sexta-feira, 11 de maio de 2012

Telescópio Spitzer capta luz de super-Terra



Detecções diretas
O telescópio espacial Spitzer detectou pela primeira vez a luz proveniente de uma "super-Terra", um planeta fora do nosso sistema solar.
Segundo nota emitida pela NASA, embora o planeta não seja habitável, essa detecção direta é um passo histórico para a busca de sinais de vida em outros planetas.
Em 2010, cientistas já haviam conseguido captar pela primeira vez o espectro eletromagnético de um exoplaneta, usando os telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Mas o exoplaneta agora observado pelo Spitzer, chamado 55 Câncer, já havia feito história: em 2002, ele se tornou o primeiro sistema planetário comparável do nosso Sistema Solar a ser descoberto. Observações adicionais, feitas em 2011, indicavam que o exoplaneta poderia ter a densidade do chumbo.


Super-Terras
O exoplaneta pertence a uma classe de planetas chamados super-Terras.
Não há nenhum planeta no Sistema Solar que se pareça com uma super-Terra: eles são mais massivos que a Terra, mas mais leves do que os planetas gigantes, como Netuno.
O 55 Câncer é apenas duas vezes maior, mas pesa oito vezes mais do que a Terra.
O exoplaneta orbita sua estrela em apenas 18 horas.
Anteriormente, o Spitzer e outros telescópios já vinham estudando o exoplaneta através da análise de como a luz da sua estrela se altera quando o planeta passa à sua frente.
Já se conhecem com segurança cerca de 70 super-Terras, mas o telescópio Kepler já detectou centenas de candidatos, que precisam ser confirmados por novas observações.
O tamanho relativamente pequeno desses planetas torna muito difícil vê-los.
Telescópio Spitzer detecta luz de super-Terra
Subtraindo da radiação total capturada do sistema 55 Câncer a radiação da estrela, foi possível calcular a radiação do próprio exoplaneta. 

Detecção de calor
Agora, o telescópio conseguiu medir a quantidade de luz no comprimento de onda do infravermelho - essencialmente calor - que vem do próprio planeta.
Os resultados mostram que o planeta provavelmente tem uma aparência escura, e seu lado permanentemente voltado para sua estrela tem uma temperatura de mais de 2.000 Kelvin (1.726,6 ºC), quente o suficiente para derreter metal.
As novas informações são consistentes com a teoria anterior de que 55 Câncer é um mundo de água: um núcleo rochoso coberto por uma camada de água em estado supercrítico - um estado simultaneamente líquido e gasoso - e coberto por um manto de vapor.


Fazendo as contas
A "visualização direta da luz" do exoplaneta não se parece em nada com uma fotografia - ao menos por enquanto.
As observações geraram um gráfico que mostra como a radiação infravermelha do sistema 55 Câncer - a estrela e o planeta - mudou quando o planeta passou por trás da sua estrela, um fenômeno chamado ocultação.
Quando o planeta desapareceu, a luz total caiu. Depois, ao dar a volta na estrela e "reaparecer", os níveis de radiação infravermelha captada pelo telescópio retornaram aos níveis normais.
Fazendo as contas entre os dois níveis de energia captada chegou-se à quantidade de radiação que vem diretamente do próprio planeta.
Este tipo de informação é importante para estudar as temperaturas e a composição de atmosferas planetárias distantes.

Concurso de fotos noturnas do céu escolhe vencedores

Vencedora na categoria 'Beleza do céu noturno' no concurso de fotografia promovido pelo The World At Night (Foto: Reprodução)
Foto do chinês Jia Hao foi a vencedora na categoria 'Beleza do céu noturno', no concurso de fotografia promovido pelo The World At Night


A terceira edição do Concurso Internacional de Fotografias da Terra e do Céu anunciou esta semana seus vencedores, após receber imagens feitas em cerca de 50 países e enviadas entre 2011 e abril deste ano.

Com o tema "A importância do céu escuro", o concurso foi dividido em duas categorias: "Beleza do céu noturno" e "Contra as luzes". O vencedor da primeira delas foi o chinês Jia Hao, com a foto "Cometa Lovejoy sobre a Austrália". Já na outra, o austríaco Norbert Span levou com a imagem "Estrelas sobre Innsbruck".
Segundo o site do projeto internacional The World At Night (TWAN), um dos organizadores do concurso, as imagens vencedoras foram aquelas que mais impressionam o público quanto à importância do céu noturno e a problemas decorrentes da poluição da atmosfera.
Os vencedores receberam equipamentos especiais para auxiliar em fotografias noturnas, que custam centenas de dólares nos Estados Unidos.
Austríaco levou prêmio com a foto 'Estrelas sobre Innsbruck' (Foto: Reprodução)Austríaco levou prêmio com a foto 'Estrelas sobre Innsbruck' 
'Pegadas de estrela sobre Dolomites', do alemão Christoph Otawa, ficou com o 2º lugar na categoria 'Beleza do céu noturno' (Foto: Reprodução)'Rastros de estrela sobre Dolomites', do alemão Christoph Otawa, ficou com o 2º lugar na categoria 'Beleza do céu noturno' 

Arqueólogos descobrem inscrições em idioma desconhecido na Turquia

Tábua de argila descoberta tem 2,8 mil anos. Foto: EFE
Tábua de argila descoberta tem 2,8 mil anos



Lishpisibe, Bisinume e Sasime são alguns dos exóticos nomes de mulheres encontrados em uma tábua de argila gravada durante o Império Assírio, há 2,8 mil anos, e que permitiram conhecer uma língua desconhecida até o momento.
Sabemos que são nomes de mulheres porque cada um é antecedido pelo símbolo assírio cuneiforme que indica um nome feminino", explicou à Agencia Efe John MacGinnis, membro da equipe de arqueólogos responsáveis pelo achado e que publicou o resultado de suas pesquisas no último número do "Journal of Near Eastern Studies".
MacGinnis, professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, relatou que a tábua, escavada na jazida de Ziyaret Tepe, no sudeste da Turquia, foi descoberta em 2009 e apresenta uma inscrição no assírio habitual no império.
Mas seu conteúdo é uma surpresa. A lista abrange 60 nomes relacionados com o registro do palácio de Tushan, residência de um governador do Império Assírio no século 8 antes de Cristo, e 45 deles têm uma origem diferente de qualquer língua registrada pelos arqueólogos.
Pela morfologia dos nomes fica óbvio, acrescentou, que não correspondem ao assírio nem ao aramaico nem a nenhuma outra linguagem falada no Império Assírio do qual se tenha notícia.
MacGinnis indicou que a lista se refere a um grupo de mulheres oriundas de uma região afastada e transferidas ao império, possivelmente à força, como era frequente naquela época.
"Poderiam proceder da Cordilheira dos Zagros, no Irã", arriscou o professor, já que em outros documentos assírios há uma menção a um idioma chamado "mejranio", que teria sido falado naquela região, então sob domínio assírio, mas do qual não se sabe nada mais.
"Alguns dos nomes lidos são Lishpisibe, Bisinume, Sasime, Anamkuri, Alaqitapi, Rigahe", explicou MacGinnis, que reconhece não ter pistas sobre o tronco linguístico ao qual poderiam pertencer.
"Consultei um especialista e temos certeza de que não é uma língua irania -- ramo à qual pertence o curdo, falado atualmente na região)", esclareceu.
Seria possível, especulou, que esteja relacionada com alguma das diversas línguas faladas atualmente no Cáucaso e que fazem parte de três troncos linguísticos completamente isolados de qualquer outro idioma.
"Agora começa o trabalho dos linguistas modernos que conhecem os idiomas caucásicos e que talvez possam achar alguma relação", disse o especialista.
Algumas tábuas em assírio são procedentes da antiga cidade escavada na jazida, mas a descoberta em 2009 é a única achada até agora no palácio, embora MacGinnis acredite que o edifício possa abrigar outras peças.
O que não é possível saber ainda é se poderá encontrá-las: parte da jazida ficará submersa quando estiver completa a represa de Ilisu, no rio Tigre, um projeto hidráulico que está há anos em construção e que inundará uma vasta parte do vale fluvial.
"Estamos trabalhando contra o tempo porque nos restam apenas duas temporadas: o governo turco nos confirmou que podemos continuar trabalhando este ano e no ano que vem, mas depois já não renovarão a permissão", lamentou o professor.
A construção da represa, que inundará também o famoso povoado histórico de Hasankeyf e outras jazidas, foi atrasada em parte devido aos protestos internacionais, mas MacGinnis acredita que o Governo turco está decidido a completá-la em breve, por isso que quer pôr fim aos trabalhos arqueológicos na região.
A tábua está conservada no museu de Diyarbakir, capital da província turca à qual pertence Ziyaret Tepe.

Satélite russo registra maior foto já feita da Terra, com 121 megapixels

Terra é retratada em imagem com 121 megapixels, a maior já feita em um só clique (Foto: Roscosmos)
Terra é retratada em imagem com 121 megapixels, a maior já feita em um só clique.

Uma imagem feita a partir de um satélite meteorológico russo é apontada como a maior fotografia do planeta Terra feita em apenas um clique. O "fotão" tem 121 megapixels, e cada pixel corresponde a 1 km de distância.
Segundo as informações da agência espacial russa, a Roscosmos, o satélite faz uma foto desta a cada meia hora para monitorar mudanças climáticas. A imagem é feita usando-se uma combinação de ondas visíveis e próximas ao infravermelho, para que a vegetação apareça em vermelho em vez de verde, como é mais comum. A Nasa e outras agências espaciais eventualmente divulgam fotografias semelhantes do planeta, mas elas geralmente são feitas usando uma composição de várias imagens.

Nasa divulga foto de luas de Saturno ao lado dos aneis

Fotografia mostra a lua Encélado à frente da lua Titã. Entre elas aparecem os famosos aneis de Saturno. A fotografia foi feita pela sonda espacial Cassini em 12 de março e divulgada nesta quinta-feira (10) pela Nasa. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)Fotografia mostra a lua Encélado à frente da lua Titã. Entre elas aparecem os famosos aneis de Saturno. A fotografia foi feita pela sonda espacial Cassini em 12 de março e divulgada nesta quinta-feira (10) pela Nasa.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nasa confirma asteroide Vesta como remanescente da criação do Sistema Solar


O asteroide Vesta é um sobrevivente cósmico, revelaram nesta quinta-feira novos dados da sonda espacial Dawn, da Nasa (agência espacial americana), que o confirmaram como o único protoplaneta remanescente da época da criação do Sistema Solar.
O Vesta, segundo maior asteroide do Sistema Solar, se mostrou uma espécie de fóssil espacial cuja superfície é mais variada e diversa do que se pensava até agora, segundo três estudos publicados pela revista "Science" que analisam esses dados.
Os cientistas puderam confirmar, graças aos dados proporcionados pela sonda da Nasa, que o astro se assemelha mais a um pequeno planeta ou lua da Terra que a outro asteroide.
"A observação da Dawn sobre o Vesta confirmou as teorias gerais da história deste asteroide gigante, enquanto ajuda a completar os detalhes que seriam impossíveis de conhecer de longe", disse em teleconferência a pesquisadora Carol Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
Os cientistas puderam comprovar que, como já se acreditava, o Vesta é a fonte de parte dos meteoritos que caem na Terra. Em sua superfície, há restos de piroxênio, ferro e minerais ricos em magnésio, materiais que contêm 6% dos meteoritos que chegam a nosso planeta.
"Esses dados que temos agora são os primeiros a vincular o Vesta com meteoritos que caíram na Terra", assinalou Raymond. Segundo ele, o corpo tem dimensões e características que o transformam em "uma transição entre os asteroides e os planetas".
"A superfície é colorida e diversa neste asteroide, que se formou cerca de 2 milhões de anos depois que se formaram os primeiros corpos sólidos em nosso sistema solar", acrescentou.  

Cientistas acreditam ter detectado planeta não visto por telescópio


Uma equipe de cientistas acredita ter detectado, entre os dados enviados pelo observatório espacial Kepler, um planeta localizado a 2,8 mil anos-luz da Terra em direção ao centro da Via Láctea que teria passado despercebido pelo telescópio, informou nesta quinta-feira a revista Science.
Enviado ao espaço em março de 2009, o Kepler vigia o resplendor de aproximadamente 150 mil estrelas, em busca de sinais que indiquem o trânsito de planetas em suas órbitas. Em princípio, o telescópio, batizado em homenagem ao astrônomo alemão Johannes Kepler - do século XVII -, tinha uma missão programada para três anos e meio, mas o prazo foi prorrogado até 2016.
O Kepler, que pesa pouco mais de uma tonelada, percorre a cada 373 dias e meio uma órbita a 149,6 milhões de quilômetros do Sol e observa o universo com um telescópio cujo espelho de 1,44m é o maior posto em uma órbita extraterrestre.
Para encontrar planetas além da Via Láctea, os cientistas usam um método prático: se, ao orbitar, um planeta passa a frente de uma estrela observada pelo Kepler, periodicamente obstruirá uma porção do resplendor do astro. Esta diminuição pequena e repetida da luminosidade da estrela indica a presença de um planeta. Os detalhes desse trânsito permitem que os cientistas deduzam as propriedades físicas do sistema e as proporções de raio das órbitas.
No caso de um planeta que percorre uma órbita estritamente kepleriana, as distâncias, ritmos e outras propriedades na curva de luminosidade deveriam se manter constantes. No entanto, vários efeitos podem produzir desvios do modelo kepleriano, fazendo com que as distâncias e os ritmos não sejam estritos.
Entre os cientistas que diariamente revisam a enorme quantidade de dados transmitida pelo Kepler, uma equipe liderada por David Nesvorny, do Instituto de Pesquisa Southwest, em Boulder, no Colorado, encontrou uma divergência que tinha passado despercebida para o telescópio caçador de planetas.
Nesvorny e seus colegas acharam nos dados enviados por Kepler a probabilidade de um planeta que o telescópio não tinha assinalado, e inclusive a possibilidade de um outro que ainda não foi visto.
"Ficou claro para nós que deve haver um objeto grande e oculto, que influi no planeta que transita", disse Nesvorny. "Para fazer uma comparação, se um trem de alta velocidade chega a uma estação com duas horas de atraso, sabemos que deve haver uma boa razão para isso", explica.
A estrela que atrai tanto interesse se denomina KOI-872, e os pesquisadores sustentam que, além de um já descoberto, outro planeta orbita o astro a cada 57 dias, embora não passe em frente à estrela na visão do telescópio de Kepler. A KOI-872 mostra trânsitos com variações de tempo notáveis de mais de duas horas.
Os pesquisadores sugerem a presença de um terceiro planeta, com uma massa aproximadamente 1,7 vez maior que a Terra e que orbitaria a mesma estrela a cada 6,8 dias. 

Cientistas pedem ação contra escassez de água e energia


Cientistas de 15 países fizeram na quinta-feira um apelo por uma melhor resposta política a problemas como o fornecimento de água e energia para um planeta que deve chegar a 9 bilhões de habitantes dentro de 30 anos.
A declaração conjunta de algumas das principais academias científicas do mundo foi emitida na véspera de uma cúpula do G8 nos Estados Unidos, e é parte de um esforço anual que busca chamar a atenção dos líderes mundiais para questões que a comunidade científica considera cruciais.
Pela primeira vez, os signatários argumentam que a iminente escassez de água e energia deve ser tratada como um só assunto. "Grandes pressões sobre a disponibilidade de energia e água já estão sendo sentidas em muitos países e regiões, e mais são previsíveis", disse a declaração.
A matriz energética mundial é formada basicamente por combustíveis fósseis, energia nuclear e energia hidrelétrica, e todas elas precisam de muita água para resfriamento ou para alimentar turbinas. Analogamente, o bombeamento, purificação e dessalinização da água exigem grandes quantidades de energia.
"Sem considerar água e energia juntos, ineficiências vão ocorrer, aumentando a escassez de ambos", alerta o texto, que propõe a integração de políticas para as duas coisas e enfatiza a necessidade de conservação, eficiência e cooperação transnacionais. Outro alerta do texto é por maior preparação contra desastres decorrentes de tsunamis, terremotos e diques que sejam incapazes de conter o aumento do nível do mar.
"Desastres com absoluta certeza ocorrerão", disse à Reuters Michael Clegg, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, acrescentando que o aumento da população global, atualmente em 7 bilhões, vai se concentrar em áreas costeiras, que são mais vulneráveis, e que isso torna "mais importante que projetemos para a resistência".
Os cientistas disseram que os prejuízos globais por desastres naturais superaram os US$ 200 bilhões nos anos de 2005, 2008 e 2011, mas que a perda de vidas em geral é bem mais baixa nos países desenvolvidos. Os governos deveriam focar em esforços para melhorar os sistemas públicos de saúde, fortalecer os códigos urbanísticos e aproveitar a tecnologia da informação para permitir mais rapidez nos alertas e na reação.
Outra recomendação é que os governos estabeleçam uma mensuração mais precisa das emissões de gases do efeito estufa e das florestas capazes de absorver parte das emissões. A declaração é assinada por integrantes de academias científicas dos Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Marrocos e África do Sul.

Equipe acha mais antigo calendário maia e derruba 'fim do mundo'


Imagem divulgada pela  National Geographic  mostra a arqueóloga Angelyn Bass limpando a superfície de uma parede maia no noroeste da Guatemala. Foto: APImagem divulgada pela National Geographic mostra a arqueóloga Angelyn Bass limpando a superfície de uma parede maia no noroeste da Guatemala

Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira a descoberta do calendário Maia mais antigo documentado até o momento, que data do século IX, pintado nas paredes de um habitáculo encontrado na cidade de Xultún (Guatemala).
O calendário documenta ciclos lunares e o que poderiam ser planetários, explicaram em entrevista coletiva os arqueólogos William Saturno, da Universidade de Boston, e David Stuart, da Universidade do Texas-Austin. A descoberta, que será publicada nesta semana pela revista Science, desmonta a teoria dos que preveem o fim do mundo em 2012 baseando-se nos 13 ciclos do calendário Maia, conhecidos como "baktun", já que o sistema possui, na verdade, 17 "baktun".
"Isto significa que há mais períodos que os 13 (conhecidos até agora)", ressaltou Stuart, para quem o conceito foi "manipulado". Ele disse que o calendário Maia continuará com seus ciclos por mais milhões de anos. Os hieróglifos pintados no que poderia ser um templo da megacidade de Xultún, na região guatemalteca de Petén, é vários séculos mais antigo que os Códices Maias escritos em livros de papel de crosta de árvore do período Pós-clássico tardio.
Os especialistas destacam que há glifos e símbolos que, segundo Stuart, só aparecem em um lugar: o Códice de Dresden, que os maias escreveram muitos séculos mais tarde" e que se acredita ser do ano 1.250. "Nunca tínhamos visto nada igual", assinalou Stuart, professor de Arte e Escritura Mesoamericana, encarregado de decifrar os glifos. Ele destacou que se trata das primeiras pinturas maias encontradas nas paredes de um habitáculo.
O quarto, segundo os especialistas, faz parte de um complexo residencial maior. Os pesquisadores lamentam que parte do quarto tenha sido danificada por saqueadores, mas foi possível conservar várias figuras humanas pintadas e hieróglifos negros e vermelhos. Em uma delas aparece a figura do rei com penas azuis e glifos perto de seu rosto que, segundo decifraram, significam "Irmão Menor".
A parede contém uma série de cálculos que correspondem ao ciclo lunar, enquanto os hieróglifos da parede norte acreditam que poderiam se relacionar com os ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, Vênus. Os autores indicam que o objetivo de elaborar esses calendários, segundo os estudos realizados a partir dos códices maias encontrados previamente, era o de buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados, e acreditam que essas pinturas poderiam ter tido o mesmo fim.
"Pela primeira vez vemos o que podem ser registros autênticos de um escrivão, cujo trabalho consistia em ser o encarregado oficial de documentar uma comunidade maia", assinalou Saturno. Em sua opinião, parece que as paredes teriam sido utilizadas como se fossem um quadro-negro para resolver problemas matemáticos.
De acordo com os cientistas, poderia se tratar de um lugar onde se reuniam astrônomos, sacerdotes encarregados do calendário e algum tipo de autoridade, pela riqueza na decoração das pinturas nas paredes, que também utilizaram para fazer suas anotações.
A pesquisa continua aberta para determinar que tipo de quarto se trata, se era uma casa ou um habitáculo de trabalho e se era utilizado por uma ou várias pessoas. "Ainda nos resta explorar 99,9% de Xultún", lembrou Saturno, que afirmou que a grande cidade maia descoberta em 1915 proporcionará novas descobertas nas décadas vindouras.

Pesquisadores descobriram aquele quer seria o mais antigo calendário maia, com 1,2 mil anos. Detalhe do calendário mostra datas em escritos sobre a Lua (em 1.195.740 dias), Sol (361.640 dias), e possivelmente Vênus (2.448.420 dias) e Marte (1.765.140 dias). As datas vão a quase 7 mil anos no futuro  Foto: AP

Nasa contrata empresas para desenvolver táxi espacial comercial


Dois dos principais empreiteiros contratados da Nasa estão se unindo com a europeia Astrium para desenvolver um táxi espacial comercial construído a partir de foguetes propulsores de um ônibus espacial e de um protótipo de nave espacial originalmente concebido como uma alternativa para a cápsula espacial Orion.
O sistema, conhecido como Liberty, está entre os pelo menos quatro candidatos para a próxima fase do chamado programa de Tripulação Comercial da Nasa, previstos para serem entregues neste verão, anunciaram as empresas na quarta-feira.
Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais no ano passado, os Estados Unidos dependem da Rússia para levar astronautas à Estação Espacial Internacional, um laboratório de 100 bilhões de dólares que está a cerca de 386 quilômetros acima da Terra. A tarifa é de mais de 60 milhões de dólares por pessoa.
A Nasa espera pagar os trajetos para empresas americanas a partir de 2017. A agência espacial dos EUA atualmente está financiando o trabalho de design do táxi espacial em quatro empresas - Boeing, Space Exploration Technologies, Sierra Nevada Corp, e Blue Origin, uma empresa iniciante de propriedade do fundador da Amazon.com, Jeff Bezos. A Nasa está revendo os lances para pelo menos dois contratos integrados de design de 21 meses, no valor de 300 milhões a 500 milhões de dólares cada.
A ATK, que construiu os foguetes propulsores dos ônibus espaciais, juntou-se à Astrium, uma empresa da EADS que é uma das fabricantes dos foguetes europeus Ariane 5, para concorrer aos recursos de desenvolvimento do táxi espacial da Nasa no ano passado, mas não foi selecionada. A empresa continuou a trabalhar no projeto com seu próprio financiamento, disse Kent Rominger, um astronauta que agora atua como vice-presidente da ATK e gerente do programa Liberty.
A nova proposta da ATK acrescenta uma cápsula composta de sete pessoas, um sistema de escape de lançamento, o módulo de propulsão, aviônicos, um plano de operações e outros componentes para um sistema completo de lançamento espacial.
Rominger disse que o Liberty pode estar pronto para levar tripulação para a estação em 2015 por um valor menor do que a Rússia cobra para viagens nas suas cápsulas Soyuz.
A primeira fase do foguete do Liberty seria um longo foguete propulsor de ônibus espacial, um projeto desenvolvido originalmente pelo agora cancelado programa de foguetes Ares 1 da Nasa.
O motor da segunda fase seria fornecido pela Astrium. A cápsula recentemente anunciada, também chamada de Liberty, é uma nave espacial composta desenvolvida pela Nasa como uma alternativa potencial para a cápsula de espaço profundo Orion.
A Lockheed Martin, contratada principal da Nasa para a Orion, é uma parceira no programa Liberty. A ATK estava na equipe de design para a cápsula alternativa.
"Como contribuinte, gostaria de obter o melhor valor do que eu tenho investido em nosso governo. Por exemplo, o (programa de foguetes) Ares 1 foi cancelado, então partir agora do ponto onde o governo parou é algo muito inteligente a fazer. Isso nos traz o melhor valor como nação", disse Rominger à Reuters.
O Liberty voaria de um dos locais de lançamento de ônibus espaciais no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Dependendo do financiamento, voos de teste poderiam começar em 2014.
Rominger disse que as cápsulas, que fariam pouso na água por meio de paraquedas, são projetadas para voar até 10 vezes.
Além de levar sete astronautas, o foguete e a cápsula podem transportar carga de e para a estação espacial, bem como serem utilizados para lançamentos de satélites e outras missões.
Rominger se recusou a dizer quanto a ATK e seus parceiros gastaram no desenvolvimento do sistema Liberty até agora.

Tripulação da nave Soyuz TMA-04M se prepara para lançamento


A nave será lançada na próxima segunda-feira do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Foto: Nasa/DivulgaçãoA nave será lançada na próxima segunda-feira do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão
Os próximos residentes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) estão finalizando os preparativos para o lançamento da nave Soyuz TMA-04M do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 22h (de Brasília) do próximo dia 14.
O engenheiro de voo da Nasa Joseph Acaba e seus dois colegas russos, o comandante da Soyuz Gennady Padalka e o engenheiro de voo Sergei Revin, estão completando o treinamento, passando pela checagem da nave espacial e participando de cerimônias tradicionais. Vídeos documentando os preparativos serão liberados a partir desta quinta-feira, 10, pela agência espacial americana.
O trio chega à estação no próximo dia 16, se juntando à Expedição 31 do comandante Oleg Kononenko, da Agência Espacial Federal Russa, que tem ainda o engenheiro de voo Don Petit, da Nasa, e o engenheiro de voo Andre Kuipers, da Agência Espacial Europeia, à bordo desde dezembro de 2011. Padalka Acaba e Revin farão a transição para a Expedição 32, que começa em julho, e retornarão à Terra em meados de setembro.

Asteroide gigante é promovido a ‘planeta interrompido’


O asteroide gigante Vesta foi “promovido” à categoria de “protoplaneta", informaram cientistas em uma série de estudos publicados pela revista “Science” nesta quinta-feira (10). O Vesta é um dos alvos da missão da sonda espacial Dawn, da Nasa.
Um "protoplaneta" é um planeta "em formação". No caso do Vesta, no entanto, essa formação foi interrompida e ele ficou num estágio "mal acabado", se tornando um verdadeiro “fóssil” espacial. Ele é o único astro conhecido a ter sobrevivido aos primórdios da formação do nosso Sistema Solar e é uma peça-chave para entender como surgiram os planetas.
Com um diâmetro de 525 quilômetros, Vesta é o segundo maior astro do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Maior que ele, só o planeta-anão Ceres, que a Dawn deve investigar em 2015.
Imagem compara o tamanho de Vesta com o de outros asteroides conhecidos.  (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA)Imagem compara o tamanho de Vesta com o de outros asteroides conhecidos.
Segundo os pesquisadores, Vesta tem mais características em comum com outros planetas do que com qualquer asteroide conhecido.
Os dados coletados pela Dawn indicam que o protoplaneta tem uma formação parecida com a da Terra e a da Lua, com um núcleo de ferro, manto e crosta. Os cientistas acreditam também que no passado o asteroide tinha um oceano de magma subterrâneo, como a Terra.
Os cientistas também concluíram que diversos minerais encontrados na Terra são originários de Vesta. Isso indica que uma colisão no passado entre o protoplaneta e algum outro corpo celeste, pode ter enviado meteoritos até o nosso planeta.
Outra comparação, agora de Vesta com Marte, Mercúrio, a Lua e o planeta-anão Ceres. (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA)Outra comparação, agora de Vesta com Marte, Mercúrio, a Lua e o planeta-anão Ceres.

Tempestades solares devem atingir a Terra nos próximos dias

Imagem do Sol feita pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) da Nasa (Foto: AFP/SDO/AIA)
A imagem publicada nesta quarta-feira (9) pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), da Nasa, mostra a atividade recente do Sol. Pela movimentação na superfície, os astrônomos acreditam que o Sol vá produzir erupções muito fortes nos próximos dias. As tempestades devem afetar o campo magnético da Terra, o que pode alterar o funcionamento de satélites de comunicação e provocar auroras boreais, entre outros efeitos, mas não traz consequências diretas para os seres vivos 

Hubble divulga imagem inédita de galáxia anã


Galáxia NGC 2366, em imagem do Hubble com filtros verde e infravermelho (Foto: Nasa/ESA)Galáxia NGC 2366, em imagem do Hubble com filtros verde e infravermelho
O Telescópio Espacial Hubble, projeto da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), publicou nesta quinta-feira (10) uma nova imagem da galáxia anã NGC 2366. Essa galáxia fica a cerca de 10 milhões de anos-luz da Terra, e aparece na imagem como uma grande nebulosa.

A imagem mostra ainda dois outros objetos. No alto e na direita da imagem, em tom azulado, aparece a galáxia NGC 2363. Um pouco mais à esquerda está uma espiral amarelada. Essa galáxia não faz parte da nebulosa, e fica bem mais distante, mas seu brilho aparece da mesma forma.
NGC 2366 é uma região de formação de estrelas, rica em gases. Embora a imagem do Hubble tenha qualidade suficiente para mostrar cada estrela separadamente, essa galáxia não pode ser vista pelo olho nu.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tântalo; um elemento tão importante que poucos conhecem


Você provavelmente nunca prestou atenção ao tântalo quando olhou para a tabela periódica. “Sentado” ali, no meio de um mar de metais de transição.
E, no entanto, o tântalo é cada vez mais importante no século 21, porque ele desempenha um grande papel na tomada de dispositivos eletrônicos portáteis combatendo naturalmente a corrosão. Junto com o aumento da demanda por tântalo vem um preço humano: recurso de tântalo financiou porções da Segunda Guerra do Congo, o conflito mais sangrento desde a Segunda Guerra Mundial.

À prova de corrosão
Tântalo tem número atômico 73, aconchegando entre os elementos háfnio, nióbio e tungstênio. Descoberto no século 19 foi nomeado Tântalo, uma figura da mitologia grega, que se viu condenado a passar a eternidade em um esquema de tortura após a morte. Uma força desconhecida exigiu que Tantalus ficasse em águas profundas de joelhos, com uma fruta deliciosa acima, mas fora o alcance. O nome refere-se à própria capacidade do tântalo ser submerso em substâncias sem sofrer danos.
Na verdade, características incomuns do tântalo, levaram a sua utilização crescente no final do século 20 e início do século 21. O elemento é extremamente estável a temperaturas inferiores a 150 graus Celsius, e precisa de exposição ao ácido fluorídrico, um dos mais fortes ácidos que existem, para provocar a corrosão. Esta proteção contra a corrosão é devida a uma camada protetora natural criada por óxidos de tântalo na superfície do metal, fazendo com que o elemento tenha uma combinação prefeita para utilização em estruturas expostas aos elementos, como pontes e tanques de água.
 

Usado no Século 21
O uso do tântalo no século 21 veio primeiro na criação de capacitores. Condensadores de tântalo tem capacidade extremamente alta, embalados em um volume pequeno – perfeito para diminuir os nossos dispositivos eletrônicos, ou abrindo espaço adicional neles para processadores maiores ou alto-falantes.
O tântalo é encontrado em telefones celulares, tocadores de DVD, discos rígidos, computadores portáteis e PS3 – essencialmente qualquer peça de casa ou equipamentos eletrônicos industriais. Tântalo também é usado para criar filtros de ondas acústicas de superfície, aparelhos usados em telefones celulares e televisores para melhorar a qualidade de áudio. O telefone celular tem em média 40 miligramas de tântalo em seu interior – não é uma quantidade considerável, mas que se somarmos aos milhões e milhões de celulares usados no mundo...
Condensadores de tântalo apresentam uma taxa de falha extremamente baixa, tornando-os ideais para uso em equipamentos médicos, incluindo aparelhos auditivos e dispositivos como marca-passos. Tântalo não é prejudicado por fluídos corporais e não irrita a pele, tornando-se um metal perfeito para criar implantes como quadril, joelho e outros.

Como ele é encontrado?
Mineradores do Congo mostrando o mineral rico em Tântalo. 
O tântalo é raramente encontrado em sua forma elementar – o elemento é encontrado frequentemente com nióbio e tório e elementos radioativos como o urânio. Processos industriais são obrigatórios para extrair tântalo puro. A América do Sul e a Austrália contam com mais de dois terços da produção mundial de tântalo, com uma única mina do Brasil representando 20% da oferta anual do mundo.
O uso crescente de tântalo em dispositivos eletrônicos tem aumentado o custo de capacitores de grau na última década, com a forma refinada atualmente oscilando em torno de 661 dólares o quilo, enquanto as formas menos puras são vendidas por 220 dólares, um pouco mais que um quilo.

Financiamento de uma guerra civil
“Coltan” é outro nome usado para a columbita-tantalita, um minério contendo uma mistura de nióbio e tântalo. A República Democrática do Congo (anteriormente Zaire) é extremamente rica em reservas de coltan, com a maioria de coltan extraída ilegalmente e vendida para a China. A segunda Guerra do Congo já custou mais de 5,4 milhões de vidas, o conflito interno mais sangrento desde a Segunda Guerra Mundial.
O Kahuzi-Biega National Park e o Okapi Wildlife Reserve são fontes extremamente férteis de coltan com atividades de mineração que expulsam os gorilas nessas áreas protegidas. A mineração de coltan no Congo também traz outro problema – devido à distância de supermercados e abrigos, os mineradores acabam matando os gorilas para sua alimentação, contribuindo para extinção de várias espécies.
Os moradores também procuram coltan bem conscientes dos ganhos financeiros que se encontram na área circundante à medida que peneiram a pedra nos leitos dos rios e removem os pedaços que sobram das minas abandonadas. No Congo, 1/3 das crianças abandonam as escolas visando as minas de coltan, o que tem um impacto negativo na região por gerações.
As pessoas recebem cerca de 10 dólares por um quilo de coltan bruto, uma quantidade de dinheiro que faz diferença na vida de famílias miseráveis que procuram uma maneira de alimentar suas famílias. 

São Paulo recebe exposição de imagens do telescópio Hubble

São Paulo receberá a partir de sábado (12) uma exposição gratuita de imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa. O aparelho consegue registrar a luz nos comprimentos de onda infravermelhos e ultravioletas, que nossos olhos normalmente não enxergam.

Lançado em 1990, o Hubble fica na órbita da Terra, de onde consegue observações mais precisas, sem a distorção provocada pela atmosfera. As belas imagens fornecidas por ele proporcionaram um avanço para o estudo da astronomia.
Ficarão expostas 25 imagens em alta resolução, nos tamanhos 60 cm x 60 cm e 50 cm x 75 cm. As telas foram impressas em metacrilato, um material que ressalta o brilho das imagens.
A mostra "Nasa, muito além da visão" vai até o dia 15 de julho na Caixa Cultural São Paulo, que fica na Praça da Sé, 111, no centro da capital paulista. Neste sábado, a visitação começa às 11h. No restante do período, o local funcionará de terça a domingo, das 9h às 21h. Visitas podem ser agendadas pelo telefone (11) 3321-4400.
Esta imagem da Via Láctea feita pelo Hubble será exposta em São Paulo (Foto: Nasa/Divulgação)
Esta imagem da Via Láctea feita pelo Hubble será exposta em São Paulo 
Galáxia NGC 2841 (Foto: Nasa/Divulgação)Galáxia NGC 2841

Imagem em infravermelho mostra enorme 'bola' de estrelas


Aglomerado globular Messier 55, situado na constelação do Sagitário (Foto: ESO/J. Emerson/VISTA. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit)Aglomerado estelar Messier 55, situado na constelação do Sagitário 
Astrônomos publicaram nesta quarta-feira (9) uma nova imagem do aglomerado estelar Messier 55, na qual ele aparece como uma enorme bola de estrelas. O aglomerado fica na constelação de Sagitário, a cerca de 17 mil anos-luz da Terra. No céu, ele ocupa um espaço relativamente grande, com quase dois terços do tamanho da Lua cheia.

Na imagem, por volta de 100 mil estrelas estão reunidas como abelhas em um enxame, contidas em um diâmetro de aproximadamente cem anos-luz, relativamente muito próximas umas das outras.
As estrelas da imagem estão entre as mais antigas do Universo. O estudo delas melhora, portanto, a compreensão de como as galáxias evoluem e envelhecem.
A imagem foi obtida pelo Vista, telescópio que rastreia imagens em infravermelho. O telescópio de 4,1 metros, situado no norte do Chile, é mantido pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto que tem participação brasileira.

Telescópio espacial detecta luz de ‘superterra’


O telescópio espacial Spitzer, da Nasa, detectou pela primeira vez a luz emanada por uma ‘superterra’, um tipo de planeta extrassolar, a 41 anos-luz daqui, na constelação de Câncer.
As superterras são planetas especiais que não se parecem com nada que temos no nosso Sistema Solar. Eles têm (bem) mais massa que a Terra, porém são mais leves que Netuno (que é feito de gás). As superterras podem ser rochosas, gasosas ou uma combinação dos dois. Apesar do “super”, elas são razoavelmente pequenas – e bem difíceis de serem vistas daqui.
Ilustração mostra como é o planeta 55 Cancri, a 41 anos-luz da Terra (Foto: NASA/JPL-Caltech)Ilustração mostra como é o planeta 55 Cancri, a 41 anos-luz da Terra 
Conseguir enxergar uma superterra é um passo importante para tentar localizar planetas menos “super” e mais parecidos com o nosso, que tenham condições de abrigar vida.

Ao contrário do Hubble, que faz imagens na luz visível, o Spitzer enxerga apenas em raios infravermelhos. Por isso, não há uma fotografia do planeta – que se chama 55 Cancri. A imagem acima é uma ilustração.
O 55 Cancri é duas vezes maior que o nosso planeta e oito vezes mais maciço. Ele está mais perto de sua estrela do que Mercúrio está do nosso Sol. Os cientistas acreditam que ele tem um núcleo rochoso coberto por uma camada de água, que, por causa das temperaturas extremas, está perpetuamente em forma de um vapor espesso. A temperatura no lado voltado ao Sol está estimada em 1.700 graus celsius.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Arte rupestre de caverna francesa é a mais antiga descoberta


desenhos, arte, rupestre, caverna, chauvet, frança. Foto: HTO/Divulgaçãodesenhos, arte, rupestre, caverna, chauvet, frança

Especialistas discutem há tempos se os sofisticados desenhos de animais de uma famosa caverna francesa são, de fato, os mais antigos do tipo no mundo e um estudo publicado na segunda-feira sugeriu que sim. As curvas suaves e os detalhes finos das pinturas de ursos, rinocerontes e cavalos da caverna Chauvet, na pitoresca região de Ardeche, no sul da França, são tão avançadas que alguns acadêmicos as datavam entre 12 mil e 17 mil anos atrás.
Isto as situaria como relíquias da cultura Magdaleniana, na qual os ancestrais humanos usaram ferramentas de pedra e ossos para criar uma arte impressionantemente avançada. Anteriormente, os cientistas demonstraram, através de datação por radiocarbono de amostras de arte na pedra, carvão vegetal e ossos de animais encontrados na caverna Chauvet que os desenhos eram mais antigos, provavelmente com antiguidade compreendida entre 30 mil e 32 mil anos.
Agora, segundo estudo publicado no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), cientistas franceses acreditam ter conseguido a confirmação de que as pinturas são "as mais antigas e mais elaboradas já encontradas".
As descobertas se basearam em uma análise, denominada datação geomorfológica e cloro 36, das superfícies das rochas em torno do que se acredita ser a única entrada da caverna. A pesquisa demonstra que um despenhadeiro começou a ruir 29 mil anos atrás e voltou a sofrer desmoronamentos ao longo do tempo, selando definitivamente a entrada da caverna para os humanos cerca de 21 mil anos atrás.
Isto significa que as pinturas tiveram que ser feitas antes disso, o que sustenta a ideia de que foram criadas por pessoas da cultura Aurignaciana, que viveram entre 28 mil e 40 mil anos atrás.
"Concordando de forma notável com as datações de radiocarbono da ocupação humana e animal, este estudo confirma que as pinturas na caverna Chauvet são as mais antigas e mais elaboradas já descobertas, desafiando nosso conhecimento atual sobre a evolução cognitiva humana", destacou o estudo.
Segundo o principal autor, Benjamin Sadier, as descobertas põem fim a qualquer debate sobre quando os desenhos podem ter sido feitos com base em seu estilo. "O que nosso trabalho demonstra e outro trabalho que será publicado em breve é que o método de datação por estilo não é mais válido", explicou à AFP em entrevista por telefone.
"Ao provar que esta caverna ficou fechada para sempre 21,5 mil anos atrás, nós erradicamos completamente a hipótese de uma pintura mais recente na caverna e também confirmamos a idade da caverna, que já era conhecida através da datação de radiocarbono", acrescentou.
A caverna e suas pinturas notavelmente bem preservadas foi fechada ao acesso humano devido à queda de rochas e só recentemente redescoberta em 1994. Os cientistas que participaram do trabalho são procedentes das universidades de Savoia e Aix Marseille, bem como do Centro Nacional de Pré-história.

Nasa detecta erro e coloca satélite em emergência


O satélite de observação solar Soho, da Nasa - a agência espacial americana - está em modo de emergência desde o último domingo, 6, divulgou a agência espacial europeia (ESA). O modo foi acionado após a detecção de uma falha de um detector de posicionamento do satélite.
Este detector emitiu um sinal falso que significava que a posição do satélite estava errada. A partir deste momento, dispositivos tentaram estabilizar o Soho, mas isso só foi possível ao acionar o modo de emergência. Problema idêntico ocorreu em 1999.
Com o Soho no modo de emergência, ele opera em modos simples de estabilização e apontamento, o que permite aos responsáveis pelo satélite controlá-lo, mas sem obter dados precisos, já que o Soho não aponta de forma precisa para o Sol. A observação da estrela pelo satélite só deverá ser normalizada na próxima semana.

Crocodilo gigante que viveu na África poderia engolir um humano


O  Crocodylus thorbjarnarsoni  poderia engolir um humano. Foto: Arte Terra/Getty ImagesO Crocodylus thorbjarnarsoni poderia engolir um humano

Pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, descobriram que o possível maior crocodilo que já existiu viveu entre 2 e 4 milhões de anos atrás no Quênia, na África Oriental. O animal, com mais de 8 metros de comprimento, era grande o bastante para engolir um humano.
"É o maior crocodilo já encontrado. Ele pode ter ultrapassado os 8 metros de comprimento. Para comparar, o maior animal desta espécie era o crocodilo-do-nilo, com quase 6,5 m de comprimento. E a maioria é bem menor", disse o autor do estudo, Christopher Brochu.
Segundo o site Phenomenica, os pesquisadores reconheceram o Crocodylus thorbjarnarsoni a partir de fósseis examinados há três anos no Museu Nacional do Quênia, na cidade de Nairóbi. Alguns foram encontrados em lugares importantes para descobertas de fósseis humanos.
"Ele viveu com nossos ancestrais, e provavelmente se alimentou deles. Não temos fósseis humanos com mordidas de crocodilo, mas estes animais da época eram maiores que os de atualmente, e nós éramos menores, então provavelmente não teria muita mordida envolvida", afirma Brochu.

Astronauta fez foto da 'superlua' vista do espaço

O astronauta holandês André Kuipers fez a imagem da superlua a bordo da Estação Espacial Internacional no sábado (5). A superlua ocorre quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. A imagem parece deformada pela influência da atmosfera da Terra. (Foto: Nasa/ESA)
O astronauta holandês André Kuipers fez a imagem da superlua a bordo da Estação Espacial Internacional no sábado (5). A superlua ocorre quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. A imagem parece deformada pela influência da atmosfera da Terra. 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bactérias que produzem ímãs inspiram peças de PC do futuro


Pesquisa analisou como bactérias recolhem, moldam e posicionam imãs dentro de si (Foto: Reprodução)
Pesquisa analisou como bactérias recolhem,
moldam e posicionam imãs dentro de si
Algumas bactérias que produzem ímãs após ingerir ferro estão sendo usadas como inspiração para criar peças internas de computadores do futuro, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (7) no Reino Unido.
 Um grupo de cientistas da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia, no Japão, reproduziram o processo dos microorganismos, que, por suas características evolutivas, possuem em seu interior pequenos ímãs parecidos com os de discos duros dos computadores.
“Estamos chegando aos limites da fabricação eletrônica tradicional à medida que as peças dos computadores devem ser cada vez menores”, declarou à “BBC” Sarah Staniland, especialista da Universidade de Leeds. “As máquinas que utilizamos para construí-los não alcançam escalas tão pequenas. Mas a natureza nos ajudou com a ferramenta perfeita para enfrentar este problema”, acrescentou.
 Os cientistas, cujo trabalho foi publicado na revista “Small”, se concentram em resolver a questão das bactérias “Magnetospirillum magneticum”, que vive em ambientes aquáticos como lagos ou balsas, onde o oxigênio é escasso.

'Nanoimãs'
Estes seres nadam seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra, alinhando-se como se fossem uma bússola, na busca de concentrações de oxigênio. Ao ingerirem ferro, o elemento entra em contato com certas proteínas em seu corpo e a interação produz pequenos cristais de magnetita, o mais magnético do planeta.
 Após estudar como estes micróbios recolhem, moldam e posicionam os nanoimãs dentro de si, os cientistas copiaram o método e aplicaram fora das bactérias, como forma de aumentar os ímãs. Os especialistas acham que esta técnica poderia ser utilizada para construir discos duros dos computadores do futuro, com um tamanho cada vez mais reduzido.
 Além de reproduzir estes pequenos ímãs, os especialistas conseguiram também criar pequenos cabos elétricos com a ajuda de organismos vivos, a partir da membrana de células artificiais criadas no laboratório.

domingo, 6 de maio de 2012

'Superlua' amanhaceu no céu do Rio

'Superlua' amanhaceu no céu do Rio
'Superlua' amanhaceu no céu do Rio neste domingo (6)
'Superlua' amanhaceu no céu do Rio mneste domingo (6)
Imagem da Lua no Rio

Veja imagens da Lua Cheia pelo mundo em noite de 'super lua'

Lua Cheia brilhante é clicada próxima a uma mesquita em Amman, na Jordânia, neste sábado (5). 
Fenômeno da 'super lua' acontece uma vez por ano, e é responsável por fazer o satélite parecer 14% maior e 30% mais brilhante; 
Veja mais:

Estrela Demônio foi observada há 3.200 anos por egípcios e seus cálculos desvendaram enigma moderno


Evidências surpreendentes sugerem que os egípcios antigos compreendiam os mecanismos internos de um sistema estelar binário, girando em uma distância de 93 anos luz da Terra, há 3.200 anos.
Não só isso, seus cálculos específicos têm ajudado a suportar uma linha científica de investigação que só surgiu poucos anos atrás. O sistema binário – duas estrelas que giram em torno de si - foi observado pela primeira vez na astronomia moderna por John Goodricke, em 1783.
Também conhecida como Demon Star (Estrela Demônio), o cientista percebeu que a estrela parecia diminuir seu brilho por algumas horas a cada 2,87 dias, e foi o primeiro a teorizar que estas eram duas estrelas quem bloqueavam a luz uma da outra em relação a Terra.
Nos tempos modernos Goodricke foi o primeiro a observá-la, mas não foi o primeiro a encontrá-la no céu noturno. Verifica-se que os egípcios aparentemente tinham figurado tudo isso 3.200 anos antes.
As estrelas do binário Algol giram lentamente. Ambas com duas vezes a massa do Sol – giram em torno uma da outra havendo troca de massa.
Os egípcios eram grandes observadores das estrelas, tomavam notas precisas sobre as mudanças no céu, e as usavam para formar previsões sobre a sorte e azar do dia.
Quando os pesquisadores finlandeses estudaram o Calendário Cairo, um calendário danificado, mas legível que destaca dias bons e ruins do ano 1200 a.C, chegaram a algumas observações.
Os egípcios não se contentaram apenas em observar, eles também fizeram cálculos para descobrir mecanismos internos das estrelas para seus mapas. Dois ciclos foram vistos no calendário Cairo. Um durou 29,6 dias – quase exatamente o ciclo lunar.
E o outro durou 2,85 dias – o que pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia atribuem ao sistema Algol. E como os egípcios faziam cálculos muito específicos, as suas figuras parecem ter resolvido um enigma muito moderno.
O sistema Algol foi agora confirmado como um sistema terciário – três estrelas no total. A terceira estrela fica muito mais longe das outras, com Algol A e B girando em torno de si mesmas a uma distância de aproximadamente a metade da distância da Terra ao Sol, e Algol C quase seis vezes mais longe.
No entanto, a introdução da terceira estrela – e a teoria da questão da transferência entre eles – levou os cientistas a acreditarem que a sua rotação viria a abrandar ao longo do tempo.
Com apenas 200 anos desde o primeiro cálculo moderno de um período de rotação de 2,867 dias terrestres, a teoria não poderia ser testada. Mas graças a uma mensagem de 3.200 anos dos egípcios – que exigiu precisão com sua contabilidade – sabemos que no seu dia, o período de rotação foi de 2,85 dias, desvendando um enigma da Astronomia