segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A mais brilhante supernova é detectada 11 horas após sua explosão 

Uma supernova, situada a 21 milhões de anos-luz de distância, chamou a atenção dos astrônomos devido à radiação de sua explosão chegar a Terra apenas 11 horas depois.
O cientista Peter Nugent, do Laboratório Berkeley, afirma que "nós detectamos a supernova apenas 11 horas depois da explosão, tão breve que fomos capazes de calcular o exato momento de explosão em apenas 20 minutos”.
Situação que auxilia na compreensão deste fenômeno cósmico. Assim é possível estudar de perto a supernova durante seus primeiros dias e mais, a equipe foi capaz de reunir a primeira evidência direta de que pelo menos um tipo “aparecia” antes de explodir. Desde 1986 nenhuma supernova foi avistada próxima a Terra. "Com certeza, ele só poderia ter sido uma anã branca", diz Nugent.
Supernovas são tão brilhantes, mas tão brilhantes que às vezes podem ser vistas a olho nu, apesar de estarem centenas de milhares de anos-luz de distância.
O que é uma supernova?
Uma supernova ocorre quando uma estrela morre ou quando uma estrela anã branca suga matéria de uma estrela próxima, eventualmente atinge um ponto crítico e explode com ferocidade e brilho extraordinário - o equivalente a pelo menos 10 bilhões de sóis. A morte é uma estrela de tipo II, é a variedade mais luminosa.
Há um limite específico para que a massa, como a anã branca, possa crescer, 1,4x a massa do Sol, antes que ela não possa mais se sustentar contra o colapso gravitacional.
Nugent lembra que quando se aproxima do limite, as condições estão reunidas no centro, de modo que a anã branca detona em uma explosão colossal termonuclear, que converte o carbono e oxigênio em elementos mais pesados, incluindo níquel. "Um choque ejeta o material em uma brilhante fotosfera em expansão. Muito do brilho vem do calor do níquel radioativo que decai ao cobalto. A luz também ve
m da onda de choque, e se isso próximo a uma estrela companheira, ela pode ser reaquecida, aumentando a luminosidade”.
O professor assistente de astronomia e física na Universidade de Berkeley e cientista da faculdade na divisão Berkeley de Ciência Nuclear, Daniel Kasen, disse que “leva apenas alguns segundos para que a onda de choque ‘rasgue’ a estrela, mas os restos aquecidos na explosão continuarão a brilhar por várias horas”.Mark Sullivan, da Oxford University, lembra que "entender como essas explosões gigantes criam e misturam materiais é importante porque as supernovas estão onde nós temos a maioria dos elementos que compõem a Terra e até mesmo nossos próprios corpos - por exemplo, essas supernovas são uma importante fonte de ferro no universo. Então todos nós somos feitos de pedaços de estrelas explodindo”, ressaltou. Os resultados estão relatados na revista Nature.

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