quinta-feira, 14 de junho de 2012

França expõe meteoritos que caíram perto de Paris em 2011

Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris (Foto: Jacques Demarthon/AFP)Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris 
 
Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta (Foto: Jacques Demarthon/AFP) 
Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta

Planetas podem se formar em torno de estrelas diferentes

Uma pesquisa da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, mostra que pequenos planetas, como a Terra, podem ser formados em torno de estrelas com teores de elementos bastante diferentes. 
A ideia contradiz uma teoria anterior de que os planetas geralmente se formam somente em torno de estrelas com alto teor de elementos pesados. Publicada na revista “Nature”, a pesquisa sugere que pode haver mais planetas semelhantes à Terra espalhados pelo universo.
Isso porque entre a multidão de planetas já descobertos, é possível distinguir entre os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno, e os menores planetas terrestres como a Terra e Marte.
"Eu queria investigar se os planetas só se formam em torno de certos tipos de estrelas, e se existe uma correlação entre o tamanho dos planetas e o tipo de estrela-mãe que está em órbita", explica Lars Buchhave, astrofísico do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhagen, um dos autores do estudo.
Buchhave desenvolveu um método para obter mais informações do espectro estelar. Ele e sua equipe analisaram a composição das estrelas de 226 exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) para chegar a essa conclusão.
"Até agora, nós constatamos que a maioria dos gigantes de gás estavam associados a estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Para uma estrela ter um elevado teor de elementos pesados tem de ter passado por uma série de renascimentos.”, ele explica.
Mas, segundo Buchhave, a maioria dos planetas são pequenos, ou seja, correspondentes aos planetas sólidos em nosso sistema solar ou tem até quatro vezes o raio da Terra.
"O que nós descobrimos é que, ao contrário dos gigantes de gás, a ocorrência de planetas menores não é fortemente dependente de estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Planetas que são até quatro vezes maiores do que a Terra podem se formar em torno de estrelas muito diferentes - também entre as que são mais pobres em elementos pesados.", disse Buchhave.
Essas observações significam que planetas como a Terra poderiam ser difundidos ao longo de nossa galáxia.

Sonda Cassini registra formação de lagoas na Lua de Saturno

A sonda espacial Cassini captou a formação de um lago rico em metano e de várias lagoas próximas ao equador de Titan, a maior lua de Saturno. A descoberta foi publicada na revista “Nature” nesta quarta-feira (13).
Pesquisas anteriores já haviam indicado a presença de lagos nas regiões polares de Titan. Mas, por muito tempo, se pensou que corpos líquidos não poderiam existir na parte central da Lua porque a energia do Sol naquelas latitudes faria os lagos de metano evaporarem.
“Essa descoberta foi completamente inesperada porque os lagos não são estáveis em latitudes tropicais”, disse a cientista Caitlin Griffith, professora de Ciência Planetária da Universidade do Arizona, que liderou a pesquisa.

Imagem cedida pela Nasa mostra Titan ao centro e os anéis de Saturno. (Foto: AP)Imagem cedida pela Nasa mostra Titan ao centro e os anéis de Saturno.
 
Ao medir a luz solar refletida na superfície e na atmosfera de Titan, a sonda Cassini detectou uma região escura que, ao ser analisada com mais profundidade, sugeriu ser a presença de um lago de hidrocarbonetos de 927 quilômetros quadrados – o dobro do Champlain, um lago de água doce que faz fronteira entre os estados de Nova York e Vermont, nos Estados Unidos. Perto desse lago, os cientistas indicaram a possível presença de mais quatro lagoas rasas semelhantes em tamanho e profundidade a pântanos existentes na Terra.
Titan é um dos poucos corpos no sistema solar com uma atmosfera densa, formada por uma camada de nitrogênio e metano. O gás metano na atmosfera é constantemente quebrado pela luz do sol e cai na superfície onde é transportado de volta para os polos, local onde se condensa para formar lagos.
Os cientistas, no entanto, não acham que é por esse processo que as lagoas aparecem. Em vez disso, sugerem que pode haver uma fonte subterrânea de metano em Titan que periodicamente se abre para a superfície para formar as lagoas.
“Titan pode ter um oásis”, disse Griffith.

Cientistas anunciam ter completado identificação do microbioma humano

Um grupo de cientistas anunciou nesta quarta-feira (13) a identificação do microbioma humano, ou seja, dos trilhões de bactérias e vírus que povoam as diferentes partes do corpo, e de seus genomas, e elaboraram o mapa com sua localização.
O Projeto do Microbioma Humano, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (em inglês NIH), anunciou os resultados da pesquisa em uma teleconferência simultânea à publicação de artigos nas revistas "Nature" e "PLoS", da Academia Americana de Ciências.
Do projeto, participaram quase 80 instituições de pesquisa que trabalharam durante cinco anos com um subsídio de US$ 153 milhões (R$ 316 milhões) do Fundo Comum do NIH.
O corpo humano adulto e saudável abriga dez vezes mais micróbios do que células humanas, e esse contingente inclui arqueobactérias, vírus, bactérias e micróbios eucarióticos, cujo genoma, combinado, é muito maior que o genoma humano.
Ao todo, uma pessoa saudável tem cerca de 10 mil espécies diferentes de microorganismos espalhadas pelo seu corpo.

 À esquerda, imagem de bactérias Staphylococcus epidermidis, em verde, feitas com microscópio eletrônico; à direita, a bactéria Enterococcus faecalis, que vive no aparelho digstino humano; os dois organismos são alguns dos estudados pelo projeto (Foto: AP) 
À esquerda, imagem de bactérias 'Staphylococcus epidermidis', em verde, feitas com microscópio eletrônico; à direita, a bactéria 'Enterococcus faecalis', que vive no aparelho digstino humano; os dois organismos são alguns dos estudados pelo projeto
 
'Como os exploradores do século 15 que descreviam os contornos de um continente recém-descoberto, os pesquisadores deste projeto empregaram uma nova estratégia tecnológica para definir integralmente, pela primeira vez, o panorama microbial normal do organismo humano', disse o diretor do NIH, Francis Collins.
Para definir o microbioma humano normal, o grupo estudou 242 voluntários saudáveis (129 homens e 113 mulheres), dos quais obtiveram tecidos de 15 lugares do corpo masculino e de 18 do corpo feminino. Foram tomadas até três mostras de cada voluntário em lugares tais como vagina, boca, nariz, pele e intestino.
Os artigos publicados proporcionam um panorama integral da diversidade dos micróbios em 18 lugares diferentes do corpo humano. Isso inclui genomas de referência de milhares de micróbios cultivados relacionados com o anfitrião, através de 3,5 terabases de sequências metagenômicas, conjuntos e reconstruções metabólicas, e um catálogos de mais de 5 milhões de genes de micróbios.
Os estudos incluem a descrição de mudanças na composição de várias comunidades microbiais em relação às condições específicas, por exemplo, o microbioma dos intestinos e a doença de Crohn, a colite ulcerosa e o adenocarcinona de esôfago.
Outro estudo se refere ao microbioma da pele e sua relação com a psoríase, a dermatite atópica e a imunodeficiência. Há também um artigo que se refere ao microbioma urogenital e sua vinculação com a história reprodutiva e sexual.
De acordo com a gerente do programa, Lita Proctor, os humanos não têm todas as enzimas necessárias para digerir a própria dieta. "Os micróbios em nosso corpo decompõem grande parte das proteínas, lipídios e carboidratos da dieta e os transformam em nutrientes que podemos absorver."
Além disso, Lita destacou que os micróbios produzem compostos beneficentes como as vitaminas e os antiinflamatórios que nosso próprio genoma não pode produzir.

Nasa lança telescópio que irá mapear buracos negros

A Nasa colocou em órbita o telescópio nuclear NuSTAR na tarde desta quarta-feira (13). A sonda vai detectar as emissões de raios X e mapear buracos negros com resolução jamais vista.
O NuSTAR (Matriz de Telescópios Eletroscópicos Nucleares) foi instalado no foguete Pegasus, que seguiu acoplado a um avião usado como trampolim para o projétil.
O foguete decolou a 11,9 mil metros de altura sobre as ilhas Marshall, no Oceano Pacífico equatorial, e se desprendeu do avião às 13h17 do horário de Brasília. 

Imagem do telescópio NuSTAR fornecida pela Nasa (Foto: Nasa)Imagem do telescópio NuSTAR fornecida pela Nasa 
 
O NuSTAR possui espelhos e detectores de raios X que, segundo os responsáveis pelo projeto, permitirá anos de descobertas astronômicas.
Durante dois anos, o NuSTAR, que permanecerá a 550 quilômetros da Terra, buscará buracos negros, rastros de supernovas e as partículas emitidas pelos maciços buracos negros que viajam em velocidades próximas à da luz.

Avião leva foguete que carrega telescópio NuSTAR. (Foto: Nasa)Avião leva o foguete Pegasus.

Arqueólogos acham em Waterloo restos de soldado morto há 200 anos

Quase 200 anos depois da batalha de Waterloo, na qual a França liderada por Napoleão foi derrotada pelos ingleses, arqueólogos belgas descobriram os restos quase intactos de um jovem soldado no local da batalha. Assista ao vídeo.
Junto com o esqueleto foram encontrados uma moeda, uma faixa de couro e um pedaço de madeira com as iniciais C. e B..
O esqueleto foi descoberto no território belga, em terras que estavam sob a posse de soldados britânicos na época da batalha e embaixo de quase 40 centímetros de terra, o que sugere que os outros soldados tentaram sepultar o jovem.
Mais de 12 mil soldados britânicos morreram em Waterloo, em junho de 1815.
Arqueólogos acham em Waterloo restos de soldado morto há 200 anos (Foto: BBC)Arqueólogos acham em Waterloo restos de soldado morto há 200 anos

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Começa a Rio+20 no Riocentro


A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começou na manhã desta quarta-feira (13), ,com uma sessão solene de abertura no Riocentro.
Antes mesmo do início "oficial", no entanto, o bloco da União Europeia já fazia reuniões internas de negociação.
O encontro, que ocorre 20 anos depois da Rio 92, deve reunir mais de 130 chefes de Estado em sua fase final, para debater propostas sobre como aliar o desenvolvimento econômico à proteção ao meio ambiente e à inclusão social.
Desta quarta (13) até a sexta (15) ocorrem as últimas negociações sobre o documento que será levado aos chefes de governo. Trata-se da é a “Reunião do Comitê Preparatório da Rio+20”. Entre os dias 16 e 19, o governo brasileiro organiza mesas de debate sobre temas ligados à sustentabilidade com especialistas na área, nos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”. A fase final, chamada de “Segmento de Alto Nível”, com presidentes e líderes de governos, vai de 20 a 22 de junho.
As negociações nesta primeira fase ocorrem dentro de "blocos". O Brasil faz parte do "Bloco dos 77 + China", que reúne os países considerados "em desenvolvimento".
Soldados fazem policiamento no Riocentro, sede da Rio+20. (Foto: Reuters)Soldados cuidam da segurança no Riocentro, sede da Rio+20, na terça (12). 

Mais cedo, em entrevista ao Bom Dia Brasil, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil, afirmou que a Rio+20 "vai definir metas para o mundo inteiro."
"Um dos principais resultados que nós já podemos prever será a adoção pela Rio+20, pelos chefes de Estado, de objetivos de desenvolvimento sustentável", disse. "Haverá uma coisa concreta, que será refinada por um processo de negociação imediatamente depois da Rio+20. Nós temos que definir metas para o mundo inteiro, não só para os países pobres, mas para os países ricos também, para que todos caminhemos no sentido da sustentabilidade."
O embaixador minimizou as ausências de Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha) e Angela Merkel (Alemanha). "É impressionante o número de chefes de Estado que já confirmaram a sua vinda. Nós vamos ter mais chefes de Estado e de governo que tivemos na Rio 92. É natural que alguns chefes de Estado não possam vir por razões diferentes, mas seus países terão sempre uma voz muito ativa, porque eles serão representados também em bastante alto nível."


Documento final
O texto final deve apresentar propostas para que os países sejam capazes de desenvolver sua economia sem impactar o meio ambiente e erradicando a pobreza extrema – os pilares da chamada “economia verde”.


Organizações não-governamentais e demais representantes da sociedade civil criticam a falta de acordo entre as nações e o próprio documento, designando-o como “fraco” e “sem metas obrigatórias”.
A falta de obrigações do documento para os países foi criticada por especialistas ouvidos pelo G1, já que a ausência de metas pode ter afastado importantes líderes como David Cameron, do Reino Unido; Angela Merkel, da Alemanha; e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Para o secretário da Rio+20, tais ausências não enfraquecerão o encontro.



Eventos paralelos
Fora do Riocentro, outros eventos e mesas de debates acontecem em diversos locais do Rio de Janeiro. O maior deles é a Cúpula dos Povos, organizada por entidades da sociedade civil críticas à agenda oficial da Rio+20.
Humanidade 2012 tem instalações, seminários e oficinas (Foto: Marcos de Paula / Agência Estado/ AE)Humanidade 2012 tem instalações, seminários e oficinas

No Forte de Copacabana, a Exposição Humanidade 2012 traz uma mostra gratuita e aberta ao público da diretora e cenógrafa Bia Lessa sobre os temas da Rio+20. O mesmo local recebe mesas de debate e, nos próximos dias, encontros de prefeitos e de empresários.
No hotel Windsor Barra, entre os dias 15 e 19, homens de negócios de todo o mundo se reúnem no "Forum sobre Sustentabilidade Global" para debater maneiras de impulsionar empresas levando em conta os quesitos de proteção ambiental.
Veja o mapa dos eventos da Rio+20 (Foto: Arte G1)


Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble


A construção do maior telescópio ótico do mundo foi aprovada pelos países membros do European Southern Observatory (ESO).
O European Extremely Large Telescope (E-ELT) terá um espelho primário equivalente a um campo de futebol e será construído no topo de uma montanha no Chile.
O equipamento vai produzir imagens 15 vezes maiores mais detalhadas do que as atuais.
A expectativa é de que novas imagens estejam disponíveis em dez anos.
Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble (Foto: BBC)Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble 

Nova espécie de micróbio se espalha pela ação de turistas, diz estudo

A descoberta de uma nova espécie de micróbio, identificado em três regiões do planeta, sugere que as migrações humanas têm mais influência na dispersão de microorganismos do que se imaginava. A pesquisa, divulgada no Jornal Internacional de Microbiologia Sistemática e Evolucionária, foi realizada por um grupo de universidades, entre as quais uma instituição brasileira.
Cientistas da Universidade Western, no Canadá, da Universidade Católica do Equador e da Universidade Federal de Minas Gerais isolaram a cepa de uma levedura da espécie Saccharomycopsis fodiens. O microorganismo foi extraído do néctar de flores no leste da Austrália, na Costa Rica e nas ilhas Galápagos.
As leveduras constituem um grupo de microorganismos unicelulares que são encontrados no solo, em flores, frutos e no trato intestinal de animais, entre outros locais.


Imagem microscópica da levedura da espécie Saccharomycopsis fodiens. (Foto: B. Schlag-Edler)Imagem microscópica da levedura da espécie 'Saccharomycopsis fodiens'. 

Segundo os autores, a descoberta da espécie em locais tão distantes geograficamente fornece pistas sobre como os micróbios se espalham pelo mundo.
“Os locais de coleta de S. fodiens são compatíveis com a hipótese de que o antigo povo polinésio migrou para o sul de Taiwan, depois para o leste, através do Pacífico, e foi para a América do Sul levando pés de batata-doce cujas flores transportaram insetos e leveduras semelhantes”, explicou o professor Marc-André Lachance, autor da pesquisa e professor da universidade canadense.
Segundo Lachance, é “bastante plausível” que as migrações humanas, juntamente com o deslocamento de plantas domesticadas ou de animais, possam explicar a rápida dispersão de muitos microorganismos.

Vídeo feito por sonda da Nasa revela detalhes da superfície do asteroide Vesta


Um novo vídeo produzido por uma nave espacial da NASA mostra o asteroide Vesta, o segundo maior do cinturão de asteroides, em cores deslumbrantemente brilhantes.
É possível ver a massa rochosa girando ao redor dela mesma com tons roxos e verdes, tendo como trilha sonora uma música eletrônica. “O efeito foi criado com imagens de alta resolução, feitas pelo satélite Aurora, da NASA, sobre um modelo 3D de Vesta”, explica um funcionário em comunicado oficial.
As cores do filme foram escolhidas para destacar as diferenças na composição da superfície do planeta, que são bastante sutis para que o olho humano possa perceber”, explicam agentes da NASA no início do vídeo.
O verde mostra a abundância de ferro em Vesta, enquanto os tons de laranja revelam os detritos lançados a partir de algumas das crateras. No entanto, os pesquisadores ainda estão tentando determinar o que algumas cores significam.
E como o sol dirige-se para o polo norte do asteroide, a equipe da Nasa ainda espera preencher as áreas que estavam na sombra quando as imagens foram produzidas, entre setembro e outubro do ano passado.


 
A sonda Aurora está programada para deixar o planeta em agosto, quando vai partir para o maior objeto do cinturão de asteroides, o planeta anão Ceres. Ela deve chegar lá em fevereiro de 2015.
Um vídeo anterior da NASA, lançado em maio, revelou que Vesta é um “bloco de construção” de um planeta, com um núcleo de ferro, como a Terra, tendo se formado de maneira semelhante ao nosso planeta e à nossa própria lua.
O vídeo foi criado a partir da coleta de imagens construídas, uma vez que a sonda Aurora entrou em órbita em julho de 2011, incluindo as primeiras imagens de dentro das crateras misteriosas, feitas pelo telescópio espacial Hubble.
Os cientistas agora enxergam Vesta como um bloco planetário em camadas, com um núcleo de ferro – o único a sobreviver aos primeiros dias do sistema solar.
A complexidade geológica do asteroide pode ser atribuída a um processo que o separou em núcleo, manto e crosta de ferro, com um raio de aproximadamente 109 quilômetros, há cerca de 4.560 milhões de anos. A lua e os planetas foram formados de maneira semelhante.
A sonda Aurora observou um padrão de minerais expostos em cortes profundos, causados por impactos de rochas espaciais, que podem suportar a ideia de que o asteroide já teve um oceano de magma abaixo da superfície.
Um oceano de magma ocorre quando um corpo sofre fusão quase completa, levando a blocos de construção em camadas, que podem formar planetas.
Os dados também confirmam que meteoritos distintos encontrados na Terra são originários de Vesta. As amostras de piroxênio, um mineral de ferro rico em magnésio, encontradas nos meteoritos coincidem com rochas achadas na superfície de Vesta. Esses objetos representam cerca de 6% de todos os meteoritos que caíram na Terra.
Isso faz com que o asteroide se torne uma das maiores fontes individuais de meteoritos do nosso planeta. Essa foi a primeira vez que uma nave espacial visita a fonte de amostras depois de terem sido identificadas na Terra.
 
Os cientistas sabem agora que a topografia de Vesta é bastante íngreme e variada. Algumas crateras formam encostas muito íngremes e têm lados quase verticais, com deslizamentos de terras mais frequentes do que o esperado.
Outro resultado inesperado foi que o pico central do asteroide, numa bacia no hemisfério sul, é muito maior e mais amplo em relação ao tamanho da cratera que os picos centrais das crateras em corpos celestes como a nossa lua. Vesta também tem semelhanças com outros corpos de baixa gravidade, como as pequenas luas geladas de Saturno. 
Sua superfície tem manchas claras e escuras que não correspondem aos padrões previsíveis aos da lua da Terra. “Nós sabemos muito sobre a lua e estamos apenas chegando a Vesta”, diz Vishnu Reddy, um membro da equipe de enquadramento da câmera do Max Planck Institute for Solar System Research, da Alemanha. “Comparando os dois, temos duas histórias de como esses gêmeos fraternos evoluíram no sistema solar”.
A Aurora também revelou detalhes de colisões que golpearam Vesta ao longo de sua história. Cientistas agora podem datar os dois impactos gigantes que martelaram o hemisfério sul do planeta. Eles criaram a Bacia Veneneia há cerca de dois bilhões de anos e a Bacia do Rheasilvia há cerca de um bilhão de anos. Rheasilvia é a maior bacia de impacto de Vesta.
As grandes bacias de impacto na Lua são bastante antigas”, diz David O'Brien, um cientista do Instituto de Ciências Planetárias de Tucson, Arizona. “O fato de o maior impacto sobre Vesta ser tão jovem é surpreendente”.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Outro esqueleto de 'vampiro' é descoberto na Bulgária


O esqueleto pertence a um homem de cerca de 30 anos e, apesar de ainda  não ter sido datado, deve possuir vários séculos. Foto: AFPO esqueleto pertence a um homem de cerca de 30 anos e, apesar de ainda não ter sido datado, deve possuir vários séculos
Um arqueólogo encontrou nesta terça-feira um novo esqueleto com centenas de anos e que foi submetido a um ritual para impedir que se transformasse num vampiro, informou Nikolay Ovcharov, na Bulgária. "O esqueleto estava preso ao solo pelas pernas e o tórax. Como medida de precaução, o túmulo também foi recoberto por carvão queimado", explicou o arqueólogo.
O esqueleto, de um homem de cerca de 30 anos, ainda não foi datado, mas possui vários séculos, segundo Ovcharov, que o descobriu quando explorava a necrópole de um pequeno mosteiro da cidade de Veliko Tarnovo, no centro do país.
"Este homem não era um vampiro, mas foi submetido a um ritual pagão guiado pela superstição para impedir que virasse vampiro depois de sua morte", explicou. Há alguns anos, o arqueólogo descobriu neste mesmo sítio outro esqueleto com as mãos amarradas e submetido a um ritual parecido. Recentemente foram encontrados outros dois esqueletos do mesmo tipo em Sozopol, perto do Mar Negro. As histórias de vampiros e as superstições associadas a eles são muito comuns na região dos Bálcãs

Cientistas descobrem que menor lua de Júpiter tem 2 km de diâmetro


Com a descoberta de duas novas luas, o planeta passou a ter 67 satélites orbitando a seu redor. Foto: Nasa/JPL/University of Arizona/DivulgaçãoCom a descoberta de duas novas luas, o planeta passou a ter 67 satélites orbitando a seu redor
Cientistas confirmaram que uma das duas novas luas recentemente descobertas orbitando Júpiter é a menor já encontrada. A pequena lua, chamada de S/2010 J2, tem somente 2 km de diâmetro. Para se ter uma ideia, a lua terrestre tem mais de 3,4 mil km. As informações são do site do Huffington Post.
A S/2010 J2 foi vista pela primeira vez em 2010 junto à outra lua, a S/2010 J1, que tem menos de 3 km de diâmetro. Anunciados recentemente, os satélites elevaram o número de luas orbitando Júpiter para 67.
A maior lua de Júpiter é Ganymede, com diâmetro de 5.262 km. Muitos satélites do planeta têm sua própria órbita, incluindo o Europa, que possui núcleo de ferro, superfície de gelo e atmosfera feita principalmente de oxigênio.
Desde a descoberta, os cientistas da Universidade da Columbia Britânica passaram meses rastreando e mapeando o caminho das luas, para confirmar se elas eram, realmente, o que aparentavam.
Estimar o tamanho de objetos tão pequenos a uma distância tão grande é complicado, então os pesquisadores tiveram que basear-se no brilho dos satélites. Os astrônomos por trás da descoberta afirmam que podem existir dezenas de pequenas luas similares orbitando Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar.
"Na verdade, nós havíamos relatado medições da primeira lua em fevereiro de 2003 para o Centro de Planetas Menores. Mas são necessários muitos meses de observações para provar que o objeto está em órbita de júpiter, e a lua estava muito fraca para dar uma pista concreta em 2003", afirmou Brett Gladman, pesquisador da Universidade da Columbia britânica

ESO aprova construção do maior telescópio do mundo no Chile


Impressão artística do E-ELT. O telescópio será construído em Cerro Armazones, perto do Observatório Paranal. Foto: ESO/DivulgaçãoImpressão artística do E-ELT. O telescópio será construído em Cerro Armazones, perto do Observatório Paranal


O conselho diretor do Observatório Europeu do Sul (ESO) aprovou na noite de segunda-feira a construção do maior telescópio óptico do mundo, que ficará em Cerro Armazones, norte do Chile.
Dois terços do conselho diretor do ESO aprovaram de forma plena ou provisória o European Extremely Large Telescope (E-ELT) - Telescópio Europeu Extremamente Grande, - abrindo o caminho para o início do projeto.
O projeto, avaliado em 1,083 bilhão de euros (1,35 bilhão de dólares), consiste em construir um telescópio com um gigantesco espelho que atrai a luz de 39,3 metros, muito acima do tamanho dos maiores telescópios ópticos atuais.
O telescópio será construído em Cerro Armazones, perto do Observatório Paranal do ESO, onde a grande altitude e a extrema aridez permitem uma excelente visibilidade do céu.

Rio+20 tenta por de volta a salvação do planeta na agenda mundial


A cúpula das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20), que será realizada de 20 a 22 de junho no Rio de Janeiro (os eventos paralelos começam dia 13), tentará reativar os debates e propor soluções diante da acelerada degradação do planeta, 20 anos depois da Cúpula da Terra, que fez soar o alerta.
O presidente francês, François Hollande - um dos poucos chefes de Estado de potências ocidentais que confirmou sua presença -, advertiu, no entanto, para o risco de "fracasso", pedindo uma conscientização para que a questão ecológica volte a ser colocada na agenda, depois de ter ficado relegada a segundo plano pela crise econômico-financeira mundial.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentará um relatório com constatações contundentes: aumento de emissões de gases causadores de efeito estufa, acúmulo de resíduos, diminuição rápida das reservas pesqueiras, ameaças à biodiversidade e falta de água potável para milhões de pessoas.
Cento e trinta chefes de Estado e de governo estarão no Rio, assim como dezenas de milhares de membros de ONGs, industriais, militantes e representantes de povos indígenas. Esta será a quarta cúpula de desenvolvimento sustentável da história, depois das de Estocolmo em 1972, do Rio de Janeiro em 1992 e de Johannesburgo em 2002.
Os debates se concentrarão na "economia verde" - energias renováveis, separação de resíduos, construções produtoras de energia -, no reforço de instâncias mundiais de decisão e no eventual estabelecimento de "metas de desenvolvimento sustentável" mensuráveis e ambiciosas. "Um verdadeiro programa de resgate mundial", resumiu o encarregado de uma ONG.
"Não há espaço para dúvida" nem para "a paralisia da indecisão", disse Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma. Mas a desconfiança impera. Nas negociações informais sobre o acordo que os participantes deverão assinar em 22 de junho, cada país e cada grupo de interesse defendeu suas posições com veemência.
Ao encerrar a última rodada, em 2 de junho, os delegados só tinham alcançado acordos sobre 70 dos 329 pontos de discussão (21% do total). E a maioria versava sobre generalidades certamente consensuais. As divergências continuaram vivas, no entanto, sobre assuntos essenciais, como mudanças climáticas, oceanos, alimentação e agricultura, assim como na definição de metas, transferências de tecnologia e economia verde.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu na semana passada que os governos mostrassem mais flexibilidade, ao indicar que os problemas do futuro do planeta "devem se antepor aos interesses nacionais ou aos interesses de grupos".
Para o diretor-geral da ONG de defesa do meio ambiente WWF, Jim Leape, "há dois cenários possíveis: um acordo tão limitado que careceria de sentido ou um fracasso total".
Muitos participantes lembram com nostalgia do entusiasmo gerado pela Cúpula da Terra de duas décadas atrás e que hoje parece difícil ressuscitar. "O mundo agora está centrado na crise econômica, na crise financeira, está preocupado com alguns conflitos, (como) o da Síria", afirmou o presidente francês na semana passada, na abertura de um fórum em Paris sobre meio ambiente.
Uma nova rodada de negociações será celebrada no Rio, mas as dificuldades são tantas que poderia prolongar-se até a inauguração da cúpula. Entre 13 e 22 de junho, será realizada a Cúpula dos Povos, que espera reunir cerca de 20 mil participantes por dia no parque do Flamengo (zona sul), com a expectativa de conseguir com que a Rio+20 seja algo mais do que "um mero fantasma do passado".
"Vemos a Rio+20 sem esperanças, sem uma vontade política de mudar as coisas por parte dos países (participantes)", disse Bazileu Alves Margarido, da ONG Instituto Democracia e Desenvolvimento Sustentável.

Fiocruz desenvolve vacina da esquistossomose inédita no mundo

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), no Rio de Janeiro, desenvolveu e patenteou a primeira vacina para esquistossomose do mundo. A vacina mostrou ser segura e capaz de imunizar humanos contra a doença. O anúncio foi feito nesta terça-feira (12), na sede do IOC em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O instituto não deu informações de quando a dose estará disponível no mercado brasileiro.

A esquistossomose afeta 200 milhões de pessoas no mundo e se alastra principalmente nos países mais pobres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A esquistossomose é causada por um platelminto, animal invertebrado, conhecido como Schistosoma. Na América Latina e na África, a espécie Schistosoma mansoni responde pelas infecções. Sintomas como anemia, febre e diarreia são os mais comuns à doença.
A vacina mostrou ser eficaz também para imunizar contra a fasciolose (verminose que afeta o gado) e poderá ser usada no futuro para evitar a contaminação por outros tipos de verminoses.
Assim como em outras vacinas, a dose nacional foi produzida a partir de um antígeno – substância que estimula a produção de anticorpos – para preparar o sistema imunológico do ser humano à infecção pelo parasita. Com isso, evita-se que o parasita se instale no organismo ou que lhe cause danos.


Como foi feita a vacina
Para a confecção da vacina, os pesquisadores utilizaram a proteína Sm14, obtida do Schistosoma mansoni. A proteína-base da vacina, isolada no IOC ainda na década de 1990, foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos seis antígenos mais promissores no combate à doença.

O projeto, que acaba de finalizar os testes em humanos, obteve resultados que garantem que a vacina seja segura para uso humano e capaz de produzir proteção para a doença.
O teste em voluntários teve início em maio de 2011, logo após a aprovação do protocolo clínico de pesquisa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi conduzido pela equipe do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz).

'Partícula de Deus' está próxima de ser descoberta, dizem físicos


Sede do Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), em Genebra, na Suíça  (Foto: AP Photo / Anja Niedringhaus / Arquivo)Sede do Cern (Centro Europeu de Pesquisas
Nucleares), em Genebra, na Suíça
Físicos que investigam a composição do universo anunciaram nesta terça-feira (12) que estão se aproximando do bóson de Higgs, misteriosa partícula que supostamente foi decisiva para transformar os detritos do Big Bang em estrelas, planetas e, finalmente, vida.
Os pesquisadores da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) estão usando o Grande Colisor de Hádrons, maior acelerador de partículas do mundo, para tentar provar que o misterioso bóson de fato existe.
Vasculhando enormes volumes de dados, os físicos do Cern estão confiantes de estarem chegando mais perto do seu objetivo, segundo cientistas de fora do centro, mas com vínculos a duas equipes que trabalham na instalação suíça.
"Eles estão bem animados", disse um desses cientistas à Reuters, pedindo anonimato.

Fortes sinais do bóson estão sendo vistos no mesmo intervalo energético onde se achou no ano passado que a partícula tivesse sido detectada, acrescentaram os cientistas. A partícula é tão efêmera que só pode ser detectada pelos traços que deixa.
O Grande Colisor de Hádrons, estrutura subterrânea sob a fronteira franco-suíça, replica as condições do Big Bang, explosão primordial que teria dado origem ao universo.
O bóson deve seu nome ao britânico Peter Higgs, que fez em 1964 a primeira descrição detalhada dessa que seria a última peça faltante no chamado Modelo Padrão do funcionamento do universo.
Sua descoberta formal, quando referendada pela comunidade científica, quase certamente garantiria o Nobel a Higgs, que tem 83 anos e está aposentado. Pelo menos um físico europeu e um norte-americano também devem ser reconhecidos pelo Nobel.
Há expectativa de que um anúncio sobre a descoberta possa ser feito numa importante conferência em meados de julho na Austrália.
Isso depende, no entanto, de uma análise minuciosa de mais de 300 trilhões de colisões de prótons no LHC desde o começo do ano, e o Cern não confirmou se está mesmo perto de encerrar sua busca pelo bóson.
Pelo modelo teórico, o bóson de Higgs e o campo energético a ele associado foram responsáveis por conferir massa à matéria depois do Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás.