sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Astronauta fotografa passagem de cometa vista do espaço

A agência espacial americana (Nasa) divulgou nesta sexta-feira (23) uma fotografia feita da passagem do cometa Lovejoy pela Terra vista do espaço. A imagem foi obtida pelo comandante da estação espacial, o americano Dan Burbank,
Cometa Lovejoy é visto perto do horizonte da Terra em imagem feita do espaço (Foto: Nasa)Cometa Lovejoy é visto perto do horizonte da Terra em imagem feita do espaço
Circuitos elétricos se autoconsertam com metal líquido

Auto-reparo elétrico
Engenheiros da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram um mecanismo que permite que circuitos elétricos ou eletrônicos consertem fisicamente a si mesmos em caso de falha.
Os circuitos integrados, e os fios que os conectam, estão cada vez menores.
Não apenas o tempo, mas também a fadiga térmica, que leva a sucessivas ondas de expansão-contração, faz com que essas conexões metálicas trinquem, inutilizando todo o circuito e, muitas vezes, o equipamento inteiro.
"Em vez de ter que fabricar circuitos redundantes, ou construir um sistema de diagnóstico, este material foi projetado para cuidar sozinho do problema," diz o professor Jeffrey Moore, um dos idealizadores do sistema de autoconserto.
Restaurando a condutividade
A equipe havia anteriormente desenvolvido um sistema de autocicatrização que imita a pele humana, mas que funciona apenas para polímeros.
Agora eles conseguiram expandir a técnica para materiais condutores.
Os pesquisadores dispersaram cápsulas com tamanho médio de 10 micrômetros sobre os fios de um circuito eletrônico, que foi sendo gradativamente puxado, forçando a criação de uma trinca.
Conforme a trinca se propaga, as microcápsulas se quebram e liberam o metal líquido (uma solução com nanopartículas de índio e gálio) contido em seu interior. O metal preenche a fissura no circuito, restaurando a condutividade elétrica.
Esse conceito, de microcápsulas que se rompem, já é largamente utilizado em materiais autocicatrizantes, inclusive em metais que se curam sozinhos de arranhões, mas sempre com objetivos estruturais - o objetivo aqui é a restauração da condutividade.
A quebra do fio interrompeu o circuito por apenas alguns microssegundos, enquanto o metal líquido preenchia a falha.
Nos experimentos, 90% das amostras recuperaram 99% de sua capacidade de condução elétrica.
Aplicações elétricas
Embora os pesquisadores se refiram a aplicações de sua técnica em circuitos eletrônicos, as cápsulas são grandes demais para os circuitos integrados, cujos transistores e suas interconexões têm dimensões na escala dos nanômetros - 1.000 vezes menores do que as cápsulas usadas.
Mas o enfoque é interessante para circuitos elétricos propriamente ditos, como fiações em satélites artificiais, naves e sondas espaciais, aviões, ou mesmo em automóveis, onde uma interrupção pode ser catastrófica ou cara demais para ser consertada.
Os eletrodos de baterias são outro campo natural de aplicação da nova tecnologia.
Terapia revolucionária pode reduzir em 96% a transmissão de HIV

A descoberta mais fantástica escolhida pela revista Science trata-se de uma teria revolucionária para a prevenção da transmissão do HIV.
Um grupo de drogas já conhecidas, estão sendo usadas pela primeira vez com uma nova abordagem, conseguindo prevenir a transmissão do vírus. A terapia consegue reduzir em 96% as chances de uma pessoa infectar outra. Isso dá uma guinada nos tratamentos disponíveis em todo o mundo, “mudando a regra do jogo”, causando menores impactos sobre toda a questão política envolvida no combate da doença.
O trabalho foi publicado na revista New England Journal of Medicine. Alguns pesquisadores apostam que os novos medicamentos possam possuir efeito duplo, ou seja, conseguir controlar os vírus já existentes em um paciente contaminado e reduzir drasticamente a chance de contágio de uma pessoa sem o vírus.
Myron Cohen, do School of Medicine, da Universidade da Carolina do Norte, EUA, reuniu uma equipe internacional de pesquisadores
, que estão trabalhando neste estudo desde 2007. Os testes foram realizados em 1.763 casais heterossexuais sorodiscordantes em que um membro tenha sido infectado pelo HIV. Os países que participaram do estudo foram: Brasil, Índia, Tailândia, Estados Unidos, Botsuana, África do Sul, Quênia, Malauí e Zimbábue.
Os voluntários tomaram as drogas anti-AIDS pela metade da dose máxima recomendada, dando a outra metade apenas quando a Síndrome da Imunodeficiência Humana estivesse afetando as defesas naturais. Os grupos seriam monitorados até 2015, mas os resultados foram tão “inacreditáveis” que foi impossível segurar a euforia dos pesquisadores e a pesquisa tornou-se pública, sendo julgada como extremamente promissora.
A descoberta está em um patamar tão alto de importância que a secretária de Estado Hillary Clinton chegou a fazer comentários na imprensa internacional demonstrando entusiasmo.
Françoise Barré-Sinoussi, do Instituto Pasteur e Virologia, ganhador do Prêmio Nobel em Medicina pela co-descoberta do HIV, reconheceu que essa nova pesquisa tem um impacto profundo em nossa visão e muda a cena, tornando a questão mais favorável para os cientistas. As pesquisas estão avançando, buscando compreender melhor o mecanismo de ação dos medicamentos e o melhor modo de usá-los.
Novo mistério: um código “zoo” foi encontrado em Mona Lisa 

Artista está afirmando que conseguiu decifrar um novo “segredo” escondido por 500 anos na famosa obra de Da Vinci.
Ron Piccirillo acredita que conseguiu desvendar um grande mistério. Segundo ele, é possível ver a cabeça de um leão, um macaco e um búfalo flutuante no ar, ao redor da cabeça da pintura mais famosa de todos os tempos. Também seria possível, segundo ele, observar um crocodilo ou uma espécie de cobra do lado esquerdo de seu corpo.
A artista é design e pintor com técnicas de tinta óleo e grafite, residente da cidade de Nova York. Nos últimos anos, tornou-se um grande ilustrador das pinturas de Da Vinci, sempre buscando decifrar possíveis códigos. Segundo ele, Mona Lisa é a representação da inveja.
Ele comentou no Daily Mail que ficou assustado ao ver que existia um búfalo na pintura. Olhando para o quadro, girando-o a 45º a partir da esquerda, o caminho que corre no cenário atrás de Mona Lisa parece ser uma serpentina.
Este ângulo, supostamente, foi o melhor para observar reflexões do quadro. As instruções dadas por Piccirillo sugerem dicas e roteiros para que o espectador possa entender todo o cenário.
Diversos críticos de arte comentaram que talvez as observações não tenham fundamento real, podendo se tratar apenas de um famoso fenômeno mental chamado pareidolia, na qual o cérebro tenta associar figuras e imagens conhecidas utilizando borrões ou cenários que não possuam de fato aquela figura. Isso é semelhante quando você olha para uma nuvem e consegue identificar a forma de um golfinho, uma árvore, um pássaro...
Telescópio Hubble encontrou hidrocarbonetos na superfície de Plutão 
 Moléculas orgânicas são essenciais para a formação da vida complexa que temos no planeta Terra.
Através do novo espectrógrafo de origens cósmicas do telescópio espacial Hubble, astrônomos conseguiram identificar indícios de dezenas de produtos químicos como hidrocarbonetos, em locais inóspitos, como a superfície congelada de Plutão.
O espectrógrafo conseguiu identificar uma espécie de escudo que consegue amortecer a radiação ultravioleta, o que sugere ser uma fina camada de hidrocarbonetos. Segundo os pesquisadores, estas moléculas podem ter sido produzidas através de raios cósmicos ou luz solar, com combinações de metano congelado, monóxido de carbono e nitrogênio.
Os cientistas do Southwest Research Institute estão animados, afirmando que a nova descoberta pode explicar o motivo pelo qual Plutão possui cores levemente avermelhadas em alguns pontos. Os astrônomos declararam também que a superfície de Plutão está mudando, em comparação com a última medição detalhada feita no ano de 1990.
As alterações podem ser ocasionadas simplesmente por uma observação em um local diferente a partir da Terra ou por aumento da pressão atmosférica do planeta. A NASA está animada com a nova descoberta. A nova nave enviada pela Agência Espacial Norte Americana chegará ao planeta gelado em 2015 e trará mais informações sobre este distante planeta anão.
Encontrado besouro que possui cristais em suas asas parecidos com diamantes 
 Cientistas encontraram um tipo de besouro que possui uma ornamentação extremamente incomum.
Chamado de “bicudo do diamante”, este inseto possui verdadeiras “jóias” dentro de minúsculos orifícios em suas asas. Os biólogos estão fascinados pelo seu poder brilhante.
A análise de microscopia eletrônica de varredura mostrou que os cristais de suas asas são geométricos com estruturas muito parecidas ao dos diamantes naturais. Sua forma é um emaranhado complexo formado por quitina, um polissacarídeo que entra na composição de exoesqueletos de artrópodes.
O pesquisador dos cristais, Wilts Bodo, da Universidade de Groningen, comentou que o design de cada cristal está além de qualquer estrutura já criada pelos humanos em joalherias. “É um tipo de rede cúbica. Ele tem a mesma simetria que os diamantes, mas em vez de ser feita de átomos de carbono, é uma estrutura complicadíssima feita a partir de redes de quitina e ar. Isso vai além da ciência conhecida sobre os cristais”, comentou ao britânico Daily Mail.
                           Imagem de microscopia evidenciando as estruturas cristalinas
 Os seres humanos são limitados na construção de estruturas cristalinas. O tipo de cristalização produzida por este inseto é tão complexa que foge completamente da nossa capacidade em reproduzi-la, mesmo usando a mais avançada tecnologia.

Novo tipo de estrela encontrada lança dúvida sobre a existência da matéria escura 

Famosa no cenário internacional, a matéria escura gera inúmeros debates em todo o mundo.
Essa substância teórica que não pode ser detectada por telescópios ou instrumentos tecnológicos é considerada pelos astrônomos como responsável pelo preenchimento de, aproximadamente, três quartos de toda a massa do Universo.
A teoria da matéria escura sofreu um duro golpe essa semana com a descoberta de que os “aglomerados globulares” podem ser facilmente explicados sem recorrer a nenhuma teoria de matéria escura.
O cluster M22 é um aglomerado, na qual foi descoberta recentemente a existência de estrelas extremamente fracas, tão fracas que não podiam ser detectadas por telescópios. Os astrônomos estão sugerindo que a massa destes aglomerados pode ser perfeitamente o resultado de estrelas que ainda não podemos observar, descartando a matéria escura como explicação plausível.
Até o presente momento, os aglomerados globulares, através de medições de seus efeitos gravitacionais, não poderiam ser explicados a não ser com a matéria escura. O grande problema é que não há uma prova concreta que exista matéria escura. Os astrônomos afirmam que agora uma grande parcela de aglomerados globulares, podem ser explicados através de estrelas, que não foram detectadas anteriormente.
O astrofísico Phillippe Jetzer da Universidade de Zurique conseguiu identificar recentemente uma estrela de baixa massa no aglomerado M22 (ver foto), pela primeira vez. Este tipo de observação só foi possível com a utilização de uma microlente gravitacional.
Os pesquisadores já previam que estrelas de baixa massa poderiam existir, mas era extremamente difícil conseguir provar e encontrar alguma.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Astrônomos descobrem dupla de planetas 'engolida' por estrela

Um sistema com dois "miniplanetas" foi detectado por astrônomos europeus e norte-americanos ao redor de uma estrela que deixou de ser uma gigante vermelha. A descoberta foi feita pela sonda Kepler, da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) e divulgada na revista científica "Nature" desta semana.
A estrela se chama KIC 05807616 e é conhecida como variável -- seu brilho parece se alterar em tempos regulares. A sonda desvendou os planetas ao analisar as fases de mais brilho e de maior opacidade na estrela, mudanças causadas quando os astros passam entre a estrela e os observadores aqui na Terra.
Quando uma estrela dessas envelhece para se transformar em uma gigante vermelha, é esperado que planetas com distâncias iguais ou menores que a da Terra até o Sol sejam completamente "engolidos" durante a expansão. Aumento de volume parecido deverá ocorrer com a estrela mais próxima de nós daqui a 5 bilhões de anos.
No caso dos astros ao redor de KIC 05807616, os cientistas acreditam que eram planetas gigantes, que foram reduzidos após a expansão. Esta é a primeira vez que astrônomos conseguem analisar o que pode restar de um planeta depois de interagir com o interior uma gigante vermelha.
Imagem mostra planetas girando ao redor de estrela gigante vermelha. (Foto: S. Charpinet / Nature / Divulgação)Planetas girando ao redor de estrela gigante vermelha.
Verão começa oficialmente nesta quinta
 O verão começou oficialmente às 3h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (22) no Hemisfério Sul. De acordo com a previsão do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe).
A estação, que deve ser de muito calor e chuva na maior parte do país, não deve ser muito diferente dos outros anos, segundo o centro. O verão começou às 2h30 (3h30 no horário de verão).
De acordo com o centro, chuvas acima da média devem ocorrer apenas na região Norte do país. “Na região central as chuvas devem estar dentro da normalidade. O que pode ocorrer são episódios ligados à zona de convergência do Atlântico Sul, que pode trazer excesso de chuva nessas regiões”, afirma o meteorologista José Felipe Farias.
Segundo ele, a maior concentração de chuvas acima da média estará na região Norte, e ao norte da região Nordeste, consequência do fenômeno La Ninã, até pelo menos o início de 2012.
No centro-sul do Rio Grande do Sul, a situação das chuvas vai de normal a abaixo do normal. “Não é uma notícia boa para o setor agrícola”, afirma Farias.
Durante o verão, a atmosfera está mais quente, e as temperaturas já começaram a passar dos 30°C em diversos estados. O resultado do calor são também os temporais, comuns nos finais de tarde.
Sensação térmica
O calor também é acentuado pela chamada "sensação térmica", em razão de fatores como o vento e, principalmente, a umidade relativa do ar. “Quando está quente e úmido, você tem dificuldade em trocar calor [com o ar], isso aumenta o desconforto”, diz Fábio Gonçalves, professor de biometeorologia na Universidade de São Paulo (USP).
Manhã desta quinta-feira (22) no Rio de Janeiro (Foto: Estrella/TV Globo)Manhã desta quinta-feira (22) no Rio de Janeiro
O cálculo dessa sensação varia de acordo com a localização do ponto estudado no planeta. Nas zonas tropicais, a umidade é mais relevante que os ventos e, nas zonas temperadas, acontece o contrário. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro localizado na zona temperada.
Se a umidade sobe a ponto de provocar chuvas, a sensação térmica diminui. “A chuva refresca porque a temperatura cai, não pela umidade”, esclarece Gonçalves. O céu nublado, assim como qualquer outra sombra, reduz a incidência de raios solares, e a temperatura cai por causa disso, diz o professor.
Segundo ele, a maioria das pessoas se sente mais confortável com temperaturas entre 20ºC e 25ºC, e umidade relativa do ar entre 40% e 70%. Há inclusive estudos que mostram que, fora dessa faixa, os trabalhadores rendem menos.
Ar-condicionado
Normalmente, o ar-condicionado traz a sensação de conforto porque cria essas condições, mas há um porém. “A diferença com a parte externa não pode ser maior do que 7ºC, senão gera desconforto”, ele diz.
A redução brusca na temperatura pode provocar problemas respiratórios como resfriados. Além disso, o aparelho concentra agentes como fungos e bactérias, que podem espalhar doenças.
Já o vento aumenta a troca de temperatura entre o corpo e o ambiente. Por esse motivo, o ventilador é refrescante. Se a única arma contra o calor for o vento que entra pela janela, prefira os ambientes menores. Quanto menor o local, mais rápida é a troca de calor dele com o ambiente externo. Pisos, paredes e teto de madeira também favorecem a troca e mantêm a casa mais fresca.
Mil novas espécies são encontradas no subsolo do deserto australiano 

Na foto acima um crustáceo que tem presas ligadas a glândulas secretoras. É um grupo muito primitivo de crustáceos, antes só conhecida do hemisfério norte.
Uma equipe de pesquisadores da Austrália foi à procura de invertebrados em pequenas cavidades subterrâneas sob o deserto. Até agora a equipe, incluindo cientistas da Universidade de Adelaide, do South Australian Museum, em Adelaide e do Museu da Austrália Ocidental em Perth, encontrou mais de mil novas espécies. Eles estimam que haja mais 3,5 mil espécies abaixo do solo árido.
"Quando a descoberta foi feita pela primeira vez, nós realmente não acreditamos", disse o líder da equipa Andy Austin, professor de biologia do Centro Australiano para a Biologia Evolutiva e Biodiversidade da Universidade de Adelaide. "Nós pensamos que talvez fosse exclusivo para apenas três ou quatro locais”. O deserto australiano é quente, seco e desolado.
Os cientistas encontraram criaturas minúsculas, incluindo pequenos crustáceos, aranhas, besouros e minhocas, em quase todos os buracos escondidos do deserto.
Sob o deserto
A Austrália já foi úmida, quase como uma floresta tropical, antes de começar a estiagem em torno de 15 milhões de anos atrás. Alguns dos pequenos invertebrados que estavam em ambientes aquáticos há muitos anos refugiaram-se em ambientes subterrâneos, enquanto que hoje, "o que você tem na superfície é uma variedade de vertebrados de origem mais recente", disse Austin, membro da equipe de Bill
Humphries, pesquisador do Museu da Austrália Ocidental, ao OurAmazingPlanet.
O cientista especulou anos atrás, que talvez, a “stygofauna” assim como na Europa, também se escondeu no deserto australiano. Humphries descobriu essas criaturas abaixo do deserto australiano há 15 anos e foi o catalisador do projeto. O advento do código genético nos últimos anos ajudou a acelerar as descobertas.
Código genético
Antigamente os biólogos usavam traços físicos como tamanho, forma e cor para tentar identificar espécies em campo, mas com os avanços no sequenciamento de DNA, agora é muito mais barato e mais fácil observar o material genético para encontrar novas espécies.
O propósito de descobrir novas espécies é compreender melhor a biodiversidade sob o deserto e talvez entender as suas origens, mas também protegê-las. A Austrália tem uma indústria de mineração muito ativa. Na Austrália Ocidental, as empresas de mineração se preocupam em não causar a extinção de qualquer espécie, elas trabalham ativamente com os pesquisadores para compreender o ambiente que está perfurando.
O DNA também está sendo usado para a identificação de espécies de madeira de corte, para evitar a distribuição ilegal e também para a identificação de peixes que estão sendo vendidos como outra espécie. Situações que apenas a observação não é suficiente para distinguir. O deserto australiano não está sozinho, outros continentes, como África e América do Sul, provavelmente tem milhares de “stygofauna” desconhecidas.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bola metálica de 6 kg despenca do céu e cai na Namíbia

  Uma bola metálica que possivelmente se desprendeu da órbita terrestre --onde existe uma quantidade nada desprezível de lixo espacial-- foi parar na Namíbia.





Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro
Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro
Em novembro, as autoridades locais contataram a Nasa e a ESA (as agências espaciais norte-americana e europeia) para notificá-las sobre a descoberta de uma bola de metal com 1,1 metro de diâmetro e peso de 6 kg.
O objeto só não machucou ninguém por ter caído em uma região remota do país --uma vila a 750 km da capital Windhoek.
Segundo cálculos da Nasa, as chances de uma pessoa entre os cerca de 7 bilhões de pessoas que vivem na Terra ser atingida por um lixo espacial são de 1 em 3.200.
Desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), são quase 54 anos sem qualquer registro de morte nesses termos.
Na verdade, acredita-se que apenas uma única pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams sentiu um baque no ombro que era um pequeno pedaço, diz a própria Nasa, de um foguete Delta. Ela não se machucou.
O lixo que circunda o planeta Terra são restos de equipamentos usados em missões espaciais.
Uma ou outra vez, essas sobras que flutuam aleatoriamente ameaçam bater na ISS (Estação Espacial Internacional).

Tripulação da ISS dobra no fim de ano; nave partiu nesta quarta

 A tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) vai dobrar durante as festas de fim de ano.

O astronauta Don Pettit, o cosmonauta Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers partiram às 11h16 (horário de Brasília) desta quarta-feira a bordo do foguete russo Soyuz TMA-03M, que saiu do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A previsão de chegada à ISS é na sexta-feira, às 13h22.

Dmitry Lovetsky/Associated Press
Lançamento do foguete russo Soyuz TMA-03M, que partiu da base de Baikonur, no Cazaquistão; veja mais fotos
Lançamento do foguete russo Soyuz TMA-03M, que partiu da base de Baikonur, no Cazaquistão;
Os três novos membros da estação orbital se juntam aos outros três que já se encontram na ISS. São eles: o comandante americano Daniel Burbank e os russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin.
Os seis integrantes trabalharão juntos durante cinco meses. O retorno está marcado para maio de 2012.
Garras gigantes do Velociraptor o ajudavam a manter as presas vivas 

A imagem acima mostra um dromeossauro pequeno, em vista lateral. As patas dianteiras são enroladas à volta da presa, impedindo a fuga da vítima com seus dentes.
As gigantes garras assassinas de dinossauros, como o Velociraptor, podem ter sido usadas pelas aves de rapina, como ganchos para prender as vítimas, dizem os pesquisadores.
Os dinossauros Velociraptors, que ficaram famosos pelo livro e filme "Jurassic Park", possuíam grandes garras curvadas no segundo dedo de cada pé, que atuavam como canivetes dobrados, assim como os Dromeossauros e os maiores Deinonychus , e estavam intimamente relacionados com as aves.
Estudos anteriores haviam proposto que as garras dessas aves de rapina fossem usadas para cortar a presa ou para ajudar carregar as vítimas. Agora a pesquisa sugere uma nova técnica para matar.
O segundo dedo do pé
O pesquisador Denver Fowler, paleobiólogo do Museum of the Rockies, afirma que “essas garras são usadas como âncoras, travam na presa, impedindo sua fuga. Nós interpretamos a garra de foice dos dromeossaurídeos como tendo evoluído para fazer a mesma coisa -. Travar e segurar”. Os cientistas observaram que os falcões e águias modernas possuem garras semelhantes nos segundos dedos do pé.
"Esta estratégia só é realmente necessária para a rapina que são aproximadamente do mesmo tamanho que o predador - grande o suficiente para que eles possam lutar e escapar dos pés", disse Fowler. "Presas menores são apenas esmagadas até a morte, mas as vivas são comidas vivas. Quanto aos Dromeossauro, assim como falcões e águias, eles provavelmente se alimentavam de suas presas vivas também", disse Fowler.
Outras características dos pés desses dinossauros sugerem que eles tinham proporções dos pés de aves de rapina, sendo mais adequadas para apreender do que correr, e do metatarso - que inclui os ossos entre os tornozelos e os dedos - é mais adaptado para a força do que velocidade.
"Ao contrário dos seres humanos, a maioria dos dinossauros e de aves só andam na ponta dos pés, por isso as formas metatarso permite dar passos maiores para correr mais rápido, mas em dromeossaurídeos, o metatarso é muito curto." Em suma o Velociraptor e seus parentes não parecem adaptados para simplesmente correr atrás de suas presas.
  
Ilustração: Um dinossauro Dromeossauro fica em cima de sua presa, usando a garra do pé para que ela não fuja

"Quando olhamos para as aves de rapina, um metatarso relativamente curto é uma característica que dá a força adicional em seus pés", disse Fowler. "Velociraptor e Deinonychus também têm um metatarso muito curto, sugerindo que eles tinham uma grande força, mas não teriam sido bons corredores”.
Tal comportamento intrigante contrasta com a de seus parentes mais próximos conhecidos, um grupo muito semelhante de pequenos dinossauros carnívoros chamados Troodontídeos. "Troodontídeos dromeossaurídeo ao longo de cerca de 60 milhões de anos, evoluíram em direções opostas, adaptando-se a nichos diferentes", disse Fowler. "Dromeossaurídeos evoluíram para mais forte, os pés mais lentos, sugerindo uma emboscada predatória, adaptados para presas relativamente grandes. Por outro lado, Troodontídeos evoluíram um longo metatarso de velocidade e de um aperto mais preciso, porém mais fraco, sugerindo que eles foram rápidos, mas provavelmente caçavam presas menores”.
Evolução
Os pesquisadores afirmam que estas descobertas podem lançar luz à evolução do vôo dos pássaros. "Quando um falcão trava suas garras alargadas em sua presa, ele não pode mais usar os pés para a estabilização e posicionamento", disse Fowler. "Em vez disso, usa suas asas de modo que a presa permaneça debaixo de seu pé, onde pode ser presa junto ao seu corpo. O predador bate as asas e mantém a sua posição, e não precisa ser tão poderosa ou vigorosa como um voo exigiria”.
Na mesma maneira, os dinossauros poderiam ter batido suas penas para se manterem estáveis. "Nós vemos as asas completamente formadas e preservadas nos fósseis de dromeossauro, e estudos biomecânicos mostram que eles também foram capazes batê-las", disse Fowler. "A maioria dos pesquisadores acreditam que eles não eram poderosos o suficiente para voar - propomos então que eles seriam capazes de bater suas asas e esse comportamento seria consistente com as adaptações incomuns do pé”.

 Pés de dinossauros são adaptados para diferentes fins. Dinos adaptados para corrida e caminhada tendem a ter um dedo do pé grande no meio com os dedos laterais que são mais curtos ou mais ou menos iguais em comprimento, como A(Gallimimus) e B(Allosaurus). Deinonychus (C). Ter um dedo do pé longo e um interno curto que é mais adequado para agarrar

A posição dos pés agarrando a presa pode ter se tornado o que hoje é se empoleirar. "Um pé agarrando está presente nos parentes mais próximos das aves, mas também nas primeiras aves, como o Archaeopteryx", disse Fowler. "Nós sugerimos que esta posição originalmente é para a predação, mas também teria sido para empoleirar. Isto é o que chamamos de exaptação”. Uma estrutura evolui originalmente para uma finalidade que pode mais tarde ser apropriado para um uso diferente.
Esta pesquisa poderia ajudar a explicar a anatomia de alguns dinossauros peculiares. Por exemplo, o Balaur dromeossauro, recentemente descoberto na Romênia “tem um metatarso muito curto e uma garra aparentemente alargada, não só no segundo dedo do pé, como nos dromeossauros, mas no primeiro dedo também", disse Fowler. "Isso é muito estranho, mas com base em nosso modelo, isso faz sentido”.
Os pesquisadores acreditam que suas idéias vão abrir novas linhas de investigação sobre a biologia dos dinossauros. Novas formas de olhar velhas estruturas anatômicas poderiam ajudar a resolver o mistério da evolução. "Assim como você tem que ir além da idéia de que os pés são usados apenas para andar, estamos começando a perceber que muitas estruturas incomuns em animais modernos evoluíram originalmente para fins completamente diferentes", disse Fowler.
Os cientistas detalharam suas descobertas revista PLoS ONE.


Encontrado percevejo de 115 milhões de anos 
  O novo inseto, batizado de Cratonepa enigmatica, é proveniente das camadas de rochas calcárias de cerca de 115 milhões de anos do Membro Nova Olinda da Formação Crato da Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro.
Hemiptera é uma ordem de insetos que compreende cerca de 67.500 espécies conhecidas, distribuídas por três subordens: Sternorrhyncha, Auchenorrhyncha e Heteroptera. É nessa última que os pesquisadores classificaram o Cratonepa.
Baseado na morfologia das pernas, Cratonepa foi um predador que viveu sob a lama ou em vegetação aquática, com hábitos similares aos atuais insetos do grupo Nepidae. Os insetos machos de Cratonepa não possuíam asas, ao contrário das fêmeas que tinham asas bem desenvolvidas.
Estima-se que na Bacia do Araripe já foram identificadas mais de 250 espécies de insetos fósseis. Todas do Cretáceo Inferior. Sendo a região uma das mais importantes para uma área da Paleontologia conhecida como Paleoentomologia.
                       Escorpião d’água atual do grupo Nepidae.
Novo método detecta rapidamente toxinas produzidas na água por bactérias 

Em ambientes aquáticos é possível encontrar algumas espécies de bactérias que realizam fotossíntese e, por apresentarem clorofila e outros pigmentos, são comumente confundidas com microalgas.
Mas diferentemente das minúsculas algas, que possuem diversas aplicações industriais, essas bactérias, denominadas cianobactérias, produzem toxinas (microcistinas e nodularinas) altamente prejudiciais à saúde humana. Para evitar graves riscos à saúde, essas toxinas precisam ser detectadas, identificadas e quantificadas rapidamente, principalmente em reservatórios de água.
De modo a atender à demanda por esses testes no Brasil, pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP), desenvolvem métodos rápidos e sensíveis para detecção de cianotoxinas diretamente de células de cianobactérias e de reservatórios de água por meio de espectrometria de massas.
Alguns resultados do projeto de pesquisa, realizado com apoio da FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, foram apresentados no 4º Congresso BrMASS, realizado pela Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas de 10 a 13 de dezembro em Campinas (SP).
De acordo com Humberto Márcio Santos Milagre, coordenador do projeto, um dos objetivos da pesquisa foi verificar se era possível realizar a identificação de variações das microcistinas a partir de cromatografia em camada delgada (TLC, da sigla em inglês) combinada com o método de ionização Maldi.
A técnica cromatográfica é considerada uma das mais simples e econômicas para separar e identificar visualmente os componentes de uma mistura. Entretanto, a identificação inequívoca dos compostos não é possível pelos métodos tradicionais de revelação e comparação com padrões de referência.
Em função disso, a TLC vem sendo combinada com a espectrometria de massas para realizar a identificação e elucidação estrutural de compostos de misturas complexas.
Utilizando a combinação de TLC com Maldi, os pesquisadores da Unesp conseguiram identificar e caracterizar microcistinas em padrões comerciais da bactéria e em diferentes amostras de água da represa Billings, em São Paulo, após a proliferação de cianobactérias. Com isso, conseguiram comprovar a eficácia da técnica para detecção das toxinas produzidas por elas, as cianotoxinas.
“Nossa perspectiva é utilizar a técnica para realizar análises ambientais”, disse Milagre. Após o estudo utilizando a técnica, o grupo partiu para a identificação das cianotoxinas diretamente das células de cianobactérias.
Utilizando cepas de duas bactérias produtoras da toxina, obtidas junto ao Instituto Pasteur e crescidas em biorreatores no Laboratório de Espectrometria de Massas da Unesp de Rio Claro, os pesquisadores identificaram microcistinas e nodularinas alguns dias depois de as cianobactérias permanecerem no meio de cultura.
“Essas bactérias se proliferam rapidamente em condições favoráveis e com isso produzem uma grande quantidade de metabólitos, além das microcistinas, que são dificilmente degradadas e altamente tóxicas”, disse Milagre.
Milagre lembra de uma das maiores tragédias já causadas por microcistinas no Brasil, ocorrida na cidade de Caruaru, em Pernambuco. Em 1996, 60 pacientes submetidos à hemodiálise em uma clínica na cidade nordestina morreram intoxicados pela hepatotoxina microcistina encontrada na água utilizada no procedimento médico, que foi recolhida por um caminhão-pipa de um reservatório de água contaminado pelas toxinas.
Medalha
Na abertura do 4º Congresso BrMASS, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, recebeu a medalha BrMASS por sua atuação junto à FAPESP em prol do fomento da ciência e tecnologia e da área de espectrometria de massas no Brasil.
Técnica implementada na Unesp, que utiliza espectrometria de massas, possibilita identificar compostos tóxicos diretamente nas células de cianobactérias e em reservatórios de água

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EUA apreensivos com publicação de estudo sobre vírus mortal

A versão on-line do jornal britânico "Independent" publicou nesta terça-feira uma reportagem alarmista sobre a descoberta por cientistas europeus de um vírus mortal da gripe aviária que poderia provocar um pandemia mundial e ser usada por grupos terroristas.
Os pesquisadores do laboratório holandês Erasmus Medical Centre, em Roterdã (Holanda), afirmam terem desenvolvido uma versão mutante do H5N1 --o vírus da gripe aviária-- e demonstraram que querem publicar o estudo liderado pelo virologista Ron Fouchier.
O governo dos Estados Unidos, por sua vez, diz o jornal britânico, estaria consultando um grupo de especialistas quanto ao perigo de se divulgar um estudo como esse.
O artigo seria publicado no "American Journal of Science", mas o US National Science Advisory Board for Biosecurity (conselho consultivo dos EUA para assuntos sobre biossegurança) consideram o bloqueio do estudo.
Uma fonte do conselho, que não se identificou, disse ao jornal britânico que o NIH (sigla de Instituto Nacional da Saúde), patrocinador da pesquisa, está decidindo o que será publicado e o quanto deve ser omitido.
"Há áreas da ciência em que a informação precisa ser controlada", acrescentou, citando como exemplo a produção de armas nucleares.
Alguns cientistas também questionam se a pesquisa deveria ter sido conduzida por um laboratório universitário ao invés de um militar.
O vírus mutante do H5N1 poderia ser transmitido pelo ar após tosses e espirros de doentes. Até agora, sabia-se que o contágio pelo H5N1 só se dava entre humanos depois de um contato físico mais estreito.
Cerca de 60% dos infectados com o vírus da gripe aviária --mais de 350 pessoas no mundo todo-- morreram. O contágio foi, entretanto, limitado porque o H5N1 não é transmitido facilmente entre humanos.
Os críticos dizem que o vírus pode se espalhar para além do laboratório onde foi criado ou correria o risco de ser usado por terroristas, que o replicariam.
Uma segunda equipe de cientistas, das universidades de Wisconsin e Tóquio, trabalharam em pesquisa semelhante coordenada por Yoshihiro Kawaoka e chegaram a resultados semelhantes aos obtidos por seus colegas europeus, mostrando que o vírus mortal poderia ser facilmente criado.
Segundo Fouchier, a sua pesquisa, do ponto de vista científico, seria vital para o desenvolvimento de novas vacinas contra a gripe aviária.
Galáxias formam desenho de rosa no espaço; veja

Um par de galáxias espirais que interagem entre si e forma uma rosa no espaço é a imagem divulgada nesta terça-feira no site da Nasa (agência espacial americana).
A galáxia UGC 1810, que é a maior das duas, tem um disco central que se distorce pela atração da menor, a UGC 1813, fazendo com que o núcleo se pareça com o botão de uma flor.


Disco da galáxia UGC 1810 é distorcido pela ação de uma galáxia menor; pontos azuis estrelas jovens
Disco da galáxia UGC 1810 é distorcido pela ação de uma galáxia menor; pontos azuis estrelas jovens
Dá ainda para ver pontos azuis na foto, que são luzes emitidas por um grupo de jovens estrelas brilhantes.
Outro indício da interatividade das duas galáxias são as linhas espirais incomuns.
O registro das duas galáxias, de autoria do telescópio espacial Hubble, é de 17 de dezembro de 2010 e foi divulgado pela primeira vez em abril, mês quando se comemorou o aniversário de 21 anos do Hubble.
Brasileiros descobrem novo tipo de onda cerebral

Pesquisadores da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) conseguiram flagrar um novo tipo de onda cerebral, que se propaga pelas camadas superficiais de uma área do cérebro ligada à formação de memórias.
As medições foram feitas, por enquanto, nos neurônios de ratos, mas provavelmente valem para outros mamíferos, como os seres humanos.
As ondas recém-descobertas parecem interagir com outras já conhecidas, numa coreografia que provavelmente é importante para a construção e consolidação das lembranças no cérebro, afirmam os pesquisadores.
"Estamos no começo do trabalho", diz Adriano Tort, professor do Instituto do Cérebro da UFRN e coordenador da pesquisa. "Mas já temos indícios de que as novas ondas aparecem no sono REM [o sono com sonhos], que já é conhecido por sua importância para a memória."
 

GPS
Tort e o aluno de doutorado Robson Scheffer-Teixeira, junto com outros colegas, descrevem as descobertas em artigo na revista científica "Cerebral Cortex". O ritmo novo detectado por eles ocorre no hipocampo, uma região que os cientistas comparam a um GPS do cérebro.
É graças ao hipocampo que motoristas aprendem a dirigir pelas ruas de uma cidade que ainda não conhecem, decorando pontos de referência ou a localização de semáforos, por exemplo.
O hipocampo monta esse quadro da mesma maneira como funcionam outras áreas do cérebro: como uma orquestra elétrica.
ORQUESTRA
Os neurônios, células que são a unidade básica do órgão, são atravessados por impulsos elétricos, que se propagam (ou não) para as células vizinhas. Quando o vaivém elétrico acontece de forma sincronizada em vários neurônios (como uma guitarra e uma bateria tocando no mesmo ritmo, digamos), surgem as ondas cerebrais.
Essas oscilações acontecem em frequências específicas, como ondas de uma estação de rádio. O novo tipo detectado pela equipe da UFRN, por exemplo, tem um pico de atividade em 140 Hz.



ALGUNS TIPOS DE ONDAS CEREBRAIS
No entanto, Tort e seus colegas verificaram que essa oscilação não aparece sozinha, mas, sim, acoplada com outro tipo mais lento de onda, que interage com ela. As propriedades de um tipo de onda ficam ligadas ao que acontece com a onda "companheira".
Voltando à analogia musical, é como se a guitarra só conseguisse alcançar certas notas com a ajuda de outro instrumento de apoio.
"A gente ainda não tem muita informação sobre os grupos de neurônios que estão em atividade para gerar esse resultado", afirma Tort. "Essa é uma das próximas fases do nosso trabalho."
Seja como for, a associação com o sono REM (cujo nome vem da sigla inglesa de "movimento rápido dos olhos", que ocorre durante os sonhos) faz a equipe apostar num elo entre as novas ondas cerebrais e o processo de fortalecimento das memórias durante a noite.
Parte do trabalho também foi realizada no Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra.
Astrônomos encontram dois planetas do tamanho da Terra
Astrônomos da sonda espacial Kepler anunciaram nesta terça-feira (20) a descoberta de mais dois planetas fora do Sistema Solar: “Kepler-20e” e “Kepler-20f”. Os dois são os primeiros dentre os descobertos a ter quase exatamente o mesmo tamanho que a Terra. Eles também orbitam uma mesma estrela parecida com nosso Sol.
O 20f tem praticamente o mesmo raio da Terra e o 20e é um pouquinho menor (mais ou menos do tamanho de Vênus). São os dois menores já descobertos fora da nossa vizinhança. Eles estão a 950 anos-luz de distância.
Ilustração compara os tamanhos dos planetas, na ordem: Kepler 20e, Vênus, Terra e Kepler 20f (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)Ilustração compara os tamanhos dos planetas, na ordem: Kepler 20e, Vênus, Terra e Kepler 20f

Segundo o líder do grupo, François Fressin, a equipe acredita que eles possam ter uma composição parecida com a do nosso planeta, com um núcleo ferroso e um manto. Eles suspeitam também que o 20f possa ter uma atmosfera com vapor d’água.
O grande número de “exoplanetas” (como são chamados os que existem fora do Sistema Solar) descobertos recentemente é fruto de uma verdadeira “caça ao tesouro” feita por astrônomos em busca de um planeta “gêmeo” da Terra. O objetivo, é claro, é encontrar um outro mundo capaz de abrigar alguma forma de vida.
O sistema estelar da dupla é composto ainda por outros três planetas maiores. Todos os cinco estão mais perto de sua estrela do que Mercúrio está do Sol.
Ilustração do Kepler 20e, o menor planeta extrassolar já encontrado.  (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)Ilustração do Kepler 20e, o menor planeta extrassolar já encontrado.
Os astrônomos também notaram uma coisa interessante, que desafia o que sabemos sobre a formação de planetas. Por aqui, os astros rochosos e pequenos (como Terra, Marte, Vênus e Mercúrio) ficam mais perto do Sol enquanto os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) ficam mais longe. No sistema de Kepler 20, no entanto, a organização é intercalada entre planetas grandes e pequenos.
O trabalho será publicado em uma edição futura da revista científica” Nature”.
Ilustração do Kepler 20f tem mais ou menos o tamanho da Terra (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)Ilustração do Kepler 20f tem mais ou menos o tamanho da Terra

Observatório faz novas imagens da nebulosa de Órion

 Astrônomos divulgaram nesta terça-feira (20) novas imagens da nebulosa de Órion, feita pelo observatório Sofia, capaz de enxergar em infravemelho. As fotografias mostram uma rede de poeira interestelar que é um verdadeiro "berçário de estrelas".

Fotografias feitas pelo Sofia em comparação com imagem mais conhecida da nebulosa de Órion, feita pelo Spitzer.  (Foto: SOFIA -- James De Buizer / NASA / DLR / USRA / DSI / FORCAST; Spitzer -- NASA/JPL)Fotografias feitas pelo Sofia em comparação com imagem mais conhecida da nebulosa de Órion, feita pelo Spitzer.

Google investe US$ 94 milhões em projetos de energia solar na Califórnia

 

Painéis solares em um dos projetos da Recurrent,comprados pelo Google

O Google anunciou nesta terça-feira (20) que investiu US$ 94 milhões em uma carteira de quatro projetos de energia solar construídos pela Recurrent Energy na Califórnia.

O acordo será bancado por uma combinação de títulos de dívida e ações do Google e da SunTap Energy RE, uma companhia formada terça-feira pela KKR para investir em projetos de energia solar nos EUA. A KKR reservou uma linha de capital de US$ 95 milhões para estabelecer a SunTap, e parte desse dinheiro deve ser empregado no novo investimento.

O acordo representa o primeiro investimento do Google em energia solar em escala maciça nos EUA, e conduzirá ao investimento total da empresa em energia renovável para mais de US$ 915 milhões em todo o mundo.
“Nós já nos comprometemos a fornecer financiamento este ano para ajudar mais de 10 mil lares a instalar painéis solares em seus telhados”, disse o executivo Axel Martinez, no blog oficial do Google.

Três dos quatro projetos serão concluídos no começo de 2012 e o quarto deve começar a operar mais perto do fim do ano, anunciaram as empresas em comunicado conjunto. Os projetos têm uma capacidade total de 88 MW, equivalente à eletricidade consumida por mais de 13 mil casas, segundo o Google.

O Google anunciou no final de 2007 que investiria milhões de dólares em tecnologias solares, geotérmicas e eólicas, para ajudar a tornar a energia renovável competitiva com o carvão em termos de custo.