Falência de laboratório espanhol liberta 72 beagles cobaias
Um grupo de 72 cães da raça beagle foram resgatados após a falência de um
laboratório em Barcelona, na Espanha. A maioria dos animais,
utilizados em testes de medicamentos e cosméticos, nunca havia saído da
jaula.
Os cachorros foram libertados depois que a fundadora do Projeto Liberdade
para os Beagles, Shannon Keith, viu as mensagens colocadas no Facebook por um
funcionário do laboratório e por um ativista espanhol que havia sido contatado
por ele.
'Eles diziam que o laboratório iria fechar e que mataria os cães se ninguém
se comprometesse a cuidar deles. Eu entrei em contato e disse: 'Nós nos
comprometemos', contou Keith à BBC Brasil.
O projeto é parte da ONG americana Educação da Mídia para o Resgate de
Animais (ARME, na sigla em inglês).
O resgate aconteceu há cerca de uma semana em Barcelona, mas foi somente nesta quarta-feira (30) que 40 dos cachorros chegaram a Los Angeles, onde fica a sede do projeto.
Outros sete beagles foram adotados na Espanha, e o destino dos outros 25 cães
é desconhecido.
'O laboratório parou de se comunicar conosco desde que os beagles foram
libertados, e não sabemos o que eles fizeram com uma parte (dos cachorros). Só
recebemos 40', disse Keith.
Os animais, que têm entre 4 e 7 anos, viviam em jaulas individuais, agrupadas
em quartos com 10 jaulas. Eles não tinham nenhum contato físico entre si.
De acordo com Shannon Keith, é possível que eles estivessem participando de
testes para o desenvolvimento de remédios ou cosméticos para humanos.
'Veterinários que examinaram os beagles encontraram vestígios de injeções de
hormônios masculinos e de outras toxinas. Alguns deles têm tumores no estômago e
a maioria tinha os destes muito estragados. Tivemos que fazer um tratamento
dentário em cada um deles.'
Beagles costumam ser usados para testes na indústria farmacêutica por causa
de sua natureza dócil.
O Projeto Liberdade para os Beagles deu início a uma campanha pela adoção
definitiva dos animais, que estão em famílias adotivas temporárias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário