Mas o comunicado sobre as recentes descobertas feitas a partir de um vasto volume de dados reunidos durante três anos de colisões no LHC não afirma ter sido definitivamente descoberto o bóson, que se acredita que dê massa às partículas fundamentais da matéria.
Representação gráfica de colisão de prótons realizada no acelerador LHC
As experiências feitas no local servem para testar teorias da física de partículas. Dois feixes de energia são disparados em direções opostas, e seu encontro gera milhões de colisões de partículas por segundo, recriando efemeramente as condições ocorridas uma fração de segundo após a grande explosão do Big Bang, teoria dominante sobre o desenvolvimento inicial do Universo.
Estrutura do túnel de 27 km do LHC, construído na fronteira entre a França e a Suíça
Nesse nível de energia – muito acima dos 8 TeV que alcançava ultimamente –, os experimentos serão capazes de confirmar com total certeza científica que essa nova partícula corresponde ao bóson de Higgs.
Além disso, essa complexa manutenção abriria portas para novas descobertas em relação às partículas elementares e à chamada "matéria escura", que supostamente constitui cerca de 84% do universo, segundo a teoria vigente.
O físico britânico Peter Higgs, 'pai' da teoria do bóson de Higgs
"Temos todas as razões para estar muito satisfeitos com os primeiros três anos de exploração do LHC", comentou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, ao comunicar a paralisação.
"A máquina, os experimentos, as instalações informáticas e todas as infraestruturas funcionaram extremamente bem e agora temos um descobrimento cientifico maior em nosso ativo", acrescentou.
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