sexta-feira, 27 de junho de 2014

Nasa descobre que atmosfera do Sol é maior do que se pensava, com mais de 8 milhões de quilômetros


Com seus grandes campos magnéticos, suas erupções solares e seu constante movimento, os pesquisadores sempre souberam que o Sol possuía um ambiente grande ao seu redor e extremamente ativo.
Eles agora revelaram que, de fato, existe uma atmosfera que se estende por mais de 8 milhões de quilômetros, o que é muito mais do que se pensava anteriormente. A Nasa diz que os resultados são tão impressionantes que estão considerando alterações nas futuras missões ao Sol devido à enorme bolha de proteção.
A Solar Probe Plus é uma missão da Nasa que consiste em chegar próximo do Sol, cerca de 6,4 milhões de quilômetros de distância, em 2018. A missão irá medir a densidade, velocidade e campo magnético do material solar, e a Nasa espera que essas informações permitam aos cientistas compreenderem como o movimento e o calor na corona, assim como os ventos solares, são gerados.
As observações fornecem as primeiras medições diretas do limite interno da heliosfera, que é a bolha gigante cheia de partículas solares de baixa densidade que circunda o Sol e todos os planetas. “Nós temos monitorado ondas de som através da corona exterior e usado para mapear essa atmosfera", disse Craig DeForest do Southwest Research Institute em Boulder, Colorado, EUA.
 

Para isso, os pesquisadores consideraram as ondas magnetossônicas, que são um híbrido de ondas sonoras e ondas magnéticas, chamadas ondas de Alfvén. Ao contrário das que acontecem na Terra, que oscilam várias centenas de vezes por segundo, estas ondas solares oscilam cerca de onze vezes a cada quatro horas.
O rastreamento das ondas magnetossônicas de DeForest e sua equipe mostrou que elas permaneceram conectadas ao material solar mesmo alcançando distâncias maiores. Isso quer dizer que, mesmo longe de 8 milhões de quilômetros do Sol, as tempestades solares gigantes e ejeções de massa coronal podem criar efeito cascata, que pode ser sentida através da coroa.
Essa nova pesquisa será importante para mudar a visão que a Ciência tem hoje dos ventos solares.

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