Aquecimento global não dá sinais de que irá abrandar, afirmam cientistas
Estudo publicado nesta terça-feira (6) afirma que o aquecimento global não
tem dado sinais de que irá abrandar e que fenômenos relacionados à mudança do
clima são esperados para as décadas seguintes. A pesquisa, publicada no jornal
científico “Environmental Research Letters”, reuniu dados sobre a temperatura
global do período de 1979 e 2010.
Foram retiradas dessa análise três principais fatores que respondem por
flutuações a curto prazo da temperatura global: o fenômeno El Niño, de erupções
vulcânicas e variações no brilho do sol.
Com isso, os pesquisadores do Instituto Potsdam para pesquisa do Impacto
Climático apontaram que a temperatura do planeta cresceu 0,5 ºC nos últimos 30
anos, sendo que 2009 e 2010 foram os dois anos mais quentes da história.
“Nossa abordagem mostra que a ideia de que o aquecimento global tem diminuído
ou mesmo demonstrado ter dado uma pausa na última década é um equívoco sem
fundamento”, disse Stefan Rahmstorf, um dos autores do estudo.
“A ausência de alterações no aquecimento é uma evidência poderosa de que
podemos esperar mais aumento na temperatura nas próximas décadas, enfatizando a
urgência de enfrentar a influência humana sobre o clima”, disse Grant Foster,
também autor da pesquisa.
2011 será o mais quente com o La Niña
Na semana passada, durante a COP 17, que acontece até a próxima sexta-feira (9) em Durban, na África do Sul, a Organização Meteorológica Mundial (OMM, na sigla em inglês), afirmou que o ano de 2011 será o mais quente com a ocorrência do fenômeno La Ninã já registrado.
Na semana passada, durante a COP 17, que acontece até a próxima sexta-feira (9) em Durban, na África do Sul, a Organização Meteorológica Mundial (OMM, na sigla em inglês), afirmou que o ano de 2011 será o mais quente com a ocorrência do fenômeno La Ninã já registrado.
"La Niña tem um efeito de resfriamento. Ainda assim, 2011 aparece como o 10º
ano mais quente já registrado “, explicou o vice-secretário-geral do organismo,
Jerry Lengoasa.
O fenômento é climático cíclico causa a queda das temperaturas superficiais
do Oceano Pacífico. A temperatura do ar na altura da superfície do solo e do
mar, nos primeiros dez meses de 2011, ficou 0,41 grau acima da média registrada
no planeta entre 1961-1990.
Outro sinal de que este ano não fugiu da tendência de aquecimento do planeta
é que a calota polar ártica teve seu segundo menor tamanho já registrado durante
o verão boreal. Na mínima deste ano, em setembro, havia 35% menos gelo na região
ártica do que na média dos anos 1979-2000. “Vai haver uma perda significativa,
não dá para dizer completa, mas signifitcativa”, respondeu Lengoasa ao ser
quetionado sobre um possível desaparecimento total do gelo no norte do planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário