sábado, 24 de março de 2012

Buraco negro está expulsando planetas no centro da Via Láctea a 16 milhões de Km/h


  Quando planetas passeiam pela Via Láctea e se aproximam dos imensos buracos negros em seu centro, eles podem ser lançados a 16 milhões de quilômetros por hora.
Toda esta atividade ocorre em um imenso buraco negro localizado no centro da Via Láctea, 26.000 anos-luz de distância da Terra. “Se você vivesse em um deles, você estaria em um passeio selvagem, sendo lançado para o espaço”, comentou o astrofísico Avi Loeb do centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.
Além de partículas subatômicas, eu não conheço nada que possa ser lançado para fora da galáxia com tanta velocidade”, comentou Idan Ginsburg, autor da descoberta.
Os planetas são disparados para o espaço quando um sistema duplo de estrelas vagueia em locais muito próximos do buraco negro supermassivo. Os cientistas já observaram uma estrela ser arremessada para fora da galáxia em uma velocidade de 1,5 milhão de quilômetros por hora.
Os pesquisadores simularam o que aconteceria com as estrelas que tivessem um ou dois planetas em sua órbita. Na simulação, as forças gravitacionais rasgariam as estrelas, jogando-a para fora da galáxia em alta velocidade. O estudo revelou que, neste caso, os planetas que orbitassem a estrela também seriam expulsos neste “passeio cósmico”.
  Os cientistas dizem que é muito difícil detectar um planeta solitário vagando próximo de um buraco negro e sendo lançado em seguida. A astronomia não conta com equipamentos para detectar um planeta em alta velocidade em distâncias tão grandes. No entanto, os pesquisadores podem detectar um planeta orbitando uma estrela em alta velocidade, prestando atenção para captar o momento que a estrela se “apaga” quando o planeta cruza em sua frente.
Estes planetas podem ser lançados para fora da Via Láctea em velocidades que variam de 11 a 16 milhões de quilômetros por hora, embora existindo condições ideais, a velocidade pode ultrapassar estes valores, mas isso representa uma fração mínima deste acontecimento cósmico.

Terra se formou por vários tipos de meteoritos, diz pesquisa


Cientistas descobriram que a Terra se formou por vários tipos de meteoritos. Foto: Nasa/DivulgaçãoCientistas descobriram que a Terra se formou por vários tipos de meteoritos
Uma equipe francesa de cientistas descobriu que a formação da Terra, contrariamente ao pensado até agora, não aconteceu pela colisão de um só tipo de meteorito, segundo informou nesta sexta-feira o Centro Nacional francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
Esse grupo de especialistas, procedente do CNRS e do Laboratório de Geologia de Lyon, partiu da análise de isótopos de silício terrestre e de outros procedentes de diferentes condritas de enstatita, o tipo de meteorito mais frequente dos caídos no planeta. A suposição inicial de que a Terra surgiu a partir de um só tipo de condritas tinha sido consequência da "surpreendente semelhança" entre a composição isotópica das mostras terrestres analisadas e a dessas condritas.
Mas em seu estudo viram que se o núcleo terrestre procedesse da soma de um único tipo de condrita a temperatura de formação desse núcleo seria de 1,5 mil graus Kelvin, muito inferior aos 3 mil graus que indicam os modelos anteriores. Esta nova descoberta, segundo o CNRS, não resolve de maneira completa a questão sobre a origem da Terra, mas abre uma via interessante de análise.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta sexta-feira também na revista científica Science, aponta igualmente que os isótopos de silício medidos em rochas terrestres e lunares eram similares. Isto sugere, segundo suas conclusões, que o material que criou a Lua fez parte do núcleo terrestre antes desse satélite ser criado, o que reforça a teoria que se formou pela colisão de um protoplaneta contra a Terra.  

Pesquisadores criam dispositivo invisível a campos magnéticos




Pesquisadores europeus anunciaram a criação de um dispositivo invisível a campos magnéticos estáticos, o que pode ter aplicações práticas na área militar e médica.
Esse avanço consiste na criação de campos magnéticos estáticos gerados por um imã permanente ou por uma bobina atravessada por uma corrente elétrica contínua.

Os campos magnéticos não conseguem "ver" o que há dentro do cilindro, como mostra ilustração
Os campos magnéticos não conseguem "ver" o que há dentro do cilindro, como mostra ilustração
Os campos eletromagnéticos já são utilizados em imagens médicas de ressonância magnética e em muitos sistemas de segurança, como os dos aeroportos.
O dispositivo inventado por Fedor Gomory e colegas da Eslováquia e da Espanha, descrito em uma pesquisa divulgada na edição desta sexta-feira da revista científica "Science", fala de um cilindro com duas camadas concêntricas.
Enquanto a camada interna é feita de um material supercondutor que repele os campos magnéticos, a camada externa é composta por um material ferromagnético que os atrai.
Situado no campo magnético, o cilindro não o perturba e não mostra sombra, nem reflexo.
Portanto, um objeto situado em seu interior não pode ser detectado magneticamente e fica "insensível" ao campo magnético no qual se encontra, explica o co-autor do estudo, Alvaro Sánchez, da Universidade Autônoma de Barcelona, que utiliza o termo "invisibilidade".
"Há muitas aplicações, para carros, barcos ou submarinos", afirma. Sánchez explica que o dispositivo pode ser utilizado para pacientes com marcapasso, sensível às ondas eletromagnéticas, e que precisem de uma imagem de ressonância magnética de um joelho ou de outra parte do corpo, de forma que o resultado não seja distorcido.
Como é fabricado com materiais comercialmente disponíveis e opera sob campos magnéticos relativamente fortes e temperaturas relativamente quentes, o dispositivo pode ser posto em funcionamento facilmente, explicam os autores.
"Para o submarino, é possível fazer uma camada ao redor do mesmo que o converteria em indetectável magneticamente", disse Sánchez.
"Também poderia ser utilizado para proteger os equipamentos (militares e médicos) contra alterações eletromagnéticas", acrescentou.


Lixo espacial deixa astronautas de estação em alerta


Detritos espaciais que orbitam a Terra (Foto: Nasa)
Detritos espaciais que orbitam a Terra (Foto: Nasa)
A tripulação da Estação Espacial Internacional teve de se refugiar em cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de lixo espacial.
O detrito, um pedaço descartado de um foguete russo, foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a estação espacial.
A agência espacial americana, a Nasa, afirmou que o detrito não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que foi preciso tomar medidas de precaução.
Foi a terceira vez em doze anos que a Estação Espacial Internacional enfrenta o risco de ser atingida por lixo espacial.
Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância de 23 quilômetros da estação.


'Exercício de abrigo'
A plataforma espacial atualmente conta com três astronautas russos, dois americanos e um japonês.

A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas Soyuz na eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na madrugada do sábado.
O ''exercício de abrigo'', segundo o porta-voz, foi realizado ''com extremo zelo e de forma muito cuidadosa''. Ele acrescentou que tudo ocorreu ''como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela Estação Espacial Internacional sem que houvessem incidentes''.
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos que estão percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que possam exitir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência de décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos objetos com menos de um centímetro de comprimento ou até grandes pedaços de foguetes, satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.
Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão, podem provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se deu em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios satélites. A explosão criou mais de 3 mil detritos, que puderam ser rastreados, e outras 150 mil partículas.

Objeto não identificado com 200 kg cai em floresta na Sibéria


Um objeto não identificado com 200 kg e em forma de "u" caiu em uma floresta na Sibéria, Rússia, no domingo (18), segundo o jornal "Telegraph". A procedência, ainda não identificada, será investigada por especialistas russos.
Segundo a Roscosmos, a agência espacial russa, o objeto não é uma peça de foguete ou de míssil. "O objeto encontrado não está relacionado a tecnologia espacial. Uma conclusão final poderá ser feita após um estudo detalhado realizado por especialistas", afirmou a agência.
Parte do fragmento é feita de titânio resistente, de acordo com o Departamento de Defesa Civil e Situações de Emergências da cidade siberiana. O objeto é aberto, o que permite ver seu interior, que está vazio. Níveis de radiação foram medidos e indicaram que ele não oferece riscos.
O objeto foi retirado da mata por moradores de Otradnesnky com a ajuda de um trailer. Na cidade, ele foi mantido em segurança por forças policiais locais, sob ordens de autoridades mantidas em sigilo, de acordo com o "Telegraph".
Objeto não identificado pesa 200 kg e tem componentes de titânio. (Foto: Reprodução)Objeto não identificado pesa 200 kg e tem componentes de titânio.

Chile inicia instalação de Telescópio Gigante Magalhães


Com a detonação de uma carga de explosivos no topo da montanha Las Campanas, no norte do Chile, foram iniciados nesta sexta-feira (23) os trabalhos de preparação do terreno onde será instalado o Telescópio Gigante Magalhães, informou a Embaixada dos Estados Unidos em Santiago.
Às 12h59 locais (mesmo horário de Brasília), destacadas personalidades políticas e científicas do Chile e dos Estados Unidos presenciaram a explosão que simboliza o primeiro passo para o início deste instrumento astronômico que, na próxima década, se transformará na terceira maior lente do mundo.
O Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que está sendo construído na Universidade do Arizona (EUA), terá 25 metros de diâmetro, com uma área de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual.
Uma característica única do projeto é o uso de sete segmentos de espelho, cada um deles com 8,4 metros de diâmetro, localizados de modo que criarão uma só superfície ótica e o transformará em um dos telescópios mais potentes do mundo.
Essa potência permitirá que os cientistas obtenham imagens mais claras de planetas que orbitam ao redor de estrelas, da física dos buracos negros e da natureza da matéria escura.
Calcula-se que o GMT terá um custo aproximado de US$ 700 milhões e começará a operar no Chile em 2020.
O complexo do Observatório Las Campanas, situado cerca de 700 quilômetros ao norte de Santiago, na montanha de mesmo nome, é um dos três centros de pesquisas astronômicas no Chile que recebem financiamento dos Estados Unidos e que operam sob acordos com a Universidade do Chile.
O observatório opera há mais de quatro décadas e hoje conta com quatro grandes telescópios, entre os quais figuram dois telescópios Magalhães de 6,5 metros de diâmetro.

Europa lança foguete com nave não tripulada rumo à Estação Espacial


O foguete europeu Ariane 5, transportando o terceiro cargueiro automático europeu, chamado ATV-3, foi lançado na madrugada desta sexta-feira (23) da base de Kuru, na Guiana Francesa, país vizinho ao Brasil, com suprimentos para a Estação Espacial Internacional, de acordo com autoridades.
A nave de carga, construída por um consórcio industrial que inclui a Eads, responsável pela fabricação das aeronaves Airbus, não tem tripulação e foi projetada para fornecer combustível, alimentação, vestuário e oxigênio para a tripulação da estação, além de peças de reposição.
O foguete Ariane 5 decolou no início da madrugada desta sexta-feira da base de lançamentos instalada na Guiana Francesa (Foto: Esa-Cnes Ariane Space/AFP)O foguete Ariane 5 decolou no início da madrugada desta sexta-feira da base de lançamentos instalada na Guiana Francesa. Ela transporta a nave não tripulada ATV-3. 
O ATV-3 pesa 20 toneladas, que incluem 6,6 toneladas de suprimentos para os seis astronautas. A previsão de acoplagem da nave Ariane com a EEI é 28 de março, considerado o processo crítico.
A missão do cargueiro terminará em cinco meses, quando ele se desintegrar na atmosfera terrestre, disse Jacques Dordain, diretor-geral da Agência Espacial Europeia (Esa, na sigla em inglês).

quinta-feira, 22 de março de 2012

Imagens de sonda da Nasa trazem detalhes do relevo de Mercúrio


Imagem da superfície de Mercúrio feita pela Messenger em 18 de março (Foto: Reuters/NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington/Divulgação)
Imagem da superfície de Mercúrio feita pela
Messenger em 18 de março 
Mercúrio parece ser menos montanhoso que Marte e a Lua, e suas entranhas são muito diferentes das de outros planetas do Sistema Solar, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (21) pela revista "Science".
A publicação inclui dois estudos realizados a partir das informações enviadas pela sonda espacial Messenger, que há um ano se tornou a primeira a orbitar Mercúrio. O satélite artificial vem fazendo observações da topografia e do campo gravitacional no hemisfério norte do planeta, que possui reservas profundas de sulfureto de ferro.
A sonda, de quase meia tonelada, foi lançada ao espaço por um foguete Delta II em agosto de 2004 e, após três passagens pelas proximidades do planeta, se posicionou em março de 2011 em uma órbita elíptica, entre 200 e 15 mil quilômetros da superfície de Mercúrio.
Os técnicos da Nasa -- agência espacial americana -- indicam que essa órbita busca proteger o aparelho do calor propagado pelas áreas mais quentes da superfície de Mercúrio.
Um dos instrumentos na cápsula robótica é um altímetro de laser que estudou a superfície no hemisfério norte de Mercúrio, onde se verificou que a variedade de elevações é consideravelmente menor que as da Lua e de Marte.
Combinação de imagens de Mercúrio feitas pela Messenger em 5 de outubro de 2011 (Foto: Reuters/NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington/Divulgação)Combinação de imagens de Mercúrio feitas pela Messenger em 5 de outubro de 2011 
A equipe liderada por Maria T. Zuber, do Departamento de Ciências da Terra, Atmosfera e Planetas do Instituto Tecnológico de Massachusetts, usou o altímetro que cobre áreas de 15 a 100 metros de diâmetro, a 400 metros de distância uma da outra, ao longo das regiões sob a órbita.
"A precisão radial das medições individuais é de mais de um metro e a precisão em relação ao centro de massa de Mercúrio é de menos de 20 metros", destaca o artigo, que teve a colaboração de cientistas dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Segundo os pesquisadores, a característica mais proeminente na metade norte de Mercúrio é uma extensa região de terras baixas que inclui uma planície vulcânica.
Maria e seus colegas também puderam examinar a cratera Caloris, de 1,5 mil quilômetros de diâmetro. Eles determinaram que uma parte do fundo da cratera tem uma elevação maior que sua circunferência.



Entranhas
Já uma equipe liderada por David Smith, da qual Maria também faz parte, usou o rastreamento por rádio da cápsula Messenger para determinar o campo de gravidade do planeta. Com os dados obtidos, observou-se que a crosta de Mercúrio é mais grossa em latitudes baixas e mais espessa em direção à região polar norte.
Essas conclusões descrevem o interior do planeta e indicam que a camada externa de Mercúrio é mais densa do que os cientistas acreditavam até agora.
"A estrutura interna de um planeta preserva informações substanciais dos processos que influíram na evolução térmica e tectônica", ressalta o artigo. "A medição do campo de gravidade de um planeta proporciona informações fundamentais para compreender a distribuição da massa interna desse corpo".
Durante as primeiras semanas em órbita, a sonda foi rastreada constantemente pelas estações de banda X da Rede de Espaço Profundo da Nasa. Após esse período, a cobertura foi menos frequente.
Os pesquisadores explicam que processaram os dados coletados entre 18 de março e 23 de agosto de 2011 e mediram as anomalias causadas pela gravidade no hemisfério norte do planeta.
Para surpresa dos cientistas, os dados apontam uma grande densidade de massa nas mantas superiores de Mercúrio, embora seja baixa a presença de ferro nas rochas da superfície.
"Portanto, deve existir uma reserva profunda de material altamente denso que explique a grande densidade do manto sólido e o momento de inércia", acrescenta o artigo, concluindo que a composição mais provável dessa reserva seja de sulfureto de ferro.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Novo telescópio verá fatia misteriosa do Cosmos com maior nitidez


O lançamento de um novo telescópio espacial de raios X da Nasa, previsto para os próximos meses, será como colocar óculos corretivos na visão que os astrônomos tinham de parte dessa faixa do espectro luminoso.
Com isso, observações sem precedentes dos arredores de misteriosos objetos, como os buracos negros, serão possíveis, abrindo uma nova janela para o estudo do Universo.
Batizado de Nustar (acrônimo para "conjunto telescópio espectroscópico nuclear", em inglês), o satélite dará aos cientistas a primeira chance de enxergar adequadamente os raios X mais energéticos que existem.
O chamado espectro eletromagnético é o termo técnico usado para designar as variações que podem existir na luz. Dependendo da frequência, ela pode ser classificada como micro-onda, rádio, infravermelho, visível (a que vemos a olho nu), ultravioleta, raios X e raios gama.
Cada uma dessas faixas revela coisas diferentes sobre os objetos observados --daí a importância de cobrir o máximo do espectro possível com vários telescópios e instrumentos diferentes quando se quer estudar o Cosmos.
Já há outros satélites disponíveis capazes de estudar raios X, como o XMM-Newton e o Chandra (certamente o mais famoso deles). Contudo, eles trabalham apenas com os ditos "raios X moles", com níveis de energia mais modestos. Quanto aos chamados "raios X duros", que têm nível energético até dez vezes maior, as observações hoje são muito escassas.


SEM MÁSCARA
"Até agora, nessa faixa de energia, o imageamento era feito por uma técnica chamada de máscara codificada, que gera imagens de baixa resolução espacial, muito borradas, por assim dizer", disse à Folha Gastão Bierrenbach Lima Neto, astrônomo do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP e especialista em observações de raios X.
"O Nustar é um grande passo à frente porque ele é capaz de fazer imagens nítidas."
"É como se uma pessoa supermíope passasse a enxergar direito", resume Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba).
Com isso, o Nustar enxergará alguns dos fenômenos mais energéticos do Cosmos com uma clareza sem igual.
Entre os principais alvos de observação estão os núcleos ativos de galáxias (que possuem imensos buracos negros em seu centro) e os arredores de estrelas de nêutrons e buracos negros estelares.
Esses corpos celestes são os objetos astrofísicos mais densos que os cientistas conhecem, nascidos do colapso de estrelas de alta massa que esgotaram seu combustível. "Muita coisa nova será descoberta", diz Lima Neto.
Em termos de design, ele é bem diferente do Chandra e do XMM. "A área coletora [de luz] é significativamente menor do que a desses dois telescópios, mas a faixa de energia é muito mais ampla", diz João Braga, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que trabalha num satélite brasileiro de raios X. "Isso vai propiciar um enorme potencial de descobertas."
Espera-se que o Nustar faça um censo detalhado dos buracos negros que enxergar, mapeando todos os tipos existentes. Desde os pequenos --resultantes da detonação de uma única estrela-- até os supermaciços, moradores dos centros galácticos e com massa equivalente a até bilhões do nosso Sol.

Aquecimento global está mudando a gravidade da Terra


A Nasa declarou que registros atualizados das temperaturas globais confirmaram que o planeta se aqueceu quase um grau Celsius desde 1900. O relatório, chamado Met Office, também apresentou evidências de que o constante derretimento das geleiras estaria modificando a gravidade da Terra.
Para chegar a essas conclusões, a Nasa valeu-se de bancos de dados abrangentes sobre o planeta, observações de temperatura marinha e informações de estações meteorológicas da África, Rússia e do Canadá. O satélite GRACE também foi recentemente lançado para a medição do impacto do derretimento de gelo sob a gravidade.
Utilizando tecnologia 3D e imagens captadas pelo GRACE, a Nasa divulgou imagens que comprovam visualmente as alterações gravitacionais.

Editora Globo
Na imagem de 1995, a gravidade aparece dessa forma

Editora Globo
Com a perda de massa das geleiras, o nível dos oceanos de alteram e a configuração da Terra muda 
O GRACE, que na verdade são dois satélites gêmeos, foram capazes de medir do espaço o derretimento das geleiras na Groenlândia com alta precisão. Como eles monitoram a própria trajetória de vôo e tempo em órbita são capazes de capturar pequenas mudanças na gravidade.
Com o derretimento das geleiras, o nível dos oceanos sobe, gerando alteração da gravidade. Estima-se que 240 toneladas de gelo derreteram na Groenlândia entre os anos de 2002 e 2011, o que fez o nível dos oceanos subir 0,7 mm por ano. Com isso, o campo gravitacional sofre mudanças, que, mesmo ligeiras, poderão ter consequências a longo prazo.
O planeta também está ficando mais quente. Os dados apontaram também que as temperaturas se elevaram 0,75 ºC ao longo de cem anos. Pode parecer pouco, porém a maior parte desse aumento aconteceu nos últimos dez anos. De 2005 a 2010 foram os anos mais quentes já registrados, mas, segundo a Nasa, tudo indica que esse ano baterá o recorde de elevação de temperatura. 

Como a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e o Universo irão acabar?


O nosso Universo é um local cercado de maravilhas com extrema beleza, mas nada dura para sempre, ou será que dura?
Muitas teorias são propostas. O Jornal Ciência relata abaixo como chegará ao fim a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e o Universo, baseado em modelos teóricos e estudos acumulados na astronomia.

Como será o fim da Terra?
Tecnicamente, a vida na Terra poderia já ter acabado ou nem existido se não fosse sua atmosfera que nos protege e nos recobre. Muitas teorias são discutidas e existem várias possibilidades.
Cada vez que o Sol emite luz, um pouco de sua massa é perdida – uma vez que a luz é gerada pela fusão nuclear, na qual átomos se fundem, perdendo um pouco de sua massa na forma de energia. Alguns astrônomos defendem que o Sol, ao longo de bilhões de anos, dissiparia sua massa em uma escala que não poderia mais exercer atração sobre a Terra, e nosso planeta vagaria sem rumo pelo espaço.
Outras teorias sugerem que, em no máximo 5 bilhões de anos, a Terra será engolida pelo Sol. Exatamente como isso ocorrerá ainda é uma questão de debate entre os teóricos. Astrônomos dizem que o Sol irá se expandir enormemente em sua fase de gigante vermelha, evento que ocorre quando a fusão nuclear interna “sopra” suas camadas exteriores cada vez mais longe, podendo atingir a órbita da Terra.
Alternadamente, as camadas externas do Sol poderiam ser puxadas pela Terra, exatamente como ocorre com as marés, onde a Lua exerce sua atração. Essa atração mútua puxaria a Terra para trás, diminuindo sua órbita até ser engolida por nossa estrela.
Alguns cientistas pensam que, se a vida inteligente sobreviver muito tempo, as civilizações podem ser capazes de mover a Terra, deslizando-a para fora do alcance do Sol. Mesmo se isso ocorrer, o Sol entrará em colapso em algum momento e começará a esfriar lentamente. Se os seres humanos conseguirem “empurrar” a Terra fora do alcance de nossa estrela, buscando evitar a morte, certamente irão morrer por falta de energia do Sol e poderão congelar, levando ao fim da raça humana.

Como o Sistema Solar irá acabar?
Nem todas as partes do Sistema Solar irão acabar da mesma maneira. Como mencionado anteriormente, o Sol irá expandir em uma gigante vermelha. A Terra poderá escapar se a civilização desenvolver tecnologia inacreditavelmente avançada para tal feito. Mercúrio e Vênus, no entanto, não conseguiriam fugir e seriam engolidos pelo Sol, tornando-se vapor, ao menos é o que afirmam as teorias.
Outra teoria afirma que, à medida que o Sol se expandir, a órbita de Mercúrio irá ficar irregular, podendo ocorrer colisão com Vênus ou com nosso planeta. A nova órbita de Mercúrio iria exercer forças gravitacionais que, por sua vez, iriam puxar e modificar a órbita da Terra.
Os planetas se puxariam o tempo todo, criando excentricidades nas órbitas planetárias. Alguns planetas poderiam “cambalear” pelo Sistema Solar e outros poderiam sair vagando pelo espaço.
Em algumas simulações realizadas por computador, vários resultados são possíveis: Mercúrio pode ser engolido pelo Sol, bem como chocar-se com Vênus. Seja qual for o resultado, isso irá afetar todo o Sistema Solar, em uma espécie de efeito dominó.
E o que acontecerá com os outros planetas? O Sol irá terminar seus dias como uma anã branca. Recentemente os astrônomos capturaram imagens de um asteróide sendo sugado por uma anã branca, indicando que existe a possibilidade de planetas orbitarem este tipo de estrela que estão em estágio de resfriamento. Geralmente os planetas mais próximos são engolidos ou evaporados, já os exteriores permanecem orbitando a estrela por tempo indeterminado.

Como a Via Láctea irá terminar?
O nosso mundinho formado pela Terra, planetas vizinhos e o Sol é algo patético comparado com a imensidão de nossa galáxia. A Via Láctea nem sentiria se nós desaparecêssemos. Não é apenas a Terra que possui um futuro nefasto, com previsões de virar churrasquinho. A Via Láctea é cotada para chocar-se com outra galáxia, Andrômeda, daqui a bilhões de anos.
Este evento não é tão violento, apesar de soar como algo assustador. As estrelas que formam as galáxias estão tão distantes que é possível um pedaço de uma galáxia passar dentro de outra sem que exista nenhuma colisão.
A Via Láctea irá se mover lentamente, passando por dentro de Andrômeda. Nossa galáxia, possivelmente, perderá sua forma característica de espiral, por influência gravitacional de Andrômeda. Esta por sua, também sofrerá modificações, que poderão influenciar em sua forma. O resultado? Uma grande galáxia única, bem maior e mais difusa que as duas que a formaram, como uma espécie de grande aglomerado amorfo de estrelas.
Existe um fio de esperança para nossa galáxia. Ela não será destruída completamente, apenas irá mudar de posição, formato e quantidade de objetos cósmicos. Bem, pelo menos por um tempo.

Como o Universo chegará ao fim?
Quando falamos em “fim” as coisas tornam-se relativas. A resposta para essa pergunta pode estar na energia escura. Nós não sabemos o que de fato é a energia escura, mas sabemos que é uma força estranha e repulsiva que faz com que o Universo afaste-se cada vez mais.
Existiam muitas teorias relacionadas com a proximidade de tudo o que existe no Universo, formando um novo Big Bang para dar origem a tudo o que conhecemos novamente.
O Universo como conhecemos está ficando cada vez maior, em uma escala problemática. Existem correntes dentro da Astronomia que dizem que as estrelas, ao menos boa parte delas, serão sugadas pelos buracos negros provenientes de suas próprias galáxias. Os buracos negros irão evaporar, emitindo energia, cada vez mais rápido, à medida que encolhe. Eventualmente, o Universo se dissolverá, como um lenço de papel molhado, ao longo de centenas de bilhões de anos.
  Existem outras teorias, como as que afirmam que a energia escura ficará cada vez mais “forte”, rasgando o Universo em peças longas, o que ocorreria em 20 bilhões de anos a partir de agora.
Torna-se complicado entender e teorizar como tudo irá chegará ao fim, só nos resta tentar viver o máximo de tempo para testemunhar a imensa beleza de vários eventos cósmicos que estão por vir.

Telescópio faz visão infravermelha mais 'profunda' do Universo


O Observatório Europeu do Sul (ESO), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quarta-feira (21) a imagem mais “profunda” já obtida do céu. O telescópio Vista, que observa o céu no infravermelho, foi apontado várias vezes para a mesma região, acumulando a radiação emitida pelas galáxias mais distantes, que chega fraca até a Terra.
A imagem que vemos é a combinação de mais de seis mil exposições do telescópio, que captou a luz por um total de 55 horas. Essas exposições foram feitas com cinco filtros de cores diferentes.
O resultado é uma imagem que inclui mais de 200 mil galáxias. Os pontos brilhantes não são estrelas, como o que vemos no céu, mas sim galáxias inteiras, com bilhões de estrelas cada. Daqui a alguns anos, o ESO espera obter imagens bem mais profundas que esta, pois novas observações estão sendo feitas.
Imagem obtida pelo ESO é a mais 'profunda' já feita do céu (Foto: ESO/UltraVISTA team)Imagem obtida pelo ESO é a mais 'profunda' já feita do céu 

terça-feira, 20 de março de 2012

Cientistas manipulam a luz de forma inédita

Manipulação da luz
 
 Nanoescadas em caracol, construídas por origami de DNA, e orientadas para a direita e para a esquerda, foram diluídas separadamente para demonstrar as possibilidades de manipulação da luz que a técnica oferece.

Cientistas alemães construíram nanoestruturas em formato de escada caracol que conseguem manipular a luz de formas muito específicas.
A aplicação mais imediata da técnica é na construção de sensores extremamente precisos, sensíveis até a moléculas individuais, além de novos tipos de detectores para uso médico e ambiental.
Contudo, o maior benefício deverá ser um novo impulso ao já promissor campo dos metamateriais - com a nova técnica, passa a ser possível criar metamateriais opticamente ativos.
Normalmente as ondas de luz são grandes demais para interagir com nanoestruturas - enquanto seus comprimentos de onda variam entre 400 e 800 nanômetros, as nanopartículas podem ter menos de 10 nanômetros.
Contudo, acoplando diversas nanopartículas, é possível domar essas ondas "gigantescas", modulando-as e, em princípio, fazendo delas o que bem quiser.
O grande problema é construir essas nanopartículas com a precisão necessária e montá-las para que elas façam a interação desejada com a luz.

Origami de DNA com nanopartículas
A saída encontrada por Tim Liedl (Universidade Ludwig-Maximillians) e Friedrich Simmel (Universidade Técnica de Munique) foi usar o origami de DNA.
Essa técnica já foi usada para construir nanorrobôs de DNA, nanotrens de DNA e uma série de nanoestruturas tridimensionais.
Os pesquisadores alemães construíram escadas em caracol que permitem variar com precisão o espaçamento, o tamanho e a composição das nanopartículas, ajustando-as para que elas interajam com a luz de formas muito peculiares.
Cientistas manipulam a luz de forma inéditaA nanoescada caracol carrega nove nanopartículas de ouro, e basta variar seu sentido de ascensão para que ela mude completamente sua capacidade de manipulação da luz.
Por exemplo, apenas a variação do sentido da escada - se ela é enrolada para a esquerda ou para a direita - faz com que a estrutura composta por escada e nanopartículas interaja de forma muito diferente com a luz.
Quanto maiores são as nanopartículas usadas, maior é o efeito.
A composição química das partículas também altera o resultado: quando elas são recobertas com prata, a ressonância óptica muda do vermelho para o azul.

Das superlentes à lente perfeita
"Nós vamos agora investigar se podemos usar este método para influenciar o índice de refração dos materiais que construímos. Materiais com um índice de refração negativo podem ser usados para construir novos sistemas de lentes ópticas, as chamadas superlentes," disse o professor Liedel.
Na verdade eles podem, e estão sendo usados, para bem mais do que isso.
Materiais artificiais que interagem com a luz de formas determinadas são mais conhecidos como metamateriais, e estão na base de uma verdadeira revolução de "escudos" para as mais diversas aplicações, de escudos de invisibilidade até escudos contra terremotos e contra tsunamis.
Mais do que isso, já se demonstrou que esses materiais podem ser úteis também para manipular ondas sonoras, calor e até o magnetismo.
Mas, até agora, ninguém havia desenvolvido uma técnica para construir metamateriais com tal precisão, na faixa dos nanômetros, o que poderá otimizar muito esse campo emergente de pesquisas.
Até, quem sabe, passar pelas superlentes e chegar à lente perfeita de Maxwell.

Neutrinos podem transmitir mensagens através da Terra


Portadora de neutrinos

Os neutrinos talvez não sejam mais rápidos do que a luz, mas podem se tornar as estrelas de uma nova forma de comunicação.
Já imaginou querer enviar uma mensagem para a Austrália ou para o Japão, e simplesmente virar sua antena para o chão?
Cientistas do Projeto Minerva demonstraram na prática que isto é possível: eles fizeram a A mensagem foi codificada de forma binária, onde transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0. Esta é uma das saídas do feixe NUMI, que funcionou como antena de transmissão.primeira transmissão de uma mensagem usando neutrinos.
E como neutrinos são capazes de atravessar virtualmente qualquer coisa, isto significa que as mensagens podem ser enviadas diretamente através da Terra.
Neste experimento pioneiro, a palavra "neutrino" foi transmitida a uma distância de 1 km, incluindo 210 metros de rocha sólida.

 A mensagem foi codificada de forma binária, onde transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0. Esta é uma das saídas do feixe NUMI, que funcionou como antena de transmissão. 


Comunicação direta
A esfericidade da Terra exige múltiplas torres de repetição para a transmissão de dados por ondas eletromagnéticas.
Se remetente e destinatário estiverem longe o suficiente, a solução mais viável é transmitir a mensagem para um satélite artificial, que está alto o suficiente para "ver" os dois e servir de ponte para a comunicação.
Uma alternativa é ligar todos os pontos por redes de fibras ópticas.
Mas uma mensagem de neutrinos pode ser enviada diretamente, simplesmente mirando na posição do destinatário e disparando o feixe, não importando se há montanhas, oceanos, ou mesmo se o destinatário está do outro lado da Terra.
Neutrinos podem transmitir mensagens através da Terra
O gigantesco detector Minerva serviu como antena para a transmissão binária de neutrinos. 
Antena de neutrinos
Neutrinos são partículas eletricamente neutras e quase sem massa - sua massa é tão desprezível que um neutrino é capaz de atravessar um cubo de chumbo sólido, com 1 ano-luz de aresta, sem se chocar com um só átomo.
Isso, obviamente, impõe um desafio para uma futura comunicação por neutrinos: construir uma antena capaz de detectá-los.
Felizmente os físicos vêm fazendo isso há anos, para criar os observatórios que permitam estudá-los.
Ainda são detectores muito sensíveis, que precisam ser instalados em compartimentos subterrâneos, capazes de isolá-los de outros tipos de radiação.
Neste experimento, os cientistas usaram como antena de recepção o detector Minerva, que pesa nada menos do que 170 toneladas. O transmissor foi o feixe de neutrinos NUMI (Neutrinos Main Injector).
Ambos são parte do acelerador de partículas Fermilab, nos Estados Unidos.


Comunicação por neutrinos
Embora pareça interessante, dificilmente as mensagens por neutrinos terão uso prático: a velocidade atingida na transmissão foi de 0,1 bit por segundo.
Ou seja, levou mais de duas horas para que a palavra "neutrino" fosse transmitida.
A mensagem foi codificada de forma binária, onde transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0.
Embora o feixe de transmissão dispare trilhões de neutrinos de cada vez, o detector só raramente consegue detectá-los.
A palavra neutrino consistia de 25 pulsos, separados entre eles por um período sem transmissão de 2 segundos. Isso foi repetido 3.500 vezes ao longo de 142 minutos.
Em média, a "antena" detectou 0,81 neutrino a cada pulso, com uma taxa de erro de 1% - apenas 1 em cada 10 bilhões de neutrinos foi detectado.

Arqueólogos localizam cerca de 3 mil estátuas raras de Buda

Arqueólogos da China anunciaram nesta terça-feira a localização de cerca de 3 mil estátuas de Buda. As imagens estavam enterradas na província de Hebei, no Norte do país. Para especialistas, essa é a maior descoberta arqueológica registada na região nas últimas décadas.
O chefe da equipe de arqueólogos da Fundação Popular da China, He Liqun, disse que as 2.895 estátuas e fragmentos foram localizados em janeiro deste ano. O material arqueológico estava em Yecheng, uma antiga localidade com 2,5 mil anos de história.
As autoridades da China informaram também que foram localizados materiais de artilharia, utilizados por tropas japonesas na 2ª Guerra Mundial, na região de Heilongjiang, no Nordeste do país.
Em 18 de setembro de 1931, as forças japonesas atacaram o quartel das tropas chinesas em Shenyang, no Nordeste da China. A ocupação japonesa na região durou quatro anos. Com a derrota do Japão em 1945, segundo especialistas chineses, grande quantidade de produtos químicos, armas e bombas foi enterrada.

Explosão solar de média intensidade é fotografada

O SDO (sigla em inglês de Observatório de Dinâmica Solar, um telescópio espacial) fotografou o momento em que eclode uma explosão solar considerada de média intensidade, ou o mesmo que da classe M7.9.
Divulgada nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana) em seu site, o registro foi feito uma semana antes na região de nº 1429. É aqui que os cientistas registraram intensa atividade solar na última semana.
As explosões solares, que podem variar de minutos ou se prolongar por horas, ocorrem com a liberação de uma intensa radiação.
Elas são divididas em três categorias: classe X (grande intensidade), M (média), que pode interferir nas transmissões de rádio, e C (pequena), com poucas consequências na Terra.


Foto de uma explosão solar de média intensidade, que pode afetar ou não as transmissões de rádio
Foto de uma explosão solar de média intensidade, que pode afetar ou não as transmissões de rádio

Anão de jardim viaja pelo mundo mostrando diferenças de gravidade

Do Peru a Mumbai e do México a Sydney, um anão de jardim chamado Kern viaja pelo mundo inteiro, subindo na balança por onde quer que vá, uma experiência que demonstra que a gravidade terrestre não é exercida em todos os lugares com a mesma intensidade.
O anão com seu chapéu azul pontiagudo pesou em Mumbai, Índia, 307,56 gramas enquanto seu peso na Antártica foi de 309,82 gramas.
Site Gnome Experiment mostra itinerário do anão de jardim Kern (Foto: Reprodução) 
Site Gnome Experiment mostra itinerário do anão de jardim Kern
O projeto é financiado por um fabricante alemão de pesos de precisão, que queria fazer publicidade de seus produtos com a viagem do anão. Mas o périplo permite medir as variações da gravidade terrestre que afetam a massa de Kern.
"A maioria das pessoas não tem consciência de que a gravidade terrestre varia levemente segundo o local onde se está. A principal razão é a forma do nosso planeta", explicou em comunicado de imprensa o coordenador da experiência, Tommy Fimpel.
A forma elíptica da Terra, parecida a um esfera achatada nos polos, faz com que os corpos pesem até 0,5% a mais ou a menos em função do local da superfície terrestre onde se está, explicou.
A viagem de Kern, que por onde quer que vá é fotografado, o levará em breve a Snolab, centro canadense consagrado ao estudo de partículas elementais, situado dois quilômetros abaixo da superfície da Terra, o que faz dele o laboratório mais profundo do mundo.
Depois Kern visitará o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o maior acelerador de partículas do mundo, no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), em Genebra, Suíça.
A viagem ao redor do mundo de Kern, seu peso e seu álbum de fotografias podem ser consultados no site http://www.gnomeexperiment.com/.

Nasa divulga imagens de aurora boreal no Hemisfério Norte

A Nasa, a agência espacial americana, divulgou imagens, que registram o fenômeno da aurora boreal no Hemisfério Norte.
As imagens foram captadas pela equipe da Estação Espacial Internacional e foram registradas entre janeiro e fevereiro desse ano.
As cenas foram registradas principalmente no norte dos Estados Unidos e no Canadá.
Nasa registrou aurora boreal na América do Norte (Foto: BBC)Nasa registrou aurora boreal na América do Norte
O fenômeno da aurora boreal é um fenômeno ótico que ocorre em decorrência do impacto de partículas de partículas provenientes do sol - o chamado vento solar - e a poeira espacial da Via Láctea em contato com a alta atmosfera terrestre.
Astronautas estavam a bordo da ISS (Foto: BBC)Astronautas estavam a bordo da ISS

Cientistas criam novo relógio mais preciso do mundo

Câmera a vácuo onde funciona a aparelhagem do relógio atômico (Foto: Alexander Radnaev/Georgia Tech/Divulgação) 
Câmera a vácuo onde funciona a aparelhagem do
relógio atômico 
 
Uma equipe internacional de cientistas trabalha na construção de um relógio com margem de imprecisão de um décimo de segundo em 14 bilhões de anos, informou nesta segunda-feira (19) o Instituto Tecnológico da Geórgia (EUA).
A precisão extrema deste relógio, 100 vezes superior à dos atuais relógios atômicos, provém do núcleo de um só íon de tório, acrescenta um artigo da revista "Physical Review Letters".
O relógio atômico poderia ser útil para algumas comunicações confidenciais e para o estudo de teorias fundamentais da física. Além disso, poderia aumentar a precisão do sistema GPS.
Os relógios mecânicos usam um pêndulo, cujas oscilações medem o tempo. Já nos relógios modernos, são cristais de quartzo que fornecem as oscilações de alta frequência.
 A precisão dos relógios atômicos provém das oscilações dos elétrons nos átomos induzidas por raio laser. Entretanto, estes elétrons podem afetar os campos magnéticos e elétricos e, por isso, estes relógios às vezes sofrem um desvio de aproximadamente quatro segundos ao longo da existência do Universo -- quase 14 bilhões de anos, segundo a teoria do Big Bang.
Os nêutrons são muito mais pesados que os elétrons e estão agrupados com mais densidade no núcleo atômico, de modo que são menos suscetíveis a tais transtornos.
Segundo o artigo do Instituto Tecnológico da Geórgia, para criar as oscilações, os pesquisadores planejam o uso de um laser que opera em uma frequência de 1 quatrilhão de oscilações por segundo para fazer com que o núcleo de um íon de tório passe a um estado de energia mais elevado.
Laser interage com os átomos de tório (Foto: Corey Campbell/Georgia Tech/Divulgação)Laser interage com os átomos de tório 
 
A "sintonização" de um laser que crie esses estados de energia mais altos permitiria que os cientistas fixassem sua frequência com muita precisão, e essa frequência seria usada para marcar o tempo, ao invés do tique-taque de um relógio ou do balanço de um pêndulo.
Os projetistas encaram outro problema: para que o relógio atômico seja estável, é preciso mantê-lo a temperaturas muito baixas, próximas ao zero absoluto (-273°C).
Para produzir e manter tais temperaturas, habitualmente os físicos usam um arrefecimento a laser. Contudo, neste sistema, isso é um problema, porque a luz do laser também é usada para criar as oscilações que marcam a passagem do tempo.
Segundo o artigo, os pesquisadores incluem um único íon de tório 232 com o íon de tório 229, que serão usados na marcação do tempo. Cada um destes íons recebe uma frequência de onda diferente.
Os cientistas esfriaram o íon mais pesado, e isso reduziu a temperatura do "íon relógio" sem afetar suas oscilações.
Além dos cientistas da Geórgia, participam do projeto físicos da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália) e do Departamento de Física da Universidade de Nevada (EUA), em um trabalho parcialmente financiado pelo Escritório Naval de Pesquisas e pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA.

Fotos de satélite ajudam a encontrar sítios arqueológicos

Cientistas desenvolveram um novo método para descobrir vestígios de civilizações antigas usando fotos de satélites. A técnica foi descrita em um artigo publicado nesta segunda-feira (19) pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências.
O sistema se baseia na busca de pequenas pistas, como descolorações do solo e aterros que são característicos de locais em que houve, um dia, estruturas construídas à base de barro.
Com a novidade, os pesquisadores localizaram mais de 9 mil novos sítios arqueológicos do norte da Mesopotâmia – onde hoje fica a Síria.
Foto de satélite, em cor falsa, no software que ajudou a localizar o sítio de Hamoukar (Foto: Bjoern Menze & Jason Ur)Foto de satélite, em cor falsa, no software que ajudou a localizar o sítio de Hamoukar
“Eu poderia fazer isso no chão, mas provavelmente levaria o resto da vida para mapear uma área deste tamanho”, afirmou Jason Ur, um dos autores, em material divulgado pela Universidade Harvard, nos EUA, onde ele trabalha.
Segundo os pesquisadores, a tecnologia queima etapas do processo. Quando os arqueólogos vão a campo, já sabem exatamente onde devem escavar, não precisam mais fazer o reconhecimento do terreno, e o trabalho fica mais rápido.
Sob esta paisagem há três aterros, que a tecnologia ajudou a encontrar (Foto: Jason Ur) 
Sob esta paisagem há três aterros, que a tecnologia ajudou a encontrar

Universidade disponibiliza on-line 80 mil documentos de Albert Einstein

Numa velocidade que ele mal poderia imaginar, documentos privados e pensamentos íntimos de Albert Einstein em breve estarão chegando à internet – o que inclui devaneios políticos, cartas secretas a sua amante e um rabisco da fórmula "E=mc2".
Passados 57 anos da morte do físico ganhador do Nobel, uma universidade israelense que o teve como cofundador disponibiliza a partir de segunda-feira pela internet cerca de 80 mil documentos que Einstein legou à instituição em testamento.
Uma estátua de Albert Einstein é vista na biblioteca privada da Universidade Hebraica de Jerusalém, que lançou o projeto com os arquivos digitais do cientista (Foto: Menahem Kahana/AFP)Uma estátua de Albert Einstein é vista na biblioteca privada da Universidade Hebraica de Jerusalém, que lançou o projeto com os arquivos digitais do cientista
A Universidade Hebraica de Jerusalém diz que ainda irá ampliar o site http://alberteinstein.info, com o objetivo de, no futuro, digitalizar todo o arquivo do cientista. Um dos itens de maior destaque é o raríssimo manuscrito da equação proposta por Einstein na sua Teoria da Relatividade Especial (1905), "E=mc2" (ou seja, a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado).
Mas igualmente curioso é o lote com duas dúzias de cartas, previamente publicadas, que Einstein escreveu para aquela que seria a sua segunda mulher – numa época, porém, em que ele ainda estava casado em primeiras núpcias. Outro documento curioso é a idealista proposta de 1930 para a criação de um "conselho secreto" entre judeus e árabes para levar a paz ao Oriente Médio.
No momento, estão disponíveis apenas alguns documentos anteriores a 1923, quando Einstein tinha 44 anos. O site contém a digitalização dos textos originais, escritos em alemão, com notas e traduções em inglês.
Hanoch Gutfreund, chefe da comissão que supervisiona o arquivo, disse que o site "vai ser não só algo para satisfazer a curiosidade dos curiosos, mas será também uma grande ferramenta de educação e pesquisa para acadêmicos".
Um dos únicos três manuscritos que contêm a fórmula de Albert Einstein, “E=MC2”, a Teoria Geral da Relatividade, é exibido com outros documentos na universidade (Foto: Menahem Kahana/AFP) 
Um dos únicos três manuscritos que contêm a fórmula de Albert Einstein, 'E=mc2', a Teoria da Relatividade, é exibido com outros documentos na universidade

Vida pessoal
Ele admitiu que, no caso de alguns itens muito pessoais, os arquivistas debateram a conveniência de divulgá-los. Isso inclui as 24 cartas de amor que o cientista escreveu à sua prima Elsa, com quem ele teve um romance de vários anos até finalmente se divorciar da primeira esposa, Mileva Maric. Albert e Elsa Einstein se casariam em 1919. "Se você deixa um tempo suficiente transcorrer, então é 'kosher'", disse Gutfreund, usando um termo religioso judaico para indicar que algo é adequado ao consumo. 
O site ainda não inclui – mas está exposta na universidade – a carta em alemão que Einstein remeteu ao jornal árabe "Falastin", propondo a criação de um "conselho secreto" para contribuir com o fim do conflito entre árabes e judeus na Palestina, então um protetorado britânico. 
Einstein propunha um comitê com oito judeus e árabes – um médico, um jurista, um sindicalista e um clérigo de cada lado –, que fariam reuniões semanais. "Embora esse 'Conselho Secreto' não tenha autoridade fixada, ele irá afinal levar a um Estado em que as diferenças serão gradualmente eliminadas", escreveu Einstein. "Essa representação irá se erguer por sobre a política da época". 
O cientista, que trocou a Alemanha nazista pelos EUA, foi um tradicional apoiador da comunidade judaica na Palestina. Mas ele às vezes demonstrava certa ambiguidade com relação ao Estado de Israel, instituído durante a guerra de 1948. Em 1952, ele rejeitou uma oferta para se tornar presidente do país, um cargo protocolar.

Espermatozoides realizam cálculos complexos, diz estudo

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Max Planck, da Alemanha, liderada pelo espanhol Luis Álvarez, descobriu que os espermatozoides são capazes de realizar cálculos complexos.
Quando o óvulo libera emissores químicos que modificam a concentração de íons de cálcio no interior dos espermatozoides, o que ativa sua movimentação, eles não reagem ao aumento dos níveis dessa substância, mas às suas variações.
"O que eles medem são as taxas de mudança ao longo do tempo, a rapidez ou a lentidão da alteração da concentração de cálcio que entra nos espermatozoides de seu exterior", disse à Agência Efe o cientista espanhol.
Assim, "em função do valor da taxa de mudança, alteram a forma como movimentam a cauda e mudam de direção. Em outras palavras, a direção dos espermatozoides é regulada pela velocidade da mudança de cálcio", explicou.
"É bem estranho pensar que o cálculo diferencial [ramo importante da matemática que se dedica ao estudo de taxas de variação de grandezas e a acumulação de quantidades] não era realizado até o século 18, mas os espermatozoides já faziam isso há mais de 400 milhões de anos', ressaltou.
Álvarez explicou que "os espermatozoides, como muitas outras células, fazem dezenas de cálculos". O fenômeno descoberto pela equipe foi observado por enquanto unicamente nos espermatozoides de várias espécies marítimas.
"É por isso que ainda estamos realizando esforços para conhecer quais espécies se comportam deste modo" e se este fenômeno também ocorre nos seres humanos, explicou o cientista.
Álvarez destacou que "o mecanismo que movimenta a cauda do espermatozoide foi conservado ao longo da evolução e se encontra em diferentes tipos de células do corpo humano".
"Estas células possuem extensões similares à parte final dos espermatozoides chamada cílios móveis, e desenvolvem diferentes funções", acrescentou.
Neste sentido, "é provável que estes cílios possuam estratégias parecidas a do espermatozoide para ajustar seu movimento como resposta a sinais", explicou.
Entre outras funções, eles "limpam nossas vias respiratórias empurrando a sujeira para o exterior, determinam que nosso coração fique do lado esquerdo e não do direito durante o desenvolvimento do embrião e empurram o óvulo das trompas até o útero".
Segundo Álvarez, a pesquisa é um passo importante no "entendimento de como as células processam os sinais que recebem".
Assim, "o cálculo da taxa de mudança é importante porque permite às células identificar e responder unicamente aos sinais que têm uma taxa de mudança adequada. Em termos técnicos, permite filtrar estímulos por freqüências", afirmou.
"As repercussões globais deste descobrimento... o tempo dirá", concluiu o pesquisador

segunda-feira, 19 de março de 2012

Rússia afunda satélite Express no Pacífico após fracasso de sua missão


A Rússia afundará no oceano Pacífico o satélite de comunicações Express-AM4, que foi lançado há sete meses e cuja missão, que consistia, entre outras coisas, em garantir a comunicação governamental e presidencial, fracassou.
Segundo informou nesta segunda-feira uma fonte da indústria aeroespacial russa à agência "Interfax", uma região do Pacífico Norte será fechada ao tráfego aéreo e marítimo durante um prazo de duas horas no dia 25 e em 26 de março por motivos de segurança.
O Express-AM4 foi lançado em 18 de agosto de 2011 a partir da base de Baikonur, mas o centro de controle perdeu a conexão com o aparelho, que foi localizado horas depois em uma órbita imprevista.
O aparelho permaneceu fora da órbita prevista durante todo este tempo, o que impediu que cumprisse sua missão e reduziu sua autonomia de voo, reconheceu Denís Pivniuk, diretor financeiro da companhia "Comunicação Espacial" (Kosmicheskaya Sviaz).
O satélite, fruto da colaboração entre a companhia europeia Astrium e o centro de design russo Jrúnichev, foi construído com a mesma aparência da plataforma Eurostar E3000.
O objetivo da missão era garantir a cobertura por satélite do território russo e da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes, além das comunicações do Kremlin e do Governo russo.
A parte russa encarregou um aparelho similar a Austrium, o Express-AM4R, que será colocado em órbita na primeira metade de 2014.
A Rússia sofreu em 2011 e 2010 com vários fracassos em seu programa de lançamentos, como o primeiro acidente em mais de 30 anos de um de seus cargueiros Progress, em agosto, na Sibéria.
Além disso, um satélite militar geodésico foi perdido depois que o aparelho entrou em órbita elíptica e não circular, como estava previsto, além de outros três que foram lançados para completar seu sistema de posicionamento

Tempestade solar entra na lista de ameaça à segurança no Reino Unido


No Reino Unido, as tempestades solares se juntaram ao terrorismo, à gripe e às enchentes na lista do que é considerado ameaça à segurança nacional.
De acordo com a lista das ameaças para 2012, divulgada agora, "o clima espacial conturbado" oferece uma ameaça aos sistemas de comunicação, circuitos eletrônicos e sistemas de distribuição de energia elétrica.
As tempestades solares --erupção de energia magnética e partículas carregadas-- são normais. Sua frequência varia durante o ciclo de mais ou menos 11 anos de atividade solar.
O astro vêm "despertando" de um período de baixa atividade e entrando em um período em que as erupções acontecem com maior frequência. O pico dessa atividade acontece no ano que vem.
As tempestades solares não são motivo de alerta por conta do risco de machucar alguém. As vítimas da fúria solar são os equipamentos eletrônicos.
Elas conseguem provocar danos na rede elétrica, além de sistemas de GPS e de satélites.
Em 1989, uma forte erupção solar derrubou o sistema de transmissão de energia elétrica no Québec, no Canadá, deixando 6 milhões de pessoas sem luz.
Na semana passada, houve fortes tempestades solares, mas elas não provocaram nenhum dano grave.

Poeira estelar forma 'teia de aranha' em galáxia; veja imagem


A uma distância de cerca de 10 milhões de anos-luz, a IC 342 é difícil de ser observada na luz visível (captada pelo olho humano). A infravermelha, porém, consegue penetrar no emaranhado de poeira e gas e fotografar a galáxia.
A foto foi feita pelo telescópio espacial Spitzer, divulgada pela Nasa (agência espacial americana) em seu site nesta segunda-feira.
A IC 342 emite pouco brilho se comparada a outras galáxias espirais. A parte em vermelho equivale à poeira estelar e a azul representa as estrelas.
Outras estrelas estão sendo formadas em seu núcleo, a parte mais iluminada da imagem.

A galáxia IC 342 emite pouco brilho; a parte vermelha é a poeira estelar e a azul representa estrelas
A galáxia IC 342 emite pouco brilho; a parte vermelha é a poeira estelar e a azul representa estrelas

domingo, 18 de março de 2012

Telescópio encontra estrela cuja superfície é mais fria que o sangue humano



Os telescópios da NASA conseguiram encontraram uma estrela com apenas 25 graus Celsius.
A temperatura é menor que a encontrada no sangue humano. Os astrônomos afirmam que esta é a anã marrom mais fria já encontrada na Via Láctea. Os cientistas comentam que sua vida começou como uma estrela comum, até entrar em colapso sob seu próprio peso em uma bola densa de gás. Mas ao contrário de uma estrela, ela não “ascendeu”.
Diferentemente das estrelas comuns, ela não tem massa suficiente para fundir os átomos em seu núcleo. Em vez disso, a anã marrom continuou arrefecendo e desaparecendo, desde seu nascimento, e agora emite apenas uma quantidade débil de luz infravermelha.Desde que as primeiras anãs marrons foram descobertas em 1995, os astrônomos tentam encontrar novos recordes dentro das anãs marrons mais frias – as estrelas encontradas são tidas como muito importantes para compreender a atmosfera de planetas extra-solares que possuam temperaturas semelhantes a da Terra.
Os detectores altamente sensíveis de infravermelho do ISE foram capazes de capturar o brilho de um objeto durante o seu trabalho de varredura dos céus. O “atlas” é composto por 2,7 milhões de fotos capturadas pelo telescópio WISE e é usado para detectar estrelas frias, galáxias empoeiradas e diversos corpos celestes. A figura gigante abriga 500.000.000 de estrelas.