A imagem captada mostra com detalhes e bastante nitidez uma estrela pré-moribunda, de acordo com a NASA.
A estrela ainda não “morreu”, mas esta é sua despedida (como os
cientistas costumam brincar). Este último estágio é uma espécie de
canção final. A explosão foi observada pela primeira vez no século 19.
Muito em breve (e isso pode durar pouco tempo ou milhares de anos),
esta imagem não será nada comparada a monstruosa explosão que irá
acontecer, transformando-se em uma supernova. Quando uma estrela
explode em supernova, seu brilho é tão grande que brilha no céu mais do
que qualquer outra estrela.
A câmera de alta resolução Advanced Camera for Surveys
do Hubble, certamente não existirá quando o grande evento acontecer,
talvez nem os humanos existam até lá. Mas a NASA garante que, se
existirem humanos na Terra quando a estrela explodir, “será uma visão impressionante para quem estiver no nosso planeta”, afirma a Agência Espacial Norte Americana em um comunicado oficial.
A imagem foi divulgada ao mundo ontem, dia 24 de fevereiro, mostrando
um sistema binário da estrela Eta Carinae. Há quase 200 anos, tornou-se
a mais brilhante no céu, ultrapassando o brilho da estrela Sirius que
está quase mil vezes mais próxima de nós. Isso durou até 1843. Nos
próximos 20 anos após o estonteante brilho ela ficou totalmente
invisível a olho nu.
Nos anos seguintes, Eta Carinae variava muito de brilho e nunca chegou
novamente ao seu pico do ano de 1843. O Telescópio Hubble captou uma
nova imagem da estrela, mostrando que neste sistema binário, a maior
das estrelas do Sistema Eta Carinae está instável, próxima de seu fim.
Os astrônomos chamam estes eventos de “supernova impostora”, pois as
explosões param antes que a estrela seja destruída.Embora os astrônomos do século 19 não possuíssem poderosos telescópios,
era possível ver as explosões da estrela com detalhes, e seus efeitos
naquela época são estudados até hoje. As enormes nuvens de matéria que
ela expulsou há quase 200 anos são chamadas de Nebulosa de Homunculus.
São, aproximadamente, 500 vezes maiores que todo o Sistema Solar e são
estudas pelo Hubble desde o dia de seu lançamento.
A nova imagem captada mostra que, como ela não conseguiu expulsar seu
material de forma uniforma, formou uma estrutura diferente, como um
grande haltere de musculação.
Eta Carinae não é só interessante por causa de seu passado, mas também
pelo seu futuro. É uma das estrelas mais próximas da Terra e é cotada a
explodir em supernova em breve – mesmo que o ‘breve’ em padrões
astronômicos possa significar 1 milhão de anos.
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