terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aquecimento global não dá sinais de que irá abrandar, afirmam cientistas

Estudo publicado nesta terça-feira (6) afirma que o aquecimento global não tem dado sinais de que irá abrandar e que fenômenos relacionados à mudança do clima são esperados para as décadas seguintes. A pesquisa, publicada no jornal científico “Environmental Research Letters”, reuniu dados sobre a temperatura global do período de 1979 e 2010.
Foram retiradas dessa análise três principais fatores que respondem por flutuações a curto prazo da temperatura global: o fenômeno El Niño, de erupções vulcânicas e variações no brilho do sol.
Com isso, os pesquisadores do Instituto Potsdam para pesquisa do Impacto Climático apontaram que a temperatura do planeta cresceu 0,5 ºC nos últimos 30 anos, sendo que 2009 e 2010 foram os dois anos mais quentes da história.
“Nossa abordagem mostra que a ideia de que o aquecimento global tem diminuído ou mesmo demonstrado ter dado uma pausa na última década é um equívoco sem fundamento”, disse Stefan Rahmstorf, um dos autores do estudo.
“A ausência de alterações no aquecimento é uma evidência poderosa de que podemos esperar mais aumento na temperatura nas próximas décadas, enfatizando a urgência de enfrentar a influência humana sobre o clima”, disse Grant Foster, também autor da pesquisa.
2011 será o mais quente com o La Niña
Na semana passada, durante a COP 17, que acontece até a próxima sexta-feira (9) em Durban, na África do Sul, a Organização Meteorológica Mundial (OMM, na sigla em inglês), afirmou que o ano de 2011 será o mais quente com a ocorrência do fenômeno La Ninã já registrado.
"La Niña tem um efeito de resfriamento. Ainda assim, 2011 aparece como o 10º ano mais quente já registrado “, explicou o vice-secretário-geral do organismo, Jerry Lengoasa.
O fenômento é climático cíclico causa a queda das temperaturas superficiais do Oceano Pacífico. A temperatura do ar na altura da superfície do solo e do mar, nos primeiros dez meses de 2011, ficou 0,41 grau acima da média registrada no planeta entre 1961-1990.
Outro sinal de que este ano não fugiu da tendência de aquecimento do planeta é que a calota polar ártica teve seu segundo menor tamanho já registrado durante o verão boreal. Na mínima deste ano, em setembro, havia 35% menos gelo na região ártica do que na média dos anos 1979-2000. “Vai haver uma perda significativa, não dá para dizer completa, mas signifitcativa”, respondeu Lengoasa ao ser quetionado sobre um possível desaparecimento total do gelo no norte do planeta.

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