Cofundador da Microsoft lança projeto para viagens espaciais
Paul Allen, um dos cofundadores da Microsoft, anunciou nesta terça-feira (13)
que desenvolverá junto com o engenheiro e empresário Burt Rutan uma nave em
forma de avião gigante com capacidade para realizar voos tripulados e de carga
ao espaço.
A nave terá dimensões similares às de um campo de futebol. Os criadores
estimam um voo de teste para 2016. Allen e Rutan são os pais da nave
SpaceShipOne (SS1), primeiro avião espacial de uso privado e tripulado a
alcançar o espaço.
"Sonhei durante muito tempo em dar o próximo passo nos voos espaciais
privados após o êxito da SpaceShipOne, para oferecer um sistema de voo espacial
orbital flexível", assinalou Allen em comunicado.
Para realizar seu projeto, Allen fundou a empresa Stratolaunch Systems,
sediada em Huntsville (Alabama, EUA), que será dirigida por Gary Wentz, ex-chefe
de engenheiros da Nasa.
A companhia construirá um sistema de lançamento móvel com três componentes
principais: um avião construído pela empresa Scaled Composites, fundada por
Rutan; um foguete de múltiplos períodos que será desenhado pela SpaceX; e um
sistema de integração construído por Dynetics, que permitirá carregar um foguete
de 222 toneladas.
O plano de Allen é construir um aeroporto similar ao Centro Espacial Kennedy
(situado em Cabo Canaveral, Flórida), que utiliza a Nasa para seus lançamentos,
de onde partirão os voos espaciais comerciais, os envios de carga e, no futuro,
missões tripuladas.
O avião transportará uma cápsula espacial com seus próprios foguetes. A
cápsula será atirada do ar para ficar em órbita, um sistema que, segundo os
idealizadores, economizará gastos por não utilizar as grandes quantidades de
combustível exigidas pelos foguetes para realizar o lançamento da Terra.
A aeronave, que utilizará seis motores 747, terá peso bruto de mais de 500
toneladas e uma envergadura de mais 100 metros. Ela será construída nos hangares
da empresa Stratolaunch, no Porto Espacial de Mojave, no estado americano do
Novo México. Para pousos e decolagens, será preciso uma pista de 3,6
quilômetros.
Allen disse que este projeto será "uma solução inovadora que revolucionará as
viagens espaciais". Entre os membros da diretoria desta nova empresa, estão
alguns antigos funcionários da Nasa, como o ex-diretor Michael Griffin.
"Acreditamos que esta tecnologia tem o potencial de algum dia transformar em
rotina os voos espaciais mediante a eliminação de muitas das limitações
associadas aos foguetes lançados da Terra", declarou Griffin.
Ele destacou que este sistema "também proporcionará a flexibilidade
necessária para realizar o lançamento a partir de uma grande variedade de
lugares".
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