sexta-feira, 6 de abril de 2012

Favos de mel magnéticos criam novo tipo de computação



Favos de mel magnéticos criam redes neurais em hardware
Os nanomagnetos autoestruturam-se ao longo de "canais" semelhantes aos favos de uma colmeia de abelhas.


Redes neurais em hardware
Discos rígidos e outros sistemas de armazenamento de dados funcionam pela manipulação de conjuntos de minúsculos ímãs, que formam aglomerados conhecidos como domínios magnéticos.
Por serem cada vez menores, contudo, cada domínio interfere nos dados dos seus vizinhos, criando a grande limitação atual para a fabricação de sistemas de armazenamento mais rápidos e menores.
Agora, cientistas demonstraram que uma estrutura de magnetos em nanoescala, dispostos no formato de favos de mel, reduz o problema da interação entre os domínios em dois terços.
Mais do que isso, porém, os nanomagnetos apresentam uma espécie de comportamento coletivo, o que pode ser usado para criar redes neurais em hardware.


Leitura elétrica de dado magnético
A primeira grande vantagem desse novo material magnético em nanoescala é que a informação gravada em cada um dos "favos magnéticos" pode ser lida medindo-se sua resistência elétrica.
Ou seja, faz-se uma leitura elétrica de um dado que é armazenado magneticamente.
Isto coloca o material na fronteira do armazenamento de dados, uma fronteira que começou a ser desbravada por redemoinhos magnéticos, chamados skyrmions.

O Dr. Will Branford e seus colegas do Imperial College de Londres criaram os favos de mel magnéticos em um material chamado "gelo de spin", o mesmo onde sua equipe havia detectado monopolos magnéticos em temperatura ambiente há cerca de dois anos.
Favos de mel magnéticos criam redes neurais em hardware
A organização dos domínios magnéticos permite a realização de computações equivalentes a uma rede neural, com múltiplas saídas simultâneas. 

Novo tipo de computação
No experimento atual, novamente trabalhando a temperaturas muito baixas (-223 ºC), a equipe descobriu que os bits magnéticos agem de forma coletiva, organizando-se autonomamente em padrões.
É essa auto-organização que altera a resistência elétrica do material, permitindo a escrita e a leitura da informação magnética usando uma pequena corrente elétrica.
O mais interessante, contudo, é que, enquanto os domínios magnéticos de uma memória comum só conseguem guardar um bit de cada vez, um aglomerado de favos dessa colmeia magnética pode ser usado para resolver um problema computacional complexo em um único passo.
Cálculos computacionais desse tipo são conhecidos como redes neurais, por imitarem a forma que se acredita nossos cérebros usem para processar informações.
"A forte interação entre os magnetos vizinhos nos permite influenciar sutilmente como os padrões se formam ao longo dos favos de mel. Isto é algo de que poderemos tirar proveito para resolver problemas complexos, porque é possível gerar múltiplas saídas, e nós podemos diferenciar entre elas eletronicamente," explica o Dr. Branford.

Aquecimento
"Nosso próximo grande passo é construir um conjunto de nanomagnetos que possa ser programado sem usar campos magnéticos externos," anuncia o cientista.
E, a exemplo do que a equipe conseguiu fazer na etapa anterior da sua pesquisa, conseguir fazer com que o comportamento coletivo dos nanomagnetos seja mantido e controlado a temperatura ambiente.

Motor suíço irá à Lua com 0,1 litro de combustível



Motor econômico
Que tal enviar uma sonda espacial da Terra à Lua gastando um décimo de litro de combustível?
É o que prometem engenheiros da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça.
Eles apresentaram o primeiro protótipo de um motor-foguete ultracompacto cujo objetivo declarado é "reduzir drasticamente o custo da exploração espacial".
O motor inteiro, incluindo combustível e controle eletrônico, pesa 200 gramas e foi projetado especificamente para impulsionar satélites e sondas espaciais de pequeno porte.
O motor é a primeira peça de um satélite-gari para limpar o lixo espacial, cuja construção foi proposta há cerca de um mês.
Ele também será usado em uma constelação de nanossatélites que a Alemanha está construindo para gravar sinais de rádio de frequência ultrabaixa no lado oculto da Lua.

Liberdade para os satélites
Com a miniaturização dos equipamentos, os nanossatélites caíram no gosto dos cientistas porque seu custo de fabricação e de lançamento é muito mais baixo do que um satélite convencional.
Seu grande inconveniente é justamente a falta de propulsão, o que limita sua capacidade de coleta de dados científicos de elevada precisão.
"Até agora, os nanossatélites ficam travados em suas órbitas. Nosso objetivo é torná-los livres," disse Herbert Shea, coordenador do projeto.

Motor iônico
Em vez de um combustível inflamável, o novo minimotor espacial usa um líquido iônico, um composto químico chamado EMI-BF4, que funciona tanto como solvente quanto como eletrólito.
Ele é composto de moléculas eletricamente carregadas, ou íons - como o sal de cozinha, com a diferença que o combustível do foguete é líquido a temperatura ambiente.
Para que o motor funcione e empurre o satélite, os íons são arrancados do líquido e ejetados por um campo elétrico.
Esse é o princípio básico do motor iônico: o combustível não é queimado, ele é expelido.
A saída do motor iônico também não é feita por aquele bocal tradicional dos motores foguetes: são mais de 1.000 furos por centímetro quadrado em uma placa de silício.

Funcionamento do motor iônico
Primeiramente o combustível é levado por capilaridade até um reservatório na extremidade dos microbocais.
Lá os íons são extraídos por um eletrodo mantido a uma tensão de 1.000 volts, acelerados, e finalmente emitidos da traseira do satélite, produzindo o empuxo.
A polaridade do campo elétrico é revertida a cada segundo, permitindo que tanto os íons negativos quanto os positivos sejam ejetados.
Ao contrário de um motor foguete comum, que queima o combustível, o motor iônico acelera lentamente, mas continua acelerando por muito mais tempo - sua aceleração é de um décimo de milímetro por segundo ao quadrado, o que significa que ele faz de 0 a 100 km/h em 77 horas.

Tirando a limpo
Os testes mostraram que, depois de seis meses de funcionamento, a velocidade do micromotor iônico passou de 24.000 km/h - típica de um objeto em órbita da Terra - para 42.000 km/h.
"Nós calculamos que, para alcançar a órbita lunar, um nanossatélite de 1 quilograma impulsionado por nosso motor vai levar seis meses e consumir 100 mililitros de combustível," explicou Muriel Richard, membro da equipe de desenvolvimento.
Depois de ter levantado suspeitas e recebido críticas quando da apresentação do projeto do satélite-gari, o CleanSpace, os engenheiros suíços agora afirmam que pretendem finalizar o protótipo do seu limpador de lixo espacial em um ano.
O protótipo será testado com o nanossatélite SwissCube, que já está fora de operação, mas ainda em órbita.

Processador quântico é construído dentro de um diamante

Processador quântico é construído dentro de um diamante

Processadores quânticos de estado sólido têm a grande vantagem de poderem crescer em número de qubits sem complicações de ordem prática.

Processador quântico de estado sólido
Graças a estruturas conhecidas como vacâncias de nitrogênio, o diamante vem sendo pesquisado por diversas equipes de cientistas para a construção de processadores quânticos.
Agora, um grupo internacional de pesquisadores demonstrou que não apenas é possível construir um computador quântico de diamante, como também é possível protegê-lo da decoerência.
A decoerência é uma espécie de ruído, ou interferência, atrapalhando as sutis inter-relações entre os qubits: quando ela entra em cena, a partícula que estava no ponto A e no ponto B ao mesmo tempo, subitamente passa a estar no ponto A ou no ponto B, apenas.
Outra equipe já havia criado um processador quântico de estado sólido, mas usando materiais semicondutores.
Ao contrário dos sistemas baseados em gases e líquidos, que representam a larga maioria dos experimentos com computação quântica feitos até hoje, processadores quânticos de estado sólido têm a grande vantagem de poderem crescer em número de qubits sem complicações de ordem prática.
Processador quântico é construído dentro de um diamante
Este é o protótipo do processador quântico de diamante - o chip tem 3 mm x 3mm, e o diamante tem 1 mm x 1 mm. 

Computador quântico de diamante
O processador quântico de diamante é o mais simples possível: ele possui dois qubits.
Apesar de serem constituídos inteiramente de carbono, todos os diamantes contêm impurezas, ou seja, átomos de outros elementos "perdidos" em sua estrutura atômica.
São essas impurezas que interessam aos cientistas e à computação quântica.
O primeiro qubit é um núcleo de nitrogênio, enquanto o segundo é um elétron individual, "vagando" nas proximidades, graças a outra falha na estrutura do diamante - na verdade, o qubit é o spin de cada um deles.
Elétrons são melhores do que núcleos para funcionarem como qubits porque podem fazer cálculos mais rapidamente. Por outro lado, eles são vítimas muito mais frequentes da decoerência.
Processador quântico é construído dentro de um diamante
O grande avanço deste experimento é uma proteção contra a decoerência do elétron. 

Viagem no tempo
O grande avanço deste experimento é que os cientistas criaram uma proteção contra a decoerência do elétron, injetando pulsos de micro-ondas que mudam continuamente a direção do seu spin.

"É um pouco como uma viagem no tempo," disse Daniel Lidar, membro da equipe.
A comparação é válida porque a contínua mudança de direção do spin reverte temporalmente as inconsistências no movimento conforme os elétrons-qubits retornam à sua posição original.
Processador quântico é construído dentro de um diamante
Lente integrada de diamante, acima de cada qubit, onde os cálculos são realizados - o diâmetro da lente é de 20 

Algoritmo de Grover
Além de proteger o sistema contra a decoerência, o grupo demonstrou que o processador quântico de dois qubits funciona ao fazê-lo rodar o algoritmo de Grover, uma busca básica em um conjunto de dados não ordenados.
Imagine, por exemplo, encontrar um número de telefone em uma lista telefônica sem saber o nome do assinante.
Por um milagre, você pode encontrá-lo na primeira tentativa; por uma maldição, ele pode ser o último; na média, contudo, você varrerá a metade da lista até encontrar o número que procura.
Embora não seja perfeito, o processador quântico de diamante encontra a resposta correta em sua busca na primeira tentativa 95% das vezes - o que é o bastante para provar que o que ele faz é realmente um processamento quântico.

Balança mais sensível do mundo pesa um único próton

Balança mais sensível do mundo pesa um único próton

Apenas uma seção de 150 nanômetros do nanotubo fica vibrando, formando a balança. O próximo passo é colocar um prato onde poderão ser colocadas as partículas atômicas ou subatômicas.

Preocupações com o peso
Cientistas acabam de criar a balança mais sensível já fabricada, capaz de pesar um único próton.
A balança é tão sensível que, se no futuro ela for melhorada em uma única ordem de grandeza, será necessário inventar um novo prefixo de unidade para batizar o que estaria sendo pesado.
De um lado, já existem balanças capazes de pesar planetas e até uma técnica para pesar buracos negros.
Mas Adrian Bachtold e seus colegas do Instituto Catalão de Nanotecnologia, na Espanha, estão interessados em coisas bem menores.
Eles criaram um sensor de massa usando um nanotubo de carbono muito curto, capaz de detectar alterações de massa de 1,7 yoctograma - 10-24 grama - a massa de um próton.

Yoctobalança
O nanotubo de carbono que serve de sensor mede 150 nanômetros de comprimento, mas o prefixo nano, com seus (10-9), é astronômico quando chega perto do yocto - entre eles há pico (10-12), femto (10-15), atto (10-18), zepto (10-21) e, finalmente, o yocto (10-24).
Ainda não foi inventado um prefixo para algo na casa dos (10-27).
Ao contrário das balanças na escala dos gramas, a yoctobalança é vibratória. O nanotubo vibra a uma frequência na faixa dos 2 GHz.
Comparando a frequência de ressonância do nanotubo antes e depois que a massa a ser pesada foi depositada sobre ele, os cientistas podem quantificar quanta massa foi adicionada.
Para tamanha precisão, o ambiente dessa que é a balança mais precisa do mundo precisa ser cuidadosamente controlado - ela funciona a -269 ºC, em ultra-alto vácuo (10-14 bar) e isolada de qualquer ruído mecânico ou elétrico.
Balança mais sensível do mundo pesa um único próton
Esquema e protótipo da yoctobalança, que funciona a 4 Kelvin. 

Balança mais sensível do mundo
A equipe acredita que dá para melhorar a precisão da yoctobalança criando para ela um "prato", um ponto específico do nanotubo onde a partícula a ser pesada possa ser colocada.
Nesta versão, os pesquisadores colocam a massa em qualquer ponto do nanotubo. Se conseguirem construir o prato, será possível reduzir as flutuações na frequência de ressonância do nanotubo, aumentando a precisão das medições.
Recentemente pesquisadores chineses afirmaram ser possível construir uma balança usando apenas luz.
Mas, segundo seus cálculos, ela terá uma precisão na faixa dos zeptogramas, o que seria suficiente apenas para pesar coisas "enormes", como átomos individuais.

Nasa estende missões de telescópios espaciais

A Nasa (agência espacial norte-americana) está ampliando três missões filiadas com o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em Pasadena, na Califórnia.

As escolhidas foram a sonda Kepler e o telescópio espacial Spitzer, da parte dos EUA, e a sonda Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), como resultado de um relatório lançado pela agência espacial neste ano.
"Isso significa que os cientistas podem continuar usando as três sondas para estudar tudo, desde o nascimento do universo com a Planck, e as galáxias, estrelas, planetas, cometas e asteróides com a Spitzer, enquanto a função da Kepler que é determinar qual a porcentagem de Sol visto como estrelas são potencialmente habitáveis na Terra como planetas", disse Michael Werner, cientista-chefe de Astronomia e Física no JPL.
A prorrogação dos trabalhos da Kepler foi aprovada para até 30 de setembro de 2016. A extensão oferece mais quatro anos para encontrar planetas planetas do tamanho da Terra em zonas habitáveis, isto é, em regiões do sistema planetário onde possam existir água líquida na superfície da órbita do planeta, em torno de estrelas como o Sol na nossa galáxia.
A Spitzer, lançada em 2003, teve mais dois anos prorrogados de sua missão. Em todo esse tempo a sonda continua a oferecer a comunidade astronômica suas únicas imagens infravermelhas. Entre os seus muitos deveres durante a missão, o observatório está sondando as atmosferas de planetas além do Sol e investigam o brilho de algumas das galáxias mais distantes já conhecidas.
Já a missão Planck vai ser financiada pela Nasa por mais um ano. Lançada em 2009, a sonda está, desde então, recolhendo informações do universo a partir da explosão do bing bang. O grande objetivo da missão é dar pistas sobre a origem, evolução e destino do universo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Astronauta fotografa mar azul no litoral da Nova Zelândia

A foto tirada pelo astronauta holandês Andre Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) mostra as proximidades de Christchurch, na Ilha Sul da Nova Zelândia. A imagem mostra a região no sentido contrário que vemos no mapa – a parte de cima representa o sul. Kuipers postou a foto no Twitter e escreveu, em inglês e em holandês, que a região representada é boa para quem gosta de esportes de aventura (Foto: ESA/Nasa)
A foto tirada pelo astronauta holandês Andre Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) mostra as proximidades de Christchurch, na Ilha Sul da Nova Zelândia. A imagem mostra a região no sentido contrário que vemos no mapa – a parte de cima representa o sul. Kuipers postou a foto no Twitter e escreveu, em inglês e em holandês, que a região representada é boa para quem gosta de esportes de aventura.

Acelerador de partículas bate recorde mundial de energia na Suíça


Sede do Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), em Genebra, na Suíça  (Foto: AP Photo / Anja Niedringhaus / Arquivo)
Sede do Cern , em Genebra, na Suíça
O Grande Colisor de Hádrons (LHC), do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), rompeu na madrugada desta quinta-feira (5) um novo recorde mundial de energia, apenas seis semanas depois de ter voltado a funcionar após uma parada técnica para manutenção.
Pouco após a meia-noite (horário local), dois feixes de prótons que circulavam em direções opostas dentro do anel do LHC colidiram 'ao nível de quatro pontos de interação', gerando uma energia recorde de 8 TeV (teraelétron-volts), comunicou o Cern.
Este resultado "aumenta consideravelmente o potencial de descobrimento da máquina", acrescentou a instituição.
O objetivo do experimento é fazer com que surjam das colisões entre prótons a uma energia tão elevada novas partículas cuja existência tenha sido enunciada em tratados teóricos, mas que nunca foram vistas.

A mais procurada é, sem dúvida, o bóson de Higgs, a "partícula de Deus", sobre a qual repousam as bases do modelo padrão da física e que é, por enquanto, a única explicação disponível sobre uma questão tão fundamental como a origem da matéria.
"Graças à experiência adquirida nos dois anos de exploração frutífera a uma energia de 3,5 TeV por feixe, pudemos elevar de maneira sensível a energia este ano", comentou o diretor dos aceleradores e tecnologia do Cern, Steve Myers.
A ideia inicial era fazer os prótons no interior do LHC viajarem em 2012 a uma energia de 3,5 TeV, mas o ótimo rendimento da máquina durante o ano passado convenceu os cientistas de que valia a pena aumentar a intensidade para 4 TeV.
Graças a esta aposta, a energia acumulada de colisão chegou agora a 8 TeV, que jamais fora alcançada em nenhum outro experimento.
Este avanço multiplica a possibilidade de descobrir certas partículas hipotéticas, como as chamadas "supersimétricas", que, segundo as previsões, são produzidas em muito maior número a uma energia mais alta.
A supersimetria é uma teoria da física de partículas que vai além do atual modelo padrão e que poderia explicar a presença da matéria escura no Universo.
Da mesma forma, a 8 TeV a partícula de Deus, se existir, será produzida em maior quantidade que se a máquina funcionasse apenas aos 7 TeV previstos anteriormente.
O risco é que também aumentem outro tipo de "sinais" que poderiam eventualmente ser confundidos com dita partícula, pelo que os pesquisadores consideram que se requer pelo menos um ano completo de exploração "para transformar os índices promissórios observados em 2011 em descobertas ou excluir definitivamente o Bóson de Higgs do modelo padrão", indicou o Cern.
Em dezembro, equipes do LHC focadas em buscar partículas novas anunciaram os resultados obtidos até então, que davam indícios da presença do Bóson de Higgs, mas a um nível estatístico ainda insuficiente para proclamar a grande descoberta.

Cientistas americanos desenvolvem 'impressoras de robôs'


Braço robótico feito pela impressora 3D (Foto: Jason Dorfman, CSAIL/MIT/via BBC)
Braço robótico feito pela impressora 3D
Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma tecnologia que possibilitará a qualquer pessoa desenvolver e construir robôs e máquinas complexas a partir de seus computadores pessoais em menos de 24 horas.
Segundo a equipe envolvida no projeto, a capacidade de criar de forma simples robôs altamente especializados pode causar 'um profundo impacto na sociedade'.
As pesquisas devem durar cinco anos e envolver especialistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e das universidades de Harvard e Pensilvânia. O investimento estimado será de US$ 10 milhões (R$ 18,2 milhões), custeados pela Fundação Nacional de Ciência.
Os cientistas pretendem criar um programa de computador que permita selecionar determinadas características que se deseja para um robô pessoal, tais como a capacidade de se deslocar em determinado ambiente ou manipular objetos.
O programa criaria 'arquivos de fabricação', que funcionariam como uma receita a ser seguida por um conjunto de máquinas que construiriam o robô praticamente do zero e com mínima intervenção humana.
A partir daí, o usuário poderia simplesmente 'imprimir' o robô usando uma impressora do tipo 3D que produz figuras de sólidos em três dimensões.

Nova geração da tecnologia
As máquinas necessárias à fabricação do robô seriam fruto de uma tecnologia criada pela equipe a partir do conceito das 'impressoras 3D' -- aparelhos que, conectados a um computador, são capazes de fabricar modelos de plástico em três dimensões --, já disponíveis no mercado.
'As impressoras 3D estão se tornando acessíveis, mas nós queremos ir além para criar robôs que envolvam múltiplas funcionalidades, que tenham componentes mecânicos e elétricos, controles e microprocessadores', afirmou à BBC o professor Rob Wood, da Universidade de Harvard.
Segundo ele, a pesquisa abrirá caminho para a comercialização de máquinas que fabricarão robôs nas casas dos usuários ou em estabelecimentos semelhantes às atuais lojas de fotocópias, por um preço inferior a US$ 100 (R$ 182).
'O projeto tem a capacidade de democratizar e personalizar a automação a fim de atender às necessidades de cada usuário, seja no caso de equipes de resgate trabalhando em áreas remotas do mundo ou de educadores em salas de aula dos EUA', disse a porta-voz do projeto Lisa-Joy Zgorski.
De acordo com Daniela Rus, do Laboratório de Ciência de Computadores e Inteligência Artificial do MIT, o desenvolvimento da nova tecnologia pode levar à criação de uma comunidade de usuários que trocarão projetos e experiências.
'A nossa filosofia é a de que você poderá construir o que imaginar. Imagine um mundo no qual objetos funcionais impressos sejam tão comuns quando folhas de papel impressas', disse.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Abc da Astronomia - Heliocentrismo


Carcaça de mamute com 10 mil anos tem marcas de 'ataque' humano

Uma carcaça de um filhote de mamute, conservada no gelo da Sibéria por 10 mil anos, tem marcas que podem indicar que o animal foi atacado por um leão e, em seguida, aberto por humanos antigos, segundo reportagem do jornal "Daily Mail". A descoberta pode ser uma evidência de que seres humanos caçavam e se alimentavam da espécie.

Apelidada de Yuka, a carcaça do animal foi encontrada por caçadores da Sibéria e entregue a uma organização dedicada aos mamutes. Ela está muito bem preservada, com ossos, peles e pelos do corpo inteiro, algo muito raro.
Além disso, Yuka chamou a atenção dos cientistas porque tem pelos loiros. Antes dele, os cientistas já especulavam que alguns mamutes poderiam ter apresentado pelos nesta coloração, mas ainda não havia nenhuma evidência direta.
Carcaça de filhote de mamute está muito bem conservada, com ossos, pele e pelos. (Foto: Reprodução / Daily Mail)Carcaça de filhote de mamute está muito bem conservada, com ossos, pele e pelos. 

Cientistas descobrem espécie de tiranossauro com penas

Cientistas descobriram na China uma espécie de tiranossauro que tinha o corpo coberto por penas. O Yutyrannus huali é o maior animal com penas que já viveu sobre a face da Terra, segundo os autores do estudo publicado nesta quarta-feira (4) pela revista “Nature”.

O Tyrannosaurus rex e outros gigantes da mesma família viveram até 65 milhões de anos atrás, quando todos os dinossauros foram extintos. Porém, os parentes que deram início à linhagem eram, em sua maioria, animais pequenos.
Os pesquisadores encontraram três esqueletos do Yutyrannus, sendo um adulto e dois jovens. De acordo com as estimativas, o maior deles pesaria mais 1,4 tonelada, enquanto os dois menores teriam por volta de 500 quilos cada.
Com este tamanho e patas dianteiras bem curtas, este dinossauro certamente era incapaz de voar. As penas encontradas estavam apenas parcialmente preservadas, o que indica que elas não eram predominantes no corpo inteiro. Os cientistas acreditam que a função destas penas esteja ligada ao isolamento térmico.
Bando de 'Yutyrannus huali', acompanhado pela fauna pré-histórica (Foto: Dr Brian Choo)
Bando de 'Yutyrannus huali', acompanhado pela fauna pré-histórica 

Formiga doente 'vacina' o resto da colônia, mostra estudo


Formigas lambém ferida umas das outras (Foto: Mattias Konrad, IST Austria)
Cientistas usara um fungo fluorescente para
rastreá-lo no formigueiro 
Um estudo publicado nesta terça-feira (3) mostra que os formigueiros passam por um tipo de campanha de vacinação quando um membro da colônia adquire uma infecção. Segundo os cientistas, o processo natural é eficaz.
Tudo começa quando uma das formigas é infectada por um agente externo que provoca uma doença – na pesquisa, os cientistas usaram um fungo. Em vez de evitar o indivíduo infectado, as demais formigas tomam conta dele, lambendo o fungo para retirá-lo.
A tentativa de cura nem sempre funciona para a formiga infectada, mas é importante para o resto da colônia. O fungo se espalha em pequenas quantidades e pode até provocar reações, mas não o suficiente para matar.
As formigas expostas ao fungo desenvolvem o sistema imunológico contra ele. Caso, no futuro, ela venha a se deparar com o mesmo fungo novamente, sua defesa natural saberá combatê-lo e evitar a doença.
Nos humanos, é exatamente isto que a vacina faz. Um agente – normalmente um vírus ou bactéria – é colocado dentro do corpo em uma forma morta ou atenuada, que serve para preparar o sistema imunológico para a ameaça de verdade.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Nasa divulga foto de número 1 milhão da órbita da Terra


Já existem 1 milhão de fotos da Terra clicadas direto da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pelos próprios astronautas. A última delas, feita em março deste ano, capta uma visão do planeta a partir de uma das janelas do laboratório orbital que sobrevoava a 386 quilômetros a sudeste do mar da Tasmânia.
Duas naves russas também podem ser vistas na imagem, junto com uma faixa verde de luz e a Terra ao fundo.
Foto mostra Terra vista da Estação Espacial Internacional (Foto: Nasa)
Foto mostra Terra vista da Estação Espacial Internacional
O astronauta Don Pettit postou a foto em sua página do twitter no dia 27 de março. No post, ele não ter certeza se o autor da foto é ele mesmo ou o astronauta Dan Burbank.
De acordo com uma descrição da Nasa, a foto apresenta uma parte da Terra que fica a oeste da ponta sul da Ilha Sul, na Nova Zelândia. Ela foi tirada em 7 de março e foi divulgada pela agência espacial em 27 de março.

Degelo no Ártico pode redesenhar mapa do planeta, dizem cientistas


A corrida em torno da exploração de petróleo e gás nas águas do Ártico, que recentemente se tornaram acessíveis, pode ser o arauto de mudanças mais radicais que ainda virão na região.
Caso as linhas marítimas, atualmente inacessíveis no topo do mundo, se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global, e talvez a geopolítica, para sempre. A previsão foi feita por cientistas.
Este verão (no Hemisfério Norte) terá a maior movimentação humana no Ártico jamais vista. A gigante de petróleo Shell participa de uma grande exploração e se espera um novo aumento na pesca, no turismo e na navegação regional.
Mas isso, advertem especialistas, também aumenta o risco de um desastre ambiental, sem mencionar a atividade criminosa decorrente desde a pesca ilegal até o tráfico e o terrorismo.
"Ao trazer mais atividade humana ao Ártico, você traz o bom e o mau", disse o tenente-general Walter Semianiw, chefe do Comando do Canadá e um dos mais experientes militares responsáveis pelo Ártico, ao Centro para Estudos e Estratégias Internacionais, sediado em Washington. "Vocês verão a mudança, queiram ou não."
Militares suecos observam avião norueguês em região do Ártico. Derretimento do gelo deve abrir novas rotas comerciais e iniciar conflitos. (Foto: Stian Lysberg Solum/Scanpix Norway/Reuters)Militares suecos observam avião norueguês em região do Ártico. Derretimento do gelo deve abrir novas rotas comerciais e iniciar conflitos.

Aquecimento global
Com o relato das populações indígenas, dos pesquisadores e das forças militares denunciando que o recuo do gelo está mais rápido do que muitos esperavam, algumas estimativas sugerem que a calota de gelo polar poderá desaparecer por completo no verão até 2040, talvez antes.

Isso deve reduzir o tempo de uma viagem da Europa aos portos chineses e japoneses em mais de uma semana, provavelmente diminuindo o tráfego pela rota do Canal de Suez.
Porém, como se acredita que muitas dessas importantes rotas marítimas que passam por águas já disputadas contenham boa parte das reservas mundiais de energia, alguns já temem um aumento no risco de confronto.


Proteção na fronteira
Há sinais claros de uma cooperação cada vez maior -- a primeira reunião da história de chefes de Defesa de países do Ártico no Canadá no final deste mês e a realização de exercícios conjuntos para operações de resgate e busca organizados pelo Conselho do Ártico. Mas também há uma inquietação crescente.

A Noruega e o Canadá, por exemplo, passaram os últimos anos reequipando em silêncio seus militares e movimentando as tropas e outras forças para bases novas ou ampliadas cada vez mais ao norte.
Com a retirada da maioria das forças norte-americanas da região depois da Guerra Fria, autoridades e especialistas afirmam que os Estados Unidos estão redescobrindo o significado da região.
Por enquanto, porém, Washington não tem planos concretos para construir nem mesmo um novo navio quebra-gelo, em parte porque especialistas estimam que o preço de um único navio pode chegar a US$ 1 bilhão.

Restos do 'Homem de Pequim' podem estar sob estacionamento

Após 70 anos de mistério e infrutíferas buscas, um novo estudo histórico realizado por especialistas da China e África do Sul afirma que os restos perdidos do 'Homem de Pequim', um de nossos mais antigos antepassados, se encontram enterrados em uma região sobre a qual atualmente há um estacionamento.Assim afirma o professor sul-africano Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, que ajudado por dois pesquisadores chineses do Instituto de Paleontologia de Pequim tenta acabar com um dos grandes enigmas arqueológicos do século 20, o paradeiro de fósseis fundamentais para entender a origem do ser humano.
Eles foram extraviados durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941, quando o Exército americano tentava tirá-los da China para protegê-los dos invasores japoneses, mas sua pista se perdeu no porto de Qinhuangdao, no calor da batalha, como a Arca Perdida ou o Santo Graal nos filmes de Indiana Jones.
Após mais de sete décadas, os especialistas da China e da África do Sul afirmam que os restos do Homo erectus pekinensis poderiam estar em uma região agora densamente urbanizada de Qinhuangdao (porto do norte da China onde a Grande Muralha encontra o mar), onde naquela época havia uma base militar chinês-americana.
O estudo, publicado este mês na 'South African Journal of Science' e abordado recentemente pelo jornal oficial 'China Daily', baseia esta teoria em um marine americano da época, Richard Bowen, que afirma ter visto os famosos fósseis em 1947.
Bowen, que agora tem mais de 80 anos, estava na base durante a guerra civil entre os nacionalistas do Kuomintang, apoiados pelos EUA, e os comunistas liderados por Mao Tsé-tung, que rodearam a instalação com 250 mil soldados em seu avanço com direção a Pequim.
Na noite anterior à captura da base, Bowen se lembra de ter visto enterradas caixas com fósseis que agora os especialistas relacionam com os restos do 'Homem de Pequim'.
'Cavamos vários buracos para colocar metralhadoras, e em um deles encontramos caixas cheias de ossos. Era de noite e ficamos com um pouco de medo, portanto recheamos aquele buraco e fizemos outro. Depois fomos levados a Tientsin (a atual Tianjin) e depois aos Estados Unidos', contou o ex-marine aos especialistas.
Os especialistas acham mais provável que os ossos pertençam aos fósseis, já que seis anos antes estavam nas mãos de militares também americanos e na mesma cidade, então conhecida no Ocidente como Chinwangtao.
Graças às precisas informações do marine, o estudo determinou que o local mais provável onde se encontram agora enterradas essas caixas é um estacionamento de alguns armazéns da Companhia de Exportação e Importação de Comida de Hebei, província vizinha a Pequim onde se encontra Qinhuangdao.
Os restos do 'Homem de Pequim', pertencentes a pelo menos seis antepassados (dois deles adolescentes), foram encontrados entre 1929 e 1937 por antropólogos suecos, canadenses e austríacos na jazida de Zhoukoudian, ao sul de Pequim, que desde 1987 está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco.
Estes restos de entre 300 e 500 mil anos de idade, segundo alguns paleontólogos, são parentes do 'Homem de Java' (embora algumas correntes científicas não o reconheçam como um humano verdadeiro), poderiam ser as primeiras mostras de Homo erectus no planeta e dar pistas sobre a expansão do homem pela atual Ásia.
Embora os restos tenham se perdido, os cientistas continuam os estudos, usando fiéis cópias dos fósseis realizadas nos anos 30, assim como novos achados posteriores do mesmo local, já na época comunista, embora não tão completos.
Os restos perdidos, estudados principalmente pelo canadense Davidson Black, desapareceram em 1941 em Qinhuangdao, quando o Exército dos EUA tentava enviá-los por navio ao país para protegê-los da invasão japonesa, com a permissão expressa do Governo da República da China (Kuomintang).
Há teorias para todos os gostos, desde a que afirma que os japoneses roubaram os fósseis e estão com eles atualmente, até que traficantes de fósseis, um grande mercado negro no mundo, esperam a melhor oferta para tirá-los do esquecimento.
Tanto o Governo dos EUA como da China lançaram campanhas de busca durante décadas, e inclusive ofereceram grandes recompensas a quem pudesse recuperar estes importantes restos de nossos antepassados.
Embora por enquanto os fósseis não tenham sido encontrados, talvez em breve, sob um estacionamento, seja possível resolver o grande mistério.

Abc da astronomia - Galáxias


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Teoria da Relatividade de Einstein é “totalmente precisa”, aponta estudo

Teoria da Relatividade de Einstein é “totalmente precisa”, aponta estudo
De acordo com uma pesquisa realizada por físicos da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, e pelo Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, da Alemanha, a Teoria da Relatividade de Albert Einstein é "incrivelmente precisa". Os resultados do estudo foram anunciados nesta sexta-feira em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester, na Inglaterra.
 Assim, de acordo com os especialistas, a expansão do universo poderia ser explicada pela teoria de Einstein e pela constante cosmológica, combinação que representa a resposta simplificada para este evento. A Teoria da Relatividade prevê a velocidade em que galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam e a velocidade que o universo deve estar crescendo hoje em dia.
 O estudo sobre a expansão do universo foi centrado no período entre cinco e seis bilhões de anos, quando tinha quase a metade da idade atual. De acordo com os pesquisadores, as medições tiveram uma altíssima precisão. O trabalho concluiu que a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, também foi peça importante para a aceleração da expansão do universo.
 Com este estudo, a Teoria Geral da Relatividade de Einstein pode ser comprovada e os dados obtidos são totalmente consistentes com a noção de que esta energia do vazio é responsável pelo efeito de expansão. Os pesquisadores também esperam obter mais informações sobre a matéria escura, que não emite radiação eletromagnética suficiente para ser detectada pelos meios técnicos atuais. De acordo com os físicos, a matéria escura representa cerca de 20% do universo.

África do Sul e Austrália disputam direito de abrigar telescópio


Rivais nos campos de rúgbi, de críquete e no setor de mineração, a África do Sul e a Austrália agora protagonizam uma nova disputa: ambos querem ter o direito de abrigar o telescópio mais potente do mundo. Os dois países são finalistas de uma concorrência para ter em seu território o equipamento, conhecido como SKA (Square Kilometre Array), que será 50 vezes mais sensível e 10 mil vezes mais rápido do que qualquer outro telescópio do planeta, de acordo com o consórcio internacional que financia o projeto de 2 bilhões de euros.
A briga ficou séria. A África do Sul acusa a Austrália de jogar sujo e os australianos questionaram a segurança de se desenvolver um projeto tão caro na África do Sul, um país com altas taxas de crimes violentos. A África do Sul acusou a Austrália inclusive de vazar dados sobre o que deveriam ser deliberações secretas a fim de dar força à sua candidatura.
Reportagens na mídia australiana sugerem que a África do Sul deverá se sair vencedora menos por razões científicas e mais pelo impacto econômico que o projeto terá para as economias emergentes africanas. "Embora alegue respeitar a integridade do processo de seleção, essa não é uma tentativa muito sutil de enfraquecer o rigor científico e técnico do processo de julgamento do local, ao sugerir que a relatada superioridade da candidatura da África do Sul nada mais é do que uma 'decisão por compaixão'", disse o Ministério das Ciências sul-africano na semana passada.
O jornal Sydney Morning Herald relatou no mês passado que um painel de especialistas recomendou que a África do Sul fosse a anfitriã do telescópio e que a Austrália - em uma candidatura conjunta com a Nova Zelândia - não conseguiu convencer o painel. "Acho que temos uma posição superior e vamos continuar argumentando e pressionando até que a decisão seja tomada e esperamos que ainda possamos vencer a seleção", disse o senador australiano Chris Evans na semana passada em uma entrevista coletiva.
Autoridades da África do Sul afirmaram que o país tem know-how científico e capacidade técnica para sediar o projeto, que se estenderia a outros países africanos.

Cientistas encontram registro mais antigo do uso de fogo por hominídeos


Pedaço de osso chamuscado há 1 milhão de anos (Foto: Paul Goldberg/Divulgação)
Pedaço de osso chamuscado há 1 milhão de anos


Um estudo publicado nesta segunda-feira (2) pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências, indica que nossos antepassados começaram a dominar o fogo há um milhão de anos - 300 mil antes do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.
O artigo afirma que esta é “a mais antiga evidência segura de fogo em um contexto arqueológico”.
A descoberta se baseia em fragmentos encontrados na caverna Wonderwerk, na África do Sul. São cinzas de plantas e pedaços de ossos chamuscados, aparentemente queimados dentro da caverna, e não trazidos de fora por fenômenos naturais.Além disto, objetos encontrados no sítio arqueológico, como minério de ferro, também foram expostos ao fogo. A análise dos especialistas, feita com uma tecnologia em infravermelho, mostrou que a temperatura da fogueira de folhas e gravetos não passava de 700 graus Celsius.
O achado fundamenta estudos anteriores, que afirmam que o Homo erectus – antepassado do homem moderno – era adaptado à dieta de alimentos cozidos.
“O impacto de cozinhar alimentos é bem documentado, mas o impacto do controle do fogo teria alcançado todos os elementos da sociedade humana. Socializar em volta de uma fogueira de acampamento pode ser, na verdade, um aspecto essencial do que nos torna humanos”, afirmou Michael Chazan, um dos autores da pesquisa, em material divulgado pela Universidade de Toronto, no Canadá, onde ele trabalha.
Fundo da caverna Wonderwerk (Foto: R. Yates/Divulgação)Fundo da caverna Wonderwerk 

Pesquisadores descobrem 8.000 anos de história humana escondida no Oriente Médio


Como podemos mapear a expansão das primeiras civilizações da Terra?
  Durante anos os pesquisadores enfrentaram esta difícil tarefa, buscando pistas em montes em várias partes do Oriente Médio. Mas agora, pesquisadores voltaram os satélites para descobrirem uma vasta rede de 14.000 assentamentos que foram negligenciados da Mesopotâmia, abrangendo 8.000 anos de história de civilizações antigas.
A descoberta representa um passo monumental em frente aos campos de arqueologia e antropologia, sugerindo uma grande perspectiva nestas áreas, sendo uma descoberta chave para desvendar os mistérios da humanidade no que diz respeito aos grandes assentamentos de civilizações humanas.
  Evidências significativas arqueológicas sugerem que as civilizações mais primitivas surgiram na Mesopotâmia, na região geográfica que hoje está o Iraque, a nordeste da Síria, sudeste da Turquia e sudoeste do Irã. O tamanho e a distribuição desses assentamentos por toda a Mesopotâmia, no entanto, permaneceu por muito tempo como um grande mistério.
  
As técnicas tradicionais arqueológicas exigem pesquisadores em busca de evidências dessas civilizações antigas, ao nível do solo. Este é um excelente método para aprender sobre os assentamentos individuais, mas é um trabalho árduo e extremamente complicado fazer correlações de como este assentamento se relacionava com outras comunidades e como ocorria essa interação.
Pensando nisso, o arqueólogo Jason Ur da Universidade de Harvard  e o cientista especialista em computação, Bjoern Menze, estão combinando imagens de satélites espiões adquiridas no ano de 1960 com imagens modernas do nosso planeta, criando um novo método de padrões de mapeamento dos assentamentos humanos em uma escala sem precedentes.
Ur e Menze usaram recentemente a técnica para mapear 14.000 assentamentos anteriormente negligenciados, distribuídos em 23.000 km², no meio da Mesopotâmia.
Os arqueólogos sabiam de cerca de 1.000 assentamentos nesta região, principalmente os localizados em locais mais altos, por isso é um grande salto em termos de conhecimento”, explicou Ur.
  novo método de análise aérea baseia-se na detecção de anthrosol, um tipo distinto de solo que se forma ao longo prazo da presença humana. O anthrosol tem uma cor muito sutil, sendo rico em matéria orgânica no solo circundante – um fato que os arqueólogos utilizam há anos para detectar no solo.
As imagens dos satélites conseguem detectar e distinguir diferentes comprimentos de onda de radiação eletromagnética:
A fotografia em preto e branco leva todos os comprimentos de onda visível para nós. A imagem colorida mostra como as combinações de vermelho, verde e azul se misturam. As imagens multiespectrais podem registram ondas ainda maiores, como o infravermelho. Os solos na superfície de sítios arqueológicos podem ser sensíveis em ambos os intervalos, de visível ao infravermelho”, comentaram os cientistas.

No Peru, cientista encontra montes de 4 mil anos com formas de animais


Um cientista da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, encontrou no Peru montes de terra gigantes com mais de 4 mil anos e formas de animais. Com até 400 metros de extensão, os desenhos na terra só podem ser vistos do alto. Entre as formas, estão um condor, uma orca e um monstro com características de puma.
"Alguns deles têm mais de 4 mil anos de idade. Os montes peruanos mais antigos estavam em construção no mesmo período histórico em que as pirâmides eram erguidas no Egito", afirmou o antropólogo Robert Benfer, em material de divulgação.
De acordo com o pesquisador, os montes podem ter sido construídos por povos peruanos antigos para representar o modo que viam as constelações.
Ele encontrou orientações astronômicas em todos desenhos. No monte em forma de condor, por exemplo, o olho do pássado está alinhado com a Via Láctea quando visto de um templo na região. Já o monte de monstro puma fica alinhado com o solstício de junho na visão a partir do mesmo templo.
Por isso, os montes poderiam funcionar como um calendário celeste, que ajudaria agricultores e pescadores a prever resultados da colheita e da pesca. "Saber que 21 de dezembro já tinha passado era muito importante. Se não houvesse sinal do El Niño até esta data, então os produtores saberiam que teriam outro bom ano", afirmou o antropólogo.
Monte em forma de orca tem cerca de 5 mil anos. Estes animais caçavam na costa peruana até pouco tempo atrás. (Foto: Divulgação / Google Earth Pro)Monte em forma de orca tem cerca de 5 mil anos. Estes animais caçavam na costa peruana até pouco tempo atrás.
Um monstro em forma de puma é um dos desenhos com cerca de 4 mil anos. (Foto: Divulgação / Google Earth Pro)
Um monstro em forma de puma é um dos desenhos com cerca de 4 mil anos. 
Do chão, é difícil ver as figuars. (Foto: Divulgação / Google Earth Pro)
Do chão, é difícil ver as figuras.