segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Harvard cria material derivado de exoesqueletos de artrópodes e diz que será o plástico do futuro 

Uma mistura de seda e cascas de camarão é um material leve, barato e biodegradável e poderá substituir o plástico no futuro, é o que aponta pesquisadores de Harvard.
A armadura dos insetos - como as laterais rígidas de gafanhotos e moscas - fornece resistência e proteção sem pesar. Agora, pesquisadores do Instituto Wyss para Engenharia Biológica, em Harvard, desenvolveram um novo material que imita a força excepcional e a resistência da casca do inseto - conhecido como 'cutícula'. "É um material barato, biodegradável e pode ser usada ao invés de plásticos comuns - e até mesmo servir para uma correção de hérnia em cirurgias”.
O material é tão leve que pode fornecer a estrutura para as asas dos insetos, e pode desviar ataques físicos e químicos. Também pode ser rígido e flexível, em áreas como articulações dos membros.
Os pesquisadores estudaram a composição - um material complexo, em camadas, quase como a madeira e foram capazes de engendrar a sua própria versão a partir de conchas de camarão. O novo material é semelhante em força e resistência com uma liga de alumínio, mas é apenas metade do peso. É biodegradável e pode ser produzido a um custo muito baixo, uma vez que a quitina é um produto disponível nos resíduos de camarão. O material é facilmente moldado em formas complexas, como tubos.
 Quitina, o material que compõe o exoesqueleto de artrópodes - é leve, forte, biodegradável, e podem ser rígidos (como na armadura um inseto) e flexíveis (como em suas articulações).

O material é chamado Shrilk porque é composto de proteína da seda e de quitina extraída de cascas de camarões descartados. Ao controlar o teor de água no processo de fabricação, os pesquisadores foram capazes de reproduzir em grandes variações de rigidez e de elasticidade.
O Shrilk pode ser uma alternativa barata e ambientalmente segura para a utilização ao invés do plástico.
O material pode ser usado para fazer sacos de lixo, embalagens e fraldas que degradam rapidamente. Como um material excepcionalmente forte e biocompatível, ele pode ser usado para suturar feridas, na correção de hérnia ou como um “andaime” para a regeneração do tecido.
Os resultados da pesquisa estão publicados na edição online da revista Advanced Materials.

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