terça-feira, 4 de março de 2014

Cientistas conseguiram ‘reviver’ vírus gigante de 30.000 anos encontrado na Sibéria

 
Os pesquisadores reanimaram, com sucesso, um vírus congelado por 30.000 anos.
Eles afirmam que o vírus é de um tipo nunca antes visto – e alertam que o aquecimento global poderia levar a descoberta de diversos outros, que nunca entraram em contato com os seres humanos.


O novo estudo revela que os vírus são mais diversificados do que a Ciência estimava, mostrando que muitos que estão “dormentes” ou congelados em grossas camadas de gelo em geleiras polares e regiões como a Sibéria, podem afetar a sociedade moderna de modo negativo.
A pesquisa foi realizada por diversos cientistas russos e franceses que trabalharam em conjunto, usando uma cultura de amebas. Apelidado de Pithovirus sibericum, ele foi encontrado a 30 metros de profundidade em um solo permanentemente congelado, localizado no Mar do Leste, na Sibéria, em uma região de tundras costeiras na cidade de Chukotka.

Os pesquisadores descongelaram o vírus e observaram sua atividade dentro de uma placa de Petri. Ele conseguiu infectar uma ameba que estava sendo cultivada em cultura.
A sua idade foi determinada pelo método de radiocarbono usando como base as amostras de solo e vegetação que estavam congelados. Segundo os pesquisadores, o vírus teve atividade em uma época onde os neandertais e mamutes viviam na Terra, de acordo com estudo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
O trabalho científico apresentado é importantíssimo e contribui de modo significativo para o nosso conhecimento sobre virologia. Os cientistas alertam que esse tipo de vírus é inofensivo ao ser humano e aos animais, pois só infecta um tipo específico de ameba chamada Acanthamoeba.
Podem existir milhões de espécies de vírus que estão congeladas abaixo de grossas camadas de gelo. Eles podem ser expostos com o derretimento e aumento da temperatura do planeta, permitindo um possível contato com os seres humanos com impactos imprevisíveis.

Fonte: Jornal Ciência

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