temperaturas superficiais similares às da Terra e, por consequência, água em estado líquido.
Mas serão necessárias novas observações, e eventualmente o desenvolvimento de técnicas mais aprimoradas de observação, para confirmar todos esses dados.
Anglada-Escudé está entusiasmado, e fala em muito mais do que confirmar suas descobertas.
"Com o advento de uma nova geração de instrumentos, os pesquisadores serão capazes de pesquisar muitas anãs brancas classe M em busca de planetas similares e eventualmente buscar assinaturas espectroscópicas de vida em um desses mundos," vislumbra ele.

Átomo gigante simula asteroides troianos de Júpiter

À esquerda, o Sistema Solar, com Júpiter e seus dois grupos de asteroides troianos. À direita, o elétron-onda, mantido concentrado pela influência de um campo eletromagnético.

Modelo de Bohr
Físicos construíram um modelo preciso de uma parte do Sistema Solar no interior de um único átomo de potássio.
Eles fizeram com que um elétron orbitasse o núcleo do átomo exatamente da mesma forma que os asteroides troianos de Júpiter orbitam o Sol.
Os átomos são comumente representados como sistemas planetários, graças ao modelo criado por Niels Bohr em 1913.
Contudo, apesar de o modelo de Bohr ser bem ilustrativo, a mecânica quântica estabelece que o elétron pode ser encontrado em muitos lugares, o que transforma sua órbita em um espaço grande, difuso e incerto.
Na física quântica, o elétron é definido como uma onda, ou uma "nuvem de probabilidades". Simplesmente não faz sentido perguntar qual é a "posição real" de um elétron, porque ele está situado em todas as direções possíveis ao redor do núcleo ao mesmo tempo.
Átomo planetário
Mas, curiosamente, os cientistas da Áustria e dos Estados Unidos descobriram que, afinal de conta, os átomos têm algo em comum não apenas com os sistemas planetários, mas com o nosso Sistema Solar em particular.
Mais especificamente, eles descobriram que um tipo especial de átomo pode simular os asteroides troianos de Júpiter, asteroides que viajam à frente e atrás do planeta, em pontos de equilíbrio gravitacional conhecidos como pontos de Lagrange.
Da mesma forma que Júpiter estabiliza a órbita dos seus asteroides troianos, a órbita dos elétrons ao redor do núcleo atômico pode ser estabilizada usando um campo eletromagnético.
No experimento, a influência estabilizadora da gravidade de Júpiter foi substituída por um campo magnético precisamente ajustado. O campo oscila precisamente com a frequência correspondente ao período orbital do elétron ao redor do núcleo.
Isso estabelece um ritmo para o elétron, de forma que o elétron-onda é mantido em um ponto específico por um longo tempo.
Com isto, o elétron pode até mesmo ser empurrado para outra órbita - mais ou menos como se os asteroides troianos de Júpiter fossem subitamente forçados a orbitar Saturno.
Maior átomo do mundo
Para fazer isto, o grupo usou um raio laser para excitar o elétron mais externo do átomo de potássio para números quânticos - descritivos da "órbita" do elétron - entre 300 e 600, criando um assim chamado átomo de Rydberg.
Isto significa que eles construíram um átomo gigante, eventualmente o maior átomo do mundo - o elétron orbita o núcleo a uma distância tão grande que o átomo inteiro ficou do tamanho do pingo desta letra "i".
Os cientistas se entusiasmaram com o feito, e agora planejam preparar átomos com vários elétrons se movendo em órbitas planetárias ao mesmo tempo.
Isto permitirá que eles estudem como o mundo quântico dos objetos em escala atômica correspondem ao mundo clássico, como nós o percebemos com nossos sentidos.
"A zona de transição entre a mecânica quântica e a física clássica é a mais fascinante e menos compreendida fronteira da física," afirmou Joseph Eberly, membro da equipe.

Irã anuncia lançamento de satélite de observação espacial


  O Irã anunciou nesta sexta-feira (3) o lançamento com êxito de um pequeno satélite de observação experimental, o terceiro desde 2009.
"O satélite Navid foi lançado com sucesso e deve ser colocado em uma órbita de 250 a 370 km", afirmou Hamid Fazeli, o presidente da Organização Espacial Iraniana.
"O satélite pesa 50 quilos e foi enviado pelo lançador Safir", completou.
O lançamento, no momento em que o Irã celebra o aniversário da Revolução Islâmica de fevereiro de 1979, aconteceu na presença do presidente Mahmud Ahmadinejad, segundo a imprensa oficial.
O Irã lançou com êxito dois pequenos satélites experimentais: Omid em 2009 e Rassad em junho de 2011, com o foguete Safir.
Os lançamentos de satélites iranianos preocupam a comunidade internacional, que teme que o programa espacial permita ao país desenvolver mísseis balísticos capazes de transportar cargas nucleares, o que Teerã nega.

Telescópio Hubble faz imagem de galáxia mais brilhante já descoberta


  O Telescópio Espacial Hubble obteve imagens sem precedentes da galáxia mais brilhante descoberta até agora, graças a um fenômeno conhecido como lente gravitacional.
Uma lente gravitacional ocorre quando a gravidade de um objeto gigantesco, como o Sol, um buraco negro ou um conjunto de galáxias, causa uma distorção no espaço-tempo.
A luz procedente de objetos mais distantes e brilhantes se reflete e aumenta quando passa por essa região distorcida pela gravidade.
             Galáxia mais brilhante já detectada foi flagrada pelo telescópio Hubble. 

  A Nasa (agência espacial norte-americana) informou que "esta observação proporciona uma oportunidade única para o estudo das propriedades físicas de uma galáxia que formava, de maneira vigorosa, estrelas quando o universo tinha apenas um terço de sua idade atual".
Jane Rigby e sua equipe de astrônomos no Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa em Greenbelt, Maryland, apontaram o telescópio Hubble em direção a um dos exemplos mais notáveis de lente gravitacional, um arco de luz de quase 90 graus no conjunto galáctico RCS2 032727-132623.A vista que o Hubble obteve da galáxia distante é muito mais detalhada que a imagem que seria obtida sem a presença da lente gravitacional. A presença deste "amplificador" mostra como as galáxias evoluíram em dez mil milhões de anos, segundo a Nasa.
Enquanto as galáxias mais próximas à Terra estão plenamente maduras e se aproximam do fim de sua história como criadouro de estrelas, as galáxias mais distantes proporcionam testemunho dos tempos de formação do universo.
Estão tão distantes que a luz daqueles eventos cósmicos só alcança a Terra agora. As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores.
Em 2006 uma equipe de astrônomos que usou o Very Large Telescope (VLT, literalmente Telescópio Muito Grande, o instrumento óptico mais avançado do mundo) no Chile, mediu a distância do arco e calculou que esta galáxia aparece três vezes mais brilhante que as outras galáxias, vistas também através de lentes, descobertas antes.
Em 2011 os astrônomos usaram o Hubble para captar imagens e analisar a galáxia com o telescópio orbital.
Como é típico nas lentes gravitacionais a imagem distorcida da galáxia se repete várias vezes no conjunto de lente que aparece à frente. A tarefa dos astrônomos é reconstruir como se veria realmente a galáxia sem o efeito de distorção.
A aguda visão do Hubble permitiu que os astrônomos eliminassem as distorções e reconstruíssem a imagem como seria vista normalmente. A reconstrução mostra as regiões brilhantes onde se formam as estrelas, muito mais iluminadas que qualquer região de estrelas jovens na Via Láctea.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Turistas espaciais poderão dar a volta na Lua em 2017


 Os turistas espaciais poderão dar a volta na Lua a partir de 2017, quando é comemorado o 50º aniversário do início do programa americano Apolo, informou nesta quinta-feira a companhia Space Adventures (SA).
"Já vendemos uma vaga e a outra planejamos vender muito em breve. Devemos lançar a missão no 50º aniversário do programa Apolo", disse Eric Anderson, co-fundador e presidente da SA, citado pela agência "Interfax".
A SA, companhia que organiza os voos cósmicos para novatos conhecidos como turistas espaciais, disse no ano passado que uma personalidade famosa já pagou US$ 150 milhões por um dos bilhetes com destino ao satélite da Terra a bordo de uma nave russa Soyuz.
Anderson lembrou que o lançamento do Apolo 1 terminou em tragédia e que não há melhor maneira de homenagear os três tripulantes americanos mortos do que "realizar um voo ao redor da Lua".
Após mais de dois anos de provas fracassadas, o Apolo 11 pousou na lua dia 20 de julho de 1969, mais de oito anos depois de o soviético Yuri Gagarin se transformar no primeiro astronauta da história.
A corporação espacial russa Energia, fabricante das Soyuz, está construindo uma nova nave tripulada especialmente para "a realização de programas comerciais com participantes não profissionais".
Caso a Soyuz com os turistas a bordo se limitar a rodear a Lua e retornar à Terra, o voo se prolongará durante 8 ou 9 dias, mas se a viagem incluir uma visita à Estação Espacial Internacional (ISS) pode durar até três semanas.
A ISS abriu suas portas a sete turistas espaciais: o americano Denis Tito (2001) foi o primeiro a viajar à plataforma, seguido pelo sul-africano Mark Shuttleworth (2002) e o americano Gregory Olsen (2005).
A americana de origem iraniana Anousha Ansari foi a primeira mulher turista a viajar à estação (2006), seguida pelo americano de origem húngara Charles Simonyi (2007) e de Richard Garriott, filho do ex-astronauta dos EUA Owen Garriott (2008).
Simonyi foi o único turista a repetir a experiência em março de 2009, enquanto o fundador do Cirque du Soleil, o canadense Guy Laliberté, foi o último a se alojar na ISS.
A Rússia recorreu ao turismo espacial no início da década passada, por causa da grave crise de financiamento que afetou seu programa espacial após a queda da União Soviética.
Em 2009, a Rússia decidiu acabar com as visitas perante a falta de espaço, já que agora a tripulação da ISS foi duplicada, com até seis tripulantes.
O diretor da Roscosmos, a agência espacial russa, Vladimir Popovkin, manifestou nesta quinta-feira que até 2020 o ser humano voltará à Lua, odisseia na qual poderiam colaborar Roscosmos, Nasa e a Agência Espacial Europeia. 

Descoberta gravação da voz de Otto von Bismarck feita em 1889


 Escondida por décadas em um armário no laboratório de Thomas Edison, uma coleção de cilindros fonográficos de cera foi trazida de volta ao uso depois de mais de um século de silêncio.
Em uma das gravações está a voz do "chanceler de ferro" da Alemanha, Otto von Bismarck (1815-1898), registrada por um colaborador de Edison durante uma visita à Europa em 1889.
Com duração de cerca de 1 minuto e 20 segundos, a gravação permite ouvir Bismarck recitando palavras de uma canção americana do século 19, um canto em latim, o que parecem ser conselhos para seu filho e, com forte sotaque alemão, as palavras do hino francês, "A Marselhesa".
O cilindro estava entre outros 17 encontrados em 1957 em uma caixa na biblioteca do laboratório de Edison, transformado em museu em Nova Jersey (EUA).
"É o único registro da voz de Bismarck, o que tem um significado histórico inestimável", disse Stephan Puille, da Escola de Economia de Berlim, um dos estudiosos que decifraram a gravação usando tecnologia digital.
Cilindros de cera como esses foram os primeiros "discos" comerciais. Outros exemplares já revelaram músicas de compositores alemães e húngaros, incluindo o que se acredita ser a primeira gravação de Chopin. 

Nasa mostra outro lado de foto em alta definição da Terra


  A agência espacial americana (Nasa) divulgou nesta quinta-feira (2) o outro lado de uma foto em alta definição feita da Terra, que foi divulgada em 25 de janeiro.
Na imagem original era possível ver as Américas Central e do Norte e parte da América do Sul. Na desta quinta (2), são mostrados o Oriente Médio, a África e o Sudeste Asiático.
As duas imagens foram feitas pelo satélite Suomi NPP em 4 de janeiro.
As fotos da Terra são uma tradição da Nasa que começou com a Apollo 17, que tirou uma das mais famosas fotografias já feitas do espaço. Chamada de "Blue Marble" (que significa tanto "Bola de Gude Azul" quanto "Mármore Azul", em inglês), ela foi capa de revistas por todo o mundo.
Veja as duas imagens abaixo. Primeiro, a desta quinta.
Foto em alta resolução divulgada em 2 de fevereiro mostra África, Oriente Médio e Sudeste Asiático
               Fotografia de 25 de janeiro mostra as Américas 

Vaticano vai apresentar meteorito de Marte em exposição de astronomia


  Um meteorito proveniente de Marte, minerais trazidos da Lua, telescópios do século 19 e astrolábios do século 17 formam a exposição "Histórias do outro mundo. O Universo dentro e fora de nós", que será inaugurada em Pisa, norte da Itália, a partir do dia 10 de março.
A exposição, apresentada nesta quinta-feira (2) no Vaticano, foi organizada pela Specola Vaticana, o Observatório Astronômico do Vaticano, e pelo Instituto Nacional de Física Nuclear Italiano. A mostra será apresentada no Palacio Blu, em Pisa, a cidade toscana onde nasceu Galileu Galilei."Se quiser ver Marte, vá a Pisa", afirmou nesta quinta-feira o jesuíta José Gabriel Funes, diretor da Specola Vaticana, que assegurou que a mostra busca contar a história do Universo, desde as partículas que formam os átomos do corpo até as distantes galáxias.
Segundo o astrônomo, os destaques da exposição passam por um meteorito encontrado no Egito, que supostamente provém de Marte, assim como outros provenientes da Lua e outros materiais vindos do espaço.
Funes também contou que o papa Bento 16 já viu o meteorito quando visitou a sede da Specola, situada nos arredores de Castel Gandolfo, um município a cerca de 30 quilômetros ao sul de Roma.
"Nem mesmo o papa pôde tocá-lo diretamente no meteriorito, já que o mesmo teve que usar um lenço", disse.
Segundo Funes, a exposição será realizada em Pisa pelo fato da cidade ser a terra natal de Galileu e também do cardeal Pietro Maffi, um apaixonado pela astronomia e principal responsável pela renovação do observatório. Maffi foi nomeado presidente da Specola pelo papa Pio 10 em 1904.
A exposição, que ficará aberta de 10 de março até 1º de julho, "conduzirá o visitante por uma interessante viagem pelo nosso Sistema Solar", como descreve Cosimo Bracci Torsi, presidente da Fundação Palacio Blu.

Erupções de supervulcões podem ser previstas, diz estudo


  As erupções de supervulcões adormecidos há centenas de anos poderiam ser previstas com a análise das mudanças na composição do magma, segundo um estudo publicado na edição desta quinta-feira (2) da revista científica "Nature".
A investigação analisou os processos que ocorrem no magma das caldeiras vulcânicas e o tempo em que eles ocorrem, o que dá mais informações sobre o que acontece antes de uma erupção.
Os supervulcões são capazes de expulsar quadrilhões de litros de magma em poucos dias. Ao contrário dos vulcões normais, eles geralmente se encontram em locais planos e não têm a forma associada a uma montanha.
Os lagos termais no Parque Yellowstone, nos EUA, são um sinal de que a região tem supervulcões parcialmente ativos
 A equipe, liderada pelo geólogo Timothy Druittm, da universidade francesa Blaise Pascal, e por Jon Blundy, da universidade britânica de Bristol, estudou os cristais incrustados em rochas vulcânicas da ilha grega de Santorini.
Este material faz parte da lava derramada numa grande erupção ocorrida em torno de 1.600 a. C., que contribuiu para configurar o arquipélago e que aconteceu 18 mil anos depois do episódio anterior.
Os geólogos descobriram que nos cem anos anteriores a uma erupção a reserva de magma dentro do vulcão aumentou e ocorreram mudanças em sua composição.
O prazo de tempo entre erupções deste tipo costuma ser de milhares de anos, mas é difícil calcular esse período pois ainda não foram realizadas pesquisas suficientes sobre o fenômeno.
No entanto, esta nova investigação abriu caminho para a previsão de uma erupção de um supervulcão. Os cientistas consideram que as remodelações no magma ocorrem aproximadamente cem anos antes de ocorrer uma erupção.
Por isso, a observação a longo prazo das mudanças no magma permitiria prever erupções devastadoras em supervulcões adormecidos há muito tempo, mais ainda parcialmente ativos, como em Long Valley e Yellowstone, nos Estados Unidos, e em Campi Flegrei, na Itália.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nasa fotografa dunas marcianas para entender terreno; veja imagem

Uma imagem colorida obtida pela Nasa (agência espacial americana) mostra dunas de areia na cratera de impacto Noachis Terra, em Marte.
                 As dunas de areia ficam na cratera de impacto Noachis Terra, em Marte

 Os veios têm tamanho e formas variadas que são criadas pela ação do vento (direção e força), exatamente como ocorre em dunas no Nordeste brasileiro.
Os pesquisadores estudam modelos de erosão e de depósito da areia para obter dados sobre como a sedimentação do terreno ocorreu.
A foto, de uma zona com cerca de 1 km, foi clicada em 29 de novembro de 2011 pela câmera de alta resolução HiRise e divulgada em 25 de janeiro. 

Radiação e material ruim provocaram queda de sonda, diz Rússia


 A Roscosmos (agência espacial russa) afirmou nesta terça-feira que a radiação cósmica é a causa mais provável para explicar a falha da sonda Fobos-Grunt e sugeriu que componentes de baixa qualidade que foram importados para a fabricação do equipamento eram mais vulneráveis.
O plano original era chegar até as imediações de Marte, pousar em Fobos --a maior lua do planeta vermelho-- e voltar à Terra com amostras de sua superfície.
A sonda partiu em novembro de 2010, mas não chegou nem perto do seu objetivo: ficou parada na órbita terrestre.
Dois meses depois, fragmentos do que sobraram da nave caíram no oceano Pacífico.

Em seus primeiros comentários, o diretor-geral da Roscosmos, Vladimir Popvkin, indicou que a falha em lançar a sonda poderia ter sido causada por sabotagem estrangeira.
No pronunciamento atual, Popvkin disse que duas unidades do sistema computadorizado da sonda foram danificadas pela radiação, entrando no modo de economia de energia e no de "restart" (reinício). Ainda não se sabe como isso ocorreu.
Popvkin não citou a marca dos chips que seriam de baixa qualidade.
O programa espacial russo tem sofrido uma série de erros nos últimos meses. Em agosto do ano passado, uma nave não tripulada, abastecida com material que seria enviado à ISS (Estação Espacial Internacional), caiu.
O projeto da Fobos consumiu US$ 163 milhões após mais de uma década sem lançamentos interplanetários da Rússia. A última sonda russa, de 1996, também foi destinada a Marte e fracassou.
Uma fonte da Roscosmos adiantou que o lançamento programado para 30 de março da nave tripulada Soyuz TMA-04M, com destino à ISS, pode ser adiado para o final de abril ou início de maio. 

Nasa reúne tuiteiros para comemorar 50 anos do 1º americano em órbita


   A Nasa vai promover um encontro de tuiteiros para celebrar o aniversário de 50 anos desde que o primeiro norte-americano orbitou a Terra. A reunião vai acontecer em 2 de março e reunirá cem pessoas escolhidas via Twitter para homenagear o ex-senador e astronauta John Glenn, autor da façanha em 1962.
Os sorteados vão conhecer visitar o Centro de Pesquisas Glenn, setor da Nasa voltado à pesquisa sobre voos e testes em solo para operações aeronáuticas e de exploração espacial. O grupo poderá fazer perguntas aos cientistas e engenheiros do local sobre as tecnologias ali criadas.
John Glenn foi um dos setes selecionados pela Nasa para participar do projeto Mercury, na década de 1960, que tinha como objetivo levar o primeiro homem ao espaço. Herói militar, Glenn combateu nas guerras do Pacífico e da Coreia.
Antes de se tornar o primeiro homem norte-americano a entrar em órbita, o piloto da Marinha já tido sido o primeiro a cruzar os Estados Unidos em um avião supersônico. Ele também detém o recorde de pessoa mais velha a ir para o espaço, quando retornou às missões da Nasa em 1998, durante um voo do ônibus espacial Discovery.
Os interessados em participar do encontro de tuiteiros têm entre meio-dia desta sexta-feira (3) até o mesmo horário da próxima segunda-feira (6) para se inscrever pelo twitter da agência (www.twitter.com/nasa). O evento é restrito a cidadãos norte-americanos e/ou residentes legais no país.
                                      O astronauta John Glenn, primeiro norte-americano
                                                                 a entrar em órbita. 

Cientistas descobrem espécie de crocodilo pré-histórico

A ilustração publicada nesta terça-feira (31) mostra um animal pré-histórico apelidado de crocodilo-escudo. O nome foi dado porque a cabeça dele é protegida por escamas grossas, que o protegem como um escudo. O 'Aegisuchus witmeri', já extinto, foi descrito em um artigo publicado nesta semana pela revista científica 'PLoS One'. Segundo os pesquisadores, o animal é um antepassado dos crocodilos modernas , e os estudos sobre ele podem dar dicas de como proteger as espécies atuais da extinção 

Cientistas desenvolvem técnica para 'ler' pensamentos


  Cientistas americanos criaram um método para descobrir palavras nas quais pacientes estavam pensando, com base em suas ondas cerebrais.
A técnica, descrita na revista científica "PLoS Biology", se baseia nos sinais elétricos nos cérebros de pacientes que ouviam diferentes palavras. Um computador foi depois capaz de reconstruir os sons nos quais os pacientes estavam pensando.
Segundo os pesquisadores, o método poderia ser usado no futuro para ajudar pacientes em coma ou com síndrome de encarceramento a se comunicar.
Imagens e sons
Estudos recentes vêm aperfeiçoando maneiras de "ler" pensamentos.

No ano passado, a equipe do cientista Jack Gallant, da Universidade da Califórnia, Berkeley, desenvolveu uma maneira de relacionar os padrões de fluxo sanguíneo no cérebro a determinadas imagens nas quais os pacientes estavam pensando.Agora, Brian Pasley, da mesma universidade, liderou uma pesquisa aplicando princípios semelhantes aos sons.
Sua equipe se concentrou no giro temporal superior (GTS), uma região do cérebro que não só é parte do aparato auditivo, mas também nos ajuda a entender linguisticamente os sons que ouvimos.
Palavra secreta
Os pesquisadores monitoraram as ondas cerebrais de 15 pacientes selecionados para cirurgia devido a epilepsia ou tumores, enquanto diferentes alto-falantes tocavam gravações contendo palavras e frases.

Eles usaram então um programa de computador para mapear que partes do cérebro reagiam, e de que forma, quando a pessoa ouvia diferentes frequências sonoras.
Depois, os pacientes recebiam uma lista de palavras e escolhiam uma na qual deveriam pensar. Com a ajuda do programa de computador, a equipe conseguia descobrir que palavra havia sido escolhida.
Eles conseguiram até reconstruir algumas das palavras, transformando as ondas cerebrais que eles viam de volta em som, com base nas interpretações feitas pelo computador.
"Este trabalho tem uma natureza dupla: a primeira é a ciência básica de entender como o cérebro funciona. A outra, do ponto de vista protético. Pessoas que têm problemas de fala poderiam usar um aparelho protético, quando elas não conseguem falar, mas conseguem pensar no que elas querem dizer", explicou um dos autores do estudo Robert Knight.
"Os pacientes estão nos dando estas informações, então seria bom podermos dar alguma coisa em troca no fim".
Os cientistas explicam, no entanto, que a ideia de "leitura de pensamento" ainda precisa ser amplamente aperfeiçoada para que aparelhos do tipo se tornem uma realidade.
Ondas cerebrais revelam palavras em que
pensamos 


Nasa divulga dados inéditos sobre matéria que circunda o Sistema Solar


  A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou dados de observações inéditas de átomos que circundam o Sistema Solar. Utilizando a sonda Ibex, astrônomos puderam captar elementos químicos vindos de regiões vizinhas e medir o volume desses materiais dentro e fora da heliosfera, a "bolha" ao redor do Sol que protege a Terra e outros planetas de raios cósmicos.
Os dados foram anunciados em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (31) nas dependências da Nasa. Seis estudos sobre os resultados colhidos pela missão Ibex serão divulgados na edição de fevereiro da revista "Astrophysical Journal", uma das principais publicações científicas sobre astronomia no mundo.
O estudo mostrou a diferença nos índices de hidrogênio, oxigênio e gás neônio dentro da zona de influência do Sol e na região de nuvens de poeira cósmica que circunda o Sistema Solar. Há uma década, uma outra missão da Nasa chamada Ulysses já havia detectado átomos de Hélio vindos de fora da "bolha" solar.
Matéria interestelar circunda a 'bolha' que envolve o Sol (meio da imagem).

  A heliofera acontece quando os ventos solares se encontram com o ambiente espacial entre as estrelas, que pressiona de volta o material vindo do Sol. Isso forma uma bola que não permite a entrada de partículas com elétrons a mais ou a menos. Apenas as partículas neutras conseguem penetrar dentro da heliosfera e serem detectadas, por exemplo, pela sonda Ibex.
Esses átomos que entram na heliosfera chegam até os painéis da sonda Ibex a uma velocidade de 83,5 mil quilômetros por hora, uma velocidade menor (11,2 mil km/h a menos) do que os cientistas previam antes com base nos dados da sonda Ulysses.Outra conclusão corrigida pelos novos dados da Ibex é a de que o Sol se encontra, atualmente, na borda de uma região conhecida como Nuvem Interestelar Local. Os dados coletados pela sonda Ulysses fizeram os cientistas acreditar que o Sistema Solar já estivesse deixando essa região rumo a outras partes do espaço.
O estudo divulgado nesta terça-feira dá pistas sobre como essas nuvens afetam o formato e a composição da heliosfera. Ainda nas proximidades do Sistema Solar existe outra região chamada Nuvem G.
Os pesquisadores notaram que a Nuvem Interestelar Local não chega até a região de Alpha Centauri, onde o trio de estrelas mais próximas do Sol se encontra.
A Via Láctea, galáxia onde está o Sol, localizado em um dos braços espirais.
 Nos próximos anos, quando as naves Voyager chegarem até as fronteiras do Sistema Solar, o estudo mais detalhado das partículas neutras e ionizadas será possível, segundo David McComas, cientista principal do projeto Ibex.
Hipóteses 
 As descobertas da missão Ibex levaram a equipe a uma dúvida: seria a região do Sol tão diferente quanto aos elementos químicos que a formam na comparação com as regiões vizinhas?
O questionamento veio após as medições mostrarem que o Sistema Solar e outras partes mais distantes da Via Láctea apresentarem concentrações maiores de oxigênio e menores do gás neônio do que a área que faz divisa com a heliosfera.
Para os cientistas, isso pode indicar que o Sol foi criado em uma região com menos oxigênio do que se pensava ou talvez que o oxigênio seja mais comum de ser encontrado "preso" em materiais galácticos como grãos de poeira e blocos de gelo.

Foto de berçário de estrelas revela 'rosto humano' de perfil

Uma foto divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) mostra uma região no espaço onde nascem estrelas que mais se parece com o rosto de uma pessoa vista de lado.A curiosa imagem foi feita pelo instrumento Wide Field Imager, que está instalado em um telescópio do Observatório La Silla, no Chile. O berçário estelar fica a 7,5 mil anos-luz de distância da Terra -- 1 ano-luz equivale a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.
O nome técnico da nebulosa é NGC 3324, mas ela também é conhecida como Gabriela Mistral, nome da poetisa chilena escolhida como Nobel de Literatura em 1945, por conta do rosto em perfil que parece ter sido formado pelos gases e poeira no local. A "maternidade" estelar se encontra na direção da constelação da Carina, típica dos céus do hemisfério Sul, e é composta de gás e poeira.
O local brilha por conta da radiação ultravioleta que é enviada pelas estrelas jovens e quentes existentes por ali. Na mesma região, é possível observar uma das principais nebulosas conhecidas no espaço: a Nebulosa da Carina, que serve de "abrigo" para Eta Carinae, um dos objetos mais famosos no espaço e que já chegou ser uma das estruturas mais brilhantes no céu há 150 anos.
A nebulosa NGC 3324, com uma área que mais se parece com um rosto humano visto de perfil. 
        A região de Eta Carinae, em outra imagem divulgada pelo ESO.



Cientista cria robô artista que desenha retratos


  Um artista e cientista francês desenvolveu um robô capaz de desenhar retratos imitando o estilo de seu criador.
A máquina, batizada de Paul, é composta por uma câmera que analisa o rosto da pessoa posando para o retrato e um braço mecânico, que faz o retrato com uma caneta esferográfica, usando o contraste entre luz e sombra.
Patrick Tresset, que foi pintor e desenhista por 15 anos até "perder sua paixão" pelo trabalho, criou o robô artista a partir de seu doutorado na Universidade de Goldsmiths, em Londres, e em parceria com o professor e pesquisador Frederic Fol Leymarie.
Desde junho de 2011, o robô artista Paul se tornou o centro das atenções em diversas feiras internacionais e alguns de seus mais de 400 desenhos foram comprados por colecionadores.
"Participamos recentemente de uma feira de arte em Londres e muitos artistas elogiaram a qualidade dos trabalhos produzidos por Paul", disse Tresset à BBC Brasil.Atualmente, os retratos -- que podem demorar até 25 minutos para ficarem prontos e são assinados pelo robô -- são como "projeções" dos traços do próprio Tresset, mas o próximo passo para o francês é criar um artista cibernético que tenha seu próprio estilo.
"Acredito que mostrando ao robô uma série de pinturas, desenhos e imagens, ele poderia desenvolver um estilo único. E isso não está muito longe. Com o apoio financeiro necessário, acho que seria possível criar isso em algo entre três e cinco anos", afirma Tresset, que hoje conta com uma bolsa de pesquisa do Leverhulme Trust.
Entre os dias 9 e 13 de fevereiro, Paul vai ser uma das atrações da Kinetica Art Fair, em Londres.
                                                   O robô desenhista Paul em ação
                                                   Desenhos feitos pelo robô Paul

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cientistas induziram uma levedura a tornar-se multicelular



Uma transição evolutiva que levou vários bilhões de anos para ocorrer na natureza aconteceu em um laboratório e os cientistas precisaram de apenas 60 dias. Sob pressão artificial a levedura tornou-se multicelular.
O passo crucial é responsável pela progressão da vida além de algas e bactérias. No novo estudo, pesquisadores desenvolveram a levedura de cerveja, um organismo unicelular comum, em frascos de caldo rico em nutrientes. "A levedura não precisa de complexidade ou de genes especiais para se tornar multicelular”, disse o biólogo evolucionista Michael Travisano da Universidade de Minnesota, coautor do estudo na Proceedings of the National Academy of Sciences.
Uma vez por dia, os cientistas removiam o fermento originário da levedura e usavam para iniciar novas culturas. Dentro de poucas semanas, as células de levedura individuais ainda mantinham suas identidades singulares, mas se aglutinaram. No final de dois meses, cada cepa tinha evoluído para seres multicelulares, mostrando todas as tendências associadas a "maior" forma de vida: uma divisão de trabalho entre as células especializadas, estágios de vida juvenil e adulta e filhos multicelulares.
"Pluricelularidade é melhor em cooperação", disse Travisano, que quer entender como a cooperação emerge em organismos “egoístas”. "Às vezes as células desistiam de sua capacidade de se reproduzir para o benefício de parentes próximos”.
Desde o final dos anos 90, estudos de evolução experimental têm tentado induzir a multicelularidade em laboratório. De acordo com Travisano, muita ênfase foi colocada na identificação de alguma essência genética de complexidade. O novo estudo sugere que as condições ambientais são fundamentais: “Dê aos organismos unicelulares razão para serem multicelulares, e eles serão” afirma.Para além de observações sobre as origens da complexidade, a descoberta pode ter implicações para os pesquisadores em outros campos. Enquanto multicelularidade tem seus tempos difíceis, devido os animais existentes que têm uma vantagem competitiva, a lição básica de evolução rápida e radical é universal. "Estou certo de que a rápida evolução ocorre. Nós simplesmente não sabemos como olhar para ela” sugere Travisano
Criação de organismos unicelulares em complexos para formar seres multicelulares também poderia ser usada como uma técnica de produção biotecnológica. "O que estamos fazendo aqui, através da seleção artificial, é algo que fizemos durante séculos com os animais e agricultura” lembra Travisano.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dinossauros também possuíam instintos maternais


Dinossauros que existiram há 190 milhões de anos compartilhavam instintos maternais complexos, que se mostraram similares ao de aves ou répteis modernos.
A hipótese é defendida por um grupo de pesquisadores, que analisou um conjunto de ninhos fossilizados encontrados na região hoje conhecida como parque nacional Golden Gate Highlands, da África do Sul.
Divulgado na revista médica "PNAS", o estudo mostra que, nos primeiros momentos da existência dos dinossauros, a espécie Massospondylus colocava os ovos de uma forma comunitária, em um mesmo local, geração após geração.
"Agora podemos argumentar que temos a evidência de que não só esta jazida é o centro de ninhos de dinossauros mais antigo do mundo", disse o professor Robert Reisz, da Universidade de Toronto, "mas também o centro de ninhos mais antigo de qualquer vertebrado terrestre".
Reisz explicou à agência de notícias Efe que, depois de os ovos se romperem, os Massospondylus permaneciam no ninho até dobrarem de tamanho.
"Pudemos ver que todos os ovos estão postos em uma só camada, assim como fazem as aves. Mas esses dinossauros não se sentavam em cima dos ovos, como fazem as aves", destacou Reisz. "Pela primeira vez, esses dois elementos estão separados: botar ovos em uma só camada e sentar-se em cima deles não estão relacionados. Evoluíram de forma separada."
Segundo ele, até agora só se tinha conhecimento de um comportamento reprodutivo parecido entre dinossauros nos períodos finais de sua existência sobre a Terra, há cerca de 65 milhões ou 70 milhões de anos, por isso a descoberta recua esses instintos em mais de 120 milhões de anos.
O cientista e sua equipe também encontraram marcas deixadas no barro por alguns Massopondylus no momento em que rompiam a casca do ovo e começavam a se aventurar no mundo.
"Esses animais caminhavam inicialmente com suas quatro patas. Mas os adultos eram bípedes. Só conhecemos outra espécie animal que começa sua existência como quadrúpede e termina como bípede, e são os humanos", ressaltou.
A jazida sul-africana pode se transformar em um incrível "diário" do processo reprodutivo dos dinossauros graças à coleção de ovos e embriões que contém.
"Temos uma grande quantidade de material embrionário para estudar. Esperamos conseguir o que chamamos de "embriologia de dinossauros", algo que ainda não foi feito: ver como os animais crescem no interior do ovo. Isto é extremamente apaixonante", disse Reisz.

Nasa exibe foto noturna da Europa Ocidental tirada da ISS


O site da Nasa (agência espacial americana) traz nesta segunda-feira (30) a imagem da Europa Ocidental tirada no último dia 22.
As luzes que aparecem na parte central são da iluminação urbana na Bélgica e na Holanda.
O módulo na cor azul que aparece à esquerda é parte da ISS (Estação Espacial Internacional), de onde os astronautas tiraram a foto, e à direita fica o braço mecânico Canadarm2.
Nasa divulgou uma imagem tirada no dia 22; as luzes (centro) são da iluminação na Bélgica e na Holanda
Nasa divulgou uma imagem tirada no dia 22; as luzes (centro) são da iluminação na Bélgica e na Holanda