quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nova espécie de lagartixa é descoberta em Papua-Nova Guiné


Lagartixa-mamangaba ('Nactus kunan') (Foto: Reuters/Robert Fisher/U.S. Geological Survey/Divulgação)Lagartixa-mamangaba ('Nactus kunan') 
Cientistas americanos divulgaram nesta quinta-feira (19) a descoberta de uma nova espécie de lagartixa. O animal foi batizado como “lagartixa-mamangaba”, por ter as mesmas cores do inseto. Seu nome científico é Nactus kunan.

A lagartixa foi descoberta em março de 2010 em uma expedição na Ilha Manus, na Papua-Nova Guiné, mas só foi descrita agora, em um artigo publicado na edição de abril da revista científica “Zootaxa”.
O réptil tem 13 centímetros da cabeça até a cauda. Sua pele listrada em preto e dourado facilita a camuflagem no solo da floresta. Outra característica marcante da espécie são os dedos bastante finos.
“A espécie foi uma surpresa admirável, já que venho trabalhando com o gênero desde a década de 1970 e não poderia prever a descoberta”, afirmou George Zug, do Instituto Smithsoniano, um dos autores do estudo.

Ônibus espacial é retirado de avião após transporte entre cidades


Discovery é suspenso por guindaste e retirado do avião Boeing 747 (Foto: Reuters/Bill Ingalls/Nasa/Divulgação)
O ônibus espacial Discovery foi retirado nas primeiras horas desta quinta-feira (19) do avião Boeing 747 ao qual ele estava acoplado. A nave espacial aposentada desde março de 2011 foi transportada do Centro Espacial Kennedy, no estado norte-americano da Flórida, para a capital Washington, onde ficará exposto em um museu 
Discovery é suspenso por guindaste e retirado do avião Boeing 747 (Foto: Reuters/Bill Ingalls/Nasa/Divulgação)
Para ser retirado do avião, o Discovery foi suspenso por um guindaste, enquanto o Boeing manobrava e taxiava na pista. Apesar de já ter viajado mais de 238 milhões de quilômetros, a nave não tem motores capazes de fazê-la voar sozinha entre as cidades americanas. Ela ia ao espaço impusionada por um foguete e retornava para a aterrissagem como um planador

Lacuna geológica explica explosão evolutiva há 600 milhões de anos


Trilobita do período cambriano, com a casca feita de carbonato de cálcio (Foto: Shanan Peters/Divulgação)
Trilobita do período cambriano, com a casca feita
de carbonato de cálcio
      Há muito tempo, os biólogos sabem que, há cerca de 530 milhões de anos, o mundo passou por um período conhecido como “explosão cambriana”, quando organismos mais simples evoluíram para uma forma mais parecida com a que temos hoje, com o surgimento dos vertebrados.
Há muito tempo, os geólogos conhecem um fenômeno chamado “grande discordância”. Em alguns locais, como no Grand Canyon, nos Estados Unidos, pedras arenosas com 525 milhões de idade ficam lado a lado com rochas bem mais antigas, de até 1,74 bilhão de anos.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (18) pela revista “Nature” buscou uma interseção entre as duas áreas de conhecimento e mostrou que os dois fenômenos podem ter a mesma causa.

      Durante a explosão cambriana, formaram-se três minerais que hoje são importantíssimos para a vida como a conhecemos: o fosfato de cálcio, presente em ossos e dentes, o carbonato de cálcio, que aparece na casca dos invertebrados, e o dióxido de silício, presente no plâncton, a base da cadeia alimentar marinha.
“É provável que a biomineralização não tenha evoluído para alguma coisa, mas sim em resposta a alguma coisa”, afirmou o autor Shanan Peters, professor de geociências e autor do artigo, em material divulgado pela Universidade de Wisconsin, em Madison, nos EUA, onde ele trabalha.
Essa “alguma coisa” que motivou a evolução da vida foi, de acordo com a teoria dele, a mesma que provoca a lacuna percebida pelos geólogos: o movimento dos mares.
Há cerca de 650 milhões de anos, o nível do mar variava muito, pelo menos na América do Norte, onde o estudo foi feito. Era como se sucessivos tsunamis atingissem a região repetidamente. A rocha molhada reagia com o ar e liberava íons de elementos como cálcio, ferro e potássio. Em seguida, quando a maré subia, levava estes íons de volta para o mar.
Assim, a mudança na química da água teria sido um estímulo para a evolução dos seres vivos. Paralelamente, as rochas desgastadas vieram a ser cobertas por rochas mais novas, o que explica a lacuna na idade das rochas.

Cientistas encontram gravura de peixe voador com mais de 300 anos

Uma imagem divulgada nesta quarta-feira (18) mostra uma gravura do século 17 de um peixe voador de John Ray e Francis Willughbys encontrada no livro “História dos Peixes”, datado de 1686. A gravura de 300 anos será apresentada na biblioteca da Royal Society, a academia britânica de ciências, nesta quinta-feira (19).  (Foto: Richard Valencia / Royal Society / AFP)
Uma imagem divulgada nesta quarta-feira (18) mostra uma gravura do século 17 de um peixe voador, encontrada no livro "História dos Peixes" de John Ray e Francis Willughbys, datado de 1686. A gravura de 300 anos será apresentada na biblioteca da Royal Society, a academia britânica de ciências, nesta quinta-feira (19). 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Telescópio detecta ausência de matéria escura na vizinhança do Sol

Um novo estudo de uma equipe de astrônomos no Chile detectou a falta de matéria escura na vizinhança do Sol. A ideia vai contra estudos recentes que apontaram evidências da existência de grandes quantidades de matéria escura nesses arredores. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (18) no site do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).

A matéria escura é uma susbtância que não pode ser vista, mas é detectada pelo efeito da gravidade que exerce na matéria a sua volta.
Utilizando o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla juntamente com outros telescópios, os astrônomos mapearam os movimentos de mais de 400 estrelas até uma distância de 13 mil anos-luz do Sol. A partir destes novos dados, a equipe calculou a massa da matéria na vizinhança do Sol, contida num volume quatro vezes maior do que considerado nos levantamentos anteriores.
Impressão artística da distribuição esperada de matéria escura em torno da Via Láctea (Foto: ESO/L. Calçada)Impressão artística da distribuição esperada de matéria escura em torno da Via Láctea
"A quantidade de massa que calculamos coincide muito bem com o que vemos - estrelas, poeira e gás - na região em torno do Sol", diz o líder da equipe Christian Moni Bidin, do Departamento de Astronomia, Universidade de Concepción, no Chile.
"Mas isso não deixa lugar para matéria adicional - a matéria escura - que esperávamos encontrar. Os nossos cálculos mostram que a matéria escura deveria ter aparecido muito claramente nas medições. Mas não está lá!", reitera Bidin.
A matéria escura foi originalmente sugerida para explicar por que é que as zonas periféricas das galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, giram tão rapidamente. A matéria escura é agora uma parte integrante das teorias que explicam como é que as galáxias se formam e evoluem.
Atualmente é aceito que a componente escura constitui cerca de 80% da massa do Universo. No entanto, todas as tentativas de detecção de matéria escura em laboratórios na Terra falharam até agora.
Ao medir cuidadosamente os movimentos de muitas estrelas, particularmente daquelas fora do plano da Via Láctea, a equipe pôde calcular a quantidade de matéria presente responsável por esses movimentos. Estes movimentos são o resultado da atração gravitacional mútua de toda a matéria, seja ela normal, como por exemplo estrelas, seja ela matéria escura.
Os novos resultados também significam que tentativas de detectar matéria escura na Terra por meio das raras interações entre as partículas de matéria escura e as partículas de matéria "normal" terão poucas probabilidades de sucesso.
"Apesar dos novos resultados, a Via Láctea gira muito mais rapidamente do que pode ser justificado pela matéria visível. Por isso, se a matéria escura não está onde se esperava, temos que procurar uma nova solução para o problema da massa faltante. Os nossos resultados contradizem os modelos atualmente aceitos. O enigma da matéria escura tornou-se agora ainda mais misterioso. Rastreios futuros, como os da missão Gaia da ESA, serão cruciais para avançarmos a partir deste momento", conclui Bidin.

Descoberta põe em xeque 'raios de maior energia no Universo'


Detector de neutrinos IceCube (Foto: NSF/M. McMahon)
Detector de neutrinos IceCube
As erupções de raios gama são explosões que acontecem em galáxias distantes e liberam enormes quantidades de energia. Até esta quarta-feira (18), eram vistas como o evento de maior energia em todo o Universo, mas um estudo publicado pela revista científica “Nature” pode mudar esta concepção.
A colaboração científica IceCube descobriu que o fluxo de partículas – neutrinos – associadas ao surgimento das erupções de raios gama é, pelo menos, 3,7 vezes menor do que se previa

A descoberta por ter dois significados. Ou estas erupções não são responsáveis pelos raios cósmicos de maior energia no Universo, ou elas produzem muito menos neutrinos do que a teoria previa.
O IceCube, instrumento utilizado na pesquisa, é um “telescópio de neutrinos” localizado na Antártica. Ele possui mais de 5 mil sensores óticos dentro de uma região de um quilômetro cúbico para medir a direção e a energia de partículas chamadas múons, que se colidem com o gelo. A partir destas medições, os cientistas fazem descobertas sobre a física de partículas.
Ilustração de uma erupção de raios gama (Foto: NASA/D.Berry)Ilustração de uma erupção de raios gama

Explosões solares são capturadas por câmeras da Nasa


A agência espacial americana, a Nasa, divulgou imagens de uma poderosa explosão solar que liberou plasma super aquecido da superfície do sol no espaço.
A explosão foi registrada pela espaçonave do Observatório de Dinâmica Solar, parte de uma missão de cinco anos focada no sol.
Embora a tempestade não tenha sido a mais forte do ano, fotos e vídeo da erupção solar chamam a atenção pela propagação de plasma no espaço.
Erupções extremamente fortes podem colocar em risco astronautas e satélites no espaço, assim como redes de energia, navegação e sistemas de comunicação na Terra.
Explosão solar registrada pela Nasa (Foto: Nasa/via BBC)Explosão solar registrada pela Nasa

terça-feira, 17 de abril de 2012

Astronauta passa 10 dias embaixo d'água em treinamento


O astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) Timothy Peake vai embarcar em uma missão de mergulho no oceano para aprender mais sobre exploração espacial. Uma base aquática permanente de quase 20 m de profundidade abaixo das ondas da costa da Flórida, nos Estados Unidos, será o lar de Tim por mais de uma semana a partir de junho.
Segundo o site oficial da ESA, a Missão de Operações em Meio Ambiente Extremo da Nasa (NEEMO, na sigla em inglês) permite que agências espaciais testem tecnologias e pesquisem sobre o comportamento de equipes internacionais para missões de longa duração. Os astronautas podem ter uma ideia de como é trabalhar e viver no espaço, aprendendo a lidar como indivíduos e como um time em situações estressantes.
Durante a estadia de dez dias na base aquática, os "aquanautas" serão conduzidos a caminhadas embaixo d'água para simular expedições espaciais. Eles terão de solucionar problemas por conta própria e se ajustar à forma de trabalhar isoladamente em equipe, sem ajuda de fora, e de ter capacidades de resgate limitadas. Mesmo em uma emergência, eles não poderão vir até a superfície imediatamente.
O processo de passar horas embaixo d'água exige rituais de segurança como paradas e descompressão antes de chegar à superfície. Ou seja, não existe saída de emergência da base NEEMO.
"A NEEMO é a melhor exploração espacial analógica usada oficialmente para treinamentos de astronautas, seguida rigorosamente pelo programa de treinamento da ESA", afirmou o treinador Loredana Bessone, do Centro Europeu de Astronautas. "Quando eu mergulhei até o habitat subaquático, aquilo era exatamente como eu imaginava que seria uma base lunar. Os 'aquanautas' estavam 'flutuando' em câmera lenta, montando e consertando equipamentos. Eu não conseguia tirar os olhos da cena", conta
O treinamento de Peake começa no dia 11 de junho e será focado em exploração de asteroides. Esta é a primeira vez que um astronauta da ESA participa de uma missão da NEEMO . Em troca, a Nasa irá mandar astronautas para participar de treinamentos da ESA ainda este ano.

Computador quântico pode ser construído dentro de um diamante


Um grupo de cientistas, com especialistas da Universidade da Califórnia à frente, deu o primeiro passo para construir um computador quântico dentro de um diamante. E ainda que a ciência quântica seja experimental e possa parecer um tanto abstrata, essa experiência é um grande avanço no que, segundo muitos, é um tema crucial para o futuro da ciência, diz reportagem da BBC.
Como parte de um trabalho para reduzir a interferência que o ambiente provoca nas funções dos computadores quânticos, os cientistas armaram uma espécie de 'couraça' para o artefato colocando-o dentro de um dos materiais mais resistentes da natureza: um diamante. E dentro dele, o computador armazena dois qubits. Um qubit é o equivalente de um bit na computação quântica. Mas diferentemente da unidade de computação clássica, o qybit pode estar ligado e desligado simultaneamente, ou em um lugar e outro ao mesmo tempo. Isto gera, na computação quântica, uma capacidade para realizar cálculos a velocidades extraordinárias, diz a reportagem.
Os especialistas dizem, entretanto, que ainda que os experimentos de computação quântica sejam interessantes, seu alcance ainda é muito limitado. A colocação dentro de um diamente, por exemplo, é ainda apenas uma prova de um novo conceito a ser desenvolvido, pois permitiria que uma grande quantidade de qubits trabalhasse junta, sem serem afetados pelo calor ou outros fatores.

Crateras de asteroides podem esconder vida em Marte, indica pesquisa


Crateras formadas pela queda de asteroides podem ser os locais mais propícios para se encontrar vida em planetas como Marte, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Edimburgo.
Os cientistas acreditam que tais locais podem abrigar micróbios, sugerindo que crateras em outros planetas também podem "esconder vida".
Eles afirmam que foram descobertos organismos vivos sob o local onde um asteroide caiu na Terra há cerca de 35 milhões de anos.
Os pesquisadores escavaram por quase 2 km de profundidade sob a cratera de um grande asteroide que caiu em Chesapeake, Califórnia, EUA.
Amostras subterrâneas mostram que os micróbios estavam espalhados, de forma desigual, sob a pedra, sugerindo que o meio-ambiente estaria ainda se adaptando ao evento, mesmo 35 milhões de anos após o impacto.
Os pesquisadores dizem que o calor do impacto de uma colisão de asteroide mataria qualquer vida na superfície, mas falhas em rochas subterrâneas permitiriam que água e nutrientes chegassem até as profundezas, possibilitando a vida.
Segundo a tese dos cientistas, as crateras proporcionariam um refúgio aos micróbios, protegendo-os dos efeitos de mudanças climáticas, como aquecimentos globais e eras glaciais.
"As áreas profundamente fraturadas ao redor do local onde ocorreram os impactos poderiam proporcionar um refúgio seguro no qual os micróbios prosperariam por longos períodos de tempo" disse Charles Cockell, da equipe de pesquisadores.
"Nossas descobertas sugerem que a o subterrâneo das crateras de Marte podem ser um local promissor para se procurar por evidência de vida", completa.

Astrônomo 'caçador' de planetas agora vai procurar ETs


Cansado de apenas descobrir planetas, o astrônomo americano Geoffrey Marcy decidiu ir atrás dos ETs.
Depois de descobrir centenas de planetas fora do Sistema Solar -incluindo o primeiro sistema multiplanetário-, o pesquisador aparentemente ficou entediado.
"Estou nessa feliz posição em que minha carreira foi mais bem-sucedida do que eu jamais poderia ter imaginado", disse Marcy em entrevista à revista "New Scientist".
"É hora de jogar os dados, tentar algo bem improvável. Cientistas mais jovens não podem colocar seus ovos nessa cesta, porque as chances de sucesso são baixas. Mas eu posso me dar ao luxo."
Sem dúvida é um reforço de peso para as pesquisas conhecidas pela sigla Seti (busca por inteligência extraterrestre, em inglês).
No fim do ano passado, Marcy foi escolhido para a cátedra Alberts, na Universidade da Califórnia em Berkeley -a primeira do tipo destinada especificamente a fomentar pesquisas de busca por civilizações alienígenas.
Em sua nova função, o astrônomo americano está desenvolvendo duas grandes linhas de pesquisa -ambas fugindo ao lugar-comum do que se convencionou ver em pesquisas de Seti.
Desde 1960, quando o americano Frank Drake apontou o primeiro radiotelescópio para o céu em busca de transmissões alienígenas, a imensa maioria dos esforços tem sido buscar sinais de rádio.
Marcy, contudo, acha que os ETs provavelmente usariam lasers para se comunicar. E é isso que ele pretende buscar, junto com Andrew Howard, de Berkeley.
"Se Gene Roddenberry [criador da série "Jornada nas Estrelas"] está certo e os klingons e romulanos estão mesmo lá fora, eles precisam se comunicar uns com os outros. E eles não vão fazer isso esticando cabos de fibra óptica entre as estrelas. Vão fazer isso por laser."
Uma das vantagens do laser, em vez do rádio, é que é mais econômico, do ponto de vista energético, além de mais "privativo". Um sinal de rádio vaza muito mais fácil do que um laser, apontado apenas sobre um alvo pequeno, como um planeta a cinco anos-luz de distância.
Entretanto, muitos astrônomos são céticos a essa abordagem. Justamente por ser mais privativo, é um sinal bem mais difícil de achar.


SUPERCIVILIZAÇÕES
Outra linha de pesquisa a que Marcy pretende se dedicar é a busca de sinais de supercivilizações, na forma das chamadas esferas Dyson.
Concebidas pelo famoso físico Freeman Dyson, elas seriam estruturas construídas ao redor de estrelas para absorver o máximo de energia.
Presume-se que só civilizações muito mais sofisticadas que a nossa possam construí-las, mas, segundo Marcy, talvez seja possível notar variações no brilho das estrelas que denotem sua existência.

Cientistas encontram ovos de dinossauro na Rússia


Geólogos da região da Chechênia, no sul da Rússia, descobriram o que acreditam ser ovos de dinossauro fossilizados postos por um dos enormes répteis extintos que habitaram a Terra há mais de 60 milhões de anos.
Homem observa ossos de dinossauros fossilizados na região da Chechênia (Foto: Reuters/Yelena Fitkulina)Homem observa ossos de dinossauros fossilizados na região da Chechênia 
"Encontramos cerca de 40 ovos até agora; o número exato ainda não foi estabelecido", disse o geólogo Said-Emin Dzhabrailov, da Universidade Estadual da Chechênia. "Pode haver muitos outros debaixo da terra".

A descoberta foi feita quando uma equipe de obras explodia uma encosta para construir uma estrada perto da fronteira da região com a Geórgia, nas montanhas do Cáucaso.
Uma equipe de geólogos encontrou os objetos ovais, semelhantes a pedras, com tamanhos que variam de 25 centímetros a um metro em uma recente viagem à área, disse Dzhabrailov. Ele afirmou que é preciso que paleontólogos determinem quais espécies de dinossauros puseram os ovos.
Dzhabrailov afirmou que o governo regional checheno, que quer afastar a reputação de violência da região, pensa em transformar a área em uma reserva natural e busca atrair turistas.

Ônibus espacial Discovery faz seu último voo, desta vez rumo ao museu


Discovery sobrevoou Washington antes de pousar; na imagem, ele acima da Casa Branca (Foto: Reuters/Jim Bourg)Discovery sobrevoou Washington antes de pousar; na imagem, ele acima da Casa Branca 
O ônibus espacial Discovery decolou nesta terça-feira (17) para sua última viagem, pegando carona num avião até o anexo do Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, na Virgínia, nos arredores da capital Washington.

Os EUA aposentaram no ano passado a sua frota de ônibus espaciais, após concluírem a construção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), um projeto de US$ 100 bilhões de dólares que envolve 15 países. Agora, a Nasa começou a desenvolver uma nova geração de naves capazes de levar astronautas a destinos mais distantes do que a estação, que está a 384 quilômetros de altitude.
O Discovery, o principal dos três ônibus espaciais sobreviventes, voltou do espaço pela última vez em março de 2011. Ele foi prometido ao museu do Instituto Smithsonian, repositório oficial de artefatos espaciais do país.
"É triste ver isso acontecendo", disse Nicole Stott, astronauta que participou da última tripulação do Discovery. "Mas, olhando para isso, não dá para não se impressionar. Minha esperança agora é que sempre que alguém olhar para esse veículo irá se impressionar, irá sentir que é isso que podemos fazer quando nos desafiamos".
Discovery decolou de manhã na Flórida, acoplado a um Boeing 747 adaptado (Foto: Reuters/Joe Skipper)Discovery decolou de manhã na Flórida, acoplado a um Boeing 747 adaptado 
Em vez de decolar de uma plataforma de lançamento à beira-mar, como era habitual, o Discovery desta vez subiu aos céus em cima de um Boeing 747 modificado, que taxiou de manhã cedo na pista do Centro Espacial Kennedy. A cauda da nave estava coberta por um cone aerodinâmico, e suas janelas estavam cobertas.

Depois de uma volta sobre Washington, onde foi saudado pela população o avião pousou o Aeroporto Internacional Dulles, de Washington, pouco depois de 12h (horário de Brasília). O Discovery então será transferido ao Centro Steven F. Udvar-Hazy, ligado ao Smithsonian, em Chantilly (Virgínia).
O Discovery, que entrou em atividade em 1984, substituirá a Enterprise, o primeiro dos ônibus espaciais, usado apenas em testes de voos atmosféricos na década de 1970, que está exposto hoje no museu.
O Enterprise, por sua vez, será levado neste mês para o Museu Marítimo e Aeroespacial Intrepid, em Nova York.
Os outros ônibus espaciais sobreviventes, Endeavour e Atlantis, serão expostos ainda neste ano no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, e no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, respectivamente.


Em seu 22º aniversário, Hubble faz imagem de área turbulenta no espaço

A equipe que coordena o Telescópio Espacial Hubble divulgou nesta terça-feira (17) uma foto da região de formação de estrelas conhecida como “30 Dourados”, que fica a 170 mil anos-luz da Terra, na galáxia Grande Nuvem de Magalhães, nas proximidades da Via Láctea.

A imagem é uma combinação entre observações do Hubble e dos telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), instalados no Chile. De ponta a ponta, a foto compreende uma distância de 650 anos-luz.
As estrelas retratadas são jovens, têm entre 2 milhões e 25 milhões de anos. Por isso, aparecem também nuvens de gás e poeira, que são liberadas nas explosões de supernova, no surgimento das novas estrelas.
Por ser relativamente próxima à Terra, esta região é uma das poucas que os astrônomos podem usar para estudar a formação de estrelas, por isso as imagens são importantes.
Nesta terça, o projeto do Telescópio Espacial Hubble, uma parceria entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), completa 22 anosRegião de formação de estrelas '30 Dourados', registrada pelo Hubble e pelo ESO (Foto: NASA/ESA/ESO)
Região de formação de estrelas '30 Dourados', registrada pelo Hubble e pelo ESO 

Nasa faz foto da Floresta Amazônica vista do espaço


Uma equipe da Nasa desenvolveu um mapa que mostra as principais florestas no mundo vistas do espaço através do satélite Icesat. As destacadas em verde escuro são as mais altas, ou seja, que têm cume maior do que 40 metros. São elas: Floresta tropical da Amazônia e as florestas tropicais da África Central e da Indonésia.  (Foto: Nasa)
Uma equipe da Nasa desenvolveu um mapa que mostra as principais florestas no mundo vistas do espaço através do satélite Icesat. As destacadas em verde escuro são as mais altas, ou seja, que têm cume maior do que 40 metros. São elas: Floresta tropical da Amazônia e as florestas tropicais da África Central e da Indonésia. 
  O mapa produzido por Marc Simard e seus colegas da Nasa tem maior resolução espacial do que o primeiro e consegue mostrar mais detalhes. A várzea, por exemplo, é um tipo de floresta que frequentemente é inundada por água fresca e tende a ser menor do que a floresta ao redor, visível entre os rios Amazonas e Japurá como um tom de verde mais claro. (Foto: Nasa) 
O mapa produzido por Marc Simard e seus colegas da Nasa tem maior resolução espacial do que o primeiro e consegue mostrar mais detalhes. A várzea, por exemplo, é um tipo de floresta que frequentemente é inundada por água fresca e tende a ser menor do que a floresta ao redor. Ela é visível entre os rios Amazonas e Japurá como um tom de verde mais claro.

domingo, 15 de abril de 2012

Nasa busca novas ideias para missões não tripuladas a Marte


A agência espacial americana (Nasa) anunciou que está buscando novas ideias para missões não tripuladas para explorar Marte, depois que cortes orçamentários vetaram uma aliança prevista com este objetivo com a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A Nasa está reformulando o Programa de Exploração de Marte para responder aos objetivos científicos de alta prioridade e ao desafio do presidente de enviar seres humanos a Marte na década de 2030", informou a agência nesta sexta-feira.
Um grupo de planejamento começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio ao planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018, dois anos depois do previsto no âmbito da agora inexistente associação com a Europa.
A Nasa lançou um chamado aberto aos cientistas de todo o mundo para "apresentar ideias e resumos online como parte do esforço da Nasa para buscar as melhores e mais brilhantes ideias de investigadores e engenheiros em ciência planetária".
O Instituto Lunar e Planetário apresentará os projetos eleitos em junho em um workshop em Houston, Texas (centro-sul), informou a Nasa. "O workshop será um fórum aberto para a apresentação, discussão e exame de conceitos, opções, capacidades e inovações para avançar na exploração de Marte", informou a Nasa em um comunicado.
"Estas ideias apresentarão uma estratégia para a exploração dos recursos disponíveis, podendo começar em 2018 e abarcando até a próxima década e além", acrescentou. Os detalhes estão em www.lpi.usra.edu/meetings/marsconcepts2012.
Os Estados Unidos tinham previsto colaborar com a Agência Espacial Europeia em um projeto chamado ExoMars, que enviou um orbitador a Marte em 2016 e dois veículos de exploração ao solo do planeta vermelho em 2018. Segundo o acordo ExoMars feito em 2009, a Nasa teria contribuído com US$ 1,4 bilhão para o projeto e a ESA aportaria US$ 1,2 bilhão.
No entanto, estes planos foram anulados em fevereiro, quando um projeto de orçamento fiscal do presidente Barack Obama para 2013 impôs uma redução de US$ 226 milhões ou um corte de cerca de 39% no programa da agência espacial americana de exploração marciana, de US$ 587 milhões a US$ 361 milhões.
John Grunsfeld, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa, disse que ainda se pode esperar uma cooperação europeia ativa nos futuros projetos de Marte.
"Continuamos trabalhando com os europeus. Mais de três quartos das nossas missões atuais representam importantes associações internacionais", disse, citando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como exemplo.
No entanto, o futuro da exploração de Marte para a Nasa não envolverá os planos da ExoMars, à exceção de alguns instrumentos dos Estados Unidos previstos para serem incluídos no orbitador de 2016.
A sonda Curiosity da Nasa, conhecida formalmente como Laboratório Científico de Marte, mas apelidada de "máquina de sonhos" por cientistas da Nasa, foi lançada em novembro da Flórida e espera-se que pouse no planeta vermelho no começo de agosto.
A máquina mais avançada já construída até agora para explorar a superfície do vizinho mais próximo da Terra, com custo de US$ 2,5 bilhões, leva seu próprio laboratório de análise de rochas e tem como objetivo buscar indícios de que tenha existido vida em Marte.

Império Romano: sepulturas do século I são descobertas na Itália


Cinco sepulturas da época do Império Romano, com jogos de terracota, metal e vidro, foram descobertas na zona industrial de Pádua, no norte da Itália. A descoberta ocorreu durante escavações para obras no local. O presidente do Consórcio Zip, Angelo Boschetti, relatou que "há poucas semanas, durante as escavações para colocar tubos de esgoto, uma escavadeira acabou revelando os primeiros restos". As informações são da agência Ansa.
"Imediatamente notificamos a superintendência arqueológica para iniciar estudos mais aprofundados. Usando a trincheira cavada pelos trabalhadores, que foi ampliada vários metros, os arqueólogos fizeram ressurgir cinco túmulos datados do século 1 d.C.", especificou Boschetti em uma coletiva de imprensa.
Nas próximas semanas, a empresa começará a mapear toda a área das descobertas com equipamentos de micro-ondas à caça de relíquias da época imperial. Na opinião dos arqueólogos da Superintendência de Veneto, o achado é importante porque abre novas perspectivas para a compreensão da história da Pádua romana e de seu território, e incentiva novas pesquisas em uma área ainda inexplorada.
Especialistas indicam que a região próxima à via Appia, uma espécie de rodovia da era de Augusto, foi provavelmente uma área agrícola próspera. "Mesmo não sendo uma descoberta significativa, trata-se de um indicador muito importante do potencial dessa área ao sul de Pádua, muito menos conhecida até agora do que a parte norte", disse a chefe da Superintendência de Pádua, Elena Pettenò. 

Peixe-boi de água salgada consegue captar ruído ultrassônico, diz estudo


Barulho de motores de lanchas e de motos aquáticas pode prejudicar a audição do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), de acordo com estudo realizado pelo Laboratório e aquário marinho Mote, dos Estados Unidos.
O resultado de análises feitas durante 14 anos, publicado nesta semana no “The Journal of Experimenta Biology”, mostra que por viverem na profundidade em algumas regiões da costa dos EUA, onde normalmente tem pouca luminosidade, os mamíferos aquáticos "reforçaram" sua audição e conseguem captar frequências ultrassônicas.
Isto o ajudaria, por exemplo, a distinguir ruídos como o de uma lancha se aproximando -- um potencial caçador. Entretanto, segundo os pesquisadores, a detecção de barulho pode não ocorrer de forma completa quando os animais estão dormindo.
Apesar da audição "eficiente", que, teoricamente, ajudaria essa espécie a sobreviver e escapar de ameaças, os cientistas querem descobrir o motivo do peixe-boi-marinho corre risco de desaparecer. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o peixe-boi de água salgada é considerado vulnerável na natureza.
Exemplar de peixe-boi-marinho que vive na água salgada, na costa dos Estados Unidos (Foto: Divulgação)Exemplar de peixe-boi-marinho que vive em água salgada, na costa dos Estados Unidos 

Nasa prepara Discovery para viagem ao museu Smithsonian


Ônibus espacial Discovery se perpara para viagem de avião ao museu Smithsonian (Foto: Michael R Brown/Reuters)Ônibus espacial Discovery, aposentado em 2011, se prepara para sua última viagem neste sábado (14) - agora, de avião. Ele será acoplado na parte superior de um avião para ser levado do Kennedy Space Center, na Flórida, ao museu aeroespacial do Smithsonian, em Chantilly, no estado da Virgínia
Ônibus espacial Discovery se perpara para viagem de avião ao museu Smithsonian (Foto: Michael R Brown/Reuters)
O ônibus espacial saiu do hangar onde estava guardado e se locomoveu para uma plataforma que o levantou para ser acoplado em cima de avião 
Ônibus espacial Discovery se perpara para viagem de avião ao museu Smithsonian (Foto: Michael R Brown/Reuters)Plataforma levantou o Discovery para colocá-lo em avião. O ônibus espacial ficará exposto no museu aeroespacial do Smithsonian, na Virgínia