A Terra tem uma chance de 12% de ser alvo de uma enorme erupção
magnética do Sol. Um evento tão extremo como este é considerado como
relativamente raro.
A última tempestade solar de grandes proporções ocorreu 150 anos atrás,
sendo considerado o evento solar mais poderoso já registrado. Este
evento poderia causar trilhões de dólares em prejuízos, levando o
planeta a se recuperar totalmente apenas após uma década.
A pesquisa é liderada pelo cientista sênior Peter Riley da Predictive Science
em San Diego, Califórnia. Durante o máximo solar, a superfície do Sol
fica pontilhada com várias manchas e grandes tormentas magnéticas,
rompendo-se em seguida. Ocasionalmente, essas tormentas explodem para
fora do Sol, expelindo grande quantidade de partículas carregadas para o
espaço.
Pequenos flares (também chamados de nanoflares) ocorrem com bastante
freqüência, ao passo que flares gigantes são incomuns. Riley conseguiu
estimar, através de uma distribuição matemática conhecida como lei de
potência, a chance que o Sol terá de sofrer um enorme surto, olhando
para o histórico de erupções anteriores e calculando a relação entre o
tamanho e o tempo das ocorrências em explosões solares.
A maior explosão solar foi o Evento Carrington, em 1 de setembro de
1859. O astrônomo Richard Carrington visualizou um enorme clarão de
energia solar que se rompeu na superfície do Sol, emitindo grande fluxo
de partículas para a Terra, viajando pelo espaço em uma velocidade de 4
milhões de quilômetros por hora.
Quando essas partículas atingem a atmosfera da Terra, são gerados
“fantasmas de luz” chamados de auroras. Embora ocorra com mais
freqüência nas partes norte e sul do planeta, o fenômeno pode chegar em
locais como Cuba, Havaí e norte do Chile.
As auroras podem ser eventos magníficos, mas causam grandes estragos em
sistemas elétricos. No momento que o Evento Carrington ocorreu,
estações de telegrafo pegaram fogo. Em um mundo eletricamente
dependente como é nossa sociedade moderna, uma tempestade solar como
essa poderia ter consequências catastróficas.Podem ocorrer defeitos em redes elétricas, erosão em oleodutos e
gasodutos, perturbação de sistemas de GPS e interferência severa na
comunicação de rádio. Sinais de TV por assinatura poderiam ficar fora
do ar por meses, talvez anos. Celulares poderiam ficar mudos e uma
infinidade de inconvenientes afetaria bilhões de pessoas.
Durante uma tempestade geomagnética ocorrida em 1989 no Canadá, redes elétricas foram derrubadas deixando milhões de canadenses no escuro por 9 horas.
Segundo o Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, se o Evento Carrington
ocorrer novamente, os Estados Unidos poderia ter um prejuízo de 1
trilhão de dólares no primeiro ano e 2 trilhões de dólares no segundo
ano, com recuperação completa do país após 10 anos.
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