sábado, 31 de dezembro de 2011

China mira Lua para se tornar próxima superpotência espacial

O governo da China confirmou nesta quinta-feira (29) que em menos de cinco anos levará pela primeira vez um veículo não tripulado à superfície da Lua.
Esse seria um primeiro passo para que mais adiante seus astronautas pisem o satélite e o país siga os passos dos americanos e dos russos para se tornar a nova superpotência espacial.
O objetivo consta no "Livro Branco sobre as Atividades Espaciais de 2011", um documento do executivo chinês apresentado hoje em entrevista coletiva.
No texto, o governo estabelece outras metas da corrida espacial chinesa até 2015.
Dessa forma, indica que o programa lunar (um dos ramos mais importantes da investigação espacial chinesa, junto dos voos tripulados e dos projetos para uma estação permanente no Cosmos) será centrado no desenvolvimento de uma tecnologia que mais tarde permita levar astronautas à Lua.
A China já conseguiu que dois de seus satélites chegassem até a órbita lunar, em 2007 e 2010, embora as sondas simplesmente tenham servido para recolher informações fotográficas e estavam programadas para retornar depois ao planeta Terra.
As sondas cumpriram a primeira etapa do programa, destaca o documento, detalhando que em meia década deverá ter início a segunda fase (o mencionado pouso na superfície da Lua e passeios tripulados no satélite) para que a terceira inclua o recolhimento de material lunar e retorno à Terra dos veículos.
Não há data fixa para a chegada ao satélite terrestre dos primeiros "taikonautas" (apelido com o qual frequentemente se alude aos astronautas chineses, já que espaço em mandarim é "taikong).
Levando em conta que a China parece dividir este programa em fases de cinco anos, este fato histórico poderia ocorrer entre 2020 e 2025, meio século depois dos EUA, o primeiro país a alcançar essa façanha.
A prospecção lunar é talvez a parte de maior destaque dos futuros planos espaciais da China, mas não a única: o Livro Branco assinala que o país também continuará programas de prospecção de planetas e asteroides, do Sol e de buracos negros, entre outros corpos celestiais.
Também conduzirá experiências sobre microgravidade e vida no espaço e promoverá a cooperação internacional no estudo do Universo, assinalou, lembrando que já colaborou neste sentido com países como a Rússia e a Austrália.
Ao mesmo tempo, a China, que nesta semana também iniciou o funcionamento da "Bússola", seu sistema de posicionamento alternativo ao GPS americano, garantiu que nos próximos cinco anos aumentará o controle do lixo espacial e dos sistemas de alarme quando esses fragmentos caírem na superfície terrestre.
O Conselho de Estado insiste no documento que a prospecção espacial "é uma importante parte da estratégia geral de desenvolvimento da nação" o período de 2011-2015, no qual a China procura seguir ascendendo em seu caminho a ser um país desenvolvido, com a inovação tecnológica como prioridade.
Esta corrida preocupa, no entanto, como na época ocorreu com a missão soviética, a principal potência espacial atual, os EUA, onde alguns políticos, oficiais do Exército e meios de comunicação veem com receio o caráter totalmente militar do programa espacial chinês.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Hong Lei, quis nesta quinta-feira responder a esses temores, assegurando em entrevista coletiva que a China "sempre ressalta que seu objetivo é fazer uso pacífico do espaço, e procura cooperar internacionalmente neste campo".
A China colocou seu primeiro astronauta no espaço em 2003 e desde então alcançou outros objetivos, como o primeiro "passeio" de um de seus astronautas fora da nave (2008) e o primeiro acoplamento de dois veículos (no mês passado), passo-chave para sua futura estação espacial permanente.
Para os especialistas, a China ainda está em uma fase muito preliminar no que diz respeito às tecnologias espaciais, comparável aos EUA e à extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) nos anos 60, mas avança de forma mais rápida do que fizeram na época as duas superpotências da Guerra Fria em sua corrida espacial.

Parque nacional da Indonésia faz imagens de rinoceronte ameaçado

Rinoceronte javanês (Foto: AFP Photo/Ujung Kulon National Park)Esta imagem de um rinoceronte javanês foi divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Parque Nacional Ujung Kulon, na Indonésia. A espécie está ameaçada de extinção. (Foto: AFP Photo/Ujung Kulon National Park)
Rinoceronte javanês (Foto: AFP Photo/Ujung Kulon National Park)As imagens foram feitas por câmeras escondidas espalhados pelo parque nacional. O espaço abriga 35 rinocerontes da espécie, incluindo cinco filhotes.

Físicos estão produzindo eletrodo de proteína de cianobactéria que quebra a molécula de água

Novo dispositivo concebido consegue separar o hidrogênio e oxigênio da água apenas exposto à luz solar.
Cientistas do Laboratório Federal Suíço de Ciências dos Materiais e Tecnologia (EMPA), juntamente com pesquisadores da Universidade de Basiléia e Argonne National Laboratory, criaram e estão testando uma célula fotoelétrica nanobiotransformadora.
Os físicos tentaram utilizar óxidos de metais (alguns deles têm boas propriedades fotocatalíticas), mas no novo estudo os cientistas resolveram utilizar a hematita, que é uma rocha contento óxido de ferro, além de ter o poder de absorver a radiação no espectro visível e ser mais barata.
O principal destaque do experimento está na composição de parte do eletrodo que é formado por ficocianina, uma proteína encontrada em algas verde-azuladas, as famosas cianobactérias.
Eu me inspirei na fotossíntese natural que a ficocianina realiza nas bactérias, atuando como principal componente de captação de luz. Eu queria misturar a fotossíntese natural com recursos de cerâmica atrelado as proteínas”, comentou Debadzhit Bora, principal autor do estudo.
 Em vermelho a hematita, um tipo de rocha que contém ferro. Os traços verdes são ficocianina. Fotomicrografia da célula fotoelétrica.

Os pesquisadores colocaram uma rede de moléculas na superfície do eletrodo de ficocianina-hematita. Neste caso, de acordo com Bora, a proteína formada bacteriana sobre uma ligação covalente. Através de testes com materiais híbridos, os cientistas descobriram que o eletrodo com o aditivo biológico produzia o dobro de fotocorrente induzida em comparação com o seu análogo construído simplesmente de hematita. Este novo material consegue absorver muito bem os fótons.
Essa mistura de material biológico e rocha mostrou-se bastante promissor e uma grande surpresa para os especialistas. A ficocianina não é destruída em contato com o óxido de ferro em meio alcalino, embora teoricamente essa combinação de fatores não era para ser muito favorável.
A pesquisa da EMPA abre caminho para uma nova forma possível de produzir hidrogênio como combustível. Agora os cientistas precisam ver como os eletrodos irão trabalhar em situações reais de produção em larga escala, não apenas em pequenas amostras de laboratório.

Os noruegueses construíram um centro de dados com arrefecimento em um fiorde

Os autores do projeto afirmam que seus servidores estão escondidos nas profundezas das rochas.
Segundo os cientistas, este seria o centro de dados mais ecologicamente correto do mundo, em termos de consumo de energia elétrica e emissão de carbono que chega quase ao nível zero. O nome do projeto é Green Mountain Data Center e está localizado na costa de uma montanha, no fiorde Boknafjord.
As salas, que foram abertas com ajuda de explosivos, possuem 21 mil metros quadrados e possuirão um dos servidores mais modernos do mundo. A característica mais notável do projeto é o sistema complexo de refrigeração. Ao contrário do que é comum, ele não usará sistemas de resfriamento tradicionais. Os engenheiros estão usando redes de tubos contendo água gelada dos próprios fiordes.

As águas dos fiordes permanecem em uma temperatura de 8ºC durante todo o ano, o que garante que os servidores não sofrerão com superaquecimento. Os noruegueses estimam que este novo servidor será o mais avançado do mundo em termos de sustentabilidade e consumo de energia.
Saiba mais!
O que é um fiorde? É uma grande entrada do mar em volta de altas montanhas rochosas. Os fiordes situam-se principalmente na costa oeste da península escandinava onde são um dos elementos geológicos mais emblemáticos da paisagem, e têm sua origem na erosão das montanhas devido ao gelo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cientistas usam scanner 3D para conseguir tocar discos de 125 anos

Cientistas da biblioteca nacional Lawrence Berkley, nos Estados Unidos, usaram um scanner 3D para conseguir recuperar e reproduzir as gravações de discos com 125 anos de idade.
Segundo os cientistas, os discos escaneados possuem gravações de Alexander Graham Bell quando ele e colegas tentavam melhorar a qualidade dos dispositivos de som no final do século XIX. Bell enviou as gravações para serem guardadas no museu Smithsonian, mas não mandou um aparelho para reproduzi-las. Por conta disso, o conteúdo dos discos nunca foi ouvido.
Um sistema chamado IRENE/3D conseguiu escanear os discos que já estavam se degradando e tocar o seu conteúdo. O sistema não utiliza nenhuma ferramenta que toca no disco, o que poderia danificá-lo. São feitas fotografias em alta definição do disco e erros das imagens digitais são removidos por especialistas em restauração. Uma agulha virtual reproduz o som da foto.
O Smithsonian possui cerca de 400 discos com diversos tipos de conteúdo como pessoas recitando textos de Shakespeare, por exemplo. Com a tecnologia, será possível restaurar as peças e escutar gravações com mais de 100 anos.
Os cientistas afirmam que a tecnologia pode ser disponibilizada ao público nos próximos anos.

Células de conexão cerebral são mais do que simples 'cola', revela estudo

As células da glia (nome grego para “cola”), que unem os neurônios e protegem as células que determinam nossos pensamentos e comportamentos, podem ter várias outras funções, segundo estudo da Universidade de Tel Aviv (TAU), em Israel, publicado na revista "PLoS Computational Biology".
Esse tecido conjuntivo, ou de conexão, também interfere na adaptação a diferentes estímulos, no aprendizado e na memória. Os cientistas suspeitam que a glia seja ainda mais central para o funcionamento do cérebro porque é abundante no hipocampo (que fica no meio do órgão) e no córtex (camada mais externa). Essas duas partes são as que têm maior controle sobre a capacidade de processar informações e guardá-las.
“As células da glia são como supervisores cerebrais. Ao regular as sinapses, controlam a transferência de informações entre os neurônios, o que afeta a forma como o cérebro processa os dados e aprende”, explica o estudante de pós-doutorado da TAU Maurizio De Pittà.
A pesquisa – liderada pelo professor Eshel Ben-Jacob, da TAU, em conjunto com Vladislav Volman, do Instituto Salk para Estudos Biológicos e da Universidadade da Califórnia em San Diego, nos EUA, e Hugues Berry, da Universidade de Lyon, na França – desenvolveu o primeiro modelo de computador que incorpora a influência das células da glia na transferência de sinapses.
Esse modelo também pode ser aplicado em tecnologias baseadas nas redes cerebrais, como microchips, softwares e algoritmos. Além disso, poderia servir para estudos sobre distúrbios como epilepsia e mal de Alzheimer.
"Rede social" do cérebro
O cérebro é formado por dois tipos principais de células: os neurônios e a glia. Para cada neurônio, há de duas a cinco células da glia.
Os primeiros disparam sinais que ditam como pensamos e agimos, usando conexões chamadas sinapses para passar adiante a mensagem de um para o outro.
Ben-Jacob compara o cérebro a uma rede social, em que as mensagens se originam nos neurônios, que usam as sinapses como seu sistema de entrega, enquanto a glia serve de moderador geral, para regular quais mensagens serão enviadas e quando.
Essas células podem solicitar a transferência de informações ou reduzir a atividade das sinapses se elas estiverem muito hiperativas.

Cientistas fazem cócegas em gorilas para estudar evolução da gargalhada

Cientistas britânicos estão estudando como primatas reagem a cócegas para descobrir mais pistas sobre a evolução da gargalhada.
Pesquisadores da Universidade de Portsmouth estão monitorando o comportamento de gorilas em um zoológico em Kent, com ajuda dos tratadores dos animais.
Um das estrelas do estudo vem sendo a gorila Emmie, de 19 anos, que tem mostrado reações muito parecidas com a de humanos.
Os pesquisadores também estão encontrando grandes semelhanças entre os sons das risadas de primatas com as de seres humanos.
Para os cientistas, a gargalhada pode ter nascido há 30 ou 60 milhões de anos.
                                 Gorila (Foto: BBC) 
                                        Gorila ri com cócegas de tratador

Satélite fotografa vulcão no Chile

Imagem divulgada pela Nasa a partir do Land Imager, que está no satélite EO-1, feita em 23 de dezembro, mostra a fissura noroeste do vulcão Puyehue-Cordon, no Chile. Fumaça e vapor saem da cratera, em direção ao oeste e ao norte. A imagem também mostra neve na superfície do vulcão, que provocou transtornos na aviação civil do cone sul da América do Sul ao longo de 2011. (Foto: Nasa/AP)Imagem divulgada pela Nasa a partir do Land Imager, que está no satélite EO-1, feita em 23 de dezembro, mostra a fissura noroeste do vulcão Puyehue-Cordón, no Chile. Fumaça, cinzas e vapor saem da cratera, em direção ao oeste e ao norte. A imagem também mostra neve na superfície do vulcão, que provocou transtornos na aviação civil do cone sul da América do Sul ao longo de 2011.

Pesquisa usa peixe-elétrico para indicar poluição da água na Amazônia

Projeto desenvolvido por pesquisadores brasileiros conta com a ajuda de peixes-elétricos (Gymnotiformes) para identificar possíveis alterações na qualidade da água dos rios amazônicos, tornando estas espécies em mais uma ferramenta de prevenção a alterações ambientais no bioma.
O motivo é que possíveis mudanças nos locais classificados como habitat destas espécies afetariam as descargas elétricas emitidas por eles.
O estudo, desenvolvido por especialistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é realizado em duas unidades de conservação federais de Roraima, localizadas na bacia do Rio Branco.
Na imagem, três diferentes espécies existentes na bacia do Rio Branco, em Roraima. (Foto: Divulgação)Na imagem, três diferentes espécies de peixe-elétrico que vivem na bacia do Rio Branco, em Roraima.
De acordo com Romério Briglia Ferreira, analista ambiental e autor do projeto, em conjunto com o pesquisador José Alves Gomes, do Inpa, é a primeira vez que especialistas em ambiente aquático estiveram na região, compreendida pelo Parque Nacional Serra da Mocidade e pela Estação Ecológica de Niquiá. Eles aproveitaram ainda para coletar informações sobre os tipos de peixes existentes nos rios da região.
“Em Roraima existem dois processos importantes que impactam a qualidade da água. Um deles é o cultivo de arroz e o outro é o cultivo de peixes, como o tambaqui, em cativeiro. Isso acarretaria em modificações nas águas e resultam em assoreamento dos rios (elevação dos níveis de terra no fundo das bacias hidrográficas devido à erosão)”, diz.
“Os peixes-elétricos utilizam as correntes elétricas (de cerca de 1 volt) para localização, comunicação e também para reprodução. Se a qualidade da água sofrer alteração, o comportamento deles também se altera”, complementa.
Vista do Parque Nacional Serra da Mocidade, uma das unidades de conservação estudadas em Roraima (Foto: Divulgação)Vista do Parque Nacional Serra da Mocidade,
uma das unidades de conservação que é foco
da pesquisa em Roraima
Levantamento
De acordo com o pesquisador, com a ajuda de um equipamento foram gravadas 191 descargas elétrica de aproximadamente dez diferentes espécies de peixes da ordem Gymnotiformes.
As correntes serão testadas e comparadas com as de outros peixes que vivem na região do Rio Negro, foco de pesquisa do Inpa.
A partir dos resultados, serão realizadas outras duas excursões de pesquisadores às unidades de conservação de Roraima e, possivelmente, a criação de um grupo que vai debater a forma de manejo para essas áreas.
Possível descoberta
Durante a primeira busca por indicadores dos peixes-elétricos, verificou-se a existência de espécies endêmicas (que só existem naquele local) e novas análises podem indicar a possível descoberta de duas novas espécies.
O processo de identificação deve levar até três anos. “Podem ser duas novas espécies, mas é apenas uma possibilidade. Estamos estudando ainda”, afirma o analista do ICMBio.

Cientista do Jurassic Park quer chocar um dinossauro usando DNA de aves

Um dos colaboradores do famoso filme planeja algo bastante inusitado.
O consultor do filme Jurassic Park, o professor de paleontologia da Monta State University, Dr. Horner, crê que as aves modernas (como a galinha) possuem informações na memória de seus genes, que poderia de alguma forma fazer uma ponte para ressuscitar alguns traços dos famosos dinossauros. Atualmente o professor está procurando algum especialista em engenharia genética para ajudá-lo na conclusão de seu plano.
Eu estou procurando um pesquisador pós-doutorado. Um pós-aventureiro que saiba muito sobre biologia do desenvolvimento e um pouco sobre os pássaros”. Declarou o professor ao LiveScience.
Ele comenta que planeja começar o estudo com um emu (um tipo de ave comum na Austrália, com aspecto próximo de uma ema, porém um pouco menor). Segundo ele, estas aves possuem todas as características para trazer de volta um dinossauro Velociraptor de médio porte.
Apesar de ousada, a idéia está encontrando apoio acadêmico de vários estudiosos. Sean Carroll, especialista em genética da Universdade de Wisconsin, declarou que um inventário aprofundado dos genes de um pássaro, certamente seria muito próximo de um inventário dos genes de um dinossauro.
Outro cientista que dá apoio é Hans Larsson, paleontólogo da Universidade McGill no Canadá. Ele conduziu um experimento sobre evolução dos dinossauros, mostrando exemplos de caudas longas em pássaros há 150 milhões de anos. A pesquisa mostrou que durante a fase embrionária de uma galinha, parece existir uma espécie de cauda, que desaparece antes de seu nascimento. Segundo ele, isso seria resquício de um passado distante que faz uma ligação com aves da época dos dinossauros.
Os pesquisadores acreditam que dentro de 100 anos será possível trazer de volta animais da época do Mesozóico, através das informações genéticas que eles deixaram nos atuais animais. “Por que não podemos trazer todas as informações genéticas? Basta alterá-las um pouco e produzir um Tyrannosaurus rex”, comentou o Dr. Horner.
Um biólogo especialista em desenvolvimento da Universidade de Wiscosin concorda plenamente: “À medida que aprendemos mais, nós vamos ser capazes de fazê-lo”.
Segundo Dr. Horner, o conhecimento genético de um pássaro será a grande chave. “Eu tenho que admitir que eu certamente imagino que exista um pouco de dino-galinha quando vejo uma galinha andando atrás de mim. Não existe nada que nos impeça de trazer de volta os dinossauros. As pessoas que não acreditam na evolução poderão ver o feito. Se isso é uma boa idéia ou não, já é uma outra questão...” concluiu.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Veja as cores do polo sul de Titã, a maior lua de Saturno

Graças à sonda Cassini é possível ter uma ideia de como se parece o polo sul da maior lua de Saturno, Titã, se fosse visto a partir de um ponto no espaço.
A captura da foto, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo site da Nasa (agência espacial americana), foi possível pela combinação de imagens processadas por lentes diferentes para captar nuances em vermelho, verde e azul.
O polo sul de Titã torna-se mais escuro à medida que os raios solares avançam em direção ao norte com o passar do dia. Na imagem, a parte superior alaranjada está iluminada pelo Sol; a neblina azul é a atmosfera de Titã.


Nasa exibe em seu site a imagem feita pela sonda Cassini do polo sul de Titã (em laranja)
Nasa exibe em seu site a imagem feita pela sonda Cassini do polo sul de Titã (em laranja)

Japoneses pesquisam micro-organismo que age melhor que computador

O micetozoário detém a capacidade de raciocínio melhor que a de um computador, afirma um grupo de cientistas japoneses da Universidade Hakodate que nos últimos anos se dedica a observar esse minúsculo ser unicelular parente da ameba.


Cientista observa micetozoário em microscópio; o ser unicelular escolhe as melhores rotas para obter comida
Cientista observa micetozoário em microscópio; o ser unicelular escolhe as melhores rotas para obter comida
Segundo eles, o ser primitivo, mesmo sem ter um centro de decisões avançado como é o cérebro, pode colaborar com o desenvolvimento de sistemas de transporte público mais eficientes.
De que forma isso seria feito? Pelo estudo do comportamento do micetozoário que, entre tantas possibilidades, escolhe a melhor das rotas para chegar até seu alimento, ao mesmo tempo que evita situações de estresse --no caso dele, isso equivale a fugir da luz.
A pesquisa, coordenada por Toshiyuki Nakagaki e equipe da Universidade Hakodate, não é recente. Ela já lhes garantiu dois Ig Nobel, o "prêmio" que elege bizarrices científicas, em 2008 e 2010.
O cientista Atsushi Tero, da Universidade Kyushu, que desenvolve pesquisa semelhante comenta que os micetozoários podem criar redes muito mais avançadas do que a própria mente humana.
"Os computadores não são bons para analisar as melhores rotas que se conectam entre si porque a quantidade de cálculo pode se tornar maior do que eles. Mas esses micro-organismos, sem qualquer cálculo de todas as opções possíveis, podem se mover por áreas livremente e gradualmente encontrar as melhores rotas", diz.
Tero afirma que teve êxito em simulações em laboratórios com micetozoários: os micro-organismos desenvolveram um sistema de locomoção muito semelhante ao das vias de trens e metrô que cobrem a área de Kanto no Japão --uma rede emaranhada de transporte que cobre uma das mais populosas áreas do Japão, que engloba Tóquio.
Vale lembrar que pode haver um possível ganhador do Nobel, o reconhecimento máximo das pesquisas científicas, por trás de estudos bizarros.
No ano passado, os físicos de origem russa Andre Geim e Konstantin Novoselov levaram o Nobel de Física por seus trabalhos revolucionários sobre o grafeno, mas foram indicados ao Ig Nobel dez anos antes ao estudar um sistema de levitação de rãs com um ímã.

Mudança climática pode tornar chocolate artigo de luxo

Um recente estudo, bancado pela Fundação Bill e Melinda Gates, mostra que a mudança climática global pode muito bem interferir na produção de chocolate, a ponto dessa guloseima tão acessível nos dias de hoje se tornar um artigo de luxo nas próximas décadas.
Segundo a conclusão do estudo, o aumento da temperatura em cerca de 2,3ºC, até 2050, faria a área de plantio de cacau na Costa do Marfim e em Gana cair significativamente. Os dois países africanos concentram mais da metade de produção de cacau no mundo.
A mudança climática, somada à elevação do consumo por países emergentes como a China, elevaria o preço final do chocolate. No Reino Unido, o ajuste de alguns produtos já superou os índices inflacionários.
Para contornar o problema do aquecimento global, o plantio de cacau poderia migrar para regiões mais altas, onde o clima é mais ameno. Mas, no caso dos dois países que ficam no oeste africano, essa não é uma opção tão válida assim, já que há predomínio de planícies.
A alternativa mais viável seria desenvolver pés de cacau mais resistentes para suportar um clima mais quente.
Este não é o primeiro estudo que relaciona o aquecimento global à falta de produtos em um cenário futuro. Vinho francês e massa italiana também correriam o risco de sumir das refeições.

Será que estamos sofrendo de fadiga eletrônica global?

Será que as pessoas estão sofrendo de uma sobrecarga de gadgets? Será que estão exauridas e sofrem do equivalente mercadológico da fadiga mental --sobrecarga de informações-- causada pelas constantes atualizações de seus aparelhos e da mídia on-line?
A Underwriters Laboratories, respeitada organização sem fins lucrativos de teste e certificação de produtos, divulgou um estudo na semana passada cujas constatações incluíam que cerca de metade dos consumidores, 48%, "sentiam que os fabricantes de alta tecnologia levam produtos novos ao mercado mais rápido do que as pessoas precisam deles".
É útil estudar um pouco mais a fundo as indicações oferecidas pelo relatório de 42 páginas.


Convidados manuseiam smartphone da HTC durante evento de lançamento do produto, em Nova York
Convidado smartps manuseiamhone da HTC durante evento de lançamento do produto, em Nova York
O estudo se baseou em entrevistas com 1.200 consumidores de quatro países --Estados Unidos, Alemanha, Índia e China. E 1.200 fabricantes foram entrevistados nas mesmas nações. O setor de alta tecnologia foi um dos quatro examinados com profundidade, acompanhado pelos de materiais de construção, alimentos e produtos químicos de uso caseiro.
A sensação dos consumidores de que os fabricantes de eletrônicos introduzem produtos mais rápido do que necessitariam sugere duas explicações possíveis. A primeira e mais evidente é a de que o ritmo de inovação é de fato rápido demais para os consumidores.
A segunda, menos evidente, é a de que, na verdade, a inovação é lenta demais. Ou seja, as novas ofertas que as empresas estão apresentando a cada seis meses são produtos semelhantes aos já existentes, com apenas um ou dois recursos novos ou pequenas mudanças de design. Os calendários de marketing, não a inovação de produtos, conduzem o trem empresarial.
O relatório constatou que os fabricantes norte-americanos valorizam mais que os de outros países a "velocidade de chegada ao mercado".
Em entrevista na sexta-feira, Sara Greenstein, vice-presidente de estratégia da Underwriters Laboratories, ofereceu sua interpretação quanto aos resultados do estudo. "A inovação só pode ser rápida demais se houver fatores desconsiderados", disse.


Visitantes da feira CES, em Las Vegas, testam notebook da Sony que exibe imagens em 3D
Visitantes da feira CES, em Las Vegas, testam notebook da Sony que exibe imagens em 3D
Para o setor de alta tecnologia, existem outras constatações intrigantes no relatório. Os consumidores, compreensivelmente, se preocupam menos com a segurança de produtos de alta tecnologia do que com a de alimentos frescos e industrializados. Mas suas maiores preocupações de segurança são as emissões de poluentes e as ondas de rádio. Muita gente, ao que parece, se sente inquieta por viver em uma nuvem cada vez mais densa de ondas de rádio emitidas por torres de celular, pontos de conexão Wi-Fi e aparelhos com os quais eles se comunicam.
Uma constatação um tanto surpreendente foi a de que, para os consumidores, o conteúdo interno dos eletrônicos aparentemente importa. Cerca de 55% deles, segundo o relatório, disseram estar mais preocupados "com a origem inicial das peças/componentes de alta tecnologia do que com o local de montagem do produto".
O relatório não determina de que maneira essa informação --classificada pela Underwriters Laboratories como "rastreabilidade"-- afeta as decisões práticas de compra. Pode ser um processo complicado. As companhias fabricantes, afirma o relatório, dependem em média de mais de 35 fornecedores terceirizados de todo o mundo para criar um único produto. O número pode ser ainda maior para um laptop ou um smartphone.
Talvez possa haver uma identificação de cadeia de suprimento, como um mapa do mundo codificado por cores mostrando de onde vêm as peças de um produto? "Estamos trabalhando nisso", disse Greenstein.

Nasa fotografa galáxia espiral com formato de olho

A imagem da Nasa (agência espacial norte-americana) tirada e divulgada nesta terça-feira (27) é da galáxia espiral NGC 4151.


Área em vermelho é formada por hidrogênio; os pontos amarelos indicam que ali nasceram estrelas
Área em vermelho é formada por hidrogênio; os pontos amarelos indicam que ali nasceram estrelas
A área em vermelho que lembra um anel é uma mistura de hidrogênio com matéria que cai em direção à região central da galáxia, em azul.
Já os pontos amarelos indicam regiões onde nasceram estrelas recentemente.
Essa galáxia espiral está localizada a aproximadamente 43 milhões de anos-luz da Terra e também é uma das mais próximas que contém um buraco negro cuja expansão está em ritmo muito acelerado.
Por causa de sua localização, fornece uma das melhores oportunidades para que os astrônomos possam estudar a interação entre os buracos negros em atividade e os gases que circundam a galáxia que o abriga.

Tormenta solar não destruirá a Terra em 2012

A Nasa (agência espacial norte-americana) previu alguns anos atrás a ocorrência de uma intensa tempestade solar em 2012.
Segundo as estimativas da NCAR (Centro Nacional de Investigações Atmosféricas), ela seria 30% a 50% mais forte que a anterior e também a maior dos últimos 50 anos.


Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa
Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa
A tormenta solar não tem, porém, a capacidade de destruir fisicamente a Terra e tampouco as pessoas comuns precisam se precaver contra o fenômeno. Há sites na internet que chegam ao ponto de indicar guias de sobrevivência para a tormenta solar.
O calor que é emitido nas tempestades solares não chega à Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energizadas podem afetar temporariamente as comunicações, como os GPS e os telefones celulares, da mesma forma que os furacões o fazem.
O prognóstico da próxima tempestade solar tem como base a intensificação da atividade solar, que surge em ciclos com cerca de 11 anos de duração, após longos períodos de calmaria do Sol. Mais recentemente, a Nasa estipulou como 2013 ou 2014 a data provável para acontecer o fenômeno.
A última tempestade solar de grande proporção é de 1958. Uma de suas consequências que costuma ser lembrada é que a aurora boreal pôde ser vista em regiões distantes como o México.

Plutão pode ter moléculas orgânicas complexas

A superfície de Plutão pode conter moléculas orgânicas complexas -espécie de "tijolos" que são fundamentais para a construção da vida como a conhecemos-, afirma um novo estudo.
A descoberta é do Telescópio Espacial Hubble, que detectou que algumas substâncias na superfície do planeta-anão estão absorvendo mais luz ultravioleta do a quantidade que era esperada.
Isso, segundo especialistas da Nasa, dá pistas importantes sobre a composição química do astro.
De acordo com os astrônomos, esses compostos possivelmente são hidrocarbonetos complexos ou moléculas que contêm nitrogênio.
Já se sabe que a superfície de Plutão tem metano, dióxido de carbono e nitrogênio congelados.
É possível que os compostos que estão "chupando" a luz ultravioleta tenham sido produzidos pela interação das substâncias com luz solar ou raios cósmicos -partículas subatômicas muito velozes.
Em nota, Alan Stern, líder do trabalho, destacou a importância das novas pistas químicas encontradas.
"Os hidrocarbonetos complexos plutonianos e as outras moléculas que podem ser responsáveis pelas propriedades espectrais ultravioleta que nós encontramos podem, entre outras coisas, dar aquela cor avermelhada de Plutão", disse.
Além disso, a equipe de Stern encontrou evidências de que o terreno de Plutão tenha mudado.
Ao comparar imagens da superfície de Plutão feitas na década de 1990 e agora, os astrônomos verificaram que o espectro ultravioleta do ex-planeta se modificou.
É possível que mudanças na pressão atmosférica do planeta-anão tenham causado essa alteração.
Além de Plutão, outros astros do chamado Cinturão Kuiper também têm "cor de ferrugem". Estudos anteriores já haviam relacionado o avermelhado a possíveis moléculas orgânicas.
A grande distância entre a Terra e Plutão ainda impõe muitas dificuldades ao estudo do planeta-anão. Os mistérios sobre esse corpo celeste devem começar a ser desvendados com a chegada da sonda New Horizons, programada para 2015.
Sondas da Nasa chegam à Lua no ano-novo e vão analisar lado oculto

As duas sondas de prospecção espacial da missão Grail (Recuperação da Gravidade e Laboratório Interior, na sigla em inglês) vão frear sua trajetória e chegar no ano-novo à órbita da Lua, de onde devem explorar o interior do satélite, informou nesta quarta-feira (28) a agência espacial americana (Nasa).
"Embora, desde a década de 1970, tenhamos enviado mais de uma centena de missões à Lua, inclusive duas nas quais os astronautas caminharam sobre a superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre o nosso satélite", disse em coletiva de imprensa a pesquisadora-chefe do programa Grail, Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Grail (Foto: NASA/JPL-Caltech)Desenho simula sondas 'gêmeas' da Nasa que vão analisar o lado oculto da Lua (Foto: NASA/JPL-Caltech)
As duas sondas estão viajando rumo à Lua desde o lançamento delas, em setembro. No dia 31, uma das naves gêmeas acionará seus foguetes para diminuir a velocidade, de modo que fique submetida à gravidade da Lua a 56 quilômetros da superfície.
No dia seguinte, a outra sonda fará uma manobra similar, e ambas traçarão um mapa da gravidade do satélite, medindo os efeitos dessa força sobre suas trajetórias orbitais.
"Entre as muitas coisas que não sabemos sobre a Lua é por que o lado oculto é tão diferente do visível", declarou Zuber, referindo-se ao hemisfério que não pode ser visto da Terra.
"A resposta deve estar no interior da Lua", acrescentou a pesquisadora, explicando que a missão de estudo começará em março e deve durar 82 dias, embora os cientistas tenham pedido à Nasa que a estenda até dezembro de 2012.
A missão não está restrita aos cientistas e acadêmicos: cada uma das sondas Grail, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmeras que serão operadas por grupos de estudantes do ensino médio. "Mais de 2.100 escolas em todo o país se registraram para o programa", comentou Zuber.
A Nasa qualificou a missão Grail como "uma viagem ao centro da Lua", já que a medição da força da gravidade permitirá a construção de "mapas" sobre o interior do satélite entre cem e mil vezes mais precisos que os obtidos até agora.
Durante a missão, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 quilômetros e, segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que elas diminuam ou aumentem levemente a velocidade.
Isso, por sua vez, modificará a distância que as separa, e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores. Dessa forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade.
Com esses dados, os cientistas poderão deduzir o que há embaixo da superfície da Lua, com suas montanhas e crateras, e poderiam entender melhor por que o lado oculto dela é mais abrupto que o lado visto da Terra.
Outro dos mistérios que Grail poderia revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor. Alguns astrônomos acreditam que algumas das marcas na superfície do satélite são resultado de uma colisão com um satélite menor.
Mais rápida estrela giratória é encontrada em galáxia vizinha
 Estrela giratória (Foto: Imagem simula a mais rápida estrela giratória encontrada até hoje. Esse astro maciço, brilhante e jovem é chamado de VFTS 102 e gira a 1,6 milhão de km/h, ou cem vezes mais rápido que o Sol.  A estrela está girando 160 mil anos-luz de distância, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia-satélite da Via Láctea.  Forças centrífugas causadas por essa alta taxa de rotação achataram a estrela nos polos e formaram um disco de plasma quente no meio dela, que é mostrada na imagem junto de um planeta hipotético.  A estrela pode ter incorporado material de uma estrela binária. Essa companheira depois teria evoluído rapidamente e explodido como uma supernova. Foto: NASA, ESA, e G. Bacon (STScI)) Imagem simula a mais rápida estrela giratória encontrada até hoje. Esse astro maciço, brilhante e jovem é chamado de VFTS 102 e gira a 1,6 milhão de km/h, cem vezes mais rápido que o Sol. Forças centrífugas causadas por essa alta taxa de rotação achataram a estrela nos polos e formaram um disco de plasma quente no meio dela. A VFTS 102, que é mostrada no desenho junto de um planeta hipotético, pode ter incorporado material de uma estrela binária, e essa companheira teria evoluído rapidamente depois e explodido como uma supernova. A estrela giratória fica a 160 mil anos-luz de distância da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia-satélite da Via Láctea.
Buraco negro no centro de nossa galáxia está sugando um objeto gigantesco 
 Os astrônomos estão alvoroçados após observarem que um objeto está sendo puxado em direção ao buraco negro de nossa galáxia.
O buraco negro supermassivo localiza-se no centro de nossa galáxia, a Via Láctea. Diversos astrônomos observaram que ele está sugando um objeto em uma velocidade de 5 milhões de quilômetros por hora, neste mês de dezembro.
Agora, após análises no Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, astrônomos estão sugerindo que o objeto em questão possa ser uma estrela jovem e seu disco de poeira em plena formação planetária, sendo direcionada para ser “engolida” pelo buraco negro, diferentemente do que astrônomos tinham pensado anteriormente, como sendo apenas uma grande nuvem de gás formada por estrelas vizinhas.
Os dados mostram que, sendo puxado a 5 milhões de quilômetros por hora, o objeto gigante será completamente engolido pelo buraco negro em breve. Quando isso acontecer, será possível identificar exatamente o que é. Tudo dependerá do que será liberado após a total aniquilação. Os cientistas calculam que isso se dará em 2013.
A descoberta foi feita por Reinhard Genzel, do Instituto Max-Planck, após 20 anos de monitoramento do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea utilizando telescópios do ESO.
Os astrônomos dizem que quando ocorrer o choque entre a possível estrela e seus protoplanetas com o buraco negro, ocorrerá um espetáculo sem igual, e tudo será registrado por pesquisadores em todo o mundo.
Ejeção de massa coronal solar poderá interferir em sinais de rádio nos próximos 3 dias 
Órgãos oficiais anunciaram uma possível interferência nas transmissões via rádio nos próximos 3 dias.
Os astrônomos estão esperando um grande espetáculo de auroras através das partículas que foram ejetadas recentemente do Sol e que irá atingir a Terra. O lado negativo deste deslumbre será o possível bloqueio ou queda de sinais de rádio por alguns dias, provocada pela ejeção de massa coronal solar ou causar tempestades magnéticas.
Os astrônomos alertam que esse é apenas a “ponta do iceberg”, pois as pesquisas mostram que essas ejeções terão 11 ciclos, tendo seu máximo pico no ano de 2013.
A National Oceanic and Atmospheric Administration Space Center declarou: “Esta será uma tempestade de categoria G1, enquadrado nas tempestades geomagnéticas, sendo esperado para os dias 28 e 29 de dezembro devido à múltimas chegadas de ejeção coronal de massa. Poderá ocorrer queda de transmissões de rádio até o dia 31 de dezembro”. Isso inclui sistemas de GPS, rádios, telefones celulares, etc.
A ejeção de massa coronal em questão contém bilhões de toneladas de gases com grande quantidade de raios-X e radiação ultravioleta. Essas partículas viajam em enormes velocidades com grandes temperaturas. Por serem ionizadas, acabam sendo “capturadas” pelo campo magnético da Terra, o que provoca excitação nos gases atmosféricos, emitindo assim energia na forma de luz.
A grande maioria das vezes este evento produz apenas belas imagens, mas podem ocasionar pequenos desastres, como a queda na energia elétrica e danificar transmissões e redes de satélites.
Um evento de grande impacto ocorreu em 1989, quando uma grande quantidade de massa coronal deixou 6 milhões de pessoas em Quebec, no Canadá, sem energia elétrica.
Descoberto dinossauro que dormia como uma ave 

Pesquisadores encontram um tipo de dinossauro com um comportamento diferente na hora de dormir.
Uma equipe de pesquisadores do Museu dos Dinossauros do Brasil, da Fundación Azara, Universidad Maimónides e do Museo Argentino de Ciencias Naturales fizeram recentemente uma descoberta que permite conhecer mais sobre os hábitos dos dinossauros. Eles estudaram um esqueleto de Guaibasaurus candelariensis, uma espécie da família Guaibasauridae, que inclui também Saturnalia tupiniquim.
Guaibasaurus mede cerca de 2 metros de comprimento e está entre os mais antigos e primitivos dinossauros conhecidos. Viveu no Triássico Superior (aproximadamente 215 milhões de anos) e seus fósseis foram encontrados na Formação Caturrita, do Rio Grande do Sul. No entanto, a importância dessa nova descoberta não está nas características de seu esqueleto, mas na excelente preservação do material extraído.
O esqueleto de Guaibasaurus foi encontrado de cócoras com as mãos cruzadas em torno do corpo, e com o pescoço dobrado. Esta posição de descanso é uma característica exclusiva dos animais de sangue quente, encontrada em aves e mamíferos atuais. Aves modernas adquiriram tal posição com a finalidade de reter o calor do corpo durante as noites frias, ao contrário da posição de animais de sangue frio, como lagartos e crocodilos. Dessa forma, Guaibasaurus, como fazem os pássaros modernos, se encolhia com as mãos em torno de seu corpo, para reter o calor durante a noite. Federico Agnolín, da Fundación Azara, declarou: “Essa descoberta tem um significado duplo: não só nos diz que os dinossauros dormiam da mesma maneira que fazem as aves atuais, mas também fornece uma evidência adicional que mostra que, desde o início os dinossauros foram animais de sangue quente, muito ativo e de comportamento como pássaros e em contraste com o sangue frio de répteis como crocodilos e tartarugas".

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cientistas descobrem espécies no fundo do Oceano Índico

Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, capturaram imagens impressionantes em um dos pontos mais inóspitos do fundo do Oceano Índico.
As imagens, capturadas com a ajuda de um robô na Cadeia de Montanhas Submarinas do Sudoeste Índico, foram feitas enquanto os cientistas pesquisavam as aberturas de vulcões submarinos, no fundo do oceano.
Descobertos em 1977, estes respiradouros hidrotermais são fissuras no fundo do oceano que expelem água muito quente, rica em minerais. Apesar das temperaturas altíssimas, estas áreas podem abrigar ecossistemas variados.
A equipe de cientistas britânicos se concentrou nas aberturas do sudoeste índico porque esta cadeia está ligada à Cadeia de Montanhas do Oceano Atlântico e à Cadeia Central Índica, locais onde a vida marinha já foi bem documentada.
vida marinha no índico (Foto: Universidade de Southampton/BBC)Câmera de um robô colocado no fundo do Oceano Índico mostram fissuras que soltam água quente
Nesta nova pesquisa, os cientistas da Universidade de Southampton encontraram moluscos, crustáceos, mexilhões e outras criaturas. Em seguida, eles compararam estas criaturas com as encontradas em respiradouros vulcânicos de cadeias submarinas vizinhas.
"Eu esperava (encontrar por) lá algumas semelhanças com o que sabemos do Atlântico, e algumas semelhanças com o que sabemos das aberturas do Oceano Índico, mas também encontramos animais que não são conhecidos em nenhuma daquelas áreas, e isto foi uma grande surpresa", disse o professor Jon Copley, pesquisador-chefe do projeto.
Encruzilhada
A área pesquisada pelos cientistas é diferente das outras, pois tem menos atividade vulcânica do que outras cadeias submarinas, com menos respiradouros.
Para capturar as imagens, os pesquisadores usaram um robô submarino chamado Kiel 6000, do Instituto de Ciências Marinhas de Leibniz, na Alemanha. As descobertas do robô surpreenderam os cientistas. "Este lugar é uma verdadeira encruzilhada em termos de espécies de respiradouros no mundo todo", disse Copley.
"Uma (das descobertas) foi um tipo de caranguejo yeti. Existem atualmente duas espécies descritas de caranguejo yeti conhecidas no Oceano Pacífico, e (esta última descoberta) não é como as outras, mas é o mesmo tipo de animal, com braços longos e cabeludos", afirmou.
"Também (encontramos) alguns pepinos-do-mar, desconhecidos dos respiradouros do Atlântico ou da Cadeia Central Índica, mas conhecidos no Pacífico."
"Temos ligações com várias partes diferentes do mundo aqui", disse o cientista.
vida marinha no índico (Foto: Universidade de Southampton/BBC)Nova espécie marinha encontrada no fundo do Oceano Índico
Diversidade
A diversidade das criaturas encontradas também surpreendeu os cientistas. "Em muitos outros campos com respiradouros, nesta zona quente, você encontra animais que frequentemente são de apenas um tipo: na Cadeia do Atlântico é apenas camarão. Mas aqui vimos três ou quatro ao mesmo tempo", disse Copley.
As descobertas devem ajudar os pesquisadores a descobrir mais sobre como as criaturas se movem de abertura em abertura. Estes respiradouros têm vida curta e, se as criaturas que habitam a área não tiverem a habilidade de se mover de um sistema para outro, a vida nestas regiões seria extinta.
Apesar destas descobertas, os pesquisadores temem pelo futuro da região. A China conseguiu uma licença para explorar o potencial de mineração destes respiradouros, concedida pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, sigla em inglês), entidade que regula a exploração nos oceanos.
"Seria muito prematuro começar a perturbar (as espécies da região) antes de descobrirmos totalmente o que vive lá", afirmou o cientista.
Cérebro de idosos pode ser tão rápido quanto o de jovens, diz estudo

Pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, apontam que as atividades cerebrais de idosos podem ser tão rápidas quanto a de adultos jovens na tomada de decisões.
Estudo publicado neste mês no periódico científico online “Child Development” diz que idosos saudáveis podem ser treinados para responder mais rapidamente em tarefas onde se tomam decisões sem ferir sua precisão.
Um modelo desenvolvido pelos cientistas, que considera o tempo de reação e o de precisão para atividades rápidas, testou crianças, adultos jovens e idosos. Em uma das atividades, eles tinham que decidir se havia um número pequeno ou grande de asteriscos na tela de um computador.
De acordo com Gail McKoon, professor de psicologia da Universidade do Estado de Ohio, as pessoas mais velhas não querem cometer erros em tudo e por isso desaceleram um pouco. “Mas para tarefas simples, a precisão está intacta mesmo em pessoas que tenham entre 85 e 90 anos”, disse o pesquisador.
Segundo Roger Ratcliff, professor de psicologia e co-autor do estudo, antes pensava-se que os processos de declínio cognitivo ocorriam por conta do envelhecimento. “Mas estamos descobrindo que não há um declínio tão uniforme. Há algumas coisas que as pessoas idosas fazem tão bem quanto os mais jovens”, complementa. Os dois pesquisadores estudam os processos cognitivos e o envelhecimento há dez anos.
Satélite da Nasa capta formação de ilha no Mar Vermelho, perto do Iêmen
Vulcão (Foto: Uma combinação de duas imagens divulgadas pelo satélite Earth Observing-1 da agência espacial americana (Nasa) mostra atividade vulcânica no Mar Vermelho, com mais de uma erupção. No dia 23 de dezembro, aparecia mais uma ilha na região de Zubair Group, um conjunto de pequenas ilhas na costa oeste do Iêmen. A região faz parte da fenda do Mar Vermelho, onde as placas tectônicas da Arábia e da África se separam e novas crostas oceânicas se formam regularmente. (Foto: ANASA EARTH OBSERVATORY/AFP)) 
Uma combinação de duas imagens divulgadas pelo satélite Earth Observing-1 da agência espacial americana (Nasa) mostra atividade vulcânica no Mar Vermelho, com mais de uma erupção. No dia 23 de dezembro, apareceu uma nova ilha na região das Ilhas Zubair, conjunto de pequenas ilhas na costa oeste do Iêmen. A região faz parte da falha do Mar Vermelho, onde as placas tectônicas da Arábia e da África se separam e novas crostas oceânicas se formam regularmente.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

'Anel de fogo' captado pela Nasa revela galáxia com buraco-negro ativo
 Anel de fogo (Foto: Um “anel de fogo” captado pelo telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), e divulgado nesta terça-feira (27) mostra a região central da galáxia espiral NGC 4151, localizada a 43 milhões anos-luz de distância da Terra e uma das mais próximas a ter um buraco negro ativo. Informações de raio-X (em azul) foram combinadas com dados óticos (em amarelo), e as bolhas amarelas em volta da elipse vermelha são regiões de formação estelar recente. Já o anel vermelho contém uma mistura de hidrogênio com um material que cai em direção ao centro da galáxia. Foto: X-ray: NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.; Optical: Isaa) 
Um “anel de fogo” registrado pelo telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), e divulgado nesta terça-feira (27) mostra a região central da galáxia espiral NGC 4151, localizada a 43 milhões anos-luz de distância da Terra e uma das mais próximas a ter um buraco-negro ativo. Informações de raio-X (em azul) foram combinadas com dados óticos (em amarelo). As bolhas amarelas em volta da elipse vermelha são regiões de formação estelar recente. Já o anel vermelho contém uma mistura de hidrogênio com um material que cai em direção ao centro da galáxia.
Cientistas querem equipar insetos com câmeras e usá-los em operações

Cientistas da Universidade Michigan, nos Estados Unidos, testam o uso de insetos voadores equipados com pequenas câmeras e microfone para buscar sobreviventes de terremotos durante operações de resgate.
De acordo com o jornal britânico "Daily Mail", o projeto, bancado pelo governo norte-americano, consiste na instalação de minúsculos dispositivos que funcionariam a partir da movimentação das asas de espécies de moscas e besouros.
Neste caso, a energia cinética seria revertida em energia elétrica, criando uma fonte duradoura de abastecimento. O dispositivo poderia ainda aproveitar a eletricidade do calor emitido por meio de pequenos painéis solares.
A ideia é que os "pequenos soldados" sejam liberados em prédios com risco de desabamento ou em áreas de risco aos seres humanos, como no acidente nuclear de Fukushima, no Japão, ocorrido em março deste ano.
Investimentos
A técnica é desenvolvida pelo professor Khalil Najafi e um estudante de engenharia de Michigan. De acordo com Najafi, a partir do reaproveitamento energético, os insetos levariam em uma pequena mochila equipamentos como câmeras, microfones e outros sensores.
A equipe já foi capaz de aproveitar a energia do movimento das asas de um besouro em junho deste ano. Os primeiros testes de voo serão realizados em 2012 e a universidade busca patentes para essas tecnologias, além de investidores para contribuir com o projeto.
Insetos biônicos (Foto: Reprodução)Na imagem, é possível verificar um besouro-verde com geradores de movimento instalados no corpo. A energia elétrica gerada a partir da movimentação das asas deste inseto poderia abastecer um microfone e uma câmera.
China começa a usar novo satélite de posicionamento global

A China deu nesta terça-feira (27) mais um passo para encerrar sua dependência de satélites norte-americanos para serviços de navegação e posicionamento, ao iniciar um teste operacional do sistema Beidou, desenvolvido naquele país.
Os chineses deram início a um projeto para eliminar sua dependência do Sistema de Posicionamento Global (GPS) norte-americano em 2000, quando colocaram dois satélites experimentais de posicionamento em órbita.
Ran Chengqi, porta-voz do novo sistema, disse a jornalistas que o Beidou -ou "Ursa Maior"- cobrirá a maior parte da região Ásia-Pacífico no ano que vem e, a partir de 2020, terá alcance mundial.
A China já lançou dez satélites para formar a rede Beidou, e planeja lançar outros seis no ano que vem, segundo ele.
A imprensa estatal chinesa informou que o sistema futuramente envolverá 35 satélites, que serão utilizados por diversos setores, entre eles, pesca, meteorologia e telecomunicações.
A China tem planos espaciais ambiciosos, que incluem uma estação espacial e uma viagem tripulada à Lua.
Embora os chineses tenham prometido não militarizar o espaço, especialistas dizem que as forças armadas do país estão ampliando o uso militar do espaço com os novos satélites.
A destruição de um antigo satélite por um míssil, em um teste bem sucedido realizado no começo de 2007, representou o desenvolvimento de novas capacidades para as forças armadas chinesas e, no ano passado, a China testou com sucesso uma nova tecnologia que permite destruir mísseis em voo.
'Berçário' de estrelas é registrado por satélite infravermelho da Nasa

O satélite explorador infravermelho (Wise, na sigla em inglês) da agência espacial americana (Nasa) registrou uma nova imagem da nebulosa Barnard 3 – ou IRAS Ring G159.6-18.5 –, cercada por brilhantes nuvens de poeira verdes e vermelhas. Esse pó interestelar é um “berçário” onde nascem as estrelas.
Nebulosa 620 (Foto: NASA/JPL- Caltech/UCLA)Nebulosa Barnard 3 é registrada pelo satélite infravermelho Wise, da Nasa
O anel verde é formado por pequenas partículas de poeira quente, cuja composição é muito semelhante ao “smog” (mistura de neblina e fumaça) encontrado na Terra.
Já a nuvem vermelha no centro é provavelmente feita de um pó metálico e mais frio que as regiões vizinhas. A estrela brilhante no meio da nuvem vermelha, chamada de HD 278942, é tão luminosa que, segundo os astrônomos, talvez seja essa a causa do brilho do anel em volta dela.
A região amarelo-esverdeada e brilhante à esquerda do centro da imagem é similar ao anel, embora mais densa. E as estrelas branco-azulada estão localizadas tanto na frente quanto atrás da nebulosa.
Zonas semelhantes à Barnard 3 são encontradas bem próximo da Via Láctea à noite. Essa região, porém, fica um pouco fora dessa faixa, a cerca de 1.000 anos-luz da nossa galáxia, perto da fronteira entre as constelações de Perseu e Touro. Apesar disso, a nuvem ainda é considerada parte da Via Láctea.
Mudança climática tem relação com evolução de animais pré-históricos

Apesar de ter entrado em evidência só nos últimos anos, a mudança global é um fator determinante para a natureza desde muito, muito tempo. Nos últimos 65 milhões de anos, pelo menos seis espécies diferentes tiveram sua sorte determinada por alterações na temperatura, segundo um estudo publicado na edição online desta segunda-feira (26) da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
Desde que os dinossauros desapareceram, o domínio da Terra vem sendo revezado por diferentes grupos de mamíferos, que atingiram o auge e decaíram. Essas ondas consecutivas de diversidade de espécies de mamíferos são chamadas de “faunas evolucionárias”.
“Nós mostramos que a ascensão e queda dessas faunas estão, de fato, correlacionadas à mudança climática – aumento ou diminuição das paleotemperaturas globais – e também é influenciada por outras perturbações mais locais, como eventos migratórios”, diz Christine Janis, uma das autoras do estudo, em material divulgado pela Universidade Brown, em Providence, nos EUA, onde ela trabalha.
A pesquisa pode ajudar os cientistas a entender melhor a relação entre a evolução e a mudança climática, mas não ainda deve permitir previsões específicas para o futuro, com a perspectiva de aumento constante da temperatura, sob influência humana, segundo Janis.
“Tais perturbações, relacionadas à mudança climática antropogênica, estão atualmente desafiando a fauna de todo o mundo, enfatizando a importância do registro fóssil para a nossa compreensão de como os eventos do passado afetaram a história da diversificação e extinção da fauna e, portanto, de como as mudanças climáticas do futuro continuarão a influenciar a vida na Terra”, conclui o artigo.
 Os parentes do rinoceronte retratados na imagem são os brontotérios, que viveram entre 56 milhões e 34 milhões de anos (Foto: Carl Buell/Cortesia) 
Os parentes do rinoceronte retratados na imagem
são os brontotérios, que viveram entre 56 milhões
e 34 milhões de anos
Nave espacial europeia será testada em janeiro
 
A IXV fará uma reentrada totalmente autônoma, com seu voo sendo o tempo todo controlado por motores e flaps aerodinâmicos
Nave de reentrada
Menos de três anos depois de dar o sinal verde para a construção de sua primeira nave espacial retornável, a agência espacial europeia (ESA) agendou o primeiro teste de seu protótipo.
O IXV (Intermediate eXperimental Vehicle, ou Veículo Experimental Intermediário) fará seu primeiro teste de reentrada na atmosfera em Janeiro de 2012, em preparação para sua entrada em operação em 2014.
Lançado a partir do Espaçoporto Europeu, na Guiana Francesa, a bordo de um foguete Vega, a nave experimental atingirá uma órbita de 450 quilômetros de altitude, mais alta do que a órbita padrão da Estação Espacial Internacional.
Isto permitirá que a nave atinja uma velocidade de 7,5 km/s durante a reentrada na atmosfera, atingindo as marcas hipersônicas e supersônicas necessárias para testar tecnologias inéditas, nunca antes usadas em veículos espaciais.
Voo autônomo controlado
Ao contrário dos ônibus espaciais, a IXV fará uma reentrada totalmente autônoma, com seu voo sendo o tempo todo controlado por motores e flaps aerodinâmicos.
Esses flaps espaciais foram testados com sucesso em laboratório no último mês de Julho.
Depois de já totalmente na atmosfera, a nave será trazida ao solo por pára-quedas, completando um teste extremamente realístico - o lançamento equivalerá a uma missão real completa da nave, quando em operação definitiva.
Se tudo der certo, começará a fase final de montagem da primeira IXV real, que deverá fazer seu voo de estreia entre Janeiro e Setembro de 2014.
A ESA também já iniciou a construção do centro comando da missão IXV em terra, incluindo o prédio de controle da missão, os sistemas de telemetria e rastreamento, as antenas móveis e a rede de comunicações.
Foguete Vega
O teste também valerá para a validação final do foguete Vega, que ainda não está em operação comercial.
O Vega pode levar ao espaço cargas de até 2.500 kg, dependendo do tipo e da altitude da órbita - a referência é uma carga de 1.500 kg a uma altitude de 700 quilômetros.
A nave IXV pesa 1.800 kg, e terá versões para carga e para tripulantes.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Saiba como um ilustrador científico cria a aparência dos dinossauros

Eles nunca viram um dinossauro andando ou deram de cara com qualquer outro bicho pré-histórico. Ainda assim, cabe aos ilustradores científicos dar vida ao que os cientistas descobrem sobre esses animais.
O trabalho é uma mistura de arte e conhecimento acadêmico, que exige, além de talento para ilustrações, uma boa dose de criatividade para criar imagens atraentes para o público leigo e, ainda assim, impecáveis sob a perspectiva científica.
"É um processo muitas vezes longo e cansativo, mas ver o resultado final é muito gratificante", diz Felipe Alves Elias, biólogo e ilustrador.
Para recriar dinossauros e outros animais pré-históricos, os artistas costumam mergulhar nos artigos acadêmicos que descrevem as espécies e seus "parentes".
O PROCESSO
No caso de um bicho recém-descoberto, é comum que os pesquisadores passem um conjunto de informações sobre a espécie, que inclui suas principais características físicas, hábitos alimentares e ambiente em que viveu.
"O ideal é que haja contato com o fóssil. Ver de perto permite perceber vários detalhes importantes na hora de criar a imagem", diz o ilustrador, que também trabalha no Museu de Zoologia da USP.
Depois, é hora de arregaçar as mangas e fazer os primeiros esboços.
Definir a aparência de criaturas extintas há milhões de anos requer paciência. Ossos fossilizados dão um bom indicativo da estrutura, mas detalhes como cores, pele e penas são mais complexos.
Os cientistas buscam também características de espécies "parentes" dos fósseis. No caso de dinossauros, galinhas e outras aves que podem ter evoluído dos bichos pré-históricos dão
boas pistas sobre eles.
Nos últimos anos, porém, o avanço de técnicas refinadas está levando o conhecimento sobre algumas espécies -e consequentemente suas concepções artísticas- a um outro patamar.
Quando os fósseis preservam tecidos moles, é possível empregar algumas técnicas que identificam, por meio da composição química, que cor, afinal, o bicho tinha. Isso melhora bastante a fidelidade do desenho à criatura real.
Um exemplo recente é o do pequeno dinossauro Anchiornis huxleyi. Em 2010, uma pesquisa usando a nova técnica fez uma verdadeira cirurgia plástica em sua "foto oficial" (ver quadro abaixo), que o deixou menos com cara de frango e mais com jeitão de pica-pau.
Ser formado na área científica é um diferencial, mas não é obrigatório. Muitos artistas consagrados na ilustração científica são graduados em artes, computação e outras profissões.
"Como biólogo e pesquisador da área de paleobiologia, acho que o resultado final fica mais preciso", avalia Elias.
"No Brasil não há cursos de longos específicos de arte paleontológica. Muito se aprende na prática e no contato com outros artistas."



Bola de fogo no céu alemão no Natal é confundida com estrela de Belém

No início da noite de Natal, no sábado (24), alemães ficaram intrigados ao olhar para o céu e ver uma "estrela cadente" brilhante demais para ser um avião e devagar demais para ser um meteoro.
Seria a estrela de Belém? O trenó de Papai Noel? Na verdade, era o último pedaço do foguete russo Soyuz que transportou a última leva de astronautas à Estação Espacial Internacional.
A "bola de fogo" foi notícia nos jornais alemães neste domingo e foi confundida com um meteoro e com o cometa Lovejoy (que passou no dia 22, mas que não foi visível a olho nu).
Horas depois da passagem do suposto "meteoro", no entanto, o departamento do governo dos Estados Unidos responsável por "rastrear" os objetos com risco de cair da órbita da Terra informou a reentrada do terceiro e último estágio do foguete russo no mesmo horário em que as imagens foram vistas na Alemanha.
Imagens da bola de fogo foram divulgadas na imprensa alemã (Foto: Reprodução/Revista Focus)Imagens da bola de fogo foram divulgadas na imprensa alemã
Observatório no Chile registra passagem de cometa
 Observatório no Chile registra passagem de cometa (Foto: Reuters/G. Blanchard/ESO)Observatório no Chile registra passagem de cometa 

O Observatório do Paranal no Chile divulgou neste domingo fotografias da passagem do cometa Lovejoy pela Terra. As imagens foram feitas na última quinta-feira (22).
O cometa passou a cerca de 140.000 km da superfície do Sol.
Cometa Lovejoy é visto sobre Santiago próximo ao amanhecer  (Foto: REUTERS/Y. Beletski/ESO)Cometa Lovejoy é visto sobre Santiago próximo ao amanhecer
Objeto de 2 mil anos confirma rituais descritos em Templo de Jerusalém

Um objeto em formato de botão com 2 mil anos de idade foi encontrado por arqueólogos em Israel e é primeira evidência física do registros escritos sobre os rituais praticados do Templo judaico de Jerusalém. A descoberta foi divulgada neste domingo (25) por uma equipe da Universidade de Haifa.
O artefato é uma espécie de lacre com inscrições em aramaico que dizem "puro por Deus", sendo usado possivelmente como certificado para alimentos e animais usados como sacrifícios durante cerimônias religiosas.
A peça foi encontrada perto do Muro das Lamentações, principal símbolo judeu em Jerusalém e próximo ao complexo de edifícios muçulmanos considerados sagrados na cidade como a mesquita de Al Aqsa.
Artefato de argila tem 2 mil anos de idade e traz inscrição: 'puro por Deus'. (Foto: Baz Ratner / Reuters)Artefato de argila tem 2 mil anos de idade e traz inscrição: 'puro por Deus'.