O laser de raios X atômico, ultra-puro, é produzido bombardeando átomos do gás nobre neônio com feixes de raios X. A gravura ilustra os raios de entrada e de saída.
Melhor que o melhor
Há poucos meses, uma equipe internacional de cientistas criou o longamente esperado laser de raios X.
Agora, um grupo alemão usou o mesmo laboratório para criar o primeiro
laser de raios X atômico, ou seja, emitido a partir do bombardeamento
de átomos com raios X muito poderosos.
A equipe do Grupo de Estudos Avançados do Instituto Max Planck usou o LCLS (Linac Coherent Light Source), uma fonte de raios X recém-inaugurada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Laser atômico
Os pulsos de raios X - cada um cerca de um bilhão de vezes mais
intenso do que qualquer outro disponível antes - arrancaram elétrons das
camadas internas de átomos do gás nobre neônio, preso no interior de
uma cápsula.
Quando outros elétrons caem de suas camadas mais altas para preencher
as lacunas, cerca de 1 átomo em cada 50 responde emitindo um fóton na
faixa dos raios X, com um comprimento de onda extremamente curto.
Esses raios X secundários foram então "estimulados" na vizinhança de
outros átomos de neon para que novos pulsos ultra-curtos de raios X
fossem gerados.
Isso criou um efeito dominó que amplificou a luz de raios X secundária cerca de 200 milhões de vezes.
Como os pulsos assim emitidos são coerentes, a emissão forma um laser de raio X extremamente puro.
"Nós vislumbramos cientistas usando esse novo tipo de laser para todo
tipo de coisas interessantes, como identificar os detalhes das reações
químicas ou acompanhar moléculas biológicas trabalhando," disse Nina
Rohringer, coordenadora do estudo.
Diferenças entre os lasers de raios X
Embora o laser de raios X anunciado anteriormente e o novo laser de
raios X atômico sejam ambos lasers, eles emitem a luz de forma diferente
e com características diferentes.
O LCLS arremessa elétrons de alta energia através de campos
magnéticos alternados, gerando pulsos de raios X muito brilhantes e
muito mais potentes.
Já o novo laser de raios X atômico, que havia sido previsto na teoria
em 1967, tem apenas um oitavo do comprimento de onda e sua cor é muito
mais pura.
Essas qualidades vão permitir que ele distinga detalhes ainda não
conhecidos de reações químicas ultra-rápidas, como as da fotossíntese,
eventualmente levando ao desenvolvimento da fotossíntese artificial.
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