terça-feira, 6 de março de 2012

Oceano de Europa, uma das luas de Júpiter, pode ser muito ácido para abrigar vida


Os cientistas sempre tiveram esperança de que a vida poderia ser encontrada em Europa, uma das 64 luas conhecidas de Júpiter.
Europa sempre foi considerada “especial” por abrigar uma grande calota de gelo. Estimava-se que abaixo de todo esse gelo existisse um grande oceano, que possivelmente abrigasse vida.
Mas agora investigadores sugerem que o oceano de Europa pode ser muito ácido para abrigar vida, ao menos à grande maioria das quais conhecemos. A declaração serviu como uma notícia amarga para aqueles que apostavam suas fichas na possibilidade de vida em um dos satélites naturais de Júpiter.
Os cientistas chegaram à conclusão através de análises de produtos químicos na superfície de Europa. Estas substâncias são oxidantes, como o peróxido de hidrogênio (conhecido popularmente como água oxigenada) que forma ligações com outros produtos químicos, criando compostos que inviabilizariam a vida.
Os oxidantes podem ser um fator de impedimento ao surgimento de vida, com exceção do oxigênio que é vital para a grande parte da vida na Terra. Os astrônomos calculam que em Europa, os oxidantes possam fazer ligações com sulfetos, formando ácido sulfúrico.Isso levaria a uma total acidez do oceano, com o pH girando em torno dos 2,6 – tão ácido como uma Coca-Cola. “Este resultado certamente não é amigável para a vida”, declarou Mateus Pasek, pesquisador da Universidade do Sul da Califórnia, um dos autores da pesquisa.
Isso acaba mexendo com o desenvolvimento das membranas, dificultando a construção de polímeros orgânicos em grande escala”, concluiu o cientista.Em situações de acidez como esta, a única vida possível seria uma classe de bactérias chamadas acidófilas que suportariam viver em um ambiente com ácidos, pois ela utiliza sulfetos para sobreviver.

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