As obras de restauração da cidade italiana de Pompeia, sepultada pelas cinzas do vulcão Vesúvio em 79 d.C., foram inauguradas nesta quarta-feira (6) depois que o sítio arqueológico, patrimônio da humanidade pela Unesco, foi objeto de denúncias por seu péssimo estado de conservação.
Os trabalhos de restauração, que terão um custo de 105 milhões de euros (R$ 282 milhões) – dos quais 41,8 milhões de euros (R$ 112 milhões) virão do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) – se concentrarão, em um primeiro momento, na recuperação da Casa dos Dióscuros (filhos de Zeus) e da Casa do Criptopórtico, uma galeria subterrânea.
A restauração da Casa dos Dióscuros focará na construção de uma cobertura para proteger os afrescos, enquanto os trabalhos no Criptopórtico serão destinados ao fortalecimento do muro e à construção de uma passarela.
Após esse incidente, o então ministro da Cultura, Sandro Bondi, viu-se obrigado a renunciar em decorrência das críticas recebidas pela oposição, que o acusaram de ter destinado poucos fundos públicos para a cultura e as escavações de Pompeia, uma região arqueológica de 440 mil metros quadrados.
O complexo também foi objeto de vários furtos e se viu prejudicado até pela máfia napolitana, a Camorra, acusada de ter interesses econômicos na região. Além disso, uma ex-restauradora das ruínas está em prisão domiciliar por acusações de corrupção e fraude, segundo a polícia italiana.
Imagem mostra local onde houve queda de muro
em Pompeia, depois interditado pelas autoridades italianas
em Pompeia, depois interditado pelas autoridades italianas
Escavação Durante séculos, Pompeia permaneceu sepultada até que, por ordem do rei Carlos de Bourbon (mais tarde, Carlos III da Espanha), as escavações tiveram início. Os trabalhos continuam até hoje, embora mais da metade da cidade, que chegou a abrigar mais de 20 mil pessoas, ainda continue soterrada, segundo especialistas.
A restauração de Pompeia acontece em meio à polêmica suscitada pelo estado de conservação de outros importantes monumentos italianos, como o Coliseu, onde já houve a queda de vários trechos da fachada.
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