quarta-feira, 13 de junho de 2012

Nova espécie de micróbio se espalha pela ação de turistas, diz estudo

A descoberta de uma nova espécie de micróbio, identificado em três regiões do planeta, sugere que as migrações humanas têm mais influência na dispersão de microorganismos do que se imaginava. A pesquisa, divulgada no Jornal Internacional de Microbiologia Sistemática e Evolucionária, foi realizada por um grupo de universidades, entre as quais uma instituição brasileira.
Cientistas da Universidade Western, no Canadá, da Universidade Católica do Equador e da Universidade Federal de Minas Gerais isolaram a cepa de uma levedura da espécie Saccharomycopsis fodiens. O microorganismo foi extraído do néctar de flores no leste da Austrália, na Costa Rica e nas ilhas Galápagos.
As leveduras constituem um grupo de microorganismos unicelulares que são encontrados no solo, em flores, frutos e no trato intestinal de animais, entre outros locais.


Imagem microscópica da levedura da espécie Saccharomycopsis fodiens. (Foto: B. Schlag-Edler)Imagem microscópica da levedura da espécie 'Saccharomycopsis fodiens'. 

Segundo os autores, a descoberta da espécie em locais tão distantes geograficamente fornece pistas sobre como os micróbios se espalham pelo mundo.
“Os locais de coleta de S. fodiens são compatíveis com a hipótese de que o antigo povo polinésio migrou para o sul de Taiwan, depois para o leste, através do Pacífico, e foi para a América do Sul levando pés de batata-doce cujas flores transportaram insetos e leveduras semelhantes”, explicou o professor Marc-André Lachance, autor da pesquisa e professor da universidade canadense.
Segundo Lachance, é “bastante plausível” que as migrações humanas, juntamente com o deslocamento de plantas domesticadas ou de animais, possam explicar a rápida dispersão de muitos microorganismos.

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