domingo, 20 de novembro de 2011

Geólogos estão descobrindo o mistério das montanhas fantasmagóricas da Antártida 


Um grande projeto internacional está estudando as Montanhas Gamburtsev, localizadas sob uma grossa camada de gelo na Antártida.
O projeto, chamado de AGAP, está descobrindo segredos sobre estas montanhas. Antes, pensava-se que eram extremamente antigas, mas novo estudo está demonstrando que existem montanhas jovens no coração gelado, foi o que declarou Robin Bell, um dos coordenadores do projeto à imprensa mundial.
As primeiras medições na região mostraram que o terreno era bastante jovem, com montanhas afiadas e extremamente grandes. Outras análises mostraram que isso seria impossível, pois o local só poderia conter montanhas extremamente antigas. Este fato envergonhou geólogos por mais de 50 anos.Já em 2009, especialistas de 7 países retomaram um grande projeto de pesquisa das Montanhas de Gamburtsev.
Utilizando tecnologia avançada com radares de aeronaves, e dezenas de instrumentos de ponta; foram feitas medições estruturais, sísmicas, gravitacionais e até magnéticas da região, o que forneceu aos cientistas uma enorme quantidade de dados dos cumes internos.
Agora existem provas que as montanhas formadas abaixo do gelo originaram-se há mais de um bilhão de anos, quando ocorreu um choque de duas placas tectônicas, formando um super continente chamado Rodínia. O choque das placas não apenas formou os picos montanhosos, mas provocou uma rede de “raízes” rochosas que se estende por dezenas de quilômetros na crosta terrestre. A cadeia de montanhas pode chegar a 2.500 km de extensão.

Os dados revelaram que o pico mais importante foi erodido há 100 milhões de anos. As fissuras nas placas provocadas pelo choque permitiram que as montanhas tivessem boa flutuabilidade sobre o magma. Os geólogos agora querem perfurar um poço extremamente profundo para capturar rochas da época em que nosso planeta era jovem, para pesquisar com melhor exatidão a história geológica destas montanhas tão pouco conhecidas. O estudo foi publicado na Nature.

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