Os sensores são sensíveis a freqüências de luz através de todo o
espectro ( a partir de 400nm a 1000nm), com estruturas especiais para
maximizar as extremidades azuis e vermelhas. Os pixels utilizados nos
sensores são de 10 e 20 mícrons em tamanho, em comparação com os pixels
de um sub-mícron utilizados na tecnologia dos consumidores domésticos.
Isso significa que eles são 100 vezes mais sensíveis, de acordo com
Jon Kemp, do que seus aparelhos eletrônicos que você tem em casa.
Os sensores serão utilizados para controlar as posições de cerca de 1
bilhão de estrelas no espaço, traçando seu brilho e rastreando seus
movimentos. Isso ainda é 1% apenas das estrelas da Via Láctea, mas é
1.000 vezes mais do que os telescópios do satélite Hipparcos da ESA
consegue observar.
Os sensores serão capazes de detectar objetos 4.000 vezes o limite do
olho nu com precisão de 24 microssegundos de arco. Isso é comparável a
medição do diâmetro de um fio de cabelo humano se estivesse a 1.000 km
de distância. Isso significa que a nova câmera será capaz de medir as
distâncias de nossas estrelas mais próximas com uma precisão de 0,001%.
Os dados são susceptíveis em nos ajudar a entender melhor as origens da
nossa galáxia, bem como confirmar nossas teorias de formação e
evolução estelar. Gaia será capaz de identificar quais as estrelas são
relíquias de galáxias menores que foram engolidas há muito tempo pela
Via Láctea. Ao olhar para o movimento de estrelas em larga escala,
seremos capazes de detectar a distribuição da matéria escura, a
substância hipotética que acreditamos ser a responsável por “segurar”
as galáxias juntas.
Gaia também conseguirá medir a curvatura da luz das estrelas pelo campo
gravitacional do Sol, como previsto por Einstein em sua Teoria da
Relatividade Geral. É provável que também encontremos exoplanetas muito
mais distantes que a missão Kepler da NASA.Os dados serão transmitidos para a Terra com uma taxa de 5 Mbps a
partir de uma distância de 1,5 milhão de km. Estações terrestres na
Espanha e Austrália irão interceptar o sinal:
“Muitas
missões espaciais anteriores seguram os dados e depois enviam em
rajadas curtas. No entanto, Gaia não poderá ter o luxo de guardar
informações, e todos os dados gerados terão que ser transmitidos
constantemente para a Terra”, explica Kemp.
O satélite Gaia será lançado no verão de 2013, irá viajar 1,5 milhão de
km da Terra e, sem seguida, começar a coletar dados à medida estiver
girando. Ele irá acompanhar cada uma das suas estrelas-alvo durante um
período contínuo de 5 anos.
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