As últimas pesquisas astronômicas sugerem que existem, pelo menos, 160
bilhões de planetas extrasolares na Via Láctea. Será que isso significa
que temos bilhões de mundos potencialmente habitáveis em nossa
galáxia?
Ao olhar para os primórdios destes jovens sistemas planetários, os
astrônomos podem fazer suposições perspicazes sobre como planetas como a
Terra acabam se formando.
Pesquisadores dizem que, para abrigar a vida como conhecemos, um
planeta não deve apenas conter uma atmosfera parecida com a Terra, mas
também uma similaridade com a composição interna.
Os membros da equipe Garik Israelian, responsáveis por entender essas questões, deram um comunicado: “Não
pode haver bilhões de planetas como a Terra no Universo, mas a grande
maioria deles pode ter uma estrutura interna totalmente diferente da
nossa. Planetas em construção são quimicamente diferentes de ambientes
não-solares (o que é algo muito comum no Universo), podendo levar à
formação de mundos estranhos, muito diferentes do nosso. A quantidade de
substâncias radioativas e alguns elementos refratários, especialmente o
silício, podem ter implicações drásticas para processos planetários,
como a influência nas placas tectônicas e atividades vulcânicas
inadequadas”.Este trabalho científico ainda está em seu estágio inicial, por isso
não podemos dizer com certeza o percentual de planetas rochosos que são
parecidos com a Terra. A chave será descobrir a abundância média
destes elementos em diferentes galáxias em incontáveis sistemas
solares.
Mas isso não é uma tarefa fácil – agora, tudo o que os cientistas podem
dizer com certeza é que parece haver variação gigantesca entre
diferentes sistemas solares, com alguns índices que caracterizam
carbono/ oxigênio e magnésio/ silício, que são combinações perfeitas
para procurar em sistemas solares, e quem sabe, em planetas exóticos.
Parece que nossa galáxia é capaz de variedades inimagináveis, e
encontrar um planeta muito parecido com a Terra pode ser mais difícil
do que a humanidade espera.