Um estudo feito com o Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e com um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) instalado no deserto do Atacama, no norte do Chile, mostra que as estrelas, assim como as pessoas, nem sempre aparentam a idade que têm. Isso porque umas envelhecem mais devagar que outras.
É o que ocorre nos aglomerados globulares, coleções esféricas de astros ligados entre si pela ação da gravidade. Esses corpos são considerados "relíquias" do começo do Universo, com idade entre 12 e 13 bilhões de anos. Apesar de muito antigas, algumas estrelas ali são consideradas "jovens de espírito".
Só na Via Láctea, existem cerca de 150 aglomerados globulares, que contêm muitos dos astros mais antigos da nossa galáxia. Esses aglomerados se formam em um curto espaço de tempo, o que levaria a crer que os corpos dentro deles tivessem a mesma idade.
No entanto, algumas estrelas – chamadas retardatárias azuis – ganham um novo "fôlego de vida", ao receber uma quantidade extra de matéria, que as faz crescer e ficar mais brilhantes. Isso acontece quando um astro suga massa de um companheiro ou dois corpos se colidem.
Os aglomerados que evoluem depressa completam esse ciclo em algumas centenas de milhões de anos, enquanto os mais lentos precisam de várias vezes a atual idade do Universo – cerca de 13,7 bilhões de anos –, destacam os cientistas.
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