quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ingleses encontram fóssil de ostra que pode abrigar pérola gigante


fóssil da Ostra (Foto: Reprodução/Daily Mail)
Fóssil da ostra encontrado por pescadores

Pescadores do Reino Unido encontraram o fóssil de uma ostra que pode ter cerca de 150 milhões de anos, é dez vezes maior que uma ostra normal e ainda pode abrigar a maior pérola do mundo, afirma o jornal britânico “Daily Mail”. Entretanto, ninguém tem coragem de abri-la para saber.
Achado na região de Solent, um estreito que separa a Ilha de Wight da Grã-Bretanha, a ostra pré-histórica foi doada a um aquário de Portsmouth.
Exames de ressonância magnética apontaram fortes evidências da presença de uma pérola de tamanho raro que pode estar abrigada na ostra petrificada.
A análise constatou a presença de um objeto redondo no interior da ostra.


Idade ainda não revelada
Peritos ainda não conseguiram determinar a idade exata do fóssil. Eles analisam os anéis de crescimento encontrados na ostra – mesmo tipo de análise feita em árvores para determinar sua época.

De acordo com um porta-voz do Blue Reef Aquarium, para onde a ostra foi levada, o material foi capturado por redes de pesca e estava todo encoberto por lama. “Parecia uma pedra”, disse uma fonte ao “Daily Mail”.

Na Itália, arqueólogos desenterram ossada que pode ser da 'Mona Lisa'


Uma equipe de arqueólogos italianos desenterrou nesta terça-feira (24) em um convento abandonado de Florença, na Itália, um esqueleto muito bem conservado que pode ser de La Gioconda, a mulher do sorriso misterioso que Leonardo Da Vinci imortalizou no célebre quadro da "Mona Lisa".
Até agora foram descobertos vários corpos na busca pelos restos mortais de Lisa Gherardini, a nobre florentina que pode ter sido o modelo do retrato que Da Vinci pintou entre 1503 e 1506. Segundo Silvano Vinceti, diretor da equipe de arqueólogos, este esqueleto em particular é muito promissor, mas ainda será preciso fazer testes pra comprovar sua identidade.
"Creio que chegamos à parte realmente emocionante para os investigadores, a conclusão de nosso trabalho no qual nos aproximamos da pergunta-chave: encontraremos ou não os restos de Lisa Gherardini?", afirmou Vinceti, especialista na solução de mistérios da História da Arte.


Esqueleto encontrado no último dia 17 de julho em convento de Florença, na Itália, que pode ser da suposta modelo que posou para Leonardo da Vinci durante a produção da Mona Lisa. (Foto: Andreas Solaro/AFP)Esqueleto encontrado no último dia 17 de julho em convento de Florença, na Itália, que pode ser da suposta modelo que posou para Leonardo da Vinci durante a produção da Mona Lisa. 

Os arqueólogos começaram a cavar no ano passado, quando novos documentos confirmaram que Gherardini, a esposa de um rico negociante de seda florentino chamado Francesco del Giocondo, viveu no convento depois da morte de seu marido, onde suas duas filhas freiras cuidaram dele e onde, em seguida, ela foi enterrada.
Acredita-se que Del Giocondo encomendou o retrato a Da Vinci e, apesar de não existirem provas tangíveis, a maioria dos historiadores está de acordo que Lisa Gherardini serviu de modelo para o retrato que hoje pode ser admirado no Louvre de Paris.

'Monalisa', um dos quadros mais famosos de Leonardo da Vinci (Foto: Reprodução/Wikicommons)
'Monalisa', um dos quadros mais famosos de
Leonardo da Vinci 

Reconstituição do rosto Os pesquisadores submeterão agora os restos do esqueleto conservado a uma série de testes para confirmar se pertencem a Gherardini, na esperança de reconstruir seu rosto e compará-lo com os traços faciais da pintura de Da Vinci.
"Os testes com carbono-14 nos permitem datar o período para saber se os restos são de meados do século XVI. Depois faremos testes para conhecer a idade da pessoa quando morreu. Sabemos que Gherardini tinha 62 ou 63 anos quando morreu", afirmou Vinceti.
"Depois vem o teste mais importante, o do DNA, porque temos os restos mortais de suas filhas. Se corresponderem, saberemos que são os restos da modelo que inspirou a Mona Lisa", acrescentou o arqueólogo, que também preside o Comitê Nacional Italiano para o Legado Cultural.
Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto.
"Os traços fundamentais serão claramente visíveis. Já tentamos com Dante Alighieri, quando reconstruímos seu rosto. Seremos capazes de deixar para trás as hipóteses e comparar realmente o rosto reconstituído da musa que inspirou o artista", explica o especialista.
A identidade da Mona Lisa e de seu enigmático sorriso são um dos grandes mistérios da História da Arte e os arqueólogos da equipe italiana asseguram que é emocionante estar tão perto de desvendá-lo.

Migração do 'homo sapiens' causou extinção dos neandertais, diz estudo


O humano moderno (Homo sapiens) contribuiu mais para o desaparecimento de seus primos, os neandertais, do que os desastres naturais na Europa, segundo um estudo publicado nesta semana pela revista da Academia de Ciências Americana, a "PNAS".
De acordo com os cientistas, a saída dos humanos modernos da África para a Europa foi uma ameaça maior para as populações nativas de neandertais do que a maior erupção vulcânica de todo o continente europeu ocorrida há 40.000 anos.
O geógrafo John Lowe, da Universidade Royal Holloway de Londres, analisou os depósitos de cinzas vulcânicas invisíveis a olho nu coletados no Mar Egeu, na Líbia e em quatro cavernas da Europa.
Estas cinzas provinham de uma enorme erupção vulcânica maciça conhecida como Campanian Ignimbrite, cujos restos cobriram uma área de 30.000 km² no Mediterrâneo. Os cientistas usaram estas cinzas para sincronizar os eventos arqueológicos e os dados pré-históricos do clima.
Os restos de neandertais e outras amostras de sua existência começaram a declinar muito antes da erupção e os períodos de mudanças climáticas extremas, concluíram os cientistas.


Estátua mostra como seria exemplar de neandertal, em museu na Croácia (Foto: Frumm John/Hemis.Fr)
Estátua mostra como seria exemplar de
neandertal, em museu na Croácia
Os índices nestas partículas de cinzas sugerem que os humanos modernos já tinham se estabelecido em uma zona ampla e diversa do leste europeu e do norte da África quando ocorreu a erupção.
Apesar de que pequenos grupos de neandertais, muito nômades, pudessem ter sobrevivido inicialmente, os humanos modernos contribuíram com a extinção.
Estas cinzas vulcânicas mostram que a Europa sofreu uma mudança climática abrupta entre 30.000 e 40.000 anos atrás, quando os neandertais tinham desaparecido em grande parte.
Esta pesquisa questiona as teorias existentes até agora de que as mudanças climáticas provocadas por erupções vulcânicas maciças na Europa teriam causado a extinção dos neandertais, abrindo o caminho para o desenvolvimento dos humanos modernos na Europa e na Ásia.

Primeira mulher norte-americana a viajar ao espaço morre aos 61 anos


Sally Ride a bordo da Challenger. (Foto: Nasa/Divulgação) 
Sally Ride a bordo da Challenger.
A Nasa anunciou nesta segunda-feira (23) a morte de Sally Ride, primeira mulher norte-americana a viajar para o espaço, 29 anos atrás.
Ela morreu aos 61 anos, de câncer no pâncreas, segundo informações do diário "USA Today".
“Sally quebrou barreiras com graça e profissionalismo – e literalmente mudou a cara do programa espacial americano”, disse em comunicado o chefe da agência especial americana, Charles Bolden.
Sally conquistou seu lugar na história da exploração espacial em 18 de junho de 1983, quando foi ao espaço na missão STS-7 do ônibus espacial Challenger, com quatro companheiros homens.

Antes dela, somente as soviéticas Valentina Tereshkova e Svetlana Savitskaya haviam tido essa oportunidade.
Nascida em 1951 em Encino, Califórnia, a ex-astronauta era física por formação e chegou à Nasa por meio de um anúncio da agência procurando por novos colaboradores.

Oceano mais quente fez surgir bactéria na Europa, afirma estudo


A mudança climática provocada pelo homem está por trás do surgimento inesperado de um grupo de bactérias no norte da Europa que pode provocar gastroenterite, mostra um novo estudo feito por um grupo de especialistas.
O estudo, publicado neste domingo (22) na revista "Nature Climate Change", forneceu algumas das primeiras fortes evidências de que os padrões de aquecimento do Mar Báltico coincidiram com o surgimento das infecções pela bactéria Vibrio no norte da Europa.
O Vibrio é um grupo de bactérias que costuma crescer em ambientes marinhos tropicais e quentes. A bactéria pode provocar várias infecções em seres humanos, com sintomas parecidos ao cólera e a gastroenterite de comer frutos do mar crus ou mal cozidos ou da exposição à água do mar.
Um grupo de cientistas de instituições na Grã-Bretanha, Finlândia, Espanha e Estados Unidos examinaram registros nas temperaturas da superfície do mar e dados de satélite, além de estatísticas em casos de vibrião no Báltico.
Eles descobriram que o número e a distribuição dos casos na região do Mar Báltico estavam fortemente relacionados aos picos nas temperaturas da superfície oceânica. A cada ano que a temperatura subiu um grau, o número de casos de Vibrio subiu quase 200%.
"Os maiores aumentos aparentes que vimos em casos durante anos de onda de calor (...) tendem a indicar que a mudança climática está de fato provocando infecções", disse à Reuters um dos autores do estudo, Craig Baker-Austin, do Centro para o Meio Ambiente, Pescaria e Ciência de Aquicultura, com sede na Grã-Bretanha.

Aquecimento dos oceanos

Estudos climáticos mostram que as crescentes emissões de gases que provocam o efeito estufa fizeram as médias globais das temperaturas de superfície aumentar em 0,17 ºC em uma década, de 1980 até 2010.

O estudo do Vibrio concentrou-se no Mar Báltico porque ele se aqueceu a uma velocidade inédita de 0,063ºC para 0,078ºC por ano de 1982 até 2010, ou 6,3ºC para 7,8ºC por século. "Representa o ecossistema marinho examinado que mais rapidamente se aqueceu até agora em qualquer lugar da Terra", dizia a revista.
Muitas bactérias se desenvolvem bem em água do mar quente e de baixa salinidade. Além do aquecimento, a mudança climática provocou chuvas mais frequentes e mais fortes, que reduziram o conteúdo de sal dos estuários e das zonas úmidas costeiras.
Os cientistas disseram que se as temperaturas oceânicas continuarem subindo e as regiões costeiras no norte se tornarem menos salinas, a bactéria Vibrio vai aparecer em novas áreas.

Brasil aguarda aval da Casa Civil para ingresso no Cern, afirma ministro


O Ministério da Ciência aguarda o aval da Casa Civil para que o Brasil se torne associado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), responsável pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês).
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp, durante entrevista coletiva realizada em São Luis (MA), que sedia até sexta-feira (27) a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC.
“Tudo está caminhando positivamente, porém é necessário que a Casa Civil dê o aval para que possamos nos associar ao Cern. Não tem porque não fazermos isso. É importante para o Brasil, para a ciência e para os pesquisadores", declarou.
Em fevereiro, em entrevista ao G1, Raupp havia informado que o governo trabalhava em uma forma de “engenharia financeira” para conseguir a aprovação do investimento necessário para a entrada no Cern.
Se aprovado, o país teria que pagar uma cota anual para ser considerado membro do projeto -- esse valor ainda precisa ser definido pelo Cern, mas há dois anos era de aproximadamente US$ 15 milhões ao ano.
O LHC ganhou destaque no início de julho após cientistas anunciarem a descoberta de uma partícula subatômica inédita. Há fortes indícios de que se trate do "bóson de Higgs", a "partícula de Deus", única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em entrevista coletiva realizada na SBPC. (Foto: Igor Almeida/G1)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em entrevista coletiva realizada na SBPC. 

Parceria binacional em Alcântara
Raupp comentou ainda a questão da consolidação da base de Alcântara, no Maranhão, como polo comercial de lançamentos espaciais operado entre o Brasil e a Ucrânia.

A empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), prevê a comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o lançador Cyclone-4. Decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União" no início de julho autorizou a transferência de R$ 135 milhões do governo federal para aumentar o capital da empresa. Entretanto, segundo Raupp, ainda são necessários R$ 200 milhões em investimentos.
"Há um outro lado do projeto, o da estrutura. Só nele, estão previstos R$ 200 milhões. Contudo, não temos esse orçamento. Precisamos buscar junto ao governo uma forma de cumprir com nossas metas", afirmou o ministro, sem precisar qual tipo de estrutura o projeto necessita.