quarta-feira, 7 de março de 2012

Visitantes ameaçam Antártida ao carregar espécies invasoras


Cientistas e turistas ameaçam a Antártida sem saber. Ao chegarem à região para realizar pesquisas ou turismo, eles podem ter a "companhia" de sementes de espécies invasoras que colocam as plantas nativas em risco e, por consequência, o ecossistema.
Um levantamento internacional que envolveu instituições de cinco países fundamenta o estudo, publicado na revista científica "PNAS".
Cientistas procuraram sinais de sementes e/ou propágulos (células que se desprendem das plantas para dar origem a outras) em 853 sacos, malas, bolsas, roupas e sapatos.
O resultado da busca: eles encontraram mais de 2.600 indícios. Destes, 43% eram de espécies reconhecidamente invasoras.
A pesquisa, a primeira que tenta quantificar a ameaça de espécies invasivas na Antártida, estima que uma única pessoa inadvertidamente carrega cerca de 9,5 sementes, em média, para a Antártida.
Faça os cálculos: hoje há cerca de 7.000 cientistas trabalhando no local, somados aos 33 mil turistas que viajam para lá.
As áreas de maior risco são a península Antártica, a costa não congelada que se encontra perto do mar de Ross e no Leste Antártico, aponta o estudo.
Conduzido entre 2007 e 2008, durante a estação de verão, a pesquisa envolveu a Universidade Stellenbosch (África do Sul), Pesquisa Antártida Britânica, Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência, Instituto de Ecologia da Holnda e Instituto Polar Francês.

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