sábado, 4 de fevereiro de 2012

Espécie de grama marinha pode ser a mais antiga forma de vida da Terra



Gramas marinhas podem ser compostas de clones de gigantes antigos.
A Posidonia oceanica, um tipo grama marinha, se reproduz tanto sexualmente quanto por meio de floração ou assexuadamente, gerando clones de si mesma. Isso pode resultar em organismos simples que são muito grandes e muito antigos.
A pesquisadora Sophie Arnaud-Haond, bióloga marinho no Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar lembra: "Organismos clonais tem essa capacidade extraordinária de um genoma perfeito e pode ser transmitido através de gerações sem ser alterado”.
No entanto, a teoria recorda que esse processo é conhecido como mutações somáticas - erros de cópia. Arnaud-Haond afirma: "Acumular as mutações, a maioria dos quais se espera que tenham um impacto negativo, e ao longo de gerações, deverão também se degenerar e eventualmente desaparecer. A idade de organismos clonal deve ser limitada também”.
Os pesquisadores analisaram 40 prados em 3,5 mil quilômetros do Mar Mediterrâneo. Nem todas as gramas marinhas são geneticamente idênticas. No entanto, nos clones eles conseguiram encontrar tamanho e idade absolutamente iguais. Alguns chegaram até 15 quilômetros de largura e podem ter mais de cem mil anos de idade. "Fileiras de Posidonia oceanica estão entre os mais antigos", declarou Arnaud-Haond disse ao LiveScience.
Modelos de computador ajudaram a demonstrar que Posidonia oceanica tem um modo de propagação comum a outras algas marinhas que permite que elas evitem o acúmulo de mutações deletérias e isso explica como ela escapa da degeneração esperada de organismos clonais. "O entendimento das particularidades que tornaram os genomas tão adaptáveis a uma ampla gama de condições ambientais podem ser o foco da pesquisa extremamente interessante no futuro", Arnaud-Haond disse.Algas marinhas são a chave dos ecossistemas costeiros, mas têm diminuído globalmente nos últimos 20 anos, com a Posidonia oceanica em declínio a uma taxa estimada de cerca de 5% anualmente. "Clones de Posidonia oceanica têm sido capazes de sobreviver. Por um lado, isso sugere uma capacidade de lidar com as mudanças ambientais que poderia ser um indício positivo sobre sua capacidade de lidar com perspectivas de médio e longo prazo da mudança global. Por outro lado, as mudanças estão ocorrendo hoje em dia a uma taxa sem precedentes, e a queda acentuada em geral e em particular levanta preocupações quanto à capacidade desta espécie de crescimento lento e sua idade.”
Os cientistas detalharam suas descobertas on-line n a edição da revista PLoS ONE.

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