sábado, 28 de janeiro de 2012

Pedra trazida pela nave espacial Apolo 11 revela novos dados sobre a Lua


 A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra --causado por metais líquidos-- durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apolo 11 publicado nesta quinta-feira.
A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apolo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.
 O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação.
Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.
Na edição desta semana da revista "Science", Erin Shea, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apolo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos.
Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.
Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual.
Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade. 

Cientista não consegue replicar a bactéria "ET" em laboratório


 A bactéria "ET", que causou polêmica há pouco mais de um ano, voltou ao noticiário científico atual.
Em dezembro de 2010, Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa e do Serviço Geológico dos EUA, anunciou ter encontrado uma bactéria inédita em um lago na Califórnia, que teria incorporado arsênico em seu DNA no lugar do fósforo.
 O arsênico é um elemento tóxico e não deveria estar lá porque apenas seis elementos são considerados indispensáveis à química básica da vida. São eles: nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, carbono, fósforo e enxofre.
Na época, a divulgação da descoberta causou furor não só pelo elemento tóxico. A Nasa (agência espacial americana) convocou uma conferência para jornalistas anunciando a descoberta pelo nome de bactéria "ET".
Agora um outro grupo, liderado pela canadense Rosie Redfield, tentou criar o mesmo tipo de bactéria em uma sopa contendo arsênico.
Rosie, que é da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, afirma que não foi possível chegar aos mesmos resultados apregoados por Felisa.
Felisa, por sua vez, defendeu seu trabalho original e afirmou que continua analisando a bactéria no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Segundo Felisa, os dados de sua pesquisa continuam sendo válidos e até o próximo ano ela e seu grupo devem ter mais informações sobre a bactéria "ET". 

Nave russa que dá carona a astronautas passa por problemas


 Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos, em 2011, os astronautas que partem para missões na ISS (Estação Espacial Internacional) dependem da carona em foguetes de lançamento e naves russas.
A última partida foi na quarta-feira (26), mas a próxima corre o risco risco de não alavancar.
Nesta sexta-feira, uma fonte da Roscosmos (agência espacial russa) afirmou que o lançamento programado para 30 de março, com a nave tripulada Soyuz TMA-04M, pode ser adiado para o final de abril ou início de maio. O porta-voz da agência nega.
O motivo não foi divulgado de maneira oficial, mas estaria relacionado a problemas técnicos detectados durante os testes de segurança. Mais precisamente, uma parte do revestimento da Soyuz teria se rompido.
Na próxima missão, a 31º expedição à plataforma orbital, participarão os cosmonautas Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta americano Joseph Acaba.
Em 2011, a Roscosmos enfrentou outro problema do gênero. Em agosto, uma nave de carga Progress M12-M caiu 325 segundos após deixar a base em Baikonur, na Cazaquistão.
O Progress levaria toneladas de equipamentos e alimentos para manter em funcionamento a ISS e para abastecer as necessidades básicas dos astronautas. 

Fotos inéditas da Nasa mostram fase pioneira da exploração espacial


  A Nasa divulgou imagens inéditas do projeto Gemini (entre 1964 e 1966), que foi a segunda série de voos tripulados ao espaço.
O projeto foi realizado logo após as missões Mercury, que colocaram os primeiros astronautas americanos em órbita.
                                Fotos inéditas do projeto Gemini foram divulgadas.

  As duas missões foram importantes para se acumular conhecimento que levou ao projeto Apollo, responsável pela primeira ida do homem à Lua, em 1969.
As 12 missões Gemini ajudaram a Nasa a entender os efeitos que o espaço tem nos homens. Além disso, foram desenvolvidas técnicas para acoplamento de veículos no espaço.
Entre as fotos, está um autorretrato inédito do lendário astronauta Buzz Aldrin durante uma caminhada espacial em novembro de 1966.
                  Foto inédita de caminhada espacial de Buzz Aldrin foi revelada. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fósseis que ajudaram a moldar a “Teoria da Evolução” são encontrados em um armário


Um tesouro de fósseis coletado pelo jovem Charles Darwin foi descoberto por acaso. Eles foram coletados em 1830 na América do Sul durante a sua viagem de cinco anos em HMS Beagle.
 Especialistas dizem que a descoberta lança nova luz sobre este período formativo para Darwin, então em seus 20 anos, cujo estudo com plantas tropicais e animais selvagens forneceu base para a sua teoria inovadora da evolução.
 Os fósseis, alguns contendo a assinatura de Darwin, foram descobertos pelo Dr. Howard Falcon-Lang, um paleontólogo no Royal Holloway, University of London. Ele estava procurando por alguns outros fósseis no depósito cavernoso do British Geological Survey, em Keyworth, Nottinghamshire. Ele abriu um armário velho, com gavetas rotuladas 'fósseis de plantas sem registro’, e decidiu dar uma olhada. "Eu não posso resistir a um mistério", disse ele. "O que eu encontrei fez o meu queixo cair! Lá dentro estavam centenas de lâminas de vidro rotuladas com C. Darwin“.
 As 314 lâminas encontradas pelo Dr. Falcon-Lang incluem 40 milhões de anos de plantas de uma remota ilha da costa do Chile. "Este foi um dos mais excitantes períodos da história da ciência, formando a mente do homem que iria desenvolver a teoria da evolução e que mudaria o mundo”.
 Uma lâmia mostra um fungo encontrado em árvores que cobriu a Terra há 400 milhões de anos, quando o clima estava tão quente que não existia gelo nem nos pólos.
 Nas lâminas foram encontradas as descrições: "Árvores de 100 milhões de anos, fósseis da última era dos dinossauros”. Os cientistas só agora estão começando a estudar estes fungos e a compreender sua importância científica.Os fósseis foram perdidos porque o melhor amigo de Darwin, o botânico Joseph Hooker, não os catalogou corretamente, pois antes dele ser capaz de registrá-los, ele foi ao Himalaia e simplesmente guardou no armário.
 O armário foi transferido para a sede do grupo em Charing Cross, em Londres, em 1851. O gabinete transferido para o Museu Geológico, em South Kensington, em 1935, e meio século depois de Nottinghamshire - mas nunca foi aberto.
 Dr. John Ludden, do Geological Survey, disse: "Isto é uma descoberta notável. É uma maravilha pensar no que mais pode estar escondido em nossas coleções”.
 As descobertas podem ser vistas no site British Geological Survey.

Nasa faz homenagens a astronautas mortos em serviço

A Nasa (agência espacial americana) lembrou nesta semana os astronautas mortos na missão Apolo 1 e nos ônibus espaciais Challenger e Columbia, assim como os funcionários que perderam a vida em prol da exploração espacial.
Como em todos os anos, na última semana de janeiro, a agência espacial americana quer 'homenagear suas vidas e lembranças', disse o diretor da Nasa, Charles Bolden.

O administrador-chefe da Nasa, Charles Bolden, durante cerimônia no cemitério de Arlington, nos EUA
Bolden declarou que, toda vez que os homens e mulheres da Nasa sobem em uma nave espacial, não só empreendem um caminho para realizar 'grandes descobertas' e abrem a possibilidade de 'ampliar os limites das realizações humanas', como também arriscam suas próprias vidas.O diretor da Nasa fará a homenagem junto com o diretor do Centro Espacial Kennedy e o ex-astronauta Robert Cabana, no memorial Space Mirror Memorial, em Cabo Canaveral, na Flórida.Bolden espera que estes sacrifícios sirvam de inspiração para as próximas gerações e pediu aos funcionários da Nasa para que façam ouvir sua opinião e se dirijam a seus superiores para que 'a segurança seja sempre prioridade'.As falhas humanas estiveram entre as causas de algum destes acidentes. Os três tripulantes do Apolo 1, Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee morreram no dia 27 de janeiro de 1967 em um incêndio no módulo de comando durante um teste do dispositivo.Apesar do desastre, o programa continuou para levar à Lua, em 16 de julho de 1969, na nave Apolo 11, os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.Já a nave Challenger se desintegrou em 28 de janeiro de 1986, pouco mais de um minuto após seu lançamento no Centro Espacial Kennedy. Entre os sete tripulantes que morreram estava Christa McAuliffe, uma professora que fazia parte de um projeto da Nasa para levar a ciência aos estudantes.A tragédia causou um grande impacto na sociedade americana, o que levou a Nasa a realizar uma revisão em todos os seus sistemas e procedimentos centrada na segurança.No entanto, em fevereiro de 2003, os Estados Unidos enfrentaram outra tragédia espacial, quando os sete tripulantes da nave Columbia morreram no momento em entraram na atmosfera terrestre.O presidente americano, Barack Obama, também falou sobre os astronautas e suas famílias e, em comunicado, destacou que aqueles que perderam sua vida em nome da exploração espacial 'nos ajudaram a chegar até aqui e é nosso dever honrá-los (...) concentrando-se no futuro'.'A perda destes pioneiros é sentida todos os dias por suas famílias, amigos e colegas, mas nos consolamos ao saber que seu espírito seguirá nos inspirando para novas metas', continuou.A Nasa está se preparando para realizar voos além da órbita terrestre e alcançar um asteroide, em 2025, além de realizar os primeiros voos tripulados a Marte, em 2030.