Cientistas Brasileiros

Nesta lista estão reunidos os grandes cientistas brasileiros.

Astronomia 




Augusto Damineli Neto



É um astrônomo e astrofísico brasileiro reconhecido internacionalmente por suas observações da periodicidade de alteração de brilho da estrela dupla Eta Carinae, é professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Nasceu em 17 de outubro de 1947 em Ibiporã, Paraná. Bacharel em Física pelo Instituto de Física da USP em 1973, Mestre em Ciências em Astronomia pelo IAG-USP em 1976 e Doutor em Astronomia em 1988 pelo mesmo IAG-USP, fez Pós-Doutorado no IAS/CNR em Roma, Itália, entre 1988 1990.
Professor da pós-graduação do IAG-USP desde 1991, fez parte de vários projetos internacionais, entre eles o telecópio GEMINI, entre 1999 e 2004. Na mesma época atuava como colaborador da revista brasileira Superinteressante, escrevendo mensalmente uma coluna sobre Astronomia.
Foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira e é membro da IAU, tendo sido o ponto de contato para o Brasil no Ano Internacional da Astronomia (2009).
Divulgador científico, escreveu vários artigos em revistas, entre elas Superinteressante, participou de multimídia e escreveu roteiros de vídeos, entre eles cinco da premiado série da TV Cultura em 1997 (Prix Leonardo de melhor produção não-européia na mostra de vídeo científico em Parma (Itália), outubro/1997, e premios no Festival do Cinema (Gramado/1998); Festival de Cinema na Alemanha e no Canadá (1999) como melhor série infanto-juvenil).
Estudou a estrela eta Carinae desde 1989, e previu que ela sofreria o próximo "apagão" entre junho e julho de 2003. Sua previsões se confirmaram (Denominamos 'apagão' a interrupção rítmica de alguns canais de emissão de energia luminosa da estrela.)
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Bernardo Riedel



O Professor Riedel é hoje considerado pela comunidade científica como um dos principais especialistas brasileiros na construção de telescópios. Seu primeiro telescópio foi construído no ano de 1954, período em que associou-se ao Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG).
As invenções começaram cedo para Riedel. Em 1953, aos 13 anos, num acampamento de escoteiros, ele apaixonou-se pelo céu e construiu seu primeiro telescópio, uma estrutura quadrada feita de caixote de madeira.
                                      
Em 1978 fundou a B. Riedel Ciência e Técnica, em Belo Horizonte, com o objetivo de fabricar instrumentos astronômicos de alta qualidade, como telescópios, cúpulas, lentes, espelhos, filtros e acessórios diversos ligados à astronomia.
Detentor de tecnologia de ponta, e desenvolvedor de diversas técnicas originais na produção de telescópios amadores e cúpulas, o Professor Bernardo Riedel é carinhosamente apelidado pela comunidade astronômica como o Professor Pardal brasileiro.
O professor Bernardo Riedel é filho de uma família judaica, o pai Mauricio Riedel, natural de Lodz, na Polônia e a mãe Paula Fuhrmann, natural de Kecskemét, Hungria. Eles chegaram ao Brasil em 1930, e depois de tentar viver no Rio de Janeiro, que acharam muito quente, foram para São Paulo que acharam muito úmido, e terminaram por escolher o clima suave de Belo Horizonte. O professor Bernardo, que é o 6º dos sete, tem uma meio-irmã e uma sobrinha que vivem em Israel.
Por influência da família, Bernardo formou-se em farmácia e bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, aonde veio a ingressar como professor em 1970. Mas sua paixão sempre foi a astronomia e de 1977 a 1998 atuou como ótico do Observatório Astronômico Frei Rosário, OAFR, na Serra da Piedade, município de Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde se aposentou como diretor.
Em 1995 iniciou um programa de implantação de Observatórios Astronômicos no Brasil, fabricando cinco cúpulas e em um deles o telescópio. Há um Observatório Astronômico no Piauí que leva seu nome e em Baturité, Ceará, é o presidente de honra do Clube de Astronomia local. Vem participando também de grupos que estão trabalhando na restauração e manutenção de observatórios já existentes em todo o Brasil, visando mantê-los operacionais. Os telescópios da B. Riedel custam entre R$ 800 e R$ 3 mil, dependendo do tamanho, sofisticação e acessórios, e todos os anos quando passa o período chuvoso ela monta uma turma de alunos que ao final acabam lhe encomendando alguns telescópios.
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Mário Schenberg

  

O físico e crítico de arte Mário Schenberg trabalhou com mecânica quântica, termodinâmica e astrofísica. Além de se dedicar à física, tirava fotos, preparava catálogos e estudava ciência oriental.O destaque da carreira de Schenberg é o chamado Processo Urca, que permitiu entender o colapso de estrelas supernovas. Publicou mais de uma centena de trabalhos em física teórica, física experimental, astrofísica, mecânica estatística, mecânica estatística, mecânica quântica, relatividade, teoria quântica do campo, fundamentos de física, além de escrever muitos trabalhos em matemática. Schenberg chegou a uma das principais descobertas de sua carreira: o processo Urca, em 1940, quando o brasileiro estava nos Estados Unidos a convite do astrofísico russo George Gamow. Nasceu em 2 de julho de 1914, em Recife. Estudou e trabalhou na Escola Politécnica de São Paulo. Inaugurou a cadeira de mecânica Celeste e Superior do Departamento de Física da FFCL, atual Instituto de Física da USP. Foi membro do Institute for Advanced Studies de Princeton e do Observatório Astronômico de Yerkes. Em Bruxelas, trabalhou em raios cósmicos e mecânica estatística. Criou o Laboratório de Estado Sólido da USP, instalou o primeiro computador da universidade, criando o curso de computação de lá. Faleceu em 10 de novembro de 1990.
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 Marcelo Gleiser

Marcelo Gleiser (nasceu em Rio de Janeiro, 19 de março de 1959) é um físico, astrônomo, professor, escritor, roteirista e colunista brasileiro.
Bacharelou-se em 1981 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fez seu mestrado em 1982 na Universidade Federal do Rio de Janeiro e seu doutorado em 1986 no King's College London na Universidade de Londres. Desde 1991, é professor de Física e Astronomia na Dartmouth College em Hanover, EUA. Já fez parte do grupo de pesquisadores do Fermilab, em Chicago, e do Institute for Theoretical Physics da Califórnia. Recebeu bolsas para pesquisas da NASA, National Science Foundation e da OTAN.
Articulista do jornal Folha de S. Paulo desde 1997, Gleiser divulga a ciência trazendo explicações simples para milhares de leitores. Ministra uma disciplina em Dartmouth chamada "Física para Poetas", extremamente popular na universidade, atraindo pessoas que não possuem ligações com a física. Suas aulas se caracterizam por relatos da história da ciência e dos cientistas juntamente com explicações sobre os fundamentos da física no laboratório através de experiências e demonstrações em sala de aula.
Em 1994 ganhou do presidente norte-americano Bill Clinton o prêmio Presidential Faculty Fellows Award por seu trabalho de pesquisa em cosmologia e por sua dedicação ao ensino. Em 1995 ganhou o Dartmouth Award for Outstanding Creative or Scholarly Work e venceu em 2001 o prêmio José Reis de Divulgação Científica. Em 2001, Gleiser foi eleito Fellow da American Physical Society, a Sociedade de Física Americana, do qual é membro. Seu ensaio Emergent Realities in the Cosmos apareceu na antologia Best American Science Writing 2003, editada por Oliver Sacks. Em 2006, Gleiser foi eleito Membro Permanente da Academia Brasileira de Filosofia.
Em 1997 lançou no Brasil seu primeiro livro, A Dança do Universo, que trata da questão da origem do Universo tanto sob o ponto de vista científico quanto religioso. O livro, escrito para o público não-especializado, tornou-se num marco da divulgação científica no Brasil.
Em 1998 ganhou o Prêmio Jabuti por esse livro, prêmio que viria a repetir em 2002 pelo livro "O fim da Terra e do Céu". No ano de 2005 lançou uma coletânea de suas colunas publicadas na Folha de S. Paulo de 1999 a 2004 entitulada Micro Macro. A sua primeira obra inspirou uma peça de teatro do grupo Arte e Ciência no Palco, que estreou no Festival de Curitiba, e foi apresentada em vários teatros e festivais no Brasil e em Portugal. Em 2006, publicou "A Harmonia do Mundo", seu primeiro romance e também um best seller, sobre a vida e obra do astrônomo alemão Johannes Kepler.
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 Física

  

 

Marcelo Damy de S. Santos

O físico Marcelo Damy de Souza Santos construiu o acelerador de partículas betatron, além de participar dos estudos brasileiros em torno da energia atômica, que resultaram na construção do primeiro reator nuclear do país. Damy também realizou extenso estudo sobre componentes penetrantes da radiação cósmica e fabricação de sonares para a Marinha. O propósito das pesquisas sobre raios cósmicos era estudar a natureza dos chuveiros penetrantes de raios cósmicos (raios cósmicos que atingem a Terra e são acompanhados por um grupo de partículas). Nos chuveiros cósmicos apareciam partículas - depois identificadas como mésons - que tinham um grande poder de penetração, sem perder parte apreciável de sua energia. Damy, Gleb Wataghin e Paulus Aulus Pompéia descobriram que esses chuveiros são muito penetrantes, e o trabalho foi publicado no exterior. Nasceu em 14 de junho de 1914, em Campinas. Passou por Cambridge e Oxford e participou da Comissão de Energia Atômica do Conselho Nacional de Pesquisas. Foi professor da Faculdade de Filosofia e do Instituto de Física da USP; do IEA, CNEN, IPEN e Unicamp, além de pesquisador e cientista da marinha brasileira. Em colaboração com o professor Crodowaldo Pavan, escreveu, Energia atômica e o futuro do homem. Atualmente é professor titular de Física Nuclear na PUCSP e orientador de pesquisas no curso de pós-graduação do IPEN.

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Roberto Salmeron

Roberto Aureliano Salmeron é um engenheiro eletricista brasileiro e físico nuclear experimental de renome internacional, diretor-pesquisador emérito da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN).
   Começou a sua carreira como assistente de Física geral e experimental na Escola Politécnica da USP - EPUSP e iniciou suas atividades científicas com o professor Gleb Wataghin, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - FFCL da USP. Enquanto trabalhava na USP, em 1949 foi membro fundador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF-, no Rio de Janeiro, e em 1950 deixou a USP para trabalhar nesse laboratório. Durante os anos em que trabalhava na Europa, estava em licença sem remuneração do CBPF. 
     Bolsista da UNESCO, fez o doutorado na Universidade de Manchester, Inglaterra, onde foi orientado pelo professor Patrick M. S. Blackett, Prêmio Nobel de Física. O professor Blackett, membro do Conselho Científico do então recém-criado laboratório internacional Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire - CERN - em Genebra, Suiça, sugeriu à direção desse laboratório que o contratasse. Foi membro do corpo permanente de físicos do CERN com o posto dePhysicien Supérieur, de 1955 a 1963, tendo sido um dos seus 20 primeiros pesquisadores e durante vários anos o único membro não-europeu. Teve, assim, a oportunidade excepcional, que muito influenciou suas atividades futuras, de acompanhar a evolução científica e a organização desse laboratório, que se tornou o maior do mundo em sua especialidade; participam atualmente em seus trabalhos cerca de 7000 pessoas. 
     De Genebra, atuava como um dos assessores para a organização da Universidade de Brasília - UnB. Embora pudesse ter permanecido no CERN até se aposentar, deixou esse laboratório para trabalhar na UnB, onde, em 1964 e 1965 foi professor titular, o iniciador e o primeiro coordenador do Instituto Central de Física e o primeiro coordenador geral dos Institutos Centrais de Ciências e Tecnologia - Biociências, Física, Geociências, Matemática e Química. Foi membro suplente do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Brasília e membro do Conselho Editorial da Editora da UnB. Em fins de 1965, demitiu-se da Universidade de Brasília, juntamente com 222 colegas, por recusarem pressões externas exercidas sobre a Universidade durante o regime militar que dominou o país de 1964 a 1985. Foi em seguida convidado para regressar ao CERN. Reassumiu seu posto nesse laboratório em 1966 e 1967. 
     Em 1967 passou a trabalhar na Ecole Polytechnique em Paris, França, no Laboratoire de Physique Nucléaire des Hautes Energies, contratado pelo CNRS. Foi sucessivamente Directeur de Recherche, Directeur de Recherche Classe Exceptionnelle e Directeur de Recherche Emérite, posto que ocupa atualmente. Na Ecole Polytechnique dirigiu grupos de pesquisadores, realizando experimentos no CERN, e foi membro do Conselho de Direção do laboratório. Foi presidente da seção de Física de Partículas do CNRS e presidente do Conselho do Departamento de Física Nuclear e Física de Partículas da mesma instituição. Enquanto trabalhou em Paris, foi membro de vários comités do CERN: o Track Chamber Committee e oSuper-Proton-Synchroton Committee, que julgam propostas de experimentos, para selecionar os que devem ser realizados, e o Academic Training Committee, que organiza anualmente programas de ensino especializado para os físicos e cursos para estudantes europeus. 
     Foi assessor do Fonds National Suisse pour la Recherche e membro da Comissão Portugal-CERN, que julga as propostas de trabalhos a serem realizados no CERN pelos laboratórios e pelas indústrias portuguesas. Foi presidente de 3 congressos internacionais de Física, co-presidente de um simpósio internacional sobre a História da Física de Partículas Elementares, membro das comissões internacionais de conselheiros para a organização de 7 congressos internacionais de Física, membro das comissões internacionais organizadoras de 10 congressos internacionais de Física. Foi membro do High Energy and Particle Physics Division Board e presidente da High Energy and Particle Physics Division da Sociedade
       Européia de Física. Como presidente dessa Divisão, criou um prêmio internacional para Física de Partículas Elementares, intitulado High Energy Physics Prize of the European Physical Society, e criou a Divisão de Aceleradores de Partículas na Sociedade Européia de Física. Fundou na França, em 1969, a Ecole d'Eté de Physique de Particules de Gif-sur-Yvette, que se tornou escola oficial do Departamento de Física Nuclear e Física de Partículas do CNRS. Foi membro do Corpo Editorial das seguintes revistas: Il Nuovo Cimento e Lettere al Nuovo Cimento, ambas da Sociedade Italiana de Física, de maio de 1971 a setembro de 1989; International Journal of Modern Physics A e Modern Physics Letters A, desde a fundação dessas revistas, em outubro de 1986, até 1997; Revista Brasileira de Física, desde 1987, e de sua nova versão Brazilian Physical Review, desde sua fundação até junho de 1996; de Europhysics Letters, da Sociedade Européia de Física, de 1991 a 1993. Tem mais de 90 trabalhos publicados em revistas especializadas, com árbitros, e cerca de 50 comunicações em congressos internacionais, muitas delas publicadas integralmente em Proceedings, e escreveu capítulos de vários livros especializados. É membro da Sociedade Brasileira de Física, da Sociedade Francesa de Física, da Sociedade Européia de Física. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e membro da The New York Academy of Sciences. Convidado pela Royal Swedish Academy of Sciences, foi conselheiro para atribuição do Prêmio Nobel de Física, de 1985 a 1989.



Matemática

Química



Biologia



5 comentários:

  1. Amei seu blog! Eu gostava muito quando faziam esses blogs legais e informativos. Eu amo ciência! !

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    1. Parabém... adorei a lista de nomes que merece o respeito de todos nós.

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  2. põe um cientista nas principais conduções de são paulo capaz de ver coisas invisiveis fica observando

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  3. Nós temos grandes pesquisadores,com renomes internacionais...

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  4. Karen, tem dois grandes Cientistas que você poderia pesquisar e colocar aí também...um deles é o Professor Dr°Oscar Manoel Loureiro Malta...e o outro é Dr°Ricardo Ferreira (IN memorian), fica a dica pesquisa sobre eles acho wue será uma grande matéria e terá um ótimo conteúdo para somar no seu blog. Abraços André.

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