domingo, 5 de fevereiro de 2012

Descobertos pulsares que giram em uma velocidade jamais vista



Na foto uma animação da NASA mostrando o pulsar super brilhante e super jovem J1823-2021A, que é o pulsar mais brilhante e mais jovem já descoberto e com um poderosíssimo campo magnético.
As estrelas espetacularmente rápidas, conhecida como pulsares, podem perder mais da metade da energia rotacional após sua morte, sugere pesquisa.
Os pulsares são estrelas que entraram em colapso depois de serem submetidas a uma degenerada pressão de nêutrons. Também conhecidas como Estrelas de Nêutrons, os pulsares tem seus núcleos fortemente magnetizados e emitem impulsos de duração média de 35 milésimos de segundo. Cada minúsculo pedaço de matéria da estrela de nêutrons pesa tanto quanto uma montanha de cem milhões de toneladas.
As estrelas de nêutrons podem aumentar sua matéria e energia por canibalizar as estrelas companheiras, um processo que faz com que os pulsares emitam raios-X e girem de forma extraordinariamente rápida – algumas giram mais de mil vezes em um único segundo.
No entanto, no decorrer da desaceleração os pulsares diminuem sua emissão de impulsos gradualmente e emitem ondas de rádio em seu lugar. Um novo estudo feito pelo astrofísico Thomas Tauris da Universidade de Bonn, na Alemanha, pode ter a resposta. Tauris descobriu que pulsares podem desacelerar de forma dramática, ou seja, nos estágios finais, as estrelas ‘mortas’ podem perder mais da metade de sua energia rotacional.
Modelos de computador sugerem que as magnetosferas ou conchas de partículas carregadas, em torno de pulsares de milissegundo, crescem quando suas estrelas companheiras encolhem. Este crescimento exerce um toque de frenagem sobre os pulsares. Além disso, quando a matéria das estrelas companheiras entra nestas magnetosferas, elas podem ser explodidas, o que também ajuda a retardar o pulsar."Agora sabemos que o mesmo processo responsável por girar até estrelas velhas de nêutrons, possui extraordinárias taxas de rotação, com períodos de 1 a 10 milissegundos, também faz com que os pulsares de milissegundo desacelerem", disse Tauris.
Os resultados parecem estar de acordo com as últimas observações. "Uma implicação importante deste trabalho é que a emissão de raios-X dos pulsares de milissegundo deve, em média, girar mais rápido do que os pulsares de milissegundo emissores de ondas de rádio". Tauris acrescentou: "Este é exatamente o que os atuais dados observacionais parecem sugerir”.
Tauris detalhou suas descobertas na revista Science.

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