terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sistema em 3D busca dar autonomia médica a astronautas no espaço

Testes na Bélgica mostraram como o astronauta pode ser guiado durante o procedimento médico pelo dispositivo. (Foto: ESA)
Testes na Bélgica mostraram como um astronauta
poderia ser guiado durante procedimentos médicos
pelo dispositivo


Um sistema baseado na realidade aumentada, divulgado nesta terça-feira (7) pela Agência Espacial Europeia (ESA), deverá ajudar os astronautas a cuidar de sua saúde no espaço e permitir realizar intervenções cirúrgicas feitas pelos próprios tripulantes de missões espaciais.
O projeto, que está em fase de testes e foi impulsionado por dois centros de pesquisa alemães e um consórcio com sede na Bélgica, leva o nome de Sistema de Diagnósticos Médicos e Cirurgia Assistida por Computador (CAMDASS, na sigla em inglês).
O dispositivo requer primeiro o registro do corpo do paciente com uma câmera após ter recebido marcas de referência. Depois gráficos em três dimensões gerados por computador proporcionam informação em tempo real sobre como atuar.
Esta técnica de visualização começou a ser usada durante exames de ultrassom, já que a ESA dispõe dos equipamentos necessários para realizá-los, mas é uma tecnologia que, segundo a agência, poderia ser aplicado a qualquer procedimento médico.
Os testes realizados em um hospital em Bruxelas demonstraram que usuários sem experiência conseguiram realizar procedimentos relativamente difíceis graças às explicações do CAMDASS.O dispositivo mostra aos usuários como colocar e movimentar de forma adequada o transdutor de ultrassom para examinar a área de interesse, e apresenta uma série de imagens com indicações sobre o que podem encontrar.
A ideia da ESA é de treinar os astronautas para que eles possam solucionar os problemas médicos por conta própria. Conforme uma tripulação se afaste da Terra em futuras missões do Sistema Solar, aumenta a possibilidade de interferências nas comunicações com a base.
Porém, o CAMDASS, acrescentou a ESA, também poderia ser usado como um sistema de "medicina via satélite", para "prestar primeiros socorros em países em vias de desenvolvimento ou na Antártida".

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