sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cientistas que 'desafiaram' Einstein admitem que estavam errados


Uma equipe de cientistas que anunciou no ano passado que os neutrinos eram mais rápido do que a luz, admitiu nesta sexta-feira que Einstein tinha razão e que sua teoria da relatividade também se aplica a estas partículas subatômicas elementares.
Os pesquisadores, que trabalham no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em francês) em Genebra, causaram comoção na comunidade científica ao publicar, em setembro de 2011, o resultado do experimento Opera.
Ela indicava uma velocidade dos neutrinos superior à da luz, considerada o "limite intransponível" na teoria da relatividade geral de Albert Einstein, de 1905.
Grande parte da física moderna é baseada na teoria de Einstein, segundo a qual nada pode superar a velocidade dos feixes luminosos no vácuo. Os especialistas anunciaram, então, ter detectado neutrinos que percorreram os 730 km que separam as instalações do CERN, em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso (Itália), 6 km/seg mais rápido do que a luz e chegaram 60 nanossegundos antes dela.
Mas, na sexta-feira, durante uma conferência internacional sobre física dos neutrinos e astrofísica, organizada em Kyoto, antiga capital imperial japonesa, a equipe do Opera admitiu que os resultados estavam equivocados.
"Os primeiros dados, medidos até 2011, com o feixe de neutrinos entre o CERN e Gran Sasso, foram revistos levando em conta os efeitos dos instrumentos testados", explicou a equipe. Procedeu-se a "novas medições" que estabeleceram que há "uma velocidade de neutrinos coerente com relação à velocidade da luz".
Em fevereiro passado, alguns físicos que tinham estudado o experimento Opera aventaram a hipótese de que seus resultados estivessem equivocados devido a uma má conexão entre um GPS e um computador que era usado para a medição.
Na ocasião, o CERN emitiu um comunicado, dando a entender que os neutrinos não superaram a velocidade da luz no vácuo (300 mil km/s). "Começamos a presumir que os resultados da Opera se deviam a um erro de medição", avaliou o diretor de pesquisas do Centro Europeu, Sergio Bertolucci.
As verificações efetuadas pela equipe do Opera confirmaram este defeito na conexão, que reduzia o tempo do percurso dos neutrinos em 74 nanossegundos com relação à realidade. Além disso, o relógio de alta precisão usado pelo Opera também estava sutilmente desajustado e acrescentou 15 nanossegundos ao tempo de trajeto, explicaram os membros em Kyoto.
Uma vez corrigidos estes dois erros, os neutrinos medidos entre o CERN e Gran Sasso exibiam efetivamente uma velocidade "coerente" com a teoria de Einstein. Em março, o físico italiano coordenador da experiência Opera, Antonio Ereditato, se demitiu. O jornal italiano Corriere della Sera, em seu site na internet, o apelidou de "físico do fracasso".

Nasa descobre algas vitais debaixo de gelo do oceano Ártico

Nasa descobre extensa camada de fitoplâncton no gelo do Ártico (Foto: Nasa/Reprodução)
Nasa descobre extensa camada de fitoplâncton no gelo do Ártico


Uma missão da Nasa descobriu uma enorme quantidade de fitoplâncton, algas vitais para a cadeia alimentar dos oceanos, no lugar menos esperado: debaixo do gelo do Ártico, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (7) pela revista "Science".
Uma equipe da Nasa foi enviada ao mar de Chukchi, litoral do Alasca, noroeste do continente americano, onde encontrou uma biomassa de fitoplâncton que se estende por 100 km na plataforma de gelo, informou o chefe da missão, Kevin Arrigo.

"Ficamos atônitos. Foi completamente inesperado. Foi, literalmente, o florescimento de fitoplâncton mais intenso que vi nos 25 anos que faço este tipo de pesquisa", afirmou o cientista da Universidade de Stanford, na Califórnia.
"Como os tomates numa horta, todo fitoplâncton requer luz e nutrientes para crescer", explicou Arrigo. "Supunha-se que havia muito pouca luz debaixo do gelo e não esperávamos ver muitas destas algas".
Imagem feita em abril de 2010 mostra fissura em calota polar e superfície do oceano exposta na região do Ártico. (Foto: Nasa/JPL)Imagem feita em abril de 2010 mostra fissura em calota polar e superfície do oceano exposta na região do Ártico.

Para a missão, chamada "Impacto da Mudança Climática nos Ecossistemas e a Química do Meio Ambiente Ártico do Pacífico" (Icescape, na sigla em inglês), os cientistas realizaram expedições entre junho e julho de 2010 e 2011.
Arrigo disse que a descoberta provocou uma mudança fundamental na compreensão do ecossistema do Ártico, que era considerado frio e desolado.
Esta pode ser a maior concentração de fitoplâncton do mundo, afirmou Arrigo, que se surpreendeu que tenha crescido sob uma camada de gelo marinho tão grossa quanto a altura de uma criança de cinco anos.
Esta descoberta sugere que o oceano Ártico é mais produtivo do que se acreditava, apesar de serem necessários mais estudos para determinar como este fitoplâncton sob o gelo influi nos ecossistemas locais.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Arqueólogos descobrem esqueletos de "vampiros" na Bulgária


Arqueólogos na Bulgária encontraram dois esqueletos datados da era medieval cujos peitos foram perfurados com barras de ferro para impedir que supostamente se transformassem em vampiros. A descoberta, segundo historiadores, ilustra uma prática pagã comum em algumas aldeias búlgaras até um século atrás.
Pessoas consideradas más tinham seus corações esfaqueados após a morte, devido a temores de que regressariam ao mundo dos vivos para "sorver o sangue de humanos".
Descobertas arqueológicas semelhantes também foram feitas em outros países dos Bálcãs.


Cemitérios de "vampiros"
A Bulgária abriga cerca de cem áreas que serviram como locais em que pessoas tidas como vampiros foram enterradas. Os pesquisadores encontraram os dois esqueletos, datados da Idade Média, na cidade de Sozopol, banhada pelo Mar Negro.

"Estes esqueletos atravessados com barras de ferro ilustram uma prática comum em alguns vilarejos búlgaros até a primeira década do século 20", explicou Bozhidar Dimitrov, que comanda o Museu de História Natural da capital búlgara, Sofia.
De acordo com o historiador, as pessoas acreditavam que as barras de ferro manteriam os mortos presos às covas de modo a impedir que as deixassem à meia-noite para atormentar os vivos.


Ritual
O arqueólogo Petar Balabanov, que descobriu em 2004 seis esqueletos atravessados por "barras antivampiro" na cidade de Debelt, no leste da Bulgária, afirmou que o ritual pagão foi também praticado na Sérvia e em outros países balcânicos.

Lendas ligadas a vampiros formam uma parte importante do folclore da região. A mais famosa é a que envolve o conde romeno Vlad, o Empalador, conhecido mundialmente como Drácula, que empalava e bebia o sangue das vítimas da guerra. O mito inspirou o lendário romance gótico de Bram Stocker, publicado em 1897 e que, desde então, já inspirou uma série de adaptações para o cinema e a televisão.


veja as fotos:

Enterprise chega a museu onde será exposto em Nova York

A nave Enterprise navegou nesta quarta-feira (6) pelo Rio Hudson, em Nova York, até chegar à sua nova casa, o museu Intrepid, que é um porta-aviões ancorado ao lado da ilha de Manhattan.

A Enterprise é um protótipo que foi usado para testar os ônibus espaciais que a Nasa usou durante três décadas em suas missões, mas ela mesmo nunca chegou a ir ao espaço.
O programa foi aposentado em 2011, e os veículos sobreviventes – Discovery, Atlantis e Endeavour – viraram peças de museu. Challenger e Columbia, os outros ônibus espaciais construídos pela agência americana, foram perdidos em acidentes em 1986 e 2003, respectivamente.
A nave deveria ter chegado ao museu na terça, mas o transporte foi adiado devido ao mau tempo. No domingo, a Enterprise foi levemente danificada quando uma rajada de vento a fez atingir uma pilha de madeira.
Enterprise é levada de navio a museu em Nova York (Foto: Reuters/Mike Segar)Enterprise é levada de navio a museu em Nova York
Nave é vista passando pelo rio Hudson ao fundo de uma rua de Manhattan (Foto: Don Emmert/AFP)Nave é vista passando pelo rio Hudson ao fundo de uma rua de Manhattan 
Enterprise com a Estátua da Liberdade ao fundo (Foto: Reuters/Mike Segar)Enterprise com a Estátua da Liberdade ao fundo 

ONU afirma que crise ambiental no planeta é grave, mas tem solução


Relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) nesta quarta-feira (6) no Rio de Janeiro aponta que nas duas últimas décadas houve agravamento do desmatamento das florestas, da pesca excessiva, da poluição do ar e da água, além das emissões de gases causadores do efeito estufa.
A divulgação acontece uma semana antes do início da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que inicia dia 13 e segue até o dia 22 de junho.

O documento denominado "Panorama Ambiental Global (Geo-5)" aponta que das 90 metas e objetivos ambientais que se tornaram referência a partir da Rio 92, apenas quatro foram cumpridas. A conferência ambiental realizada no Rio de Janeiro criou tratados para o clima, biodiversidade e desertificação, além da Agenda 21.
Mas o relatório afirmou também que há esperança e que ainda é possível obter crescimento econômico favorável ao meio ambiente, apesar dos desafios da população humana crescente, expansão da urbanização e o apetite insaciável por alimentos e recursos.
A seguir estão algumas das principais conclusões do Geo-5, quinto levantamento da saúde ambiental global e que contou com a colaboração de 600 especialistas. O primeiro panorama foi elaborado em 1997.

Emissões na França (Foto: Joel Saget/AFP)
A região da Ásia-Pacífico vai contribuir com 60% das emissões globais até 2100, diz a ONU. 

Metas verdes
O relatório GEO-5 disse que foi feito progresso significativo para eliminar a produção e utilização de produtos químicos que destroem a camada de ozônio, remoção do chumbo dos combustíveis, aumento do acesso a fontes melhoradas de água e mais pesquisas para reduzir a poluição do ambiente marinho.
 A redução dos riscos de saúde alcançada pela eliminação progressiva dos combustíveis à base de chumbo tem benefícios econômicos estimados em US$ 2,45 trilhões por ano (cerca de 4% do Produto Interno Bruto global).
 De acordo com o panorama, houve pouco progresso em 40 metas, incluindo a expansão de áreas protegidas, como parques nacionais, enquanto pouco ou nenhum progresso foi detectado em 24 delas --incluindo as alterações climáticas, estoques de peixes e desertificação e seca.
Oito objetivos mostraram mais deterioração, incluindo a situação dos recifes de coral do mundo
.



O planeta hoje
Análise dos modelos atuais mostra que as emissões de gases de efeito estufa podem dobrar nos próximos 50 anos, levando a um aumento na temperatura global de 3 graus Celsius ou mais até o final do século. Perdas na agricultura, danos de eventos climáticos extremos e os maiores custos de saúde vão reduzir o PIB global.
A região da Ásia-Pacífico vai contribuir com cerca de 45% das emissões de CO2 globais relacionadas à energia até 2030 e por volta de 60% das emissões globais até 2100, num cenário normal.
China, Índia e Coreia do Sul estão promovendo energia renovável e eficiência energética e concordaram com metas voluntárias de redução de emissões, em uma virada positiva em relação a uma energia mais verde.
Cerca de 20% das espécies de vertebrados estão ameaçadas. O risco de extinção aumenta rapidamente para os corais do que para qualquer outro grupo de organismos vivos, com a condição dos recifes de coral declinando 38% desde 1980. Retração ápida é projetada até 2050.
Os estoques de peixes diminuíram a uma taxa sem precedentes nas últimas duas décadas. A pesca mais do que quadruplicou entre os anos de 1950 e 1990, com o registro de estabilização ou diminuição até então.

Vai faltar água
Mais de 600 milhões de pessoas devem ficar sem acesso a água potável até 2015, enquanto mais de 2,5 bilhões de pessoas não terão acesso a saneamento básico. Desde 2000, os reservatórios de água subterrânea se deterioraram ainda mais, enquanto o uso mundial de água triplicou nos últimos 50 anos.


O relatório identificou o Oeste da Ásia entre as regiões de maior preocupação com escassez de água e uso eficiente da água. Mesmo com a demanda por água crescendo, os recursos hídricos renováveis per capita na região irão diminuir em mais da metade até 2025, sugerindo que mais usinas de dessalinização que usam muita energia serão necessárias.
O número de zonas costeiras mortas aumentou dramaticamente nos últimos anos. Das 169 zonas costeiras mortas no mundo todo, apenas 13 estão se recuperando.
A perda anual de florestas caiu de 16 milhões de hectares na década de 1990 para cerca de 13 milhões de hectares entre 2000 e 2010. É o equivalente a uma área do tamanho da Inglaterra sendo derrubada anualmente.
Europa e América do Norte estão consumindo os recursos do planeta a níveis insustentáveis.
O consumo também aumentou na região da Ásia-Pacífico, que ultrapassou o restante do mundo para se tornar o maior usuário único dos recursos naturais. Um estudo separado da ONU descobriu que o consumo de materiais na região mais que dobrou de 17,4 bilhões de toneladas em 1992 para mais de 37 bilhões de toneladas em 2008.

"Operação Soberania" combate desmatamento em cidades no Amazonas (Foto: Reprodução/Ibama)Políticas ambientais reduziram desmatamento na Amazônia no Brasil e na Colômbia, afirma a ONU 
Brasil, América Latina e Caribe
O documento cita que a região da América Latina e Caribe é considerada crucial para a saúde do planeta devido à biodiversidade encontrada nos países, como o Brasil. O Pnuma cita que políticas ambientais criadas para reduzir o desmatamento na Amazônia brasileira e na Colômbia ajudaram a diminuir as emissões de gases de efeito estufa provenientes da floresta.
Nesta terça-feira (5) a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, anunciou que a devastação do bioma atingiu seu menor índice em 23 anos -- desde que satélites passaram a monitorar crimes ambientais na Amazônia, em 1988.
Se nada for feito para conter o aquecimento global, o bioma pode perder um terço de sua área até 2100 devido à seca e a queimadas. O órgão ambiental das Nações Unidas afirma ainda que é preciso atenção para o crescimento populacional e aos desafios ligados ao uso de recursos hídricos, tratamento de esgoto, contaminação da água potável e oceanos.
A ONU propõe aos países dessa região que intensifiquem políticas de preservação e alcancem modelos de desenvolvimento sustentável. Segundo o documento, apenas com essas propostas é que será possível combater desafios como a pobreza e a desigualdade social.

O que pode ser feito
O relatório disse que há necessidade de metas claras, de longo prazo para o desenvolvimento e o meio ambiente e de uma responsabilidade mais forte nos acordos internacionais.
Há também uma necessidade de mais programas que coloquem valor sobre os ecossistemas e os serviços que eles fornecem às economias, como o ar fresco das florestas, bacias hidrográficas de rios e proteção de tempestade dos manguezais.
As nações também devem incorporar o valor das florestas, rios, deltas e outros ecossistemas nas contas nacionais, colocando, assim, um preço na natureza.


Arqueólogos encontram teatro do início da carreira de Shakespeare


Arqueólogos descobriram em Londres os restos de um dos primeiros teatros usados pela companhia de William Shakespeare, onde "Romeu e Julieta" e "Henrique V" foram encenados pela primeira vez.
Anterior ao The Globe, o teatro Curtain (cortina, em inglês), ao norte do rio Tâmisa, no bairro de Shoreditch, era abrigo da companhia de Shakespeare -- a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain.
Escavações encontraram um dos primeiros teatros usados por Shakespeare (Foto: AP Photo/Museum of London Archaeology)Escavações encontraram um dos primeiros teatros usados por Shakespeare 
Restos de paredes que formam a galeria e o pátio interno do local foram descobertos por arqueólogos do Museu de Arqueologia de Londres (Mola, na sigla em inglês).

"Este é um local fantástico que nos dá uma visão única sobre o início do teatro de Shakespeare", disse Chris Thomas, do Mola, que está conduzindo o trabalho arqueológico.
A descoberta vai encantar os historiadores e os fãs de Shakespeare uma vez que as escavações oferecem um retrato de local onde as produções iniciais do escritor foram encenadas, embora mais detalhes são pouco conhecidos sobre o precoce teatro.
"Este é um lugar extraordinário, e uma descoberta fortuita no ano da celebração mundial de Shakespeare", disse Kim Stabler, assessora de Arqueologia do English Heritage, órgão público que protege o patrimônio histórico britânico.
Londres tem celebrado a sua herança cultural com um festival mundial de Shakespeare, que acontece no Globe e em todo o Reino Unido, como parte de um festival para coincidir com os Jogos Olímpicos deste verão e que vai durar até novembro.
O Curtain abriu em 1577, perto do primeiro teatro de Londres, "O Teatro", e foi um de vários teatros construídos fora dos muros da cidade.
Arqueólogos encontraram os destroços do teatro Curtain na Hewett Street, após a realização dos trabalhos em um projeto de restauração ter começado, conduzido por uma construtora local, em outubro passado.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nasa capta 'fratura solar' que pode provocar tempestade geomagnética


Imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) nesta terça-feira (5) mostra um buraco coronal no Sol que foi captado no último domingo (3).
De acordo com a Nasa, o registro foi feito com a ajuda de um telescópio de raio-X, que realizava voos acima da atmosfera da Terra para revelar detalhes sobre a estrutura solar.
Os buracos coronais são associados a tempestades solares. De acordo com cientistas, ventos deste astro “escapam” de fraturas que se abrem na região dos polos do Sol e se encaminham para a Terra, onde causam tempestades geomagnéticas. O resultado disso são as auroras boreais, espetáculos luminosos que ocorrem na região do Polo Norte.
Segundo a Nasa, as atividades decorrentes deste buraco coronal devem atingir o planeta entre esta terça e a próxima quinta-feira (7).
Imagem mostra um buraco coronal encontrado no Sol no último domingo. Ventos que escapam desta "fratura" se encaminham para a Terra e podem causar tempestades eletromagnéticas. (Foto: NASA/AIA/Solar Dynamics Observatory/Handout/Reuters)Imagem mostra um buraco coronal encontrado no Sol no último domingo. Ventos que escapam desta "fratura" se encaminham para a Terra e podem causar tempestades eletromagnéticas.

Neandertais cresciam menos que os humanos modernos

Os neandertais cresciam mais lentamente que os Homo sapiens -- o homem moderno --, segundo um estudo do Grupo de Paleofisiologia do Centro Nacional Espanhol de Pesquisa sobre a Evolução Humana (Cenieh).

O trabalho, publicado na revista especializada "Journal of Human Evolution'" foi realizado com dados obtidos a partir do primeiro modelo matemático do crescimento em estatura de uma espécie fóssil.
O modelo, desenvolvido por Jesús A. Martín, pesquisador ligado ao Cenieh do Departamento de Matemática e Computação da Universidade de Burgos, na Espanha, mostra as diferenças entre o crescimento, do nascimento aos cinco anos de idade, entre neandertais e humanos modernos.
O esquema teórico deu origem ao artigo intitulado "Diferenças entre os modelos de crescimento de crianças neandertais e humanos modernos".
O trabalho, que comparou as alturas de dez recém-nascidos e crianças neandertais com as de duas povoações humanas modernas, sugere que a taxa de crescimento do Homo neanderthalensis, muito mais lenta, poderia estar relacionada a "restrições ontogenéticas ou ao estresse metabólico", e contribuiria para a baixa estatura de adultos em relação ao Homo sapiens.
O artigo explica que a análise da aparição de diferentes padrões de crescimento humano é essencial para entender a evolução de nossa espécie.
A pesquisa está alinhada às últimas publicações das equipes do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva e da Universidade de Harvard, que evidenciam diferenças ontogenéticas nos desenvolvimentos craniano e dental.
O estudo abre caminho para pesquisas futuras do crescimento em outras espécies fósseis e em outras fases da vida.

Astrônomos observam uma das galáxias mais distantes já vistas


Imagem disponível da galáxia LAEJ095950.99+021219.1 (Foto: James Rhoads/Divulgação)
Imagem da galáxia LAEJ095950.99+021219.1
Um grupo de astrônomos anunciou a descoberta de uma das galáxias mais antigas já detectadas. Ela está a 13 bilhões de anos-luz da Terra, e o que se vê é a imagem dela com apenas 800 milhões de anos de idade, o que é considerado a infância do Universo.
A galáxia recebeu o nome de LAEJ095950.99+021219.1. Ela foi visualizada pela primeira vez em 2011, com a combinação de telescópios no Chile e nos Estados Unidos, capazes de captar a luz em diversos espectros. A descoberta foi detalhada na revista científica “Astrophysical Journal Letters”.
A imagem dos primórdios do Universo é uma boa oportunidade de pesquisas para os astrônomos. Estudando objetos como esse, eles podem entender como as galáxias se formam e crescem.
“Com o passar do tempo, as pequenas bolhas que formam estrelas fazem uma dança, se fundem e formam galáxias cada vez maiores. Em algum momento no meio do caminho, ao longo da idade do Universo, elas começaram a se parecer com as galáxias que vemos hoje. Por que, como, quando e onde isso acontece é uma área ativa para pesquisas”, explicou Sangeeta Mlhotra, da Universidade do Estado do Arizona, um dos autores do estudo.

Cientistas britânicos criam tecido invisível a olho nu


Cientistas da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, criaram um tecido tão fino a ponto de ser invisível a olho nu, algo que poderia revolucionar o mundo da tecnologia.
Isso porque o material tem um alto poder de condução de eletricidade.
Batizado como GraphExeter, o tecido é transparente e foi feito com o uso de máquinas de última geração.
Tecido ultrafino criado por cientistas britânicos (Foto: BBC)
Tecido ultrafino criado por cientistas britânicos 
A invenção é feita a partir de grafeno, um tipo de carbono que no futuro pode substituir o silício.
O material poderá ser usado em produtos com a tecnologia "touch screen", como as telas de smartphones e tablets, que são operadas com o dedo.

O cientista Tom Bointon explica que, por ser transparente, o condutor requer menos energia para transmitir as imagens.
Inovador, o tecido ultrafino é considerado pelos pesquisadores como o material transparente mais eficiente para a condução de eletricidade.
Saverio Russo, um dos criadores, compara o GraphExeter a uma lasanha.
"Em vez de massa, a invenção usa várias camadas de grafeno. E no lugar de presunto, são inseridas moléculas condutoras que ganham e perdem elétrons", diz o pesquisador.
Em forma de spray, o GraphExeter poderá ser aplicado sobre janelas e espelhos, criando "revolucionárias superfícies inteligentes", dizem os cientistas.

Evolução dos pássaros encerrou era dos insetos gigantes, diz estudo

Um novo estudo da Universidade da Califórnia sugere que a evolução dos pássaros foi determinante para o fim da era dos insetos gigantes na Terra. Segundo os cientistas, a época em que as aves começaram a estabelecer seu lugar nos céus é a mesma na qual os insetos grandalhões perderam espaço, há 150 milhões de anos. A pesquisa foi divulgada nesta semana na edição online da revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências.

Insetos gigantes viveram nos céus pré-históricos em uma época em que a atmosfera da Terra era rica em oxigênio. Pesquisas anteriores já tinham sugerido que o tamanho dos insetos tinha relação com altas concentrações de oxigênio – cerca de 30%, comparada aos atuais 21%, em média.
Há 300 milhões de anos, os insetos gigantes chegaram ao maior tamanho já documentado: 70 centímetros.
Mas à medida que os pássaros surgiram, os insetos se tornaram menores mesmo com o aumento de oxigênio na atmosfera, diz a pesquisa.
Fóssil de insetos gigantes pré-históricos (Foto: Wolfgang Zessin/UCSC/Divulgação)
Fóssil de insetos gigantes pré-históricos 
Segundo o autor do estudo, Matthew Clapham, professor de Terra e Ciências Planetárias da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, com os pássaros predatórios na ‘cola’, necessidade de ter mais mobilidade foi a base da evolução do voo desses insetos, favorecendo o tamanho mais reduzido do corpo.
A equipe da Clapham comparou o tamanho das asas de mais de 10.500 fósseis de insetos com níveis de oxigênio do planeta em centenas de milhares de anos.
O pesquisador enfatiza, no entanto, que o estudo focou as mudanças a partir dos maiores insetos já conhecidos.
“Em torno do final do período Jurássico e início do Cretáceo, cerca de 150 milhões de anos atrás, de repente o nível de oxigênio sobe, mas o tamanho do inseto diminui. E isso coincide de forma impressionante com a evolução dos pássaros”, diz Clapham.

É hoje. Vênus cruza disco solar no último trânsito do século

Às 19h09 desta terça-feira, astrônomos e observadores em todo o mundo terão a última chance para acompanhar um raro evento celeste. Durante sete horas o planeta Vênus cruzará o disco solar, em um espetáculo único que será transmitido ao vivo!
 Nesta noite, depois que os últimos raios de sol deixarem de iluminar o Brasil, um verdadeiro batalhão de telescópios profissionais e amadores, em diversas partes do mundo, estarão apontados paro astro-rei. Satélites de observação solar farão imagens ao vivo da estrela, enquanto binóculos equipados com filtros vermelhos estarão, aos milhões, apontados para o espaço.
Não é necessário dizer, mas o trânsito de Vênus de 2012 será o maior evento desse tipo a ser acompanhado por tantos instrumentos simultaneamente. Desde 2004, quando ocorreu o último trânsito, três novos telescópios solares foram lançados e milhões de pessoas adquiriram telescópios e binóculos, transformado-as em astrônomo amadores do dia para a noite. Além disso, a facilidade das transmissões ao vivo pela internet permitiu que eventos assim sejam repercutidos instantaneamente de qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa.
O trânsito de Vênus é um fenômeno raro, que acontece aos pares uma única vez por século. A última vez que isso aconteceu foi em 2oportunidade única de acompanhamento pela quase totalidade de pessoas vivas atualmente.

Anel de Fogo
Para a maior parte das pessoas, o trânsito será simplesmente uma curiosidade, um fato interessante sem maiores consequências, mas para os astrônomos amadores e profissionais será uma oportunidade única de colocar seus conhecimentos à prova e também tentar responder algumas perguntas que ainda cercam a natureza do planeta Vênus e também da Terra004 e o próximo só em 2117. Isso faz do evento de hoje uma anel de fogo de Vênus
Em 2004, quando o planeta cruzou o disco solar pela primeira vez no século 21, um interessante fenômeno foi observado pelos astrônomos. Durante a passagem pelo limbo da estrela, uma espécie de anel de fogo foi visto ao redor do planeta, intrigando os cientistas. Apesar da grande quantidade de instrumentos que registraram o evento, nenhum deles estava preparado para estudar o anel.
Contando agora com uma rede de 9 coronógrafos espalhados pelo mundo, os pesquisadores Thomas Widemann, ligado ao Observatoire de Paris e Jay Pasachoff, do Williams College, EUA, poderão estudar melhor o fenômeno e fornecer respostas para o fenômeno.
Os primeiros estudos mostraram que a causa do aparecimento do anel durante o trânsito era causado pela refração dos raios solares através da atmosfera superior de Vênus.
"Não entendemos porque um planeta tão parecido com o nosso tem uma atmosfera tão diferente", explica Widemann.
Terra e Vênus têm tamanhos semelhantes, distâncias similares com relação ao Sol e são construídos basicamente do mesmo material. No entanto, os dois planetas estão envoltos em cobertores de ar bastante diferentes. Vênus tem uma atmosfera 100 vezes mais maciça que a da Terra e consiste principalmente de CO2. Isso cria um efeito estufa gigantesco, tornando a superfície venusiana uma tórrida fornalha de mais de 500 graus Celsius.
Durante o trânsito, os pesquisadores farão uma análise espectral detalhada da atmosfera venusiana com objetivo de estudar a composição química de sua atmosfera e entender como os dois planetas se tornaram tão diferentes, apesar das características que têm em comum.
 
De acordo com Pasachoff, os melhores momentos para ver o arco serão quando o Sol ingressar ou deixar o limbo do Sol. O ingresso do planeta ocorrerá às 19h09 BRT e 19h27 BRT enquanto a saída será a 01h32 e 01h50 BRT. Se você estiver em algum local em que seja possível ver o trânsito, esteja certo de que seu telescópio ou binóculo estejam equipados com filtros apropriados. O arco será visível com filtros branco ou H-alfa (Hidrogênio Alfa).
Este será apenas um dos muitos experimentos que serão feitos. Além da composição química de Vênus, outro experimento que chama a atenção será feito pelo telescópio espacial Hubble, que usará uma das crateras da Lua para registrar o trânsito. O objetivo será aprimorar técnicas que poderão ser usadas na busca por planetas extrassolares.

Veja ao vivo
Apesar do trânsito de Vênus de 2012 não ser visível na maior parte do Brasil, você poderá acompanhar o evento no conforto da sua casa aqui mesmo no ApoloChannel.
O trânsito planetário será transmitido na íntegra - ao vivo - na noite do dia 5 de junho, a partir das 19 horas. Além disso, você poderá participar de um chat em tempo real entre os usuários que estarão assistindo ao fenômeno. Melhor que isso, só se for para assistir no Havaí, o melhor lugar da Terra para acompanhar o trânsito! 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nasa se prepara para imortalizar última passagem de Vênus pelo Sol até 2117

A Nasa (agência espacial americana) e outras instituições dos Estados Unidos se preparam para observar a passagem do planeta Vênus pelo Sol entre os dias 5 e 6 de junho com dezenas de atividades para capturar as melhores imagens deste momento que não voltará a se repetir até o ano 2117.
O fenômeno ocorrerá quando Vênus passar diretamente entre a Terra e o Sol, o que permitirá ver o planeta como um pequeno ponto deslizando-se lentamente através do principal astro do sistema solar, um fenômeno que foi avistado por astrônomos como Galileu Galilei.
Os cientistas dos séculos 6 e 7 observaram os trânsitos de Mercúrio e Vênus, os dois planetas "interiores", para medir a distância da Terra ao Sol em um esforço para calcular o tamanho de nosso sistema solar.
No entanto, embora "já tenhamos esse número calculado, os trânsitos seguem sendo úteis", explicou em comunicado Frank Hill, do Observatório Solar dos EUA (NSO).
O último trânsito de Vênus neste século "nos ajudará a calibrar os diferentes instrumentos e na caça por planetas extra-solares com atmosferas", para aprender a avaliar outros sistemas solares em nossa busca por vida no universo.
O NSO utilizará seus telescópios no Arizona, Novo México, Califórnia, Havaí, Austrália e Índia para gravar esse momento com centenas de imagens que exibirá em tempo real em seu site.
Os telescópios do NSO tentarão obter medições complementares da estrutura da atmosfera de Vênus buscando os rastros espectrais produzidos pelas emissões de gás carbônico, abundantes na atmosfera de Vênus.
Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do planeta para ver o fenômeno, a Nasa retransmitirá o evento ao vivo em seu site e se conectará com analistas de seus centros assim como de 148 países de todo o mundo que realizarão atividades de acompanhamento.
A agência espacial americana proporcionará imagens desde a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), o telescópio espacial Hubble e o Observatório de Dinâmica Solar (SDO, em inglês).
O astronauta americano Don Pettit, tripulante da ISS, se transformará no primeiro ser humano a testemunhar e fotografar o trânsito no espaço, o que compartilhará quase em tempo real.
Os trânsitos de Vênus são algo pouco habitual e por isso houve poucas oportunidades para fotografá-los na Terra e muito menos na órbita terrestre. "Estive planejando isto muito tempo", assinalou Pettit em comunicado da Nasa.
Pettit apontará sua câmera através das janelas laterais da cúpula da estação espacial, um módulo-observatório construído pela Estação Espacial Europeia que oferece uma visão de grande angular da Terra e do cosmos através de suas sete janelas.
O observatório gratuito na internet e no aplicativo para celular "Slooh Space Camera", que permite explorar o espaço sem sair de casa, mostrará imagens dos telescópios solares da Austrália, Japão, Nova Zelândia, Havaí, Noruega, Arizona e Novo México.
O Slooh fará, além disso, um acompanhamento de Vênus a partir das 19h (de Brasília) do dia 5, do qual participarão cientistas, cineastas, engenheiros e especialistas em ciência como Bob Berman, colunista da revista "Astronomy Magazine", que explicarão o fenômeno aos espectadores.
"O trânsito de Vênus é algo extremamente raro", destacou Bob Berman, já que, "uma vez que ocorre um trânsito, lhe segue outro em exatamente oito anos menos dois dias, mas depois devem passar 105 anos e meio para que aconteça outro par de trânsitos separados por oito anos".
O último que se viu foi em 8 de junho de 2004 e o próximo calcula-se que será em dezembro de 2117, o que torna o fenômeno da próxima semana no sétimo transito documentado pelos humanos desde o século 17, segundo o especialista.
O evento, só precedido pelos que ocorreram em 1639, 1761, 1769, 1874, 1882, além do de 2004, gerou grande expectativa e os analistas advertem para que as pessoas não olhem para o Sol sem o equipamento adequado, já que pode causar danos na retina e lesões no olho.  

Enterprise é levado para museu em Nova York

Ônibus espacial Enterprise é levado por uma barca para o museu Intrepid, em Nova York. Lá, ele ficará em exposição permanente. O Intrepid é um porta-aviões da Marinha transformado em museu flutuante. (Foto: AP)Nave Enterprise, projeto que serviu de protótipo para a construção dos ônibus espaciais, no fim dos anos 1970 e começo dos anos 1980. é levado por uma barca para o museu Intrepid, em Nova York. Lá, ele ficará em exposição permanente. O Intrepid é um porta-aviões da Marinha transformado em museu flutuante. O programa dos ônibus espaciais foi aposentado em 2011, e todas as naves que sobreviveram vão virar peças de museu