sexta-feira, 27 de abril de 2012

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Empresa construirá sonda de R$ 400 milhões para examinar o Sol


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) anunciou ter firmado um contrato de US$ 400 milhões com uma empresa britânica de tecnologia para construir um satélite com vistas a examinar o Sol de uma proximidade nunca conseguida antes.
O Orbitador Solar, a ser construído pela Astrium UK, tem previsão de lançamento para janeiro de 2017 e se aproximará a 45 milhões de km do Sol, mais perto do que Mercúrio, seu planeta mais próximo.
O cientista encarregado do projeto, Daniel Mueller, afirmou que o satélite, medindo cerca de 8 m³, terá que resistir dez vezes o calor do sol em comparação com o que chega à Terra. "O satélite terá que ser equipado com um escudo maciço de calor que deverá ser capaz de suportar cerca de 500 graus centígrados no lado voltado para o Sol e deverá ter temperatura controlada na parte de trás para proteger seus sensíveis equipamentos eletrônicos", afirmou.
O escudo deverá ter cerca de 30 cm de espessura e poderá ser composto de titânio envolvido em uma chapa isolante ou composto de fibra de carbono. A nave espacial examinará o vento solar, um fenômeno que afeta as comunicações por satélite.
Também estudará os polos da estrela para compreender como o Sol gera seu campo magnético. O contrato com a Astrium, subsidiária da gigante de defesa EADS, é um dos maiores já feitos entre a ESA e uma empresa britânica, ressaltou um comunicado. Algumas companhias europeias fornecerão componentes, enquanto Estados Unidos e membros da ESA financiarão alguns equipamentos científicos.
"O Orbitador Solar é uma missão fantástica", disse Alvaro Gimenez Canete, diretor de ciência e exploração robótica da ESA. "Ele nos ajudará a compreender como o Sol, essencial para quase toda vida na Terra, forma a helioesfera ('bolha' magnética que cerca nosso sistema solar) e dá origem ao clima espacial, que pode ter enorme influência na nossa civilização moderna", acrescentou.

Ônibus espacial Enterprise é aplaudido em último voo


Ônibus espacial foi o primeiro, mas, como era um protótipo, nunca chegou ao espaço. Foto: APÔnibus espacial foi o primeiro, mas, como era um protótipo, nunca chegou ao espaço
O ônibus espacial Enterprise, um protótipo que jamais viajou ao espaço, chegou nesta sexta-feira a Nova York em um último voo espetacular, acoplado a um Boeing 747 modificado para este fim. Depois de sobrevoar a Estátua da Liberdade e os arranha-céus de Manhattan, acompanhado ao vivo pelos canais de televisão, a nave aterrissou no aeroporto John F. Kennedy no fim da manhã, de onde será levado para seu destino final, o Intrepid Sea, Air and Space Museum.
O sobrevoo da nave foi saudado por aplausos e assobios ao longo do rio Hudson, onde centenas de turistas e nova-iorquinos se mostraram emocionados com a ocasião. "Acho que é a coisa mais legal que já vi. Estou sem palavras", afirmou Leuinda Field, 37 anos, uma professor que levou seu filho de 3 anos para participar do momento.
O ônibus espacial e o Boeing deixaram Washington nesta sexta-feira, pela manhã. A nave foi concluída em 1976 para ser usada para testes de voo atmosférico, mas não numa missão no espaço, ao contrário dos demais cinco ônibus da frota.
Na ocasião, foi lançada num grande evento que contou com a participação dos atores de Jornada nas Estrelas (Star Trek), uma vez que Enterprise é o mesmo nome da nave espacial usada nas missões do capitão Kirk e sr. Spock, os heróis do seriado criado por Gene Roddenberry na década de 1960.
Depois, o Enterprise virou uma atração turística. "Várias semanas após a chegada, o Enterprise será desacoplado do 747 e colocado em uma barcaça que será puxada por rebocadores pelo rio Hudson ao Intrepid Sea, Air and Space Museum", informou a Nasa em um comunicado.
As viagens finais dos outros ônibus espaciais também atraíram uma multidão de fãs. O Discovery se tornou, no dia 19 de abril, o primeiro ônibus espacial da antiga frota da Nasa - com exceção do protótipo Enterprise - a entrar em um museu, com uma festa com honras militares que marcou o fim de um programa de três décadas de voos espaciais tripulados. O Discovery também realizou uma espetacular despedida sobrevoando a capital americana carregado por um Boeing 747, procedente da Flórida.
Nos próximos meses será a vez do Endeavour e do Atlantis. O Endeavour será levado do Central Espacial Kennedy para o California Science Center em Los Angeles. O Atlantis, que ainda está na Flórida, também será exibido no Kennedy Center.
Os outros dois ônibus espaciais da frota, o Challenger e o Columbia, foram destruídos em acidentes. O Challenger explodiu pouco depois do lançamento, em 1986, e o Columbia se desintegrou durante a reentrada na atmosfera, em 2003. Os dois desastres mataram todos os tripulantes a bordo. Com o encerramento do programa do ônibus espacial, em julho de 2011, a Rússia ficou como único país capaz de enviar astronautas ao espaço.

asteroide 'gigante' passa próximo à Terra após 12 anos


O asteroide 4183 Cuno, descoberto em 1959, passará próximo à Terra após 12 anos. O Cuno possui diâmetro estimado entre 3,5 km e 7,8 km, muito acima da média deste tipo de corpo celeste que costuma se aproximar do planeta. A passagem ocorrerá no próximo dia 20 de maio.
De acordo com o Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa - a agência espacial americana - o asteroide passará a 47,4 LD (distâncias lunares) da Terra, cerca de 18 mi de km. O JPL é o órgão que coordena esforços da Nasa para detectar, rastrear e caracterizar asteroides potencialmente perigosos e cometas que se aproximam da Terra.
O 4183 Cuno possui magnitude 14,4 e viaja a cerca de 14,4 km/s. Não há risco de colisão com a Terra. No dia 22 de dezembro de 2000, última vez que passou perto do planeta, ele viajava a 21,1 km/s.
A próxima passagem do 4183 Cuno próximo à órbita terrestre está prevista para o dia 8 de dezembro de 2014. O asteroide foi descoberto em 1959 por Cuno Hoffmeister, astrônomo alemão, em análise realizada na cidade de Bloemfontein, na África do Sul

Curiosity: A mais completa sonda em marte


                                                                  Curiosity

Astronomia de A a Z

Você sabe a diferença entre nova, supernova e hipernova? A diferença de um parsec(ou como os astrônomos chegaram até ela) é algo que lhe encomoda? Não consegue dormir antes de descobrir de qual estado da matéria o sol é feito?
Este pequeno guia tenta desvendar, de forma simples e direta, algumas das questões mais comuns e necessárias na astronomia. Veja a seguir as principais delas:
Astronomia de A a Z

'Atacada' pelo Sol, nave pode ajudar missão tripulada a Marte


Gráfico mostra em verde rota da nave rumo a Marte. Foto: Nasa/DivulgaçãoGráfico mostra em verde rota da nave rumo a Marte
Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho. Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.

A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.
A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.
E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.
"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.
Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.
Curiosity
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.

Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.
O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.

A caminho de museu, Enterprise sobrevoa Nova York


Acoplada a um avião, Enterprise sobrevoa a Estátua da Liberdade (Foto: Reuters/Brendan McDermid)
Acoplada a um avião, Enterprise sobrevoa a
Estátua da Liberdade 
A Nasa transportou na manhã desta sexta-feira (27) a Enterprise de Washington para Nova York. O Boeing 747 adaptado para levar a nave decolou do aeroporto de Dulles, na capital, rumo ao aeroporto JFK, na maior cidade norte-americana.
No caminho, o avião sobrevoou a ilha de Manhattan, exibindo a Enterprise perto de importantes pontos turísticos de Nova York.
A nave, que serviu como protótipo para os ônibus espaciais, mas nunca saiu da Terra, ficará exposta no Museu Marítimo e Aeroespacial Intrepid a partir de julho.
Antes, a Enterprise ficava Museu Aeroespacial do Instituto Smithsonian, mas foi retirada para dar lugar ao ônibus espacial Discovery no último dia 17.
O transporte das duas naves foi feito da mesma maneira. Elas foram acopladas a um Boeing 747, que as leva “nas costas”.

Os outros ônibus espaciais sobreviventes, Endeavour e Atlantis, serão expostos ainda neste ano no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, e no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, respectivamente.
Enterprise acima dos prédios de Manhattan, em Nova York (Foto: AP Photo/Julio Cortez)Enterprise acima dos prédios de Manhattan, em Nova York

Astronautas retornam à Terra após seis meses na estação espacial


Soyuz TMA-22 pousa no Cazaquistão (Foto: AFP Photo/Kirill Kudryatsev)
Soyuz TMA-22 pousa no Cazaquistão
Três astronautas -- os russos Anton Shklaperov e Anatoli Ivanishin e o americano Dan Burbank -- retornaram nesta sexta-feira (27) à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), anunciou o Centro Russo de Controle dos Voos Espaciais (TSOUP).
"Pouso de sucesso", afirma uma mensagem do TSOUP nas câmeras de controle, quando a nave espacial Soyuz tocou a terra às 8h45 (horário de Brasília, 17h45 no horário local) no Cazaquistão. A viagem durou cerca de três horas de meia.
Pouco depois da aterrissagem, os astronautas apareceram em boa forma e sorridentes diante das câmeras.
Depois de sair da cápsula Soyuz, os três astronautas foram envolvidos por um cobertor azul, enquanto os médicos iniciavam os primeiros exames.
Anatoli Ivanishin é retirado da Soyuz pela equipe de apoio em Terra (Foto: AFP Photo/Kirill Kudryatsev)Anatoli Ivanishin é retirado da Soyuz pela equipe de apoio em terra
O russo Anton Shklaperov foi o primeiro a sair, seguido por Ivanishin e Burbank.
Os três haviam decolado do cosmódromo de Baikonur para a ISS em 14 de novembro de 2011.
A nova missão para a estação orbital decolará em 15 de maio do mesmo cosmódromo no Cazaquistão. Atualmente, a ISS conta com as presenças do russo Oleg Kononenko, do americano Don Pettit e do holandês André Kuipers.
Soyuz TMA-22, poucos minutos depois de desacoplada da ISS, em foto feita pelo astronauta Andre Kuipers (Foto: ESA/Nasa)Soyuz TMA-22, poucos minutos depois de desacoplada da ISS, em foto feita pelo astronauta Andre Kuipers 

Evaporação e formação de chuvas estão mais rápidas, dizem cientistas


Estudo realizado por pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos afirma que os eventos extremos da natureza como a seca e as chuvas, decorrentes da mudança climática global, ficarão mais intensos nas regiões onde esses fenômenos já ocorrem com frequência.
Segundo artigo publicado na revista científica “Science” nesta quinta-feira (26), foram analisados 50 anos de medições de níveis de salinidade do mar e na atmosfera da Terra e verificou-se que o processo de evaporação e precipitação (chuva) tem ocorrido de forma mais rápida.
Os cientistas sugerem que este ciclo global da água poderá se intensificar em até 24% se as temperaturas globais aumentarem entre 2º C e 3ºC – conforme previsão feita pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
O efeito é classificado como “ricos cada vez mais ricos”, ou seja, onde já há secas intensas, a probabilidade de agravamento é alta e onde as regiões já são umidas, as chuvas devem se acentuar.
Os estudiosos afirmam que essa mudança na disponibilidade de água doce (proveniente das chuvas), em resposta à mudança climática, representa um importante risco para a sociedade humana e ecossistemas. Uma redistribuição de chuvas afetaria, por exemplo, a disponibilidade de alimentos no mundo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Agricultores e caçadores se miscigenaram na Europa


Uma análise de DNA de quatro humanos da Idade da Pedra, publicada nesta quinta-feira, revela como fazendeiros provavelmente migraram para o norte da Europa a partir do Mediterrâneo e acabaram se misturando com caçadores-coletores.
O estudo, realizado por uma equipe sueco-dinamarquesa e publicado na revista científica americana Science, lança luz sobre um capítulo muito discutido da história humana: Como a agricultura se disseminou do Oriente Médio para a Europa?
Os cientistas acreditam que a agricultura tenha se originado no Oriente Médio por volta de 11 mil anos atrás e alcançou a maior parte da Europa continental há cerca de 5 mil anos. As últimas descobertas sugerem que técnicas de plantio foram introduzidas por populações do sul que viviam na região do Mediterrâneo e levaram seu conhecimento para os caçadores-coletores do norte.
Os cientistas chegaram a esta conclusão após o uso de análise avançada de DNA em quatro restos mortais da Idade da Pedra na Suécia - um fazendeiro e três caçadores-coletores - de cinco mil anos atrás. Os estudiosos conseguiram diferenciá-los, em parte, pela forma como os restos foram sepultados: o fazendeiro em uma tumba elevada de pedra megalítica e os caçadores coletores, em covas rasas.
"Nós analisamos dados genéticos de duas diferentes culturas, uma de caçadores-coletores e outra de fazendeiros, que coexistiram mais ou menos na mesma época, a menos de 400 km de distância uma da outra", explicou o autor do estudo, Pontus Skoglund.
"Após comparar nossos dados com os de populações de humanos modernos da Europa, nós descobrimos que os caçadores-coletores da Idade da Pedra estavam fora da variação genética das populações modernas, porém mais próximos dos indivíduos finlandeses, e que o fazendeiro que analisamos combinava estreitamente com as populações mediterrâneas", acrescentou.
Este dado produz a imagem de uma migração de culturas de fazendeiros que levaram seus plantios e expertise de semeadura e acabaram se misturando aos locais, ensinando-os como cultivar a própria comida. "O perfil genético do fazendeiro da Idade da Pedra combinava com o de pessoas que atualmente vivem nas adjacências do Mediterrâneo, em Chipre, por exemplo", explicou Skoglund, estudante da Universidade de Uppsala, na Suécia.
"Os resultados sugerem que a agricultura se espalhou pela Europa, em conjunto com uma migração das pessoas", acrescentou Skoglund. "Se a agricultura tivesse se disseminado exclusivamente como processo cultural, não esperaríamos ver um fazendeiro no norte com tal afinidade genética com as populações do sul", emendou.
O coautor da pesquisa, Mattias Jakobsson, também da Universidade de Uppsala, disse que os dois grupos "tinham heranças genéticas totalmente diferentes e viveram lado a lado por mais de mil anos até finalmente se miscigenarem".
O resultado é a população europeia moderna, que mostra fortes influências genéticas dos fazendeiros imigrantes da Idade da Pedra, embora alguns genes de caçadores-coletores tenham permanecido, afirmaram os cientistas.
O estudo foi financiado pelo Conselho Nacional Dinamarquês de Pesquisa, pela Academia Real de Ciências Sueca e pelo Conselho de Pesquisas Sueco, assim como por instituições privadas.

Lava vulcânica esculpiu solo de Marte em passado geológico recente

Imagem fornecida pela Nasa (agência espacial norte-americana), nesta quinta-feira (26),  mostra fluxo de lava em formas circulares próximo à região equatorial de Marte. Analisando as imagens de alta resolução da região, pesquisadores da agência determinaram que a área foi esculpida por atividade vulcânica no passado geológico recente. Esta é a primeira vez que essas características geológicas foram descobertas fora da Terra.  (Foto: AP Photo / Nasa)Imagem da Nasa (agência espacial norte-americana), divulgada nesta quinta-feira (26), mostra fluxo de lava em formas circulares próximo à região equatorial de Marte. Analisando as imagens em alta resolução da região, pesquisadores da agência determinaram que a área foi esculpida por atividade vulcânica no passado geológico recente. Esta é a primeira vez que tais características geológicas foram descobertas fora da Terra.

Cientistas descobrem aglomerado de galáxias mais longínquo do espaço


Astrônomos japoneses anunciaram nesta quarta-feira (25) a descoberta de um cluster (aglomerado) de galáxias há 12,72 bilhões de anos-luz de distância da Terra, o que alegam ser o mais longínquo já encontrado. A pesquisa será publicada no periódico americano "Astrophysical Journal".
Usando um poderoso telescópio baseado no Havaí, a equipe fez uma viagem no tempo, observando o espaço como era cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo.
Astrônomos japoneses Imagem captada pelo telescópio japonês Subaru.  (Foto: National Astronomical Observator / AFP)
O telescópio Subaru baseado no Havaí detectou um cluster de galáxias há 12, 72 bilhões de anos-luz de distancia da Terra. 
"Isto mostra que um cluster de galáxias já existia nos estágios mais remotos do universo, quando ainda tinha menos de um bilhão de anos de sua história de 13,7 bilhões de anos", anunciaram os astrônomos em um comunicado.
A descoberta foi feita em conjunto por cientistas da estatal Universidade de Estudos Avançados e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, usando o Telescópio Subaru do Havaí.
Eles encontraram um "protocluster de galáxias", que deve ajudar os cientistas a compreender a estrutura do universo e como as galáxias se desenvolveram.
Usando o telescópio Hublle, da Nasa, os cientistas tinham anunciado anteriormente a descoberta de um possível cluster de galáxias cerca de 13,1 bilhões de anos-luz distante da Terra, mas esta ainda não foi confirmada, segundo os cientistas japoneses.

Homem encontra meteoritos recém-caídos nos Estados Unidos


Robert Ward encontrou dois meteoritos na Califórnia (Foto: AP Photo/Rich Pedroncelli)
Robert Ward encontrou dois meteoritos na
Califórnia 
Um caçador de meteoros encontrou no estado norte-americano da Califórnia duas rochas que vieram do espaço – a origem destas pedras foi confirmada por cientistas.
No último fim de semana, uma chuva de meteoros atingiu a Terra, e foi vista na região oeste dos Estados Unidos.
Robert Ward acredita que as duas pedrinhas que encontrou – cada uma com cerca de 10 gramas – sejam parte do mesmo meteoro. Segundo os especialistas, este meteoro teria o tamanho de uma minivan antes de se desintegrar devido ao atrito com a atmosfera.
A análise mostrou que os meteoritos são “condritos carbonáceos”, como os cientistas classificam. São rochas da época da formação do Sistema Solar, cerca de 5 bilhões de anos atrás.
“É uma das coisas mais antigas conhecidas pelo homem e um dos tipos mais raros de meteoritos que existem”, apontou Ward. “Contém aminoácidos e compostos orgânicos que são extremamente importantes para a ciência”, completou.
Em mais de 20 anos com o hobby, Ward diz que já encontrou meteoritos em todos os continentes, com exceção da Antártica.
No domingo (22), a Nasa registrou a chuva de meteoros no estado de Nevada (Foto: AP Photo/Lisa Warren, NASA/JPL)
No domingo (22), a Nasa registrou a chuva de meteoros no estado de Nevada

Torres de telecomunicações matam 7 milhões de pássaros por ano


Cerca de 7 milhões de pássaros morrem anualmente na América do Norte devido à torres de telecomunicações, sobretudo as mais altas, durante sua migração para América Central e América do Sul, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira. Estas aves são vítimas das 84 mil torres instaladas nos Estados Unidos e Canadá, algumas das quais alcançam 600 m de altura, ou seja, duas vezes a altura da Torre Eiffel.
"Tal tragédia poderia ser evitada", disse Travis Longcore, um ornitólogo da Universidade da Califórnia do Sul, principal autor do estudo publicado na revista americana PLoS ONE (Public Library of Science). Quanto maior a torre, maior a ameaça para os pássaros.
Os pássaros não morrem por se chocar contra a torre, mas por atingir os numerosos cabos metálicos que rodeiam essas estruturas para mantê-las firmes em seu lugar. Em caso de mau tempo, as nuvens obrigam as aves a voar mais baixo, impedindo os animais de contar com elementos de navegação como as estrelas, e deixando como única referência visual os focos vermelhos dessas antenas enormes.
"Os pássaros não podem se desprender destas lâmpadas vermelhas fixas que têm como referência, o que os obriga a voar em círculos ao redor das torres e acabam atingindo estes cabos", explica Travis Longcore.
Ele completou que as torres com luzes intermitentes são por esta razão menos perigosas para as aves. Substituir luzes fixas por luzes intermitentes tornaria as torres menos perigosas para as aves.

Correntes marinhas quentes derretem geleiras na Antártica, diz estudo


O derretimento do gelo polar, tido como uma das consequências mais graves do aquecimento global, não ocorre só devido às mudanças de temperatura do ar. Um estudo publicado nesta quarta-feira (25) pela revista “Nature” mostra que o gelo é atacado em duas frentes: pela água e pelo ar.
As correntes marinhas cada vez mais quentes derretem as plataformas de gelo por baixo. Por cima, o calor provoca o derretimento do gelo que fica em contato com o ar. O fenômeno ocorre com 20 das 54 plataformas de gelo da Antártica analisadas na pesquisa. O oeste do continente é a região mais afetada.

“Podemos perder uma quantidade terrível de gelo para o mar sem nunca ter um verão quente suficiente para derreter a neve no topo das geleiras. O oceano pode fazer todo o trabalho por baixo”, afirmou Hamish Pritchard, do Programa Antártico Britânico, autor do estudo, em material de divulgação da Nasa.
Os especialistas que conduziram o estudo usaram dados do Icesat, da Nasa. Este aparelho usa tecnologia a laser para analisar a superfície polar. Os dados obtidos entre 2003 e 2008 foram processados por um modelo de computador para chegar à conclusão.
A pesquisa mostrou ainda que as mudanças que o mar provocam na geleira têm influência sobre o clima da Antártica. A força e a direção dos ventos é alterada, o que sugere que o aquecimento global pode ter um efeito especialmente rápido sobre o continente.
Capa de gelo flutuante na região da Antártida, já com rachaduras. (Foto: Michael Van Woert / NOAA /  Divulgação)Geleira se rompe na Antártica 

Cientistas criam simulador quântico mais potente

Cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês) dos Estados Unidos criaram um simulador quântico que pode ajudar a compreender as propriedades de materiais magnéticos.

Muitos fenômenos importantes da Física não são bem compreendidos porque dependem da mecânica quântica, a física do infinitamente pequeno, regida por leis diferentes das do mundo visível.
Os computadores clássicos, até mesmo os melhores, são incapazes de simular sistemas quânticos. Por isso precisam de instrumentos mais precisos para compreender materiais como os supercondutores de alta temperatura, cujas propriedades dependem, segundo se acredita, do comportamento quântico de centenas de partículas.
O simulador concebido pelos físicos do NIST, apresentado nesta quarta-feira (25) em artigo publicado na revista "Nature", explora duas propriedades quânticas: a "superposição" (o fato de uma partícula quântica poder se apresentar em dois estados diferentes ao mesmo tempo) e a "intrincação" (o fato de que partículas separadas fisicamente podem estar estreitamente interligadas).
O simulador pode fazer interações entre centenas de bits quânticos (cubits), "10 vezes mais do que os dispositivos anteriores", destacou o NIST em um comunicado.
O bit é a parte da informação mais elementar compreensível para um computador atualmente. No mundo quântico, esta unidade básica de denomina cubit. Pode ter valor 1 ou 0, como um bit, mas também possuir estes dois valores ao mesmo tempo, o que o habilita a fazer incontáveis cálculos simultâneos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Novo motor de foguete está pronto para segunda série de testes


O motor J-2X em 2008 durante testes feitos pela Nasa. Foto: Nasa/DivulgaçãoO motor J-2X em 2008 durante testes feitos pela Nasa
O motor da próxima geração que vai ajudar a carregar humanos ainda mais longe no espaço está de volta, maior e melhor. O J-2X está atualmente passando por uma bateria de testes no Centro Espacial Stennis da Nasa, no Mississipi, Estados Unidos, para trabalhar nos testes que tiveram resultado positivo no ano passado. O motor vai oferecer energia superior para o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) da Nasa, será praticamente um novo foguete mais forte, capaz de cumprir missões em um espaço ainda mais longe.
"Estamos progredindo constante e tangivelmente em nosso novo foguete que lançará astronautas em jornadas com destinos longínquos no sistema solar", afirmou o administrador da Nasa, Charles Bolden, que recentemente visitou o Centro Stennis e viu o J-2X em fase de testes. "Conforme seguimos com os testes do motor J-2X e incontáveis outros trabalhos para abrir um novo e ótimo capítulo de exploração, estamos demonstrando nosso compromisso neste momento com a liderança continua da América no Espaço".
Segundo o site da Nasa, a agência espacial conduziu uma bateria inicial de testes ao nível do mar no ano passado, no primeira tentativa de desenvolvimento do motor. A segunda série de testes vai simular condições de altitude elevada onde a pressão atmosférica é mais baixa. O SLS usará os motores J-2X na segunda etapa do voo, depois que a primeira fase for descartada.
Uma série com um total de 16 testes está programada para ser concluída até o final do ano.

Telescópio da Nasa encontra galáxia com dupla personalidade


Enquanto algumas galáxias são redondas e outras têm o formato de um disco fino como o espiral Milky Way, novas observações do Telescópio Splitzer da Nasa mostram que a galáxia Sombrero consegue ter ambas as formas. Ela é redonda, oval com um fino disco no seu interior, e é uma das primeiras galáxias conhecidas por exibir tais características. As pesquisas vão permitir esclarecimentos da evolução galáctica, um assunto ainda não muito entendido atualmente.
"A Sombrero é mais complexa do que pensávamos antes", diz Dimitri Gadotti, do Observatório Europeu do Sul, no Chile. "A única maneira de entender tudo que sabemos sobre esta galáxia é pensando nela como se fossem duas, uma dentro da outra", afirma.
Segundo o site da Nasa, a galáxia Sombrero, também conhecida como NGC 4594, está localizada a 28 milhões de anos-luz na constelação de Virgem. Do nosso ponto de vista na Terra, podemos ver a fina borda de seu disco "achatado" e uma protuberância de estrelas, fazendo com que seja semelhante a uma aba de chapéu.
"O Splitzer está ajudando a desvendar os segredos por trás de um objeto que foi imaginado milhares de vezes", afirma Sean Carey, do Centro de Ciência Splitzer da Nasa, no Instituto de Tecnologia em Pasadena, Califórnia.
O telescópio da Nasa consegue capturar diferentes cenários da galáxia, o que outros tipos de telescópio não são capazes de fazer. Em cenários visíveis, a galáxia parece estar imersa em uma auréola, a qual cientistas chegaram a pensar que era relativamente leve e pequena. Com a visão infravermelha do Splitzer, uma visão diferente aparece, mostrando estrelas mais antigas em meio à poeira e revelando que a auréola tem o tamanho e massa certos para ser uma galáxia elíptica gigante.
Pesquisadores acreditam que os resultados deste estudo podem ajudar a entender melhor como as galáxias se desenvolvem. Outra galáxia, chamada Centaurus A, também parece ser elíptica, com um disco em seu interior. Porém, seu disco não contém muitas estrelas. Astrônomos especulam que a Centaurus A poderia estar em um estágio mais precoce de evolução que a Sombrero, podendo eventualmente ser semelhante à ela.

Conjunto de galáxias mais longínquo do espaço é descoberto


Astrônomos japoneses anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de um conjunto de galáxias há 12,72 bilhões de anos-luz de distância da Terra, o que alegam ser o mais longínquo já encontrado.
Usando um poderoso telescópio baseado no Havaí, a equipe fez uma viagem no tempo, observando o espaço como era cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo. "Isto mostra que um agrupamento de galáxias já existia nos estágios mais remotos do universo, quando ainda tinha menos de um bilhão de anos de sua história de 13,7 bilhões de anos", anunciaram os astrônomos em um comunicado.
A descoberta foi feita em conjunto por cientistas da estatal Universidade de Estudos Avançados e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, usando o Telescópio Subaru do Havaí. Eles encontraram um "protocluster de galáxias", que deve ajudar os cientistas a compreender a estrutura do universo e como as galáxias se desenvolveram. A pesquisa será publicada no periódico americano Astrophysical Journal.
Usando o telescópio Hublle, da Nasa, os cientistas tinham anunciado anteriormente a descoberta de um possível conjunto de galáxias cerca de 13,1 bilhões de anos-luz distante da Terra, mas esta ainda não foi confirmada, segundo os cientistas japoneses.

Nobel de Química de 2010 defende transformar CO2 em energia


O prêmio Nobel de Química em 2010, o japonês Ei-ichi Negishi, falou nesta quarta-feira sobre uma possível solução para reduzir o aquecimento global, através de um processo de catálise do dióxido de carbono (CO2) para "reciclá-lo", diminuir seu nível de oxidação e transformá-lo em combustível. Em entrevista coletiva dentro do programa de divulgação científica da Universidade de Santiago de Compostela (USC, noroeste da Espanha), Negishi ressaltou que esta possibilidade constitui "uma das maiores tarefas" da ciência.
"A natureza, ou Deus, esteve fazendo isso sempre com o CO2 e a água pelo processo natural da fotossíntese, transformando gases em hidrocarbonetos mediante um processo biológico", disse o pesquisador.
Ele destacou que com o ritmo de crescimento da população mundial, em 200 anos seria necessário outro planeta para poder alimentar a todos com os métodos tradicionais da agricultura.
Ao ser perguntado sobre as previsões de que o ritmo atual de aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera pode levar o planeta a uma mudança climática de consequências imprevisíveis, Negishi ressaltou que "o CO2, utilizado com água, poderia ser transformado em combustível".
Segundo o cientista, precisamos estar preparados para um aumento da população mundial nos próximos anos, tanto mediante um aumento da produção de alimentos de maneira tradicional, que absorvem os gases da atmosfera, como recorrendo a procedimentos "sintéticos" para evitar o fenômeno do aquecimento global.
Negishi, agraciado com o prêmio Nobel por desenvolver reações com catalisadores de paládio para criar compostos químicos, ressaltou que o CO2 poderia se transformar em uma fonte de energia se puder ser reciclado.
O dióxido de carbono tem tal nível de oxidação que, em si, não pode servir de combustível, mas uma vez rebaixado a monóxido de carbono, metanol ou metano, poderia servir para tal propósito, explica o cientista.
Ele também afirma que apesar dos processos de catálise serem muito caros, por causa dos materiais utilizados - como o ouro, platina, irídio, paládio ou prata - que têm um elevado valor de mercado, a biossíntese poderia abrir novas perspectivas.  

Asteroides gigantes caíram na Terra e na Lua com frequência há bilhões de anos


Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, a Terra e a Lua receberam impacto de inúmeros asteroides gigantes, maiores do que os que extinguiram os dinossauros, e durante um período mais longo do que se achava, informou nesta quarta-feira (25) a revista científica "Nature".
Ilustração da queda de um asteroide na Terra há bilhões de anos (Foto: Don Davis/Divulgação)Ilustração da queda de um asteroide na Terra há bilhões de anos 
"Descobrimos que asteroides gigantes, similares ou maiores aos que acabaram com os dinossauros, se chocaram contra a Terra com muito mais frequência do que se pensava", explicou à Agência Efe o astrofísico William Bottke, do Instituto de Pesquisas Southwest, no estado norte-americano do Colorado.

Autor de um dos dois artigos publicados na última edição da "Nature", sobre o impacto dos meteoritos, Bottke aponda que cerca de 70 asteroides de grandes dimensões se chocaram contra a Terra durante o período Arqueano, que está compreendido entre 2,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás. Segundo ele, a Lua também foi atingida.
"Nosso trabalho sugere que o Arqueano, um período de formação da vida e de nossa biosfera, foi também uma época marcada por muitos impactos de meteoritos de grande magnitude. Isto nos ajudará a entender melhor os primeiros períodos da história da vida na Terra", declarou Bottke.
Já Brandon Johnson, da Universidade de Purdue, no estado de Indiana, também nos EUA, afirma em outro estudo que estes violentos impactos tiveram um papel maior do que imaginávamos na evolução das primeiras formas de vida terrestre.
"Apesar de sempre pensarmos nos meteoritos como um detrimento para a vida, eles poderiam ter contribuído para a formação da mesma ao trazer material orgânico à Terra e produzir sistemas hidrotermal capazes de gerar vidas", detalhou Johnson à Agência Efe.
'Esférula' encontrada na Austrália (Foto: Bruce M. Simonson )
'Esférula' encontrada na Austrália
'Modelo de Nice' As descobertas de ambos os cientistas respaldam o "Modelo de Nice", uma hipótese que defende que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar -- Júpiter, Saturno, Urano e Netuno -- migraram a partir de uma distribuição inicial mais compacta até suas atuais posições.
O deslocamento destes planetas originou muitos asteroides, que, posteriormente, se viram atraídos em direção ao interior do Sistema Solar. Alguns destes asteroides bateram violentamente na Terra, na Lua e em outros corpos, um fenômeno conhecido como "bombardeio intenso tardio".
"Estes impactos geraram grandes crateras sobre a superfície lunar, que, por sinal, foram muito mais bem conservadas do que as da Terra. Esse fato pode apresentar uma grande quantidade de informações e explicar melhor este fenômeno", explicou Bottke.
No total, os cientistas contabilizaram na Lua 30 crateras com um diâmetro maior que 300 quilômetros e com idades que oscilam entre os 4.1 bilhões e os 3.8 bilhões de anos, mais antigas que as crateras encontradas na Terra.
Muitas crateras da superfície terrestre se perderam por causa da erosão e dos movimentos das placas tectônicas, sendo que poucas rochas dessa era sobreviveram. Por isso, o estudo de impacto de meteoritos caídos há mais de 2 bilhões de anos é mais complicado.
No entanto, o choque desses meteoritos fundiu algumas das rochas salpicadas que se esfriaram até se transformar em pequenos pedaços de vidro, denominadas esférulas. A partir dessas amostras, Bottke e Johnson estimaram a data do impacto, além do número e do tamanho dos asteroides.
Existem aproximadamente 20 jazidas de esférulas na Terra, que, segundo os especialistas, serão de grande utilidade para estudos futuros.

GPS permite emitir alertas mais ágeis de tsunami

A utilização de dados de GPS permitiria emitir mais rapidamente alertas de tsunami, avaliaram cientistas do Centro Alemão de Pesquisas em Geociência (GFZ), em Potsdam, que apresentaram seu estudo nesta quarta-feira (25) em Viena.

"Nós analisamos os dados de 500 estações de GPS após o terremoto de Fukushima e observamos que uma estimativa correta da magnitude 9 e do tsunami seria possível entre três e quatro minutos após o início do tremor", explicou Andrey Babeyko, pesquisador do GFZ, citado em um comunicado.
Os deslocamentos horizontais e verticais das placas tectônicas poderiam ser identificados ainda no decorrer do terremoto, o que representaria uma vantagem quando o epicentro se situasse perto da costa, onde a ocorrência de um tsunami daria pouco tempo de reação.
Os instrumentos sismológicos tradicionais são comparativamente mais lentos em gerar uma estimativa completa de um tremor de terra e tendem a subestimar a magnitude de sismos importantes, segundo os pesquisadores.
Os dados de sistemas de posicionamento global, por outro lado, permitiriam produzir um alerta de tsunami mais detalhado, avaliou a equipe do GFZ, que participa do congresso anual da União Europeia de Geociência (EGU), que se celebra em Viena até a próxima sexta-feira (28).
Para Babeyko, tal sistema seria "um instrumento preciso em todas as regiões expostas a sismos e tsunamis".
Em 11 de março do ano passado, um terremoto de magnitude 9, seguido de um enorme tsunami, devastaram o nordeste do Japão, deixando 19 mil mortos e provocando um incidente importante na usina nuclear de Fukushima, situada perto do epicentro.

Astrônomos fazem imagem de um aglomerado estelar dentro de outro


O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quarta-feira (25) uma nova imagem do aglomerado estelar NGC 6604. Na imagem, ele aparece no canto superior esquerdo.
Este agrupamento de estrelas é, na verdade, parte de uma associação maior e mais brilhante que contém uma centena de estrelas brilhantes levemente azuladas. NGC 6604 é, portanto, um aglomerado dentro de outro aglomerado.
Além de ser bonita, a imagem obtida pelo telescópio de La Silla, no Chile, serve para que os astrônomos estudem as colunas de gás quente e ionizado que emanam do aglomerado.
Aglomerado estelar NGC 6604 (Foto: ESO)Aglomerado estelar NGC 6604 

Projeto quer transmitir vídeo da Terra vista da órbita pela internet


Imagem feita a bordo da estação espacial internacional mostra o mar Mediterrâneo, a peninsula do Sinai e o delta do rio Nilo. (Foto: Nasa/Reuters)
Serviço promete mostrar imagens da Terra vista da
órbita pela internet 
Um projeto para colocar câmeras na Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) pretende transmitir pela internet um vídeo ao vivo da Terra vista de sua órbita. A transmissão será feita em tempo real, 24 horas por dia, e usará câmeras de alta definição que seriam instaladas na estação que orbita o planeta. O serviço deve ser lançado apenas em 2013.
De acordo com a statup Uthercast, que desenvolve o projeto, a qualidade da imagen transmitida aos computadores será em alta definição, o que permitiria identificar cidades e objetos com "um metro de comprimento".
As câmeras estão sendo construídas neste momento, de acordo com o cofundador da startup Scott Larson em entrevista ao site "Mashable", e ficarão prontas na metade de 2012. Elas serão enviadas para a Rússia e irão à bordo de uma missão para a estação espacial. O executivo afirma que o serviço exige a instalação dos equipamentos e que, por isso, só deve entrar em operação no próximo ano.
A Terra será filmada continuamente pela estação, que dá cerca de 15 voltas no planeta por dia. As imagens serão enviadas para servidores e, em seguida, em vídeo no formato streaming para os usuários. A expectativa da empresa é fornecer imagens todos os segundos por 10 anos. Segundo Larson, será possível localizar a casa do usuário por meio da localização da Estação Espacial Internacional. "Como sabemos onde ela está, o usuário poderá saber o momento em que ela passará por sua casa e, desse modo, ver a sua cidade".
Além de permitir que os usuários vejam a órbita da Terra em tempo real, a Uthercast planeja vender imagens para empresas de mineração e agricultura, usando-as para pesquisas.

Primeiro voo comercial para a estação espacial é adiado de novo

Foi adiado para o dia 7 de maio o lançamento da primeira nave espacial comercial à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A SpaceX, empresa privada que vai lançar sua nave Dragon, precisou de mais tempo para testar as manobras de acoplagem antes de prosseguir a missão.

Na semana passada, a Nasa tinha confirmado 30 de abril como a data de lançamento. Inicialmente, o voo estava previsto para o início de fevereiro, mas teve que ser adiado por quase três meses.
A missão levará pouco mais de 500 kg de carga, mas nada que seja essencial aos astronautas que estão na ISS. O objetivo é testar uma série de funções ligadas à capacidade de acoplagem, desde a situação dos sensores até a capacidade de abortar a missão em segurança.
Se tudo der certo e a Dragon passar com sucesso pelos testes, ela se acoplará à ISS, com ajuda dos astronautas que lá estão. Ao fim da missão, que deve durar três semanas, os astronautas soltarão a nave de volta para o pouso na Terra. Ao contrário das outras naves de carga disponíveis, a Dragon pode levar carga de volta para o planeta.
Em julho de 2011, a Nasa aposentou seus ônibus espaciais e não tem mais nenhuma nave disponível para fazer suas viagens. Desde então, os EUA dependem das naves russas para o transporte de astronautas e de carga. Os voos comerciais representam uma alternativa a esta dependência, enquanto a Nasa não desenvolve suas novas naves.
Visão por dentro da Dragon, da SpaceX (Foto: SpaceX/Nasa)Visão por dentro da Dragon, da SpaceX 

Empresa privada planeja explorar minerais em asteroides

Eric Schmidt e Larry Page, executivos do Google, e o cineasta James Cameron estão entre os investidores de uma companhia que pretende pesquisar e, no futuro, extrair metais preciosos e minérios raros de asteroides em órbita próxima à da Terra.

A Planetary Resources, sediada em Bellevue, Washington, vai se concentrar inicialmente em desenvolver e vender espaçonaves robotizadas de baixo custo para missões de exploração.
Uma missão de demonstração deve ser lançada para orbitar em torno da Terra dentro de dois anos, afirmaram os cofundadores da empresa, Peter Diamandis e Eric Anderson.
O objetivo da Planetary Resources é abrir a exploração do espaço ao setor privado, mais ou menos como fez o concurso Ansari X Prize, com prêmio de 10 milhões de dólares, criado por Diamandis.
Ilustração feita em computador da visita de uma nave a um asteroide (Foto: AP Photo/Planetary Resources)Ilustração feita em computador da visita de uma nave a um asteroide 
O prêmio, que estimulou o desenvolvimento do setor emergente de voos espaciais privados para passageiros, foi conquistado em 2004 pela Scaled Composites, com o projeto SpaceShipOne, que realizou o primeiro voo privado fora da atmosfera. Voos comerciais que transportarão passageiros ao espaço suborbital devem ser iniciados no ano que vem.
É provável que os primeiros clientes da Planetary Resources sejam agências científicas como a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, e institutos de pesquisa privados.
Engenheiro da Planetary Resources monta protótipo de nave de exploração de asteroides (Foto: AP Photo/Elaine Thompson)
Engenheiro da Planetary Resources monta
protótipo de nave de exploração de asteroides
Dentro de cinco a 10 anos, porém, a companhia espera avançar da venda de plataformas de observação para órbitas em torno da Terra ao fornecimento de serviços de prospecção. A ideia é explorar alguns dos milhares de asteroides que passam relativamente perto do planeta e extrair sua matéria-prima.
Nem todas as missões obteriam metais e minerais preciosos para transporte à Terra. Além de minerar platina e outros metais preciosos, a companhia planeja procurar água em asteroides a fim de abastecer depósitos de combustível orbitais que poderiam ser usados pela Nasa e outras organizações para missões espaciais robotizadas e tripuladas.
"Nossos planos são de longo prazo. Não antecipamos que a empresa seja sucesso financeiro imediato. Precisaremos de tempo", disse Anderson em entrevista à Reuters.
Os retornos reais podem demorar décadas, e viriam de minerar asteroides para extrair metais do grupo da platina e minerais raros.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cientistas descobrem espécie de caranguejo roxo nas Filipinas


Caranguejo roxo descoberto nas Filipinas (Foto: AFP Photo/Hendrik Freitag/Museu de Zoologia Senckenberg)Cientistas alemães descobriram nas Filipinas uma espécie de caranguejo que ainda não era conhecida. O 'novo' caranguejo chama a atenção pela cor roxa da sua casca 
Caranguejo roxo descoberto nas Filipinas (Foto: AFP Photo/Hendrik Freitag/Museu de Zoologia Senckenberg) 
O caranguejo roxo é uma das quatro espécies de caranguejo de água doce descobertas pelos especialistas do Museu de Zoologia Senckenberg na expedição. Os animais foram descobertos no arquipélago de Palawan e descritos em um artigo científico recente.

Próxima equipe da ISS realiza últimos testes na Rússia

Integrantes da próxima expedição à Estação Espacial Internacional (ISS) realizam últimos testes na Rússia. O astronauta norte-americano Joseph Acaba e os cosmonautas russos Genady Padalka e Sergey Revin devem partir dia 15 de maio, a bordo da Soyuz TMA-04M, cujo lançamento será feito a partir da base Baikonur. (Foto: Mikhail Metzel / AP Photo)Integrantes da próxima expedição à Estação Espacial Internacional (ISS) realizam últimos testes na Rússia. O astronauta norte-americano Joseph Acaba e os cosmonautas russos Genady Padalka e Sergey Revin devem partir dia 15 de maio, a bordo da Soyuz TMA-04M, cujo lançamento será feito a partir da base Baikonur.

Sonda espacial registra objetos estranhos em anel de Saturno

A sonda espacial Cassini, em órbita de Saturno, registrou imagens de estranhos objetos voando em torno de um dos anéis do planeta, informou a agência espacial americana (Nasa) nesta segunda-feira (23).
Os objetos têm cerca de um quilômetro de tamanho e podem explicar o estranho comportamento do anel F, que até agora intrigava os astrônomos.
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do nosso Sistema Solar, atrás apenas de Júpiter. A sonda Cassini estuda Saturno, seus anéis e luas desde julho de 2004.
O anel F é considerado um dos mais misteriosos do planeta, porque está em constante movimento. O mais externo dos aneis principais, ele aparece com ondulações estranhas nas imagens da Cassini, que até agora não tinha explicação.
Jatos de gelo criados pela colisões dos objetos no anel F de Saturno. (Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI/QMUL)Jatos de gelo criados pela colisões dos objetos no anel F de Saturno.
 Parte dessas ondulações são causadas pela interação com objetos maiores, como a lua Prometeu. Mas essa causa não era suficiente para explicar tanta atividade.
Agora, a Cassini mostrou que a passagem de Prometeu causa também a liberação de "bolas de gelo" pequenas demais para serem detectadas com facilidade pelos astrônomos, mas grandes o suficiente para agitar a superfície do anel F. Essas bolas ficam no entorno do anel – algumas vezes colidindo com ele e criando minijatos de gelo.
“Esses minijatos são tão pequenos que é preciso ter bastante tempo e serenidade para encontrá-los”, afirma Nick Attree, um dos cientistas envolvidos, que teve que procurar em mais de 20 mil imagens para encontrar cerca de 500 registros dos objetos.
Imagem mostra o anel F isolado e a estranha atividade que até agora intrigava os astrônomos. (Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI/QMUL)Imagem mostra o anel F isolado e a estranha atividade que até agora intrigava os astrônomos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Campos magnéticos podem enviar partículas para o infinito


Campos magnéticos podem enviar partículas para o infinito 



Se você acha que a ideia de "escapar para o infinito" é estranha, você não está sozinho. Afinal, o infinito não cobre tudo?




Escapar para o infinito
Construa uma "estrada magnética", um plano com um campo magnético, e você será capaz de enviar partículas eletricamente carregadas para o infinito - elas não vão parar nunca mais.
É o que garantem dois matemáticos da Universidade Complutense de Madri, na Espanha.
Eles demonstraram matematicamente que as partículas podem "escapar para o infinito".
"Se uma partícula 'escapa' para o infinito, isso significa duas coisas: que ela nunca irá parar, e 'algo mais'," afirmou o professor Antonio Diaz-Cano, um dos autores da teoria.
O "nunca irá parar" pode ser contornado, bastando aprisionar a partícula, forçando-a a ficar eternamente fazendo círculos ao redor de um ponto, nunca deixando um espaço fechado.
Entretanto, o "algo mais" significa que a partícula pode ir além desses limites.
"Se imaginarmos uma superfície esférica com um grande raio, a partícula irá cruzar a superfície tentando sair dela, não importando quão grande o raio possa ser," escrevem os dois matemáticos.


Complexidade infinita
Uma das condições para escapar para o infinito é que o campo magnético seja gerado por loops de corrente situados no mesmo plano de movimentação da partícula.
A outra é que a partícula esteja em algum ponto do plano e a uma determinada distância do campo magnético. E que seu movimento inicial seja paralelo a esse plano.
"Nós não estamos dizendo que estas são as únicas condições para escapar para o infinito, pode haver outras. Mas, nesse caso, nós confirmamos que o fenômeno ocorre," garante Diaz-Cano.
De fato, os pesquisadores admitem que as condições ideais para que o fenômeno ocorra são "um campo magnético e nada mais".
"Nós gostaríamos de ter sido capazes de testar algo mais geral, mas as equações são muito mais complexas," completa.


Campos magnéticos podem enviar partículas para o infinito
Os matemáticos não sabem se seria possível usar o campo magnético dos planetas para que as partículas escapem para o infinito porque as equações para calcular isso são complexas demais. 

Fusão nuclear e aceleradores de partículas
O problema é que a realidade tem suas próprias complexidades, como o atrito, por exemplo.
Mas tampouco isso invalida a teoria e não impedirá que experimentalistas comecem a testar o conceito muito rapidamente: na física do plasma, por exemplo.
Eventualmente o fenômeno poderá ter impacto na área de fusão nuclear, onde os físicos e engenheiros ainda não sabem exatamente como confinar o plasma dentro de campos magnéticos.

Aceleradores com os do Grande Colisor de Hádrons (LHC) também usam campos magnéticos para acelerar partículas.
Embora nesse caso não interesse aos físicos que as partículas escapem para o infinito, mantê-las fazendo círculos ao infinito, adquirindo cada vez mais velocidade, pode ser algo muito interessante.


Campos magnéticos podem enviar partículas para o infinito
O projeto de fusão nuclear ITER já está em construção, embora os engenheiros ainda não saibam como confinar o plasma em seu interior. 

O que é infinito?
Se você acha que a ideia de "escapar para o infinito" é estranha, você não está sozinho. Afinal, o infinito não cobre tudo?
Não há uma resposta direta a essa pergunta. Afinal, a existência do infinito tem sido debatida desde os tempos da Grécia antiga.
O fato de que o conceito pode levar a contradições lógicas desenvolveu o chamado "medo do infinito", uma dúvida que tem-se mantido ao longo de séculos.
No início do século XX, o matemático alemão David Hilbert (1862-1943) afirmou que a matemática está "repleta de erros e absurdos, em grande parte devido ao infinito".
Alguns especialistas acreditam que o debate não avançou muito desde a antiguidade porque permanece aberta a discussão sobre o infinito atual ou real (entendido como um todo) e o infinito potencial (que cresce ou se divide sem fim) como Aristóteles considerava.
No entanto, é igualmente verdade que os matemáticos desenvolveram algumas habilidades para lidar com o infinito.
A maior contribuição veio com o trabalho do russo Georg Cantor (1845-1918), que introduziu diferentes tipos de infinito.
Por exemplo, um infinito enumerável - conjuntos de elementos que podem ser contados com os números naturais - não é o mesmo que um infinito contínuo - próprio de conjuntos como a reta.
Um dos grandes problemas da matemática durante o século XX foi a "hipótese do contínuo", que consiste, essencialmente, em saber se há um "infinito intermediário" entre os infinitos enumerável e contínuo.
Mas o problema do infinito não está restrito à matemática: há também um infinito físico.
E infinito, fisicamente falando, pode ter dois significados, um prático e outro cosmológico: por exemplo, o Universo é finito ou infinito?
Se tudo isso transcende a finitude do seu raciocínio, pelo menos agora você pode se consolar: é possível escapar para o infinito.

NASA planeja construir um “cálice” gigantesco de vidro para captar energia solar no espaço


A NASA – Agência Espacial Norte Americana – pode estar saindo na frente na captação de energia através dos raios de nossa estrela.
  A agência está estudando uma maneira de construir um imenso painel solar com um formato inusitado para absorver os raios do Sol em uma região que ficará acima da Terra, no espaço.
  A energia captada seria enviada para nosso planeta para centrais que captariam e retransmitiriam para centenas de clientes cadastrados que participarão do projeto.
A NASA está levando a ideia tão a sério que pediu aos seus engenheiros que forneçam provas concretas que o projeto pode ser viável e funcionar em perfeitas condições.
  John Mankins, diretor da empresa Artemis Innovation Management Solutions, responsável por criar novidades para a NASA, apelidou o projeto de SPS-Alfa ou “satélite de energia solar arbitrariamente grande”, como gosta de brincar ao comentar sobre a ideia.
 
O “cálice” seria composto de milhares de finos e curvos espelhos, com pedaços que possam se movimentar para garantir que sempre estarão de frente para os raios solares. O interior do SPS-Alfa será revestido com painéis fotovoltaicos que convertem energia solar em microondas.
As microondas, então, serão enviadas para a Terra pela outra extremidade do “cálice”.
 John comenta: “Se for bem sucedido, o projeto vai possibilitar a construção de plataformas enormes com dezenas de milhares de pequenos elementos que podem oferecer 1.000 megawatts de transmissão de energia sem fio, usando as emissões do espaço”.
O Sol pode fornecer mais energia do que a humanidade toda precisará em toda sua existência, mas ainda não está claro como a NASA conseguirá enviar de modo seguro essa energia captada para a Terra.  
 A agência assinou contrato com a empresa Solaren Corp para produzir energia através dos raios de Sol no espaço já em 2016.
A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial declarou que lançará uma estação espacial para captação de energia solar nos próximos 20 anos.

Químicos italianos produziram polímero que transforma papel em magnético, antibacteriano e impermeável


Químicos italianos, usando a nanotecnologia, conseguiram produzir polímero que aplicado em papel, torna-o impermeável, com propriedades antibacterianas e capacidade magnética.
Roberto Cingolani é diretor científico do Instituto Italiano de Tecnologia em Gênova, Itália. Sua equipe conseguiu desenvolver um polímero formado por monômeros que consistem em nanopartículas de papel sintetizadas em laboratório.
De acordo com a revista Forbes, o polímero criado pode ser aplicado ao papel por injeção, rolamento, imersão, revestimento ou pulverização. Após ser aplicado, as nanopartículas mudam instantaneamente as propriedades do papel.
Se você misturar estas nanopartículas poliméricas com óxido de ferro, o papel se torna magnético. Misturando com nanopartículas de prata, o papel torna-se antibacteriano”, comentaram os cientistas a Forbes.
  A mistura chamada de “nanopartículas coloidais superparamagnéticas de ferrite e manganês”, conferem ao papel propriedades excepcionais. Além da capacidade de proteção contra bactérias, impermeabilidade e magnetismo, o papel torna-se fluorescente.
Na verdade, a solução não reveste o papel, mas cria um invólucro mole em torno de cada fibra, o que significa que o papel pode ser usado normalmente em qualquer atividade.
As propriedades do papel são modificadas, mas ele continua sendo um papel completamente usável, até mesmo para impressão”, disse Cingolani.
 A solução polimérica também pode ser usada em produtos acabados, tais como bancos, painéis, paredes, etc. “Papel antibacteriano seria potencialmente importante para embalagens de alimentos e aplicações médicas”, comentou Cingolani.
A capacidade fluorescente e magnética poderia ser usada para segurança e proteção de cédulas de dinheiro ou documentos importantes. A propriedade de impermeabilidade poderia ser usada para proteger documentos de patrimônio cultural”, salientou o diretor do instituto.

passagem de meteoro assusta moradores nos EUA


Um forte estrondo em Nevada e na Califórnia, nos Estados Unidos, foi causado pela passagem de um meteoro que entrou na atmosfera terrestre. A passagem ocorreu por volta das 8h locais (12h de Brasília) desse domingo, 22.
Registros de janelas balançando e casas tremendo foram feitos nas regiões entre as cidades de Reno e Wennemucca, em Nevada, e entre Sacramento e Bakersfield, na Califórnia. Astrônomos acreditam que o meteoro se partiu no céu enquanto passava pela região oeste dos Estados Unidos.
Robert Lunsford, astrônomo da Associação de Meteoros dos EUA, afirmou que, para o forte barulho ter sido ouvido, é provável que alguma parte do meteoro tenha atingido a Terra. Cerca de 20 moradores das áreas em que o estrondo foi ouvido disseram ter visto uma "bola de fogo" passando pelo céu momentos antes do barulho.
Acredita-se que a "bola de fogo" vista nada tenha a ver com o meteoro, e que sua visão tenha sido apenas coincidência. Estudos serão realizados para comprovar se alguma parte do meteoro chegou ao planeta.

Degelo há 400 mil anos gerou efeito gangorra e afundou ilhas


Um problema que vinha bagunçando as estimativas de aumento do nível do mar decorrente do aquecimento global acaba de ser resolvido.
O que atrapalhava os cientistas é que um pedaço da crosta terrestre atua como gangorra: quando o gelo do Canadá derrete muito, tira peso de uma borda da placa tectônica norte-americana e faz a outra borda descer, afundando no mar ilhas como as Bahamas e as Bermudas.
Foi isso o que aconteceu 400 mil anos atrás e fez o mar avançar mais de 20 metro de altura nesses arquipélagos.
Na época, o planeta estava em uma era glacial e passou por um intervalo de aquecimento de 10 mil anos. Geólogos descobriram que o mar tinha avançado sobre as Bahamas e as Bermudas nesse período. Fósseis de animais marinhos com essa idade foram encontrados em regiões altas.
Uma elevação de 20 metros no nível dos oceanos, porém, era uma catástrofe que não estava de acordo com os cálculos dos cientistas. Para que isso acontecesse, seria preciso um derretimento completo das plataformas de gelo da Groenlândia e da Antártida.
Mas um estudo em edição recente da "Nature" mostra que o problema foi mesmo causado pelo "efeito gangorra", que fez as ilhas afundarem mais que o previsto.
A geóloga Maureen Rayno, da Universidade Columbia (EUA), autora da pesquisa, concluiu que a inclinação tectônica afundou as Bahamas em 10 metros. Como o derretimento da Antártida Ocidental e da Groenlândia já tinham adicionado 10 metros ao nível do mar, a impressão é que a água subiu 20 metros.
Segundo Raymo, as Bahamas e as Bermudas deverão enfrentar de novo o problema com o aquecimento global. "O efeito será menor se considerarmos só o que vai acontecer neste século, pois o período de aquecimento do estudo é de 10 mil anos."
O último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) estima que o nível do mar deve subir 60 cm até o fim deste século. Raymo diz que a tendência é que o painel revise essa previsão até para pior.
Num cenário de 1 metro de elevação da água, 145 milhões de pessoas podem ter de se deslocar, estima um relatório da ONU.