sábado, 3 de março de 2012

Cientistas criam 1º banco de material genético de aves em risco de extinção

Um grupo de cientistas mexicanos criou o primeiro banco de germoplasma (material genético) de aves em risco de extinção da América Latina, entre elas o quetzal de cauda longa, para facilitar a preservação e a reprodução dessas espécies.
"Nossa intenção é aplicar técnicas que permitam obter, recolher e guardar células de aves e utilizá-las para a reprodução artificial", disse à Agência Efe Mary Palma, responsável pelo projeto.
O banco está localizado nas instalações do santuário das aves de El Nido, em Ixtapaluca, no estado do México, que abriga mais de três mil pássaros de 600 espécies, muitas delas em risco de extinção.
Esse refúgio, que pertence a um grupo civil fundado há 47 anos pelo veterinário Jesús Estudillo, que morreu em 2010, ampara cada uma das espécies por casais e em pequenas comunidades, o que transforma o local "em um habitat favorável para a proliferação".
Segundo a pesquisadora, esse projeto, o primeiro na América Latina, e "talvez no mundo", deve ser desenvolvido "imediatamente", por causa do perigo "latente de desaparecimento de importantes espécies que estão começando a sentir as mudanças climáticas e outros fatores como a poda de florestas e a devastação da fauna".
A cientista explicou que há vários anos o México, assim como outros países, conta com bancos de material genético para conservar o sêmen de mamíferos, principalmente do gado.
No entanto, Mary disse que os sistemas utilizados para a preservação criogênica (técnicas de congelamento) de sêmen de aves não são iguais ao dos mamíferos, já que "são células mais frágeis".
A especialista, responsável pela saúde das aves de El Nido, comentou que nos últimos anos a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) começou a organizar seus próprios bancos de germoplasma, mas por enquanto "estão destinados apenas a aves de gaiola".
Esse projeto será liderado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública do estado de Morelos, além da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) da Cidade do México.
O santuário de aves, chamado por seus funcionários de "Arca de Noé aviária", é reconhecido internacionalmente por ser um dos primeiros a conseguir com sucesso a reprodução de espécies ameaçadas, e recebeu do Fundo Mundial para a Vida Silvestre e as Nações Unidas o prêmio Global 500 em 1993.
O centro é sustentado pelas doações e a participação de 2 mil voluntários que dividem todos os dias da semana o trabalho árduo de limpeza e manutenção do local.
O santuário está aberto ao público para sensibilizar as pessoas e convencê-las sobre a importância de proteger o meio ambiente.
Mais de 600 espécies como águias, falcões, corujas, periquitos, cacatuas, araras, tucanos, faisões-argus, quetzais e aves ancestrais como ou casuar, originário da Nova Guiné e Austrália e uma das mais antigas do planeta, podem ser vistas em ambientes que tentam recriar o habitat do qual procedem.  

Sonda Cassini detecta oxigênio em lua de Saturno


A sonda espacial Cassini detectou oxigênio em uma baixa concentração em Dione, uma das luas de Saturno, o que indica que o planeta teria uma tênue atmosfera, embora muito menos densa que a da Terra. "A sonda Cassini encontrou pela primeira vez íons de oxigênio molecular na gelada lua de Saturno de Dione", anuncia um comunicado emitido nesta sexta-feira pela equipe encarregada da missão.
No entanto, os íons de oxigênio estão muito dispersos - um por cada 11 centímetros cúbicos -, o que faz esta concentração equivalente à da atmosfera da Terra a uma altura de 480 quilômetros.
"Agora sabemos que Dione, da mesma forma que os anéis de Saturno e sua lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio", indicou Robert Tokar, um membro da missão Cassini no Laboratório Nacional de Los Álamos (EUA).
Em sua opinião, esta descoberta confirma que o oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno e que pode surgir em processos que não implicam formas de vida.
O oxigênio, elemento básico para a vida na Terra - onde sua concentração na atmosfera chega a cerca de 21% -, poderia se originar nas luas de Saturno devido a fótons solares ou partículas de energia que impactam contra a superfície de água gelada do satélite.
Os cientistas não pensavam que Dione, devido a seu pequeno tamanho, pudesse abrigar uma atmosfera. A nova descoberta faz deste pequeno satélite um objeto de estudo muito mais interessante.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão que conta com a participação da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.  

As estrelas piscam, afirmam cientistas

Sim, as estrelas piscam. Pelo menos as embrionárias

O piscar das estrelas, uma impressão produzida pela atmosfera terrestre - e isto continua sendo uma impressão - mostrou ser um fato real no caso das estrelas-bebês, ainda em processo de gestação. 

Região de formação de estrelas
Uma equipe de astrônomos detectou, através dos telescópios espaciais Herschel, da ESA e Spitzer da NASA, mudanças surpreendentemente rápidas no brilho de estrelas embrionárias dentro da bem-conhecida Nebulosa de Órion.
As imagens obtidas pelo detector de infravermelho do Herschel, e por dois instrumentos do Spitzer, trabalhando em comprimentos de onda mais curtos, mostram uma imagem mais detalhada das estrelas em formação no coração deste que se tem como um dos objetos mais estudados pelos astrônomos.
A 1.350 anos-luz da Terra, esta é uma das poucas nebulosas visíveis a olho nu.
Ela contém a região de formação de grandes estrelas mais próxima da Terra, com uma luz ultravioleta intensa proveniente das estrelas jovens e quentes que transformam gases e poeira em uma zona brilhante.


Nascimento de uma estrela
O que agora se descobriu é que, dentro dessa poeira - oculta aos comprimentos de onda visíveis - há uma série de estrelas ainda mais jovens, na primeira fase da sua evolução.
A nova combinação de imagens de infravermelho longo e médio penetrou através da poeira obscura e revelou essas estrelas embrionárias.
Uma estrela se forma, acreditam os astrônomos, quando uma densa nuvem de gás e poeira se funde e colapsa sob a sua própria gravidade, criando uma proto-estrela quente central, rodeada por um disco em espiral e envolvida por um halo maior.
Grande parte desse material vai-se juntando em um redemoinho ao longo de centenas de milhares de anos, antes de ser acionada a fusão nuclear no coração da estrela, e esta se tornar uma estrela de pleno direito.
Alguns dos gases e da poeira remanescentes no disco podem passar a formar um sistema planetário - como se acredita ter acontecido com o nosso Sistema Solar.


Estrelas que piscam
Uma equipe de astrônomos liderados por Nicolas Billot, do Instituto de Radioastronomia Milimétrica, na Espanha, usou o telescópio Herschel para "fotografar" a Nebulosa de Órion uma vez por semana, durante seis semanas, no inverno e primavera do ano passado.
A câmara fotodetectora e o espectrômetro PACS do Herchel detectaram poeiras de partículas frias rodeando as proto-estrelas mais jovens em comprimentos de onda de infravermelho longo.
Estas observações foram combinadas com imagens de arquivo do Spitzer, obtidas em comprimentos de onda na zona dos infravermelhos curtos e médios, que mostram objetos mais velhos e quentes.
Os astrônomos ficaram surpresos ao ver que o brilho das estrelas jovens varia em mais de 20% em poucas semanas - deve-se levar em conta que o processo de acreção deveria levar anos ou mesmo séculos.


Em busca de novas teorias
Em certo sentido, o que os astrônomos descobriram é que sim, as estrelas piscam, e muito - então, que mudem as teorias.
Eles terão agora que encontrar uma explicação para este novo fenômeno, ainda não contemplado nos modelos de formação de estrelas atuais.
Uma possibilidade é que os filamentos de gás irregulares estejam afunilando do disco externo para as regiões centrais perto da estrela, aquecendo temporariamente o disco interior e fazendo-o brilhar.
Outro cenário possível é o material frio estar-se acumulando na borda interna e criando sombras no disco externo, fazendo com que este escureça temporariamente.
Em qualquer dos casos, está claro agora que a gestação de estrelas bebês é tudo, menos um processo suave e uniforme.
"Mais uma vez, as observações do Herschel nos surpreenderam e nos deram pistas interessantes sobre o que acontece durante as fases mais precoces da formação de estrelas e dos planetas," comentou Göran Pilbratt, do projeto Herschel da ESA.

Marte é um planeta vermelho ou possui tons de rosa?


Marte pode parecer vermelho quando visto da Terra, mas olhando mais de perto, observa-se um mix de cores.
  As dunas em latitudes mais setentrionais de Marte, como a figura exposta na matéria, parecem um pouco rosadas, e não vermelho. Apesar da ilusão do tom rosado, o planeta vermelho ostenta este nome por ser, verdadeiramente vermelho. Tons que variam de rosado ao salmão são provenientes da interação de dióxido de carbono congelado na superfície do planeta.
A cientista Cindy Hansen, da NASA, deu uma declaração sobre este fato: “No inverno marciano, as dunas localizadas a 70º de latitude ao norte, são cobertas por uma camada de gelo sazonal de dióxido de carbono (conhecido como gelo seco). Na primavera o gelo sublima (evapora, passando diretamente do estado sólido para gasoso), formado numerosos fenômenos sazonais, como o observado na foto”. Ela continua: “Dunas de Marte são formadas por areia escura, mas parecem rosadas porque elas ainda estão cobertas por gelo. Onde o gelo se racha, a areia torna-se visível. Nas encostas das dunas íngremes, a areia desliza para baixo de finos filetes de gelo”, explicou.
  De acordo com a cientista, as imagens obtidas pelo HiRISE da NASA, mostram grandes mudanças sazonais na superfície do planeta. As manchas escuras seriam uma derivação de uma sublimação onde o gás foi “jogado” para todos os lados, carregando areia em várias direções, formando assim locais escurecidos.

Macarrão inspirou os cientistas a criarem ondas de rádio “potencialmente infinitas”





Tentou enviar uma mensagem de texto no Natal ou na véspera do Ano Novo e não conseguiu? Isso pode estar com os dias contados.
  Uma equipe de cientistas desenvolveu ondas de rádio inspiradas no trançado do macarrão parafuso; tal descoberta permitiria um número de canais “potencialmente infinitos” a seres transmitidos simultaneamente.
  Parece ridículo, mas na verdade é um truque muito inteligente. O segredo está em forças ondas de rádio para torcerem sobre o seu eixo à medida que viajam, ficando trançados exatamente como um macarrão (como o da foto), movendo-se sempre para frente, é o que explicou o pesquisador Dr. Frabrizio Tamburini na publicação da revista New Journal of Physics.
 “É uma perspectiva tridimensional; esta torção parece um feixe de massa italiana. Cada uma dessas vigas retorcidas pode gerar formas independentes, propagando e detectando em várias faixas de freqüência, se comportando como canais de comunicação independentes”.
 A equipe demonstrou a técnica em Veneza, Itália, transmitindo ondas de rádio torcidas, na banda 2,4 GHz, a uma distância de 442 metros. Os cientistas afirmam que seria fácil manter e adicionar ondas cada vez mais torcidas, para aumentar o número de sinais que poderiam ser enviados. A descoberta promete revolucionar as telecomunicações.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Fóssil de animal pré-histórico inédito passa 20 anos em galpão no RS


Fóssil foi entregue a museu em Candelária após 20 anos guardado (Foto: Maieve Soares/Prefeitura de Candelária/Divulgação)
Fóssil foi entregue a museu após 20 anos 
Um fóssil de um animal pré-histórico inédito ficou durante 20 anos guardado em um galpão em Candelária, na Região Central do Rio Grande do Sul, informou a Prefeitura Municipal. O Museu Aristides Carlos Rodrigues, da cidade, recebeu um crânio fossilizado em dezembro de 2011, doado por uma pessoa que não quis se identificar. A peça foi encaminhada para análise na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, onde foi constatado que a espécie não consta nos registros dos paleontólogos.“Depois de três horas de análise e comparações, evidenciou-se tratar de mais um animal desconhecido, inédito, tanto para a ciência quanto para o mundo, lembrando que já é a sexta nova espécie na história do museu”, disse o cientista e coordenador remoto nos projetos de paleontologia da universidade, Cesar Leandro Schultz.
Segundo o curador voluntário do museu Carlos Nunes Rodrigues, o crânio do animal é compatível com a biozona de dinodontossauro, que viveu durante o período triássico e habitou a terra há cerca de 230 a 235 milhões de anos. Um dos dentes que estão fixados evidencia que se tratava de um animal carnívoro. Rodrigues afirma que se trata de um "animal muito primitivo, com espécime exibindo as expressões dos arcossauriformes (arcossauro basal)”.
No início do ano, Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foram a Candelária para conhecer o achado. Eles deram à peça o nome de "Papai Noel", por ter sido doada no final do ano.

Derretimento de geleira provoca aumento de tempestade de poeira


Da Patagônia até a Islândia, a diminuição das geleiras descobre solos de onde se levantam tempestades de poeira que afetam a vida marinha e o clima global. O estudo consta na edição desta quinta-feira (1º) da revista "Science".
"A presença crescente de poeira minerais em altas latitudes é surpreendente", disse Joseph Prospero, pesquisador da Universidade de Miami e autor do trabalho, à agência de notícias Efe.
Pesquisas realizadas por Prospero indicam que a poeira de regiões tropicais da África é transportada para boa parte do sul e do leste dos Estados Unidos e é causa de entre 75% a 80% do pó que cai sobre a Flórida.
Este não é um fenômeno somente contemporâneo. Amostras de sedimentos da terra e do gelo profundo mostram incrementos da circulação de poeiras relacionados aos períodos glaciais.
"Existe um interesse considerável pela distribuição global das fontes de poeira, os fatores que afetam sua emissão e as propriedades das partículas emitidas", disse Prospero. Ao longo dos anos, ele criou 12 estações de observação no mundo.
Nos últimos seis anos, Prospero desenvolveu um estudo na Islândia. Os resultados estabelecidos indicaram que grandes tempestades de poeira se originam ali e vão para o norte do oceano Atlântico.
"O pó contém ferro, que é um micronutriente essencial para os organismos marítimos, o fitoplâncton", explicou o professor. "Assim como o nitrato e o fosfato são essenciais para os micro-organismos, estes também necessitam de pequenas quantidades de ferro, importantes para a fabricação de enzimas e a conversão do dióxido de carbono em massa corporal."
Desta maneira, o ferro nas águas oceânicas estimula o crescimento do fitoplâncton. Isso, por sua vez, afeta a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.
"A Islândia aparentemente desempenha um papel importante como abastecedor de nutrientes para os organismos marítimos, mas não determinamos a magnitude desse papel", disse.
AQUECIMENTO
Segundo Prospero, as tempestades de poeira na Islândia estão aumentando conforme as geleiras diminuem devido ao aquecimento global.
"Por meio de satélites, observamos a diminuição de geleiras na Islândia, no Alasca e na Patagônia. E em todas as partes vemos um aumento da poeira", continuou.
"Esse pó provém do solo em torno da geleira que, conforme vai diminuindo, deixa materiais expostos que são suspensos no ar."
De acordo com Prospero, no ritmo atual, em cem anos as geleiras da Islândia desaparecerão.
A própria poeira contribui para aumentar a velocidade da diminuição das geleiras.
"Quando as geleiras estão fortes e limpas, sua cor é branca, brilhante, refratária à luz", disse. "Mas quando começam a acumular pó em seus sulcos, na parte alta da geleira, absorve-se mais calor da luz do Sol e o derretimento é mais rápido."

Embriões de corais são capazes de se clonarem, diz estudo


Cientistas australianos descobriram durante um estudo marinho que embriões de corais são capazes de se clonarem. A pesquisa foi divulgada na edição desta semana da revista "Science".
Frágeis a ponto de serem fragmentados pelas ondas, os embriões de corais se dividem em pedaços que conseguem gerar clones dos originais. Este modelo de reprodução é algo inédito no reino animal, segundo os autores do estudo.Os embriões de corais não possuem uma capa protetora como no caso de animais maiores como os mamíferos. Quando bilhões de embriões "desprotegidos" de corais são lançados ao oceano perto de recifes gigantes como a Grande Barreira de Corais, na Austrália, eles continuam a sobreviver e começam a se dividir.
Os cientistas Andrew Heyward e Andrew Negri, responsáveis pelo estudo, notaram que mesmo brisas suaves conseguem fragmentar os embriões. Os clones são normalmente menores que os embriões normais, mas conseguem se desenvolver como larvar e se fixar a rochas para formar corais juvenis.
Essa alternativa à reprodução comum dos corais pode ser uma estratégia de sobrevivência desses animais a mudanças imprevistas em ambientes.
Fragmentos dão origem a clones de embriões de corais. (Foto: Heyward & Negri / Science)Fragmentos dão origem a clones de embriões de corais. 

Foto tirada na Estação Espacial Internacional mostra Itália de noite


Uma imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) mostra a península itálica repleta de luzes acesas durante a noite. A foto foi tirada por integrantes da Estação Espacial Internacional, que sobrevoava a região da Itália a 240 quilômetros de altitude.
Na foto, é possível ver duas manchas mais claras, nas quais se concentram mais luzes: são as cidades de Roma e Nápoles, duas das principais na nação cujo território lembra o formato de uma bota. Mais acima, a luz opaca de outras nações da região como Áustria e Suíça está visível.
Roma (no centro, mais à esquerda) e Nápoles são visíveis na imagem aérea da Itália noturna. (Foto: Nasa)
Roma (no centro, mais à esquerda) e Nápoles são visíveis na imagem aérea da Itália noturna. 

Computador roubado da Nasa tinha dados de controle da estação espacial


A Estação Espacial Interncional (ISS) em foto de maio de 2011 (Foto: Nasa)
A Estação Espacial Internacional (ISS) em foto de
maio de 2011 
A Nasa foi alvo de mais de 5 mil ciberataques entre 2010 e 2011 que conseguiram ou invadir os sistemas ou instalar vírus nos computadores da agência, informou um funcionário em depoimento à Câmara dos Estados Unidos nesta quarta-feira (29).
Além disso, entre abril de 2009 e abril de 2011, 48 computadores usados em programas espaciais foram roubados. Um deles continha os dados usados para controlar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
O número de unidades roubadas pode ser ainda maior, porque a Nasa não rastreia seus equipamentos. A perda de um computador só é registrada se for comunicada por um funcionário. Segundo o inspetor geral da Nasa Paul Martin, nos notebooks roubados estavam dados sigilosos, incluindo propriedades intelectuais e informações sobre as novas naves espaciais, que estão em construção, da agência.
De acordo com Martin, a Nasa é um “ambiente rico em alvos para ciberataques”. Em um deles, um hacker romeno de 20 anos conseguiu acessar o servidores do Centro Espacial Goddard, que, entre outras coisas, é responsável pela operação do telescópio Hubble.
O custo, ao todo, para resolver o problema foi de US$ 7 milhões.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Problema em cabo pode ser o responsável por neutrinos serem “mais rápidos” que a luz


  O sensacional resultado encontrado pelo LHC de que os neutrinos são mais rápidos que a velocidade da luz pode falso, graças a um simples erro mecânico.
Cientistas no Gran Sasso National Laboratory, Itália, identificaram dois problemas que podem afetar significativamente o resultado proposto. A primeira questão é uma conexão defeituosa em um cabo de fibra óptica, interferindo em dados de um GPS.
  O GPS usado na experiência, fornecendo dados sobre a experiência, pode ter fornecido dados errados durante a sincronização do evento. “Algumas questões podem modificar o tempo do neutrino em voos de direções opostas”, comentou Ereditato, porta-voz do Gran Sasso.
  Em setembro de 2011, os pesquisadores afirmaram que os neutrinos chegam 60 nanossegundos antes da luz. A experiência foi realizada em Genebra, Suíça, onde um neutrino foi “lançado” do Cern até outro ponto, com 272 km de distância. Os resultados pareciam contradizer a famosa teoria da relatividade de Einstein, que afirma que nada pode se mover mais rápido que a luz. Muitos cientistas da comunidade física mantiveram uma visão cética sobre este experimento, sugerindo que algo estava errado.
Apesar da suspeita, ainda não existem provas que possa afirmar ou refutar a conclusão de que os neutrinos são mais rápidos que a luz. A imprensa mundial aguarda novas informações provenientes do Grande Colisor de Hádrons sobre isso.

O ano de 2020 poderá ser assolado por mega tempestade solar catastrófica


A Terra tem uma chance de 12% de ser alvo de uma enorme erupção magnética do Sol. Um evento tão extremo como este é considerado como relativamente raro.
A última tempestade solar de grandes proporções ocorreu 150 anos atrás, sendo considerado o evento solar mais poderoso já registrado. Este evento poderia causar trilhões de dólares em prejuízos, levando o planeta a se recuperar totalmente apenas após uma década.
A pesquisa é liderada pelo cientista sênior Peter Riley da Predictive Science em San Diego, Califórnia. Durante o máximo solar, a superfície do Sol fica pontilhada com várias manchas e grandes tormentas magnéticas, rompendo-se em seguida. Ocasionalmente, essas tormentas explodem para fora do Sol, expelindo grande quantidade de partículas carregadas para o espaço.
Pequenos flares (também chamados de nanoflares) ocorrem com bastante freqüência, ao passo que flares gigantes são incomuns. Riley conseguiu estimar, através de uma distribuição matemática conhecida como lei de potência, a chance que o Sol terá de sofrer um enorme surto, olhando para o histórico de erupções anteriores e calculando a relação entre o tamanho e o tempo das ocorrências em explosões solares.
A maior explosão solar foi o Evento Carrington, em 1 de setembro de 1859. O astrônomo Richard Carrington visualizou um enorme clarão de energia solar que se rompeu na superfície do Sol, emitindo grande fluxo de partículas para a Terra, viajando pelo espaço em uma velocidade de 4 milhões de quilômetros por hora.
Quando essas partículas atingem a atmosfera da Terra, são gerados “fantasmas de luz” chamados de auroras. Embora ocorra com mais freqüência nas partes norte e sul do planeta, o fenômeno pode chegar em locais como Cuba, Havaí e norte do Chile.
As auroras podem ser eventos magníficos, mas causam grandes estragos em sistemas elétricos. No momento que o Evento Carrington ocorreu, estações de telegrafo pegaram fogo. Em um mundo eletricamente dependente como é nossa sociedade moderna, uma tempestade solar como essa poderia ter consequências catastróficas.Podem ocorrer defeitos em redes elétricas, erosão em oleodutos e gasodutos, perturbação de sistemas de GPS e interferência severa na comunicação de rádio. Sinais de TV por assinatura poderiam ficar fora do ar por meses, talvez anos. Celulares poderiam ficar mudos e uma infinidade de inconvenientes afetaria bilhões de pessoas.
Durante uma tempestade geomagnética ocorrida em 1989 no Canadá, redes elétricas foram derrubadas deixando milhões de canadenses no escuro por 9 horas.
Segundo o Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, se o Evento Carrington ocorrer novamente, os Estados Unidos poderia ter um prejuízo de 1 trilhão de dólares no primeiro ano e 2 trilhões de dólares no segundo ano, com recuperação completa do país após 10 anos. 

Computador quântico é a próxima revolução, dizem especialistas


A empresa americana IBM revelou um grande avanço no desenvolvimento de um computador baseado na mecânica quântica, a física dos elementos infinitamente pequenos regida por leis diferentes das do mundo visível, a próxima revolução informática, segundo os especialistas.
"O trabalho que fazemos no computador quântico não é apenas uma experiência das forças brutas da física", afirmou em um comunicado Matthias Steffen, cientista-chefe de pesquisa da IBM, cujo objetivo é desenvolver sistemas de computação quântica que possam ser aplicados à solução de problemas reais no mundo.
Watson, supercomputador da IBM localizado em Yorktown Heights, nos EUA
Watson, supercomputador da IBM localizado em Yorktown Heights, nos EUA
"É hora de criar sistemas baseados na ciência quântica, que levará o cálculo nos computadores a uma nova fronteira", acrescentou. Os pesquisadores acreditam que conseguirão isso entre dez e 15 anos.
Diferentemente da física clássica, em que os conceitos de onda e partícula estão separados, no universo quântico são as duas faces de um mesmo fenômeno, uma propriedade que, teoricamente, permite multiplicar as capacidades dos computadores.
A parte da informação mais básica que um computador atual pode entender é um bit.
Esse é um dígito binário ou de dois valores, isto é, 0 ou 1, que também é uma unidade de medida no computador que designa a quantidade elemental de informação.
No mundo quântico, essa unidade básica, chamada qubit, pode ter valor 0 ou 1 como um bit, mas também possuir os dois valores ao mesmo tempo, uma estrutura descrita como "superposição".
Essa característica, em teoria, permitirá aos computadores quânticos realizar milhões de cálculos simultaneamente.


CIFRAS
Atualmente, as unidades informáticas de maior desempenho podem decifrar um número de até 150 cifras, mas um número de mil dígitos requereria praticamente toda a potência de cálculo disponível no mundo, enquanto que um computador quântico o faria em apenas algumas horas, segundo explicam os pesquisadores.
O avanço divulgado pelos cientistas da IBM reunidos na conferência anual da Sociedade de Física Americana, que é realizada nesta semana em Boston (Massachusetts), proporcionará uma redução das margens de erros dos cálculos elementares.
Isso permite manter por mais tempo a integridade das propriedades da mecânica quântica nos qubits.
O problema é que um qubit tem um tempo de vida muito curto, de apenas alguns bilionésimos de segundo, quando os pesquisadores começaram a trabalhar com ele, há cerca de dez anos.
A IBM criou recentemente um qubit tridimensional a partir de circuitos feitos de materiais dotados de uma supracondutividade, que conduzem a eletricidade sem resistência. Quando são resfriados a uma temperatura próxima do zero absoluto, esses circuitos se comportam como qubits estáveis por até cem microssegundos, um avanço multiplicado por de duas a quatro vezes em comparação com os recordes anteriores.
Entre as outras aplicações potenciais do computador quântico estão a pesquisa nos bancos de dados de informação não estruturada, a execução de um conjunto de tarefas extremamente complexas e a solução de problemas matemáticos que ainda não foram resolvidos.


RELATIVIDADE
A Física Quântica, que se baseia em novos postulados, e a Teoria da Relatividade de Einstein são consideradas as teorias mais importantes do século 20.
Ela descreveu o comportamento dos átomos e das partículas que a Física clássica, sobretudo a mecânica Newtoniana, não conseguia fazer, permitindo revelar algumas propriedades do radiação eletromagnética.

Pesquisadores encontram pulgas pré-históricas gigantes


Cientistas descobriram pulgas gigantes fossilizadas na China, as mais antigas já encontradas na Terra. O achado foi descrito na edição desta semana da revista "Nature".
Os fósseis encontrados na província de Liaoning e na região autônoma da Mongólia Interior indicam que esses invertebrados mediam de 0,8 até 2 centímetros. Parece pouco, mas esses insetos eram sim gigantes em comparação com seus parentes modernos. Em geral, as pulgas têm entre 0,1 e 0,3 centímetros.
Os ancestrais das pulgas não tinham algumas características das espécies atuais, como pernas retráteis para saltar. O corpo era adaptado para viver entre pelos, mas os mamíferos da época eram muito pequenos. Por isso, os cientistas acreditam que as pulgas poderiam viver nos ninhos, mas não conseguiriam parasitar um animal específico.
Eles também trabalham com a possibilidade de que a pulga seria um parasita de dinossauros, porque a tromba era longa e forte o suficiente para perfurar a pele dos répteis.
Os animais estudados viveram entre 165 milhões e 125 milhões de anos atrás. Ao todo, dois gêneros cientificos foram identificados no material.
Fêmea (à esquerda) e macho de pulgas gigantes fossilizadas na China. (Foto: D. Huang / Nature)Fêmea (à esquerda) e macho de pulgas gigantes fossilizadas na China.

Telescópio ajuda a desvendar vida extraterrestre ao olhar para a Lua


Uma equipe internacional de astrônomos desenvolveu uma nova técnica para determinar indícios de vida em outros planetas por meio da qual analisa a luz terrestre refletida na Lua, o que poderia superar dificuldades de métodos convencionais.
Os resultados do teste foram publicados na revista científica "Nature". O método estudou a Terra como se ela estivesse fora do Sistema Solar. A observação foi feita por meio do reflexo que o planeta projeta sobre seu satélite natural.
A equipe observou o fenômeno com o telescópio de longo alcance VLT, situado no deserto do Atacama, no Chile.
Lua na região do telescópio VLT, no Chile, refletindo parte da luz que a Terra recebe do Sol. (Foto: ESO/B. Tafreshi/TWAN)
Lua na região do VLT, no Chile, refletindo parte da luz que a Terra recebe do Sol. 
O sol brilha sobre a Terra e sua luz se reflete por sua vez sobre a superfície lunar. Isso faz o satélite atuar como se fosse um grande espelho, que devolve a luz de volta para a Terra, segundo explicou Michael Sterzik, pesquisador do Observatório Europeu Austral e principal autor do estudo.
Os investigadores procuraram indicadores, como por exemplo certas combinações de gases na atmosfera terrestre, que são considerados indícios de vida orgânica, como a presença simultânea de metano, vapor de água e oxigênio.Ao contrário de pesquisas anteriores, a nova técnica explora a polarização. Quando a luz se polariza seus campos magnético e elétrico têm uma orientação determinada (as ondas vibram numa direção concreta).
Precisamente, o que os investigadores mediram neste trabalho é como luz se polariza dependendo da superfície sobre a qual se reflete, explicou Enric Pallés, do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), que também faz parte do estudo.
O gelo, as nuvens, a terra ou os oceanos podem fazer a superfície se polarizar em graus e cores determinadas.
O grupo analisou a luz que refletia a Terra sobre a Lua como se fosse a primeira vez que vissem o planeta e essa luz indicou que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte de sua superfície está coberta por oceanos e outro "dado crucial": existe vegetação.
Os cientistas puderam inclusive detectar mudanças que se produzem na cobertura das nuvens da Terra e na quantidade de vegetação em diferentes partes do planeta (tudo isso com o reflexo sobre a Lua).
Esta nova forma de buscar vida extraterrestre busca superar métodos convencionais: a luz de um planeta distante é muito difícil de se analisar porque é eclipsada pelo brilho da estrela que o ilumina.
Para Stefano Bagnulo, pesquisador do Observatório de Armagh, no Reino Unido, a tentativa "é comparável a observar um grão de pó junto a uma lâmpada potente".
No entanto, o reflexo do planeta sobre seu satélite está orientado numa direção, o que permite sua análise de forma simples mediante técnicas que separam a luz polarizada da não polarizada.
Na sede do Observatório Austral Europeu em Garching, na Alemanha, analistas disseram que a descoberta pode contribuir para futuros descobrimentos em outros lugares do Universo.
"Se existe vida fora do Sistema Solar, encontrá-la depende exclusivamente da existência de técnicas adequadas", disse Pallés. Ele afirma que daqui a 10 ou 12 anos, o metódo poderia ser utilizado em telescópios.
A equipe do IAC admitiu que este novo "método não revelará dados sobre homenzinhos verdes ou vida inteligente, mas sua aplicação nas novas gerações de telescópios mais potentes poderia facilmente brindar a humanidade com a notícia de que há vida além de seu planeta".

Floresta mais antiga do mundo era mais diversa do que se pensava


Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (29) pela revista “Nature” traz uma análise da floresta fossilizada mais antiga do mundo. É uma área de cerca de 1,2 mil metros quadrados, situada no estado norte-americano de Nova York, onde viveram árvores bem diferentes das que existem hoje em dia.
O estudo revelou uma diversidade de espécies maior do que se imaginava e trouxe novos e importantes dados sobre a evolução das plantas.
Imagem reproduz como seria a antiga floresta Gilboa. (Foto: Frank Mannolini / Science)Imagem reproduz como seria a antiga floresta Gilboa
Na década de 1920, foram descobertos pedaços de tronco fossilizados na escavação de uma pedreira, de onde se retiravam rochas para a construção de uma barragem. Esse fóssil – chamado de árvore de Gilboa, que era o nome da barragem – foi retirado e a pedreira foi preenchida novamente com terra.
Até recentemente, essas peças de museu eram a única fonte de informações dos cientistas. Em 2010, obras de manutenção da represa abriram a área novamente, e permitiram o trabalho da equipe na região, que levou ao mapeamento da floresta pré-histórica.
Estudo da floresta pré-histórica foi feito com análise de rochas (Foto: William Stein/Divulgação)
Estudo da floresta pré-histórica foi feito com
análise de rochas
Quando os pesquisadores conseguiram fazer essa análise, descobriram que a floresta não tinha apenas as árvores de Gilboa. Além dessas árvores de grande porte – semelhantes a palmeiras –, eles encontraram outras duas espécies menores no entorno, o que foi uma surpresa.
“Tudo isso demonstra que a ‘floresta mais antiga’ em Gilboa era muito mais complexa ecologicamente do que suspeitávamos, e provavelmente continha mais carbono na madeira do que sabíamos antes. Isso permitirá uma especulação mais refinada sobre a maneira como a evolução das florestas mudou a Terra”, afirmou Chris Berry, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade de Cardiff, no País de Gales, onde ele trabalha.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

NASA encontra asteroide com 140 metros que ameaça atingir a Terra em 2040


O asteróide de 140 metros possui uma chance em 625 de atingir o planeta Terra no dia 05 de fevereiro de 2040.
  A NASA identificou um novo asteroide que está ameaçando nosso planeta, de acordo com cálculos elaborados por astrônomos. Seu nome é 2011 AG5 e já atraiu a atenção de uma equipe especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para elaborar projetos, discutindo métodos de desviá-lo.
Apesar das chances serem 1 em 625 de ocorrer uma colisão, a medida que o asteróide se aproximar, este número pode variar. Segundo os cientistas, um impacto como este poderia provocar centenas de milhões de mortes, embora a humanidade consiga sobreviver ao impacto. O asteróide que eliminou os dinossauros, por exemplo, há 65 milhões de anos, possuía 14,4km em comparação com 2011 AG5 com apenas 140 metros.
Impactos de asteróides podem ter consequências devastadoras, mas a NASA rastreia os objetos do espaço, calculando os possíveis riscos de colisões e métodos de defesa. 
Os cientistas ainda não conseguiram descobrir muito sobre ele. Até o momento, os astrônomos só conseguiram identificar 50% de sua órbita, mas a partir de 2016, talvez 2013, já seja possível conseguir todas as informações detalhadas utilizado telescópios a partir da terra.
De acordo com a NASA, entre as formas de desviar o asteróide, está sendo cogitada a possibilidade de enviar uma sonda com gravidade extra, o que desviaria o asteróide ao longo de milhões de anos-luz. Outra opção seria uma sonda para colapsar contra ele, o que possivelmente teria o mesmo efeito, desde que a distância do impacto fosse milhões de km de distância da Terra.Uma última e drástica opção seria uma arma nuclear, mas ainda existe muita controvérsia devido ao fato da possível formação de grande quantidade de pedaços que causariam ainda mais danos do que apenas um único bloco sólido.
Uma das grandes preocupações dos cientistas é o asteroide Aphophis, que é do tamanho de dois campos de futebol, previsto para passar próximo da Terra em 2036. Se as previsões se
confirmarem, ele passará tão próximo do planeta que será plenamente visível em toda a Europa, África e Ásia.

Tiranossauro teve mordida mais potente de todas as criaturas, diz estudo


O tiranossauro teve a mordida mais poderosa entre todas as criaturas que já habitaram a Terra, dizem cientistas.
Estimativas anteriores a respeito da mordida deste predador pré-histórico indicavam que ela era muito mais modesta, se comparada com predadores modernos, como os jacarés.
Esta medição, baseada em um escaneamento a laser da mandíbula de um Tyrannosaurus rex, mostrou que a sua mordida era equivalente a 3 toneladas -- equivalente ao peso de um elefante.
Força da mordida do tiranossauro foi medida em laboratório (Foto: BBC)Força da mordida do tiranossauro foi medida em laboratório
As descobertas foram publicadas na revista científica 'Biology Letters'. A pesquisa foi coordenada por Karl Bates, do Laboratório de Biomecânica da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha.
Bates, junto de seu colega Peter Falkingham, da Universidade de Manchester, usou uma cópia em tamanho real do esqueleto de um tiranossauro exibido no Museu de Manchester como modelo de estudo.'Nós digitalizamos o crânio com um scanner a laser, então obtivemos um modelo 3D do crânio em nosso computador', afirmou Bates.
'Com isso, nós pudemos mapear os músculos sobre aquele crânio', explicou.
Os cientistas então reproduziram a força plena de uma mordida ao ativar os músculos para contrair totalmente, fechando as mandíbulas digitais.
'Aqueles músculos (simulados) fecharam a mandíbula como eles fariam na vida real e (...) nós medimos a força quando os dentes se encontraram', disse Bates à BBC.
'As forças máximas que nós encontramos -- nos dentes de trás -- ficaram entre 30.000 e 60.000 newtons', afirmou. 'Isto equivale a um elefante de tamanho médio sentando em você.'
Estudos anteriores estimavam que a mordida do Tyranossaurus rex tinha uma força entre 8.000 e 13.000 newtons.
Mordida de bebê
Os pesquisadores descobriram como a força da mordida do tiranossauro mudava à medida que ele crescia.

'Obviamente, com a sua cabeça ficando muito maior, há um aumento esperado na força da mordida associado a isso', afirma Bates.
Mas para o tiranossauro, a força por trás de sua mordida aumentava desproporcionalmente, muito mais do que seria esperado de um 'aumento linear contínuo', segundo o cientista.
Isto sugere que a dieta do predador mudava enquanto ele envelhecia, e que talvez somente os tiranossauros adultos pudessem morder através da dura pele de outro dinossauro.
'Eu acho que todos esperavam que o tiranossauro tivesse uma grande força na mordida, mas ela é ainda maior do que esperávamos', disse à BBC o especialista Bill Sellers, que estuda as capacidades físicas de animais vivos e extintos na Universidade de Manchester.
'E ela fica maior à medida em que ele cresce, o que é surpreendente', afirmou.
Sellers explicou que estudar os dinossauros lançou uma luz sobre os limites do que os seres vivos são capazes.
'Estes animais são extremos, um dos maiores carnívoros que já viveram', disse. 'Então isso diz muito sobre as limitações da biologia. Nós queremos saber como os organismos funcionam, mas os organismos vivos (hoje) são muito menores. E, em termos de mecânica, o tamanho é muito importante.'
O crânio do tiranossauro media cerca de 1,5 metro de comprimento e era equilibrado pela longa e pesada cauda do animal. Segundo cientistas, esses poderosos carnívoros podem ter se alimentado uns dos outros, assim como de outros dinossauros.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Virgin diz que 1º voo espacial comercial será em '2013 ou 2014'

A Virgin Galactic, parte do Virgin Group de Richard Branson, planeja realizar um voo de teste de sua primeira nave espacial fora da atmosfera terrestre neste ano, e o serviço comercial de passageiros em voos suborbitais deve ser iniciado em 2013 ou 2014, disseram executivos da empresa na segunda-feira (27).Quase 500 clientes já garantiram lugar nos voos do SpaceShipTwo, uma espaçonave que acomoda seis passageiros e dois pilotos e está sendo construída e testada pela Scaled Composites, companhia aerospacial fundada pelo projetista aeronáutico Burt Rutan mas agora controlada pela Northrop Grumman.
Os voos suborbitais, que custarão US$ 200 mil por passageiro, devem atingir altitude de 109 quilômetros, o que propiciará aos viajantes alguns minutos de gravidade zero e permitirá que vejam a Terra tendo como fundo a escuridão do espaço.
"Na área suborbital, existe muito a ser feito. Trata-se de uma área que não foi explorada nas últimas quatro décadas", disse Neil Armstrong, que era pioloto de teste do avião de pesquisa X-15 nos anos 60 antes de se tornar astronauta e liderar a primeira missão a pousar na Lua.
Turistas espaciais verão a Terra desta altitude (Foto: Divulgação)Turistas espaciais verão a Terra desta altitude 
"Há muita oportunidade", disse Armstrong aos 400 participantes da Next-Generation Suborbital Researchers Conference, em Palo Alto, Califórnia. "Espero que algumas das novas abordagens venham a se provar lucrativas e úteis. E estou seguro de que isso acontecerá".
A Virgin Galactic é a mais visível entre as empresas que estão desenvolvendo espaçonaves para propósitos de turismo, pesquisa, educação e negócios.
O SpaceShipTwo, o primeiro aparelho na frota de cinco espaçonaves que a Virgin planeja, já completou 31 testes de voo na atmosfera -- 15 deles atrelados ao WhiteKnightTwo, o avião que o transporta, e 16 em voo planado- disse William Pomerantz, vice-presidente de projetos especiais da Virgin Galactic, em palestra na conferência.
Os preparativos para os primeiros voos propelidos por foguete estão em curso no centro de montagem da Scaled Composites em Mojave, Califórnia, e o teste inicial deve acontecer neste ano.
SpaceShipTwo, nave da Virgin Galactic que levará turistas ao espaço (Foto: Divulgação)SpaceShipTwo, nave da Virgin Galactic que levará turistas ao espaço 
"Esperamos instalar o motor-foguete na espaçonave ainda neste ano, e começar os testes com autopropulsão", disse David Mackay, chefe dos pilotos de teste da Virgin Galactic, durante a conferência.
"Gostaríamos de ser os primeiros a fazê-lo, mas não estamos correndo contra ninguém. Não se trata de uma corrida espacial como a ocorrida na era da Guerra Fria", acrescentou.
"O intervalo entre o primeiro voo com motor e o primeiro voo espacial não será longo, e de lá para o primeiro voo comercial ao espaço tampouco deve haver muita demora", disse Pomerantz a jornalistas, mais tarde.
Ele disse que os serviços de passageiros começariam em 2013 ou 2014, a depender dos resultados dos testes de voo e outros fatores, tais como o treinamento de pilotos.

Japoneses divulgam análise de grãos colhidos no asteroide Itokawa

Cientistas japoneses analisaram cinco grãos de poeira coletados no asteroide Itokawa durante uma missão da agência espacial japonesa (Jaxa) que retornou à Terra em junho de 2010. O grupo encontrou indícios do impacto de partículas minúsculas, que deixaram marcas na superfície dos grãos.Os pesquisadores verificaram o tamanho, o formato, a mineralogia e a geoquímica dos cinco grãos. Um dos objetivos era saber como um ambiente de baixa gravidade afeta a superfície dos asteroides que habitam o Sistema Solar.
A análise revelou que o asteroide sofreu inúmeros bombardeios de partículas com, no máximo, 1 micrômetro de tamanho -- um metro dividido em um milhão de partes. O impacto gerou crateras minúsculas e a aderência de partículas à superfície dos grãos. Ao todo, os pesquisadores estudaram 914 dessas irregularidades no material coletado no asteroide.
A missão japonesa Hayabusa, que estudou de perto o asteroide Itokawa durante 24 meses, retornou à Terra em junho de 2010, após passar sete anos no espaço.
Grãos de areia repletos de partículas e crateras minúsculas. (Foto: Jaxa / Divulgação)
Grãos de areia repletos de partículas e crateras minúsculas. 

Cientistas usam fósseis para reconstruir 'pinguim gigante' de 25 milhões de anos


Ilustração do pinguim gigante Kairuku (Foto: AFP/BBC)
Ilustração do pinguim gigante Kairuku
Um pinguim enorme que está extinto há 25 milhões de anos foi 'reconstruído' a partir de fósseis encontrados na Nova Zelândia.
Os pesquisadores usaram ossos de dois grupos distintos de restos da ave pré-histórica. O esqueleto de pinguins-reis foi usado como modelos para a reconstrução.
Pinguins da espécie pré-histórica Kairuku chegavam a ter 1,2 metros de altura. Pinguins-reis têm, em média, 90 centímetros de altura. A espécie Kairuku possuía um bico alongado e nadadeiras grandes.
O trabalho da equipe de cientistas da Nova Zelândia foi publicado na revista científica 'Journal of Vertebrate Paleontology'.


'Elegante'
A reconstrução comprova que a espécie era a maior das cinco existentes na Nova Zelândia no Oligoceno -- época entre 36 milhões de anos e cerca 23 milhões de anos atrás.
Os cientistas descobriram que o formato do corpo do animal é diferente de qualquer outro pinguim achado até hoje, sejam fósseis ou espécies ainda existentes.
'O Kairuku era uma ave elegante para os padrões de pinguins, com um corpo mais esguio e longas nadadeiras, mas com membros inferiores curtos e grossos', afirma um dos autores do trabalho, Dan Ksepka, da universidade americana da Carolina do Norte.
'Se nossa reconstrução fosse feita extrapolando o tamanho das nadadeiras, o pinguim provavelmente teria quase dois metros de altura. Na verdade, ele tinha em torno de 1,2 metros.'
Há 25 milhões de anos, a Nova Zelândia era um lugar atraente para pinguins, por oferecer comida e abrigo adequados para a espécie.
A maior parte do país estava submersa na época, com apenas algumas ilhas rochosas acima da superfície, que protegiam os pinguins de possíveis predadores.
A palavra Kairuku vem do idioma maori, e pode ser traduzido como 'mergulhador que retorna com comida'.
Fósseis de pinguins maiores já foram descobertos em outras ocasiões. Restos de duas espécies extintas achadas no Peru sugerem que os animais tinham mais de 1,5 metros.

Pulsares são mais velhos do que o Universo?

Ilustração artística de um pulsar de milissegundos emissor de raios X. O material que flui da estrela companheira forma um disco ao redor da estrela de nêutrons que é truncado na borda da magnetosfera do pulsar.



Pulsares incômodos

O que faz o sucesso da ciência é uma perseguição incansável de uma concordância entre fatos e teorias.
Contudo, apesar do enorme sucesso do modelo do Big Bang, algumas observações recentes chegaram a uma conclusão incômoda: os pulsares, ou buracos negros estelares, pareciam ser mais velhos do que o Universo.
Os pulsares estão entre os corpos celestiais mais exóticos que se conhece. Eles têm um diâmetro entre 10 e 20 quilômetros, mas, nessa dimensão digna de um apagado asteroide, eles concentram uma massa equivalente à do Sol. O resultado é uma emissão de energia 100.000 vezes maior do que a do Sol.
Para se ter uma ideia, um cubo de açúcar que fosse feito com a matéria dos pulsares pesaria quase um bilhão de toneladas aqui na Terra.
Mais recentemente eles vêm incomodando muito os astrônomos: em 2010, descobriu-se um pulsar mais denso do que a teoria considerava possível. Em maio do ano passado, a Nebulosa de Caranguejo apresentou uma ejeção inédita de raios gama, que os cálculos logo mostraram se originar de um pulsar impossível de existir segundo os modelos atuais.


Pulsares de milissegundo


Uma família desses corpos celestes, chamada de pulsares de milissegundo, gira centenas de vezes por segundo ao redor do seu próprio eixo.
Desde que o primeiro deles foi descoberto, em 1982, os astrônomos já encontraram cerca de outros 200 desses pulsares, com períodos de rotação entre 1,4 e 10 milissegundos.
Essas estrelas de nêutrons fortemente magnetizadas atingem essas altíssimas frequências rotacionais acumulando massa e momento angular sugando uma estrela próxima, com a qual formam um sistema binário.
O problema é que, ao calcular a idade dos pulsares e dos restos da sua estrela companheira, os cientistas chegam à conclusão paradoxal de que eles são mais velhos do que o Universo.
Na verdade, ainda não se chegou a uma explicação razoável nem para a idade, sem para os períodos de rotação e nem para os fortíssimos campos magnéticos desses estranhos "faróis estelares". Por exemplo, o que acontece com a rotação do pulsar quando acaba a massa de sua estrela doadora? Ninguém sabia.
Agora, Thomas Tauris, do Instituto Max Planck, na Alemanha, saiu em socorro da teoria, fazendo simulações computacionais que mostram que os pulsares de milissegundo podem não ser tão velhos quanto parecia. E ele fez isso apresentando uma solução para o problema do "desligamento dos pulsares.

Desligando um pulsar

Por meio de cálculos numéricos, feitos com base na evolução estelar e no torque de acreção dos pulsares, Tauris demonstrou que os pulsares de milissegundo perdem cerca de metade da sua energia rotacional durantes os estágios finais do processo de transferência de massa de sua estrela canibalizada, antes que o pulsar acione seu processo de emissão de ondas de rádio.
O elemento mais importante do estudo é que ele demonstra como o pulsar é capaz de quebrar seu assim chamado equilíbrio rotacional.
Nessa época, a taxa de transferência de massa cai, o que faz a magnetosfera do pulsar se expandir.
O resultado é que ele começa a arremessar massa de volta ao espaço, como se fosse uma hélice, o que o faz perder energia rotacional e diminuir seu período de rotação.
Em outras palavras, é a expansão do campo magnético do pulsar que ajuda a diminuir sua velocidade de rotação.
É por isso que os pulsares que emitem ondas de rádio giram mais lentamente do que seus progenitores, os pulsares emissores de raios X, que continuam absorvendo matéria das suas estrelas doadoras.


Escondendo a idade


Além de estar em concordância com as observações, isso explicaria porque os pulsares de milissegundo dão a impressão de ser mais velhos do que os restos das anãs-brancas que eles sugam.
Isto porque sua idade é calculada com base na sua rotação, mas até agora não se conhecia essa variação na rotação induzida pela expansão do campo magnético do pulsar - o que levava a cálculos de até 15 bilhões de anos de idade para alguns pulsares, mais do que os 13,7 bilhões calculados para o Universo.
Segundo Tauris, o único "relógio" em que se pode confiar para calcular a idade desses sistemas binários são os restos da estrela companheira - mais especificamente, de sua temperatura, uma vez que ela continua quente mesmo não sendo mais capaz de queimar hidrogênio devido à perda de massa para o pulsar.
O trabalho também oferece uma explicação para a aparente inexistência de pulsares ainda mais rápidos, na faixa dos microssegundos ou menos.

Cientistas fazem mapa dos elétrons de uma única molécula

O mapa mostra a distribuição de cargas em uma única molécula de naftalocianina.



Mapa de distribuição de cargas

Pesquisadores da IBM conseguiram captar pela primeira vez imagens da distribuição das cargas elétricas em uma única molécula - essencialmente um mapa dos elétrons da molécula.
As imagens revelam detalhes de uma complexa "dança" de elétrons, mostrando a distribuição de energia entre os segmentos da molécula.
Os cientistas já haviam medido a carga elétrica e até o spin de um átomo individual, embora o que mais tenha sido comemorado tenha sido a foto de átomo neutro.
Mas a coisa é mais complicada quando se lida com moléculas, conforme a mesma equipe já havia demonstrado em 2009, quando fez a primeira "fotografia" de uma molécula individual.

Microscópio de sonda Kelvin


Fabian Mohn e seus colegas combinaram vários tipos de microscópios eletrônicos, mas demonstraram a utilidade especial de um tipo menos conhecido deles, chamado microscópio de força por sonda Kelvin (KPFM: Kelvin probe force microscopy).
Trata-se de uma variação do microscópio de força atômica, mas que não faz contato físico com a amostra que está sendo analisada.
Um braço oscilante, ou cantiléver, com uma ponta formada por uma única molécula passa sobre a amostra, que é eletricamente condutora. A diferença de potencial entre a ponta e a amostra gera um campo elétrico que pode ser medido.Assim, o microscópio não mede a carga elétrica da molécula diretamente, mas o campo elétrico gerado por essa carga. O campo é mais forte nas áreas da molécula que estão carregadas.
Áreas com cargas opostas produzem um contraste diferente porque a direção do campo elétrico se inverte - é essa diferença que gera as áreas mais claras ou mais escuras da imagem.
O material analisado na verdade era uma única molécula de naftalocianina - o sistema experimental todo inclui, além da molécula observada, uma finíssima camada isolante de sal de cozinha (NaCl), que as separa do substrato de ouro.
"Nós mostramos que a microscopia de força por sonda Kelvin pode mapear a diferença de potencial desse sistema com resolução submolecular, e nós usamos cálculos teóricos de densidade funcional para verificar que esses mapas refletem a distribuição intramolecular das cargas," afirmam os cientistas.
O microscópio eletrônico não mede a carga elétrica da molécula diretamente, mas o campo elétrico gerado por essa carga. O campo é mais forte nas áreas da molécula que estão carregadas.



Chave molecular

A naftalocianina é uma molécula que, por ficar saltando de um estado para outro sob a ação de uma carga elétrica, já está sendo estudada para o desenvolvimento de um transístor molecular.
O que os cientistas observaram foi esse "chaveamento" da molécula, em que um elétron salta de um dos seus braços para o outro, alterando a distribuição de carga da naftalocianina.
Embora seja uma pesquisa básica, a expectativa é que a melhoria das técnicas de observação de materiais em escala molecular e atômica permita o melhor entendimento de mecanismos envolvidos, por exemplo, com o desenvolvimento de melhores catalisadores e da fotossíntese artificial.
"Esta técnica poderá ajudar a fornecer insights fundamentais sobre o chaveamento de moléculas individuais e a formação de ligações [químicas], processos que normalmente são acompanhados da redistribuição de cargas no interior das moléculas ou entre moléculas," conclui o grupo.


Astrônomos encontraram ventos de 32 milhões de km/h em buraco negro da Via Láctea


Os cientistas mediram os ventos mais rápidos já observados em um buraco negro, lançando luz sobre o comportamento destes monstros cósmicos.
 Os ventos foram medidos utilizando o Chandra-X Observatory, mostrando a incrível velocidade de 32 milhões de km/h, o que representa cerca de 3% a velocidade da luz, sendo quase 10 vezes mais velozes do que qualquer outro vento já encontrado em um buraco negro.
  Buracos negros de massa estelar, que nascem do colapso de uma estrela extremamente grande, normalmente possuem de 5 a 10 vezes a massa do Sol. O buraco negro em questão é chamado de IGR J17091. Trata-se de um sistema binário em que uma estrela parecida com o Sol orbita um buraco negro. Este sistema está localizado na região central da Via Láctea, a cerca de 28 mil anos-luz da Terra.
 “É uma surpresa este pequeno buraco negro ser capaz de reunir altíssimas velocidades de ventos, que normalmente é visto só em buracos negros gigantes”, disse o co-autor do estudo Jon Miller, da Universidade de Michigan.
  Outra descoberta surpreendente do estudo é que o vento, que vem de um disco de gás em torno do buraco negro, pode estar jogando fora mais material do que o próprio buraco está engolindo.
 “Ao contrário da percepção popular de que buracos negros puxam todo tipo de material que chegue perto, nós estimamos que 95% da matéria do disco em torno deste buraco negro é expelida pelo vento”, disse Ashley King, autora da pesquisa.Ao contrário dos ventos de furacões na Terra, os ventos de IGR J17091 estão soprando em muitas direções ao mesmo tempo. Este padrão o distingue de um jato, no qual o material flui em feixes focalizados perpendicular ao disco do buraco negro, muitas vezes, próximos da velocidade da luz.
 Os astrônomos acreditam que os campos magnéticos dos discos de acreção dos buracos negros são responsáveis pela produção de ambos os ventos e jatos. Características dos campos magnéticos e a taxa de material que cai no buraco negro é, provavelmente, o que causa a produção de ventos para todos os lados ou jatos, afirmam os cientistas.

Quinteto de Stephan: 5 galáxias “encurraladas” em um canto do Universo correm risco de colisão



Com todo o espaço existente no Universo, é de se estranhar que 5 galáxias “briguem” por um lugar.
  Esta imagem impressiona astrônomos por mostrar 5 galáxias que parecem estar encurraladas, como se brigassem por espaço ou estivessem próximas de colidirem. Esta aproximação demasiada não é algo bom, para nenhuma delas. Uma colisão deste tipo, em alta velocidade, espalharia gás, poeira e intensa radiação para todo lado, destruindo estrelas.
  Geralmente, quando galáxias são vistas amontoadas umas sobre as outras, existe uma ilusão de óptica. No caso da foto, as galáxias estão milhões de anos-luz de distância uma das outras.
Nesta imagem é possível observar com mais detalhes a interação entre as galáxias.

Há cinco galáxias na imagem – os dois pontos brilhantes amarelados quase ao centro são duas galáxias distintas. As duas formam o que os cientistas chamam de grupo de galáxia compacta. Elas foram chamadas originalmente de Quinteto de Stephan, a NASA explica:
 “Elas estão a 300 milhões de anos-luz de distância da Terra e apenas 4 destas 5 galáxias estão realmente presas em uma dança cósmica de repetidos encontrados íntimos. As galáxias NGC 7319, 7318A, 7318B e 7317 se interagem, podendo formar loops distorcidos e caudas devido a influência de marés gravitacionais. Mas a galáxia que predomina com brilho azulado, a NGC 7320, está mais perto de nós, com apenas 40 milhões de anos-luz, não fazendo parte desta interação”.Colisões em altas velocidades não são comuns entre galáxias. Nestes eventos, estrelas são rasgadas e uma imensa quantidade de gás cósmico é expulso para todos os lados do espaço. A “carnificina intergaláctica” pode ocorrer se a NGC 7318B cair no centro do grupo, em uma velocidade de milhões de quilômetros por hora.
 De acordo com as informações liberadas pela NASA, uma colisão como essa formaria uma nova galáxia com mais de 100 aglomerados de estrelas, cada qual composta de milhões de estrelas.


Ondas de rádio emitidas por humanos estão a 1,88 quatrilhão de km da Terra


 Desde a invenção do rádio, mais de um século atrás, o homem transmitiu ondas para o espaço na esperança que alienígenas em nossa vizinhança pudessem ouvir.
  No entanto, apesar das ondas terem viajado 200 anos-luz para todas as direções, elas precisam viajar mais 118.800 anos luz para que toda a Via Láctea possa “escutar” o som emitido.Na foto, o pequeno ponto amarelo é a Terra. É possível observar o pequeno caminho que as ondas de rádio percorreram desde 1895 e quando consideramos que existem bilhões de galáxias no Universo, a busca por vida extraterrestre usando este método certamente é algo muito improvável. 
 Apesar disso, esta distância não é pouca coisa. Levando em conta que, na velocidade da luz, poderíamos pousar em Marte com apenas 4 minutos. Um ano-luz tem 9,4 trilhões de quilômetros, logo as ondas de rádio que os humanos emitiram desde a primeira transmissão estão a 1 quatrilhão e 880 trilhões de km de distância.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Por que os astronautas anseiam por comida picante no espaço?


Uma coisa inusitada acontece depois de alguns dias que você está no espaço.
Os alimentos que você gostou tanto um dia, de repente, não têm o gosto tão bom. Neste momento, os astronautas começam a comer coisas picantes, mesmo que não percebam. Mas qual o motivo disso?
  A resposta não é muito complexa: as pessoas “perdem” seu sentido do olfato no espaço. Os astronautas têm relatado que a comida não tem gosto logo depois de alguns dias que você chega a Estação Espacial Internacional.
O café torna-se amargo, perde-se a noção de azedo e doce e todas as pessoas do local começam a comer alimentos com algo picante, com bastante molho.Ninguém sabe ao certo o motivo dos astronautas perderem a capacidade de sentirem o cheiro dos alimentos, mas uma teoria sugere que uma vez que você começa a viver em um ambiente de gravidade zero, seus fluidos corporais são “bagunçados”.
Uma pessoa que antes só andava em pé, agora pode andar do jeito que quiser, até mesmo de cabeça para baixo. Isso de alguma forma mexe com o corpo, deixando a pessoa constantemente congestionada, diminuindo assim a capacidade de sentir odores.
A pimenta entra neste processo com um papel muito importante, devido ao seu poder picante. A capsaicina (princípio ativo das pimentas) age como vasodilatadora, permitindo a pessoa sentir melhor odores e sabores.

Cientistas capturam 1ª imagem de emissão de energia em molécula


Imagem da distribuição de carga por uma molécula (Foto: IBM Research/BBC)
Imagem da distribuição de carga por uma moléculaPesquisadores conseguiram captar pela primeira vez imagens da distribuição de carga em uma única molécula, com detalhes de uma complexa 'dança' de elétrons em pequenas escalas.
Cargas em átomos únicos já foram medidas em outras ocasiões, mas a captura de imagens do fenômeno em uma molécula complexa é algo mais difícil.
A técnica pioneira pode permitir que se observe diversos processos de transferência de carga que são comuns na natureza.
A pesquisa do grupo IBM Research, de Zurique, na Suíça, foi publicada nesta semana na revista científica Nature Nanotechnology.
A mesma equipe foi responsável por medir pela primeira vez a carga de átomos únicos, e também por fazer a primeira imagem de uma molécula única. A nova pesquisa é uma extensão dos dois trabalhos anteriores.
No entanto, uma técnica diferente foi usada, chamada de microscopia por sonda Kelvin - uma variação de uma técnica de microscopia que permitiu que se fizesse a primeira imagem molecular, em 2009.
Os cientistas usam uma barra com apenas bilionésimos de metros de largura, cuja ponta é formada por apenas uma molécula. A barra, chamada de cantiléver, é carregada com uma pequena voltagem e aproximada de uma molécula maior, em formato de xis.
Quando ocorre a aproximação, a cantiléver começa a se mexer, revelando onde os elétrons estão na molécula.
Na molécula usada - de naphthalocyanine, em inglês - os átomos de hidrogênio trocam de posição, e os elétrons migram de um braço do 'xis' para o outro.
Com a técnica, os cientistas conseguiram observar a troca na distribuição de carga.
Ao combinar o método com outras técnicas mais tradicionais, os cientistas acreditam que poderão fazer novas descobertas no mundo da nanotecnologia.
'Será possível investigar no nível molecular único como a carga se redistribui quando elos químicos individuais são formados entre átomos e moléculas em superfícies', afirma um dos autores do estudo, o cientista Fabian Mohn.
'Isso é essencial para construir aparelhos de escala atômica ou molecular.'