sábado, 19 de maio de 2012

Primeira nave privada parte em viagem à estação espacial neste sábado


A primeira nave espacial construída pela iniciativa privada parte em um voo experimental rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), neste sábado (19), informa a Space X, empresa responsável pela nave.
O voo é considerado um teste. O foguete Falcon 9 tem decolagem prevista para 5h55 (horário de Brasília), na base de lançamentos de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, levando a cápsula não-tripulada Dragon, que carrega mais de 500 quilos de suprimentos.
Assista no vídeo acima uma animação do que é previsto para a missão.
Nave Falcon 9 na base de lançamentos em um voo de testes anterior. (Foto: Space X)
Nave Falcon 9 na base de lançamentos em um voo
de testes anterior.
Durante três dias, a nave deve fazer uma série de testes para avaliar sua capacidade de voo. Se não houver problemas, ela se acopla à ISS na terça (22).
Se tudo der certo, começa oficialmente uma nova era da exploração espacial.
A Space X recebeu US$ 1,6 bilhão para fazer 12 voos de reabastecimento para a estação após a aposentadoria dos ônibus espaciais no ano passado.
Este voo não conta como um deles, é apenas um teste para demonstrar que a missão é possível. Ao lado da Space X, outra empresa, a Orbital Technologies, também está sob contrato para realizar esses voos robóticos.
A quantidade de coisas que podem dar errado na missão é grande. É apenas o terceiro voo do foguete Falcon 9, o segundo da cápsula Dragon e o primeiro de diversos componentes necessários para a acoplagem.

O desafio é tão grande que a Nasa já adiantou que mesmo que algo dê errado, o projeto vai continuar. No material de divulgação à imprensa, a própria Space X se diz preparada para problemas. “Se algum aspecto da missão não tiver sucesso, a Space X vai aprender com a experiência e tentar de novo.”
Se a missão conseguir superar esses desafios, os voos robóticos de reabastecimento da estação podem começar a virar rotina. E mais: tanto o Falcon 9 quando a Dragon foram projetados para carregar astronautas.
Se a empresa conseguir provar que consegue voar com segurança, os americanos – que estão sem naves próprias desde a aposentadoria de Discovery, Endeavour e Atlantis – finalmente poderão voltar ao espaço por conta própria.
Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS (Foto: Space X)Ilustração mostra como seria acoplagem da Dragon na ISS 

Nasa registra imagem ‘psicodélica’ da órbita da Terra

Nasa capta imagem de uma câmera montada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) na órbita terrestre, enquanto ela gira em torno de um rastro de estrelas. A “paisagem psicodélica” foi criada a partir da junção de 18 imagens captadas a cada 30 segundos pela câmera. (Foto: Reuters/Nasa)
A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou, nesta sexta-feira (18), imagem de uma câmera montada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) na órbita terrestre, enquanto ela gira em torno de um rastro de estrelas. A “paisagem psicodélica” foi criada a partir da junção de 18 imagens captadas a cada 30 segundos pela câmera.

Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra


O telescópio espacial Kepler vem fornecendo novas descobertas sobre as colossais explosões que podem afligir algumas estrelas.
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como 'super flares' (superchamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.
Felizmente o Kepler mostra que as 'super flares' são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol. O telescópio da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, observa 100 mil estrelas em um pedaço de céu entre 600 e 3 mil anos-luz da Terra.
As novas observações foram relatadas na revista 'Nature'.
Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra (Foto: Nasa)Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra (Foto: Nasa)
A maior explosão solar registrada foi provavelmente o evento conhecido como 'Carrington', em 1º de Setembro de 1859.
Descrita pelo astrônomo inglês Richard Carrington, essa explosão enviou uma onda de radiação eletromagnética e partículas carregadas em direção à Terra.
Os campos magnéticos embutidos na bolha de matéria atingiram o próprio campo magnético da Terra, produzindo luzes espetaculares, semelhantes à aurora boreal. Os campos elétricos gerados interromperam as comunicações por telégrafo na época.
Surpreendentemente, a explosão solar Carrington é insignificante se comparada a alguns dos eventos observados pelo Kepler. Os super flares podem ser 10 mil vezes mais fortes.
Interações magnéticas
O Kepler busca rastrear mudanças na luz gerada pelas explosões que possam indicar se planetas em órbita mudaram de posição em relação a estas estrelas. Mas, ao fazer essas observações, o Kepler também está reunindo informações sobre o brilho repentino associado às super flares.

Hiroyuki Maehara, da Universidade de Kyoto, no Japão, e seus colegas revisaram estes dados para compilar estatísticas sobre a frequência e o tamanho dos super flares.
O Kepler observou um total de 365 super flares durante 120 dias.
Os números confirmam que muito poucas (0,2%) estrelas semelhantes ao Sol apresentam explosões desta magnitude.
Isso pode ser explicado por padrões que indicam que as super flares podem ser causadas por interações magnéticas entre planetas gigantes e as estrelas - algo diferente do que vemos em nosso sistema solar, no qual Júpiter e Saturno orbitam longe do Sol.
Uma outra observação interessante do Kepler é de que as estrelas que têm super flares exibem áreas de baixa temperatura extremamente grandes, em contraposição às altas temperaturas em seu entorno.
Carrington identificou um conjunto de pontos de baixa temperatura associados à famosa explosão solar de 1859. No entanto, estes pontos seriam ínfimos se comparados com os associados às super flares vistas por Kepler.
Os cientistas há muito especulam sobre o impacto que uma super flare em nosso sol pode ter na Terra. A expectativa é de que o fenômeno iria varrer a camada de ozônio, levando ao aumento da radiação ao nível do solo. Extinções generalizadas poderiam acontecer.
Há um outro lado disso, no entanto. Em alguns sistemas planetários distantes, super flares podem gerar condições para existência de vida, fornecendo energia suficiente às atmosferas desses mundos para iniciar a química necessária para o desenvolvimento biológico.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Soyuz com 3 a bordo se acopla à ISS


A nave russa Soyuz TMA-04M com três tripulantes a bordo - dois russos e um astronauta da Nasa de origem portorriquenha - se acoplou nesta quinta-feira (17) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A nave se enganchou ao porto de acoplamento do módulo Poisk, que faz parte do segmento russo da ISS, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
A tripulação da nave, lançada na terça-feira (15) a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, é integrada pelos russos Gennady Padalka e Sergey Revin e o astronauta da Nasa de origem portorriquenha Joe Acaba.
Os três astronautas serão recebidos por outros três tripulantes da plataforma internacional: o russo Oleg Kononenko, o holandês Andre Kuipers e o americano Donald Pettit.
A duração da missão espacial de Padalka, Revin e Acaba será de 126 dias.

Poucos dias após sua chegada à ISS, os três, junto aos tripulantes veteranos, serão testemunhas da histórica chegada à plataforma espacial do novo cargueiro americano Dragon, que será lançado pela Nasa em 19 de maio. Em caso de êxito, essa será a primeira nave espacial privada a acoplar-se à ISS.
O comandante da 31ª missão será Padalka, de 53 anos, é um veterano cosmonauta que já viajou duas vezes à ISS e uma à lendária estação soviética MIR, totalizando 585 dias no espaço.
Para Acaba, ex-professor de ciências e matemática, que acedeu ao programa de astronautas da Nasa em 2004 e voou ao espaço nas hoje aposentadas naves americanas, essa será sua segunda missão a bordo da ISS.
Já o russo Revin, de 46 anos, voa pela primeira vez ao espaço, embora faça parte do programa de pilotos da Roscosmos, a agência espacial russa, desde 1996.
Além dos tradicionais experimentos e caminhadas espaciais, a 31ª missão deve lançar um satélite que se encarregará de prever os prazos e o lugar da queda em nosso planeta dos restos de estruturas espaciais e satélites de comunicações.
O programa científico da expedição inclui a realização de 40 experimentos em áreas como ecologia, medicina e física.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cientistas encontram artrite em réptil pré-histórico


Judyth Sassoon, autora do estudo, com o fóssil estudado (Foto: Simon Powell/Universidade de Bristol/Divulgação)
Judyth Sassoon, autora do estudo, com o fóssil
estudado
Cientistas britânicos encontraram indícios de artrite em um réptil pré-histórico, que viveu na mesma época que os dinossauros. O pliossauro era um carnívoro marinho, que media cerca de 8 metros e tinha o corpo parecido ao de uma baleia, mas com quatro nadadeiras e uma cabeça que lembra a do crocodilo.
A artrite é uma doença que ataca as articulações. É uma inflamação das juntas que, nos humanos, é causada por um problema do sistema de defesa do próprio corpo, que ataca essa parte do corpo por engano.
A doença foi detectada na mandíbula de um animal pré-histórico, que faz parte da coleção do museu de Bristol, na Inglaterra. Devido ao desgaste da junta do lado esquerdo, o osso maxilar ficou torto. Isso ficou claro por meio das marcas deixadas pelos dentes da parte de cima da mandíbula.
Segundo Judyth Sassoon, autora do estudo, o pliossauro estudado era uma fêmea que morreu já idosa. Ela conseguiu sobreviver por vários anos, apesar da artrite, mas a indícios de que a doença tenha, no fim, provocado sua morte.
“Uma fratura na mandíbula indica que em algum momento a mandíbula se enfraqueceu e quebrou. Com a mandíbula quebrada, o pliossauro não seria capaz de se alimentar, e esse acidente final provavelmente levou à sua morte”, afirmou, em material divulgado pela Universidade de Bristol

Telescópio faz imagem mais profunda da galáxia Centaurus A


O Observatório Europeu do Sul (ESO), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quarta-feira (16) imagem que mostra a galáxia Centaurus.
De acordo com o ESO, a fotografia foi feita com mais de 50 horas de exposição e é, provavelmente, a imagem mais profunda já criada do aglomerado estelar.
Captada pelo telescópio MPG/ESO, instalado no Chile, a Centaurus A situa-se a 12 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro. O brilho que enche a maior parte da imagem vem de estrelas velhas e frias.
O observatório informou ainda que astrônomos afirmam que o núcleo brilhante, a forte emissão de rádio e os jatos da Centaurus A são produzidos por um buraco negro central, com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol.
A galáxia foi inicialmente documentada pelo astrônomo britânico James Dunlop no Observatório Parramalta na Austrália, a 4 de Agosto de 1826. Esta galáxia é frequentemente chamada Centaurus A porque foi a primeira fonte principal de ondas rádio descoberta na constelação do Centauro nos anos 1950.
Centauro A (Foto: ESO)Imagem divulgada pelo ESO mostra galáxia Centaurus A.

Pesquisadores conseguem eliminar bactérias a partir da nanotecnologia


Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unesp de Araraquara desenvolveram um bactericida com a ajuda da nanotecnologia. Agora, muitos produtos saem da fábrica com garantia contra bactérias.
As micropartículas, feitas de cerâmica e prata, medem apenas um bilionésimo de metro.
O material incorporado ao plástico se torna um bactericida natural e permanente. Ele não é tóxico e consegue eliminar 100% das bactérias.
Maçã com bactericida consegue leva mais tempo para apodrecer (Foto: Reprodução/EPTV)
Maçã com bactericida consegue leva mais tempo
para apodrecer 
Uma experiência feita em laboratórios mostra a eficácia da tecnologia. Uma maça e um tomate guardados em um recipiente plástico feito com o aditivo duraram 23 dias a mais do que os que estavam em um pote de plástico comum.
A prata, um metal nobre, é fundamental nesse processo. “Ela é um ativo bactericida já conhecido há muito tempo. O que não se conseguia era utilizar a prata no plástico ou numa concentração que fosse segura e com custo beneficio. Hoje nós conseguimos trazer isso para o mercado”, disse Daniel Minozzi, diretor comercial da empresa Nanoxi, que surgiu a partir dos institutos de química da Unesp e da UFSCar.

A nanotecnologia já é aplicada há vários anos na indústria. Uma delas, em São Carlos, usa as nanopartículas com propriedades bactericidas na fabricação de bebedouros e purificadores. “Esse aditivo entra nessas peças que estão expostas para que não ocorra a criação de bactérias nessa superfície”, disse o gerente de pesquisa e desenvolvimento da indústria, Ronis Paixão.
O aditivo pode ser usado em outros produtos. “Você pode ter roupas, tintas e embalagens com nanotecnologia”, destacou Elson Longo, professor da Unesp e da UFSCar.
Nas lojas já é possível comprar tapetes e secador de cabelos, que usam nanotecnologia. A aplicação pode ser microscópica, mas o resultado já é visível. “Uma tecnologia produzida em São Carlos e vendida atualmente para o mundo”, disse Longo.
Partículas de nanotecnologia conseguem destruir bactérias (Foto: Reprodução/EPTV)Partículas de nanotecnologia conseguem destruir bactérias 

terça-feira, 15 de maio de 2012

NASA divulga imagem em 3D de 3 poeiras diabo na superfície de Marte


  Três furacões em Marte, conhecidos como poeira diabo, rodopiam nesta imagem capturada pela Mars Reconnaissance Orbiter.
Já foram avistados vários redemoinhos na superfície de Marte, mas é a primeira vez que três são flagrados juntos. Estes mini-tornados são análogos aos que encontramos com frequência na superfície do Sol, devido à ascensão do ar quente que faz pressão sobre uma bolsa de ar frio.
  Em fevereiro, a sonda Mars encontrou um fenômeno parecido no planeta vermelho, mas a NASA nunca havia liberado uma imagem 3D do fenômeno. Se você possuir um óculos de visão específica para 3D em sua casa, poderá ver com mais detalhes a ação das poeiras diabo. As poeiras diabo são ativos e parecem flutuar acima da superfície”, diz Alfred McEwen, do Arizona State University, investigador das principais imagens do High Resolution Imaging Science Experiment, também abreviado por HiRISE.
Há também algumas ilhas brilhantes na imagem. São faixas de poeiras diabo que passaram por esta região há duas semanas”, comentou o pesquisador.
Caso você possua óculos 3D em sua casa, a NASA também disponibiliza um site com dezenas de outras imagens neste mesmo formato para serem visualizadas com mais detalhes, através deste link, clicando aqui.

NASA treina astronautas para pousarem em asteroide até 2020


O primeiro oficial britânico da Agência Espacial Europeia, Tim Peake, está sendo treinado para a missão de pousar em um asteroide.
É, sem dúvidas, uma missão especial que beira os acontecimentos de Hollywood. Uma equipe de astronautas está sendo treinados para pousar em um asteroide para explorar sua superfície, procurando minerais e até mesmo aprender habilidades de como encontrar mecanismos de destruí-los caso algum deles ameace a vida na Terra algum dia.
A NASA está planejando enviar seres humanos para locais jamais imaginados em um asteroide que está há 3 milhões de quilômetros de distância, até no máximo no final da próxima década.
Isso seria fascinante. O homem poderia chegar a locais que jamais pensou ir. Até hoje, o homem só tripulou missões até a Lua, distante de nós apenas 239.000 quilômetros.
Tim Peake, um dos enviados ao asteroide em 2020, diz ser uma missão plenamente possível e está bastante confiante. 
Viajando a cerca de 50.000 km por hora em torno do Sol, com gravidade quase inexistente devido ao seu pequeno tamanho, o desembarque com segurança sobre suas rochas será   desafio inimaginável.
  Uma equipe de astronautas, no entanto, já começou a preparar-se para essa missão. Entre eles está o major Tim Peake, ex-piloto de testes de exercícios britânicos com helicópteros, sendo agora oficialmente astronauta da Agência Espacial Europeia.
  Embora o objetivo principal de uma missão a um asteroide seja de natureza científica para saber mais sobre seu ambiente hostil, as habilidades necessárias para trabalhar em sua superfície também pode ser inestimáveis, descobrindo suas possíveis rotas de colisões, e se alguma delas será com a Terra.
A NASA está monitorando 400 objetos com potencial para atingir a Terra, embora a maioria seja considerada de baixo risco. Peake disse: “Com a tecnologia que temos hoje, uma missão para um asteroide em até um ano é completamente possível”. Asteroides são interessantes em um número de diferentes níveis. A NASA concentra-se na ciência de que você pode chegar até eles e colher, essencialmente, material de bilhões de anos do Universo. Esses objetos também estão chegando muito próximos da Terra o tempo todo, mas raramente ouvimos sobre eles. No ano passado, tivemos um asteroide que estava em órbita terrestre geoestacionária, mais perto do que muitos de nossos satélites”,comentou Peake.
A missão será apresentada na Assembleia Japonesa de União da Geociência, afirmando que a NASA enviará uma nave não tripulada com braços mecânicos em 2016 para coletar amostras e se certificar de que é seguro enviar humanos. Caso tudo ocorra bem, a missão tripulada deverá ocorrer em 2020.
A viagem até o asteroide levará quase 1 ano, e os astronautas só poderão ficar sobre ele em um período máximo de 30 dias. A NASA pretende obter informações sobre o Universo primitivo e, ao mesmo tempo, fornecer dados valiosos sobre como funcionaria as órbitas dos asteroides em caso de colisão com a Terra.

Energia viral: Eletricidade é gerada por vírus




Eletricidade é gerada por vírus
O protótipo do biogerador de vírus está sob o dedo do pesquisador. Pressionado, o dispositivo gera energia suficiente para alimentar o painel LCD, que mostra o número 1.

Biogerador
Não fazer mal à saúde já é uma grande coisa quando se trata de vírus.
Mas um vírus comedor de bactérias, chamado bacteriófago M13, pode virar o jogo, e se transformar em uma nova opção no emergente campo da "colheita de energia", que busca dispositivos capazes de gerar potências suficientes para alimentar aparelhos eletrônicos portáteis.
A técnica mais usada nesses pequenos nanogeradores de energia emprega materiais piezoelétricos, que geram energia quando são submetidos a uma tensão mecânica - quando são apertados ou dobrados.
Seung-Wuk Lee e seus colegas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, queriam uma opção mais biológica e mais "verde" do que as ligas piezoelétricas tradicionais.
Eles se voltaram então para um material biológico que possui a propriedade da piezoeletricidade: vírus geneticamente modificados.
Vírus geradores de energia
Já existem várias pesquisas usando os vírus bacteriófagos M13, inclusive na construção de baterias, mas ninguém até hoje havia demonstrado que eles são piezoelétricos.
Os pesquisadores demonstraram que o efeito é gerado por proteínas em formato de mola, localizadas na capa externa do vírus.
Como o efeito não era muito forte, eles usaram engenharia genética para adicionar quatro aminoácidos com carga negativa em uma das extremidades da proteína helicoidal.
Essas moléculas aumentam a diferença de carga entre as extremidades positiva e negativa da proteína, aumentando a energia gerada pelo vírus.
Eletricidade é gerada por vírus
Cada vírus M13 mede 880 nanômetros, sendo recoberto com 2.700 proteínas eletricamente carregadas. As diversas fibras, compostas por centenas de vírus, são empilhadas para aumentar a energia produzida pelo biogerador. 
As vantagens começaram na hora de fabricar o biogerador: os vírus são bem comportados e organizam-se autonomamente, formando um filme sobre o substrato que o projetista escolher.
E, como um bom vírus, ele se multiplica rapidamente, alcançando a cifra de milhões em algumas horas, o que significa que nunca faltará matéria-prima para os biogeradores.
Biogerador piezoelétrico
O nanogerador foi construído sobre um material flexível, para poder ser flexionado ou comprimido, de forma a extrair a energia dos vírus.
O efeito foi aumentado usando várias camadas do vírus. Os testes indicaram que 20 camadas produzem o efeito piezoelétrico mais forte.
O protótipo produz 400 milivolts de tensão, e fornece uma corrente de 6 nanoamperes, suficiente para alimentar um módulo LCD.
"Nós estamos trabalhando em formas de melhorar esse protótipo," disse Lee. "Como as ferramentas da biotecnologia permitem a fabricação em larga escala de vírus geneticamente modificados, materiais piezoelétricos baseados em vírus poderão oferecer uma rota simples para alimentar os aparelhos microeletrônicos do futuro."
Os pesquisadores afirmam que pretendem construir uma versão do biogerador piezoelétrico com potência suficiente para transformar um sapato em um gerador de energia.
Pelo menos dois grupos já apresentaram versões diferentes de sapatos geradores de energia, um dos quais usando os materiais piezoelétricos inorgânicos tradicionais;

Memória quântica guarda dados em cristais sólidos



Memória quântica guarda fótons em cristais sólidos
Os valores de qubits são essencialmente estados quânticos de fótons, registrados em átomos de terras raras implantados no interior do cristal.  

Memória quântica sólida
Os primeiros experimentos com memórias quânticas - o registro de um qubit para que ele possa ser processado ou lido mais tarde - começaram com os complicados e sensíveis condensados de Bose-Einstein.
Mas os cientistas sempre souberam que, para chegar a um computador quântico prático, seria antes necessário desenvolver memórias quânticas de estado sólido.
Vários materiais sólidos conseguem armazenar estados quânticos - um determinado valor armazenado em um qubit - por longos períodos.
Ocorre que esses valores de qubits são essencialmente estados quânticos de fótons - e os materiais sólidos até então testados só conseguiam absorver de forma eficiente a luz de uma determinada polarização.
Contudo, sempre tendo em vista a praticidade, memórias quânticas deverão ser capazes de armazenar qualquer polarização da luz.
Memória quântica confiável
Agora esse problema foi resolvido, simultaneamente e de forma diferente, por nada menos do que três equipes diferentes: uma da China, outra da Espanha e uma terceira da Suíça.
Todas as equipes conseguiram armazenar e ler de volta dados de uma memória quântica de estado sólido, utilizando estado arbitrários de polarização da luz.
Os dados são gravados por fótons individuais, que são absorvidos por íons de terras raras confinados no interior de um cristal.
A diferença do trabalho das três equipes é que cada uma usou uma técnica de compensação diferente para manter o dado armazenado por longos períodos de tempo - onde longo significa algumas centenas de nanossegundos, como ocorre com o chamado "período de latência" das memórias clássicas dos computadores atuais.
Todas as técnicas alcançaram uma fidelidade - uma medida da confiabilidade da recuperação do dado do qubit - maior do que 95%, o que supera o valor máximo que se pode obter com uma memória clássica.

Arqueólogos acham vestígios que podem ser de reinos citados na Bíblia


Visão de Khirbet Qeiyafa (Foto: Universidade Hebraica de Jerusalém/Divulgação)
Visão de Khirbet Qeiyafa 
Arqueólogos israelenses encontraram várias peças de culto em uma jazida perto da cidade de Beit Shemesh, a cerca de 35 quilômetros de Jerusalém, que permitirão interpretar a descrição que a Bíblia faz dos reinados de Davi e Salomão.
A descoberta, exposta nesta semana pelo professor Yosef Garfinkel, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e por Saar Ganor, da Direção Israelense de Antiguidades, consiste em três caixas de pedra bem talhadas, e de até 20 centímetros de altura, usadas para conservar objetos de culto divino.
"Seu meticuloso desenho responde a descrições feitas na Bíblia do palácio e do templo de Salomão", diz Garfinkel, que está há cinco anos escavando em Khirbet Qeiyafa, também conhecido como Fortaleza Elá, um reduto circular amuralhado de 2,3 hectares e em uma localização estratégica entre as cidades filisteias e Jerusalém.

De cor bege rosada, duas das caixas têm uma espécie de pórtico cuja descrição, diz o pesquisador, aparece no primeiro livro de Reis.
Foram achadas em casas da cidade e sua altura é exatamente o dobro da largura -- como em prédios achados em Jerusalém --, o que provam a conexão entre a que Garfinkel acredita que era a cidade bíblica de Shearaim e a Jerusalém de Davi e Salomão.
"Shearaim, que estava aqui no vale de Elá, significa 'Duas portas'. Esta cidade é a única da época do Primeiro Templo com duas portas, as demais tinham uma", ressalta.
Para o pesquisador, os últimos achados, e outros anteriores, reforçam a corrente que vê na Bíblia um relato fidedigno do que poderiam ser eventos históricos.
"A exatidão das descrições não nos deixa outra opção e, quem não acredita, deverá também explicar como é possível semelhante similaridade", declarou à Agência Efe.
Mas, ao contrário de outros historiadores de sua mesma universidade, ele o faz com reserva, e acredita que, como qualquer outro texto de sua natureza, a Bíblia contém episódios fidedignos e outros que não o são.
O Antigo Testamento relata com riqueza de detalhes os reinados de Davi e Salomão no século X a.C., mas até agora não existem provas inapeláveis que confirmem a magnificência presente no ideário e arte judaico-cristã posterior ou sequer sua existência.
Em Jerusalém e arredores, proliferam ruínas do Período do Segundo Templo (séculos 6 a.C. a 2 d.C.), mas do Primeiro (século XI a.C. a 586 a.C.) existem pouquíssimos vestígios e a maioria continua sujeita a um intenso debate acadêmico e político.
Um deles é uma muralha de 70 metros com um monumental torreão e uma torre de vigilância desenterrados junto às muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, apresentada há dois anos como possível obra do rei Salomão.
Estruturas fortificadas do mesmo tamanho foram encontradas em Khirbet Qeiyafa, cuja construção os arqueólogos datam por volta do século 10 a.C., contemporânea dos dois reis.
Seu desenho urbano, assinala Garfinkel, não responde ao de nenhuma cidade cananeia ou filisteia, também não ao de cidades no reino de Israel, mas se trata de um "planejamento típico" das cidades da Judeia. "É o exemplo mais recente que temos de uma cidade desse reino, e nos indica que este tipo de planejamento (urbano) já estava em uso nos tempos do rei Davi".
Ali, em um pedaço de cerâmica, também foi descoberta em 2008 a inscrição hebraica mais antiga conhecida, e que testes de carbono-14 remontam ao mesmo período.
O especialista insiste que a construção da cidade tem implicações sem precedentes para compreender esse capítulo da Bíblia, e que, com cerca de 20% já escavada, sua distribuição prova a existência de um reino centralizado que tinha sob sua autoridade várias cidades.

Soyuz decola com três tripulantes rumo à ISS


Um foguete russo Soyuz com três astronautas a bordo decolou nesta terça-feira (15) do Centro Espacial de Baikonur, nas estepes do Cazaquistão, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS)., informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
Os russos Guennadi Padalka e Serguei Revine e o americano Joseph Acaba partiram às 3h01 GMT (0h01 de Brasília) a bordo da nave Soyuz TMA-04M.
De acordo com o programa de voo, nesta quinta-feira (17) a Soyuz se acoplará à ISS, atualmente tripulada pelo russo Oleg Kononenko, o holandês André Kuipers e o americano Donald Pettit.
A Soyuz TMA-04M deveria ter decolado rumo à plataforma orbital em 30 de março, mas a Roscosmos, a agência espacial russa, se viu obrigada a adiar seu lançamento devido a uma avaria sofrida pelo módulo de descenso da nave.
Soyuz decola em direção à Estação Espacial Internacional. (Foto: Mikhail Metzel / AP Photo)Soyuz decola em direção à Estação Espacial Internacional. 
Cargueiro Dragon
Poucos dias após sua chegada à ISS, Padalka, Revin e Acaba, junto aos tripulantes veteranos, serão testemunhas da histórica chegada à plataforma espacial do novo cargueiro americano Dragon, que será lançado pela Nasa em 19 de maio.

Em caso de êxito, essa será a primeira nave espacial privada a acoplar-se à ISS.
O comandante da 31ª missão será Padalka, que aos 53 anos é um veterano cosmonauta que já viajou duas vezes à ISS e uma à lendária estação soviética MIR, totalizando 585 dias no espaço.
Para Acaba, ex-professor de ciências e matemática, que acedeu ao programa de astronautas da Nasa em 2004 e voou ao espaço nas aposentadas naves americanas, essa será sua segunda missão a bordo da ISS.
Já o russo Revin, de 46 anos, voa pela primeira vez ao espaço, embora faça parte do programa de pilotos da Roscosmos desde 1996.
Além dos tradicionais experimentos e caminhadas espaciais, a 31ª missão deve lançar um satélite que se encarregará de prever os prazos e o lugar da queda em nosso planeta dos restos de estruturas espaciais e satélites de comunicações.
Astronauta Joseph Acaba (à esquerda) e os cosmonautas Gennady Padalka (centro) e Sergei Revin caminham em direção a nave russa Soyuz
Astronauta Joseph Acaba (à esquerda) e os cosmonautas Gennady Padalka (centro) e Sergei Revin caminham em direção a nave russa Soyuz

Cientistas encontram registro mais antigo de arte em paredes


Imagens feitas em caverna da França (Foto: Reprodução/PNAS)
Imagens feitas em caverna da FrançaUma equipe internacional de cientistas publicou nesta segunda-feira (14) um estudo sobre o que pode ser a mais antiga evidência de arte em paredes de cavernas da história da humanidade.
As gravuras talhadas em calcário retratam imagens de animais e formas geométricas. Segundo a datação de carbono, as gravuras foram feitas aproximadamente 37 mil anos atrás.
O material foi encontrado em 2007 em um abrigo rochoso no sul da França. O local foi ocupado por caçadores de renas da cultura Aurignaciana. Esse povo viveu na região até cerca de 28 mil anos atrás.

Outras obras de arte pertencentes ao mesmo povo já haviam sido encontrados anteriormente, também na França. São deles as pinturas encontradas na gruta Chauvet, em 1994, conhecidas entre os arqueólogos como algumas das mais importantes e antigas da Europa.
Segundo os autores, as gravuras descritas no recente estudo, publicado pela “PNAS”, a revista da Academia Americana de Ciências, são provavelmente um pouco mais antigas que aquelas. No mínimo, elas têm a mesma idade.
“Os primeiros homens aurignacianos eram, mais ou menos, como os humanos atuais”, explicou Randall White, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade de Nova York, onde ele trabalha.
“Eles tinham identidades sociais relativamente complexas comunicadas por meio de ornamentação pessoa, e eles praticavam escultura e artes gráficas”, completou o pesquisador.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos


Os segredos de um objeto considerado o computador mais antigo do mundo foram revelados com o uso de um equipamento de raio X. Assista ao vídeo.
O mecanismo Antikythera, como é conhecido, tem cerca de 2 mil anos e foi encontrado em 1901 quando um grupo de mergulhadores chegou a um antigo navio romano naufragado na costa da Grécia.
O objeto tem o tamanho aproximado de um laptop moderno e, dentro dele, estão várias rodas de transmissão e engrenagens.
Ele teria sido usado para prever eclipses solares e, de acordo com descobertas recentes, o mecanismo também servia para calcular as datas de Olimpíadas na Grécia Antiga.
Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos (Foto: BBC)Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos
A equipe internacional de cientistas conseguiu juntar em um computador mais de 3 mil projeções de raios X, montando uma imagem tridimensional.
Com estas imagens, os cientistas conseguiram compreender o mecanismo e suas engrenagens.