O time publicou o estudo na revista "Science" desta quinta-feira (27) e, segundo os autores, saber como a energia é extraída do buraco negro para formar um jato pode melhorar a compreensão sobre como as galáxias evoluem.
Usando telescópios nos estados do Havaí, Arizona e Califórnia, com detalhes 2 mil vezes mais precisos que os do Telescópio Espacial Hubble, os pesquisadores observaram o "ponto de não retorno" do buraco negro, ou seja, a menor distância que a matéria pode se aproximar antes de ser puxada para dentro e "engolida".
Segundo o principal autor, Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e do Observatório Haystack do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, uma vez que objetos caem nesse horizonte de eventos, perdem-se para sempre.
"É uma porta de saída do nosso Universo. Se você cruzá-la, não voltará", diz.
De acordo com o coautor Jonathan Weintroub, do Harvard-Smithsonian, o buraco tem aproximadamente o mesmo tamanho do buraco que ocupa o centro da Via Láctea. Segundo a teoria da relatividade geral proposta pelo físico alemão Albert Einstein, a massa e o giro de um buraco negro determinam quão próximo uma matéria pode orbitar ao redor dele antes de se tornar instável e ser atraída para o horizonte de eventos.
No futuro, os astrônomos planejam acrescentar dados de telescópios do Chile, do México, da Europa, da Groenlândia e do Polo Sul, para obter imagens ainda mais detalhadas dos buracos negros.
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