Temperaturas mais altas fazem com que animais aquáticos cresçam até um tamanho menor do que o normal quando atingem a fase adulta, segundo estudo conjunto das universidades de Londres e de Liverpool, no Reino Unido, divulgado nesta segunda-feira (5).
Os cientistas compararam o tamanho de 169 animais terrestres, marinhos e de água doce de várias espécies na fase adulta, submetidos a temperaturas diferentes. Os seres aquáticos "encolheram" numa proporção dez vezes maior do que os terrestres de tamanho similar em ambientes muito aquecidos, aponta um dos autores da pesquisa, o cientista Andrew Hirst, da Universidade de Londres. O efeito ocorre principalmente em animais com tamanho próximo ao de insetos e pequenos peixes.
O crustáceo 'Calanus propinquus', um dos animais pesquisados pela equipe do cientista Andrew Hirst, da Universidade de Londres
O estudo afirma que a causa mais provável para essa diferença de tamanho entre espécies submetidas a habitats quentes ocorre porque na água a disponibilidade de oxigênio é bem menor do que na atmosfera.
Segundo os cientistas, quando a temperatura sobe no ambiente, a necessidade de oxigênio pelos organismos cresce - e é muito mais difícil para animais aquáticos obtê-lo do que para terrestres, diz a pesquisa.
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