Gênios da Humanidade

Albert Einstein






















Albert Einstein, o mais célebre cientista do século 20, foi o físico que propôs a teoria da relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de física de 1921. Einstein tornou-se famoso mundialmente, um sinônimo de inteligência. Suas descobertas provocaram uma verdadeira revolução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências.
Einstein nasceu na Alemanha em uma família judaica não-observante. Seus pais, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se em 1876 e se estabeleceram na cidade de Ulm. Hermann tornou-se proprietário de um negócio de penas de colchões.
Quando Einstein tinha um ano, a família se mudou para Munique. Com três anos de idade, Einstein apresentava dificuldades de fala. Aos seis, aprendeu a tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida.
Em 1885, Hermann fundou, com o irmão Jacob, uma empresa de material elétrico. Em outubro daquele ano Einstein começou a freqüentar uma escola católica em Munique. Depois entrou no Luitpold Gymnasium, onde permaneceu até os 15 anos.
Com dificuldades nos negócios, em 1894 a família se mudou para a Itália. Einstein permaneceu em Munique a fim de terminar o ano letivo. Em 1895, fez exames de admissão à Eidgenössische Technische Hochschule (ETH), em Zurique. Foi reprovado na parte de humanidades dos exames. Foi então para Aarau, também na Suíça, para terminar a escola secundária.
Em 1896 recebeu o diploma da escola secundária e, aos 17 anos, renunciou à cidadania alemã, ficando sem pátria por alguns anos. A cidadania suíça lhe foi concedida em 1901. Cursou o ensino superior na ETH em Zurique, onde mais tarde foi docente.
A 6 de janeiro de 1903 casou-se com Mileva Maric. Tiveram três filhos: Lieserl, Hans Albert e Eduard. A primeira morreu ainda bebê, o mais velho tornou-se professor de hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em música e literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.
Entre 1909 e 1913 Einstein lecionou em Berna, Zurique e Praga. Voltou à Alemanha em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Aceitou um cargo de pesquisa na Academia Prussiana de Ciências junto com uma cadeira na Universidade de Berlim. Também assumiu a direção do Instituto Wilhelm de Física em Berlim.
Em novembro de 1915, Einstein fez uma série de conferências e apresentou sua teoria da relatividade geral. No ano seguinte o cientista publicou "Fundamento Geral da Teoria da Relatividade".
Em 1919, separou-se da esposa Mileva e se casou com a prima Elsa. Naquele ano tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar.
Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 e foi indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou "Sobre a Teoria da Relatividade Especial e Geral".
Ao longo da vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo o Brasil, em 1925. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Em 1933, Hitler chegou ao poder na Alemanha e o cientista foi aconselhado por amigos a deixar o país, renunciando mais uma vez à cidadania alemã.
A 7 de outubro de 1933, Einstein partiu para os Estados Unidos, onde passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania americana, mantendo também a cidadania suíça.
Em 1941 teve início o Projeto Manhattan, que visava o desenvolvimento da bomba atômica pelos americanos. Einstein não teve participação no projeto. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.
A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais "Por Que a Guerra?" (1933), em colaboração com Sigmund Freud; "O Mundo como Eu o Vejo" (1949); e "Meus Últimos Anos" (1950). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e profunda do universo.
Em 1952, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, convidou Albert Einstein para assumir o cargo de presidente do Estado de Israel. Doente, Einstein recusou. Uma semana antes de sua morte assinou sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.
Contribuindo para a física no século 20 no âmbito das duas teorias que constituíram seus traços mais peculiares - a dos quanta e da relatividade -, Einstein deu à primeira o elemento essencial de sua concepção do fóton, indispensável para que mais tarde se fundissem, na mecânica ondulatória de Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo. E deu à segunda sua significação completa e universal, que se extrapola dos campos da ciência pura e atinge as múltiplas facetas do conhecimento humano. Saliente-se também que algumas das descobertas de Einstein - como a noção de equivalência entre massa e energia e a do continuum quadridimensional, suscitaram interpretações filosóficas de variadas tendências.
Einstein morreu a 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey, aos 76 anos. Seu corpo foi cremado.


Alexander Fleming

Alexander Fleming (1881-1955) foi um médico inglês, que descobriu a penicilina, antibiótico descoberto através da substancia que se movia em torno de um fungo da espécie Penicillium notatum. Identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática, que impede o crescimento de bactérias, presentes em certos tecidos e secreções animais.
Alexandre Fleming (1881-1955) nasceu em Lochfield, no condado escocês de Ayr, no Reino Unido, no dia 6 de agosto de 1881. Formou-se na escola de medicina do Hospital Saint-Mary, em Londres. Logo começou a pesquisar os princípios ativos antibacterianos, que acreditava não serem tóxicos para o tecido humano. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu no corpo médico da Marinha, nas frentes de batalha, e viu muitas mortes por infeção. Terminada a guerra, foi nomeado professor de bacteriologia do Hospital Saint-Mary e mais tarde foi nomeado diretor adjunto.
Em 1921, Fleming identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática, que impede o crescimento de bactérias, presente em certos tecidos e secreções animais, como a lágrima e a saliva humanas, e na albumina do ovo.
Em 1928 era professor do colégio de cirurgiões e estudava o comportamento da bactéria Staphylococcus aureus, quando observou uma substancia que se movia em torno de um fungo da espécie Penicillium notatum, demonstrando grande capacidade de absorção dos estafilococos. Fleming batizou essa substancia com o nome de penicilina e, um ano mais tarde, publicou os resultados do estudo no British Journal of Experimental Pathology. Não pareciam então promissoras as tentativas de aplicar esse material ao tratamento das infecções humanas, devido a sua instabilidade e falta de potência. Anos depois, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford interessou-se pela possibilidade de produzir penicilina estável para fins terapêuticos.
Uma década após a publicação da pesquisa de Fleming, os americanos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey conseguiram isolar a penicilina em estado anidro, ou seja, na ausência de umidade. Em 1941 o novo produto começou a ser comercializado nos Estados Unidos, com excelentes resultados terapêuticos no tratamento de doenças infecciosas. Fleming foi reconhecido universalmente como descobridor da penicilina e eleito membro da Royal Society em 1943. Um ano depois, foi sagrado cavaleiro da coroa britânica.
Em 1945, Sir Alexander Fleming obteve novo reconhecimento por seu trabalho de pesquisa ao receber o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina, junto com os americanos Chain e Florey. O cientista teve oportunidade de acompanhar a repercussão de sua descoberta e a evolução dos antibióticos, medicamentos dos mais utilizados no mundo e responsáveis pela cura de doenças graves, como a tuberculose. Morreu em Londres, em 11 de março de 1955, de um ataque cardíaco.

Alfred Nobel

Alfred Nobel (1833-1896) foi o criador do Premio Nobel. Inventou a dinamite, a balistite e outros detonantes. Era químico e industrial sueco. Usou sua fortuna para ajudar as organizações pacifistas e, antes de morrer, deixou seus bens para uma fundação que premiasse anualmente, cinco personalidades de destaque mundial da física, química, medicina, literatura e em especial a quem contribuísse de maneira notável para a paz entre os homens, receberia o Prêmio Nobel da Paz.
Alfred Nobel (1833-1896) nasceu em Estocolmo, Suécia, em 21 de outubro. Seu pai modesto agricultor, resolveu estudar engenharia militar e já formado foi convidado pelo governo Russo a trabalhar na construção de engenhos militares. Partiram para a Rússia e em pouco tempo já possuíam jazidas petrolíferas em Baku, ao sul da Rússia.
Alfred e os irmãos Robert e Ludwig foram educados por professores particulares. Estudou em São Petersburgo e aos 16 anos já era um químico competente. Falava inglês, francês, alemão, russo, além de sueco. Foi mandado para os Estados Unidos, onde passou um ano trabalhando com Johan Ericsson, um engenheiro sueco. Voltou com capacidade para dirigir a exploração de petróleo, mas sua ambição era fazer experiências com explosivos, que mal se conhecia naquele tempo.
De volta à Suécia Alfred e seu pai montam um laboratório de pesquisas, na cidade de Helenborg, próximo a Estocolmo. Começam as pesquisas com nitroglicerina e em pouco tempo Alfred descobre a forma de fazer detonar essa substância. Uma explosão destruiu todo o laboratório, várias pessoas morreram entre elas, um irmão.
Proibido pelo governo de reconstruir a fábrica e estigmatizado como "cientista louco", Nobel instalou fábricas na Alemanha e Noruega. Os acidentes não cessaram, mas em 1866, Nobel descobre a maneira de minimizar o perigo de manusear a nitroglicerina, ao misturá-la com um material inerte e absorvente, que só explodia com um detonador especial. Nobel batizou o produto de dinamite.
O invento permitiu-lhe multiplicar suas fábricas. Em 1875 era dono de centros produtores de dinamite em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Continuando suas pesquisas inventou a balistite, uma pólvora, que logo foi usada em vários países para fins militares.
Nobel acumulou grande fortuna com suas fábricas. Solitário, sem filhos e abalado com a utilização de seus inventos para fins bélicos, Usou parte de sua fortuna para ajudar as organizações pacifistas. Determinou que após sua morte, uma fundação patrocinasse anualmente, a entrega de cinco prêmios para quem se destacasse em física, química, medicina, literatura e quem contribuísse para a paz mundial.
Alfred Bernhard Nobel morreu em San Remo, Itália, em 10 de dezembro de 1896. A Fundação Nobel foi criada no dia 29 de junho de 1900. Desde 1902 quatro prêmios são entregues pelo Rei da Suécia e o Nobel da Paz é entregue em Oslo, na Noruega.

Aristarco de Samos
ARISTARCO SAMOS
Aristarco (320 a.C – 250 a.C) nasceu em Samos, na Grécia. Talvez por ser um astrônomo, não tenha tido tanto destaque quanto mereceu na história da Matemática até os tempos atuais. Por exemplo, Thomas Heath começou o segundo volume de sua história dos matemáticos gregos com as seguintes palavras:
A História dos matemáticos tem como regra dar pouca atenção à Aristarco de Samos. A razão, sem dúvida, é que ele foi um astrônomo, e portanto pode-se supor que seu trabalho não teria interesse suficiente para a Matemática. Os gregos o conheceram melhor, e o chamavam de “Aristarco, o Matemático”.
Certamente, Aristarco foi tanto um matemático quanto astrônomo, sendo bastante celebrado como o primeiro a propor um universo centrado no Sol. Também é famoso por sua tentaiva pioneira de determinar os tamanhos e as distâncias do Sol e da Lua. Foi aluno de Strato de Lampsacus, que liderava o Liceu Aristotélico. Considerado por muitos o Copérnico da Época Clássica, este astrônomo revolucionou tanto a astronomia que seu nome foi atribuído a uma cratera lunar.
Suas conclusões sobre a organização do Sistema Solar, mesmo que simples, são admiradas até hoje pela coerência que apresentam. Até então, as concepções mais avançadas eram as de Pitágoras e de Heráclides. Eles diziam que as estrelas eram imóveis; que a Terra estaria no centro do universo, mas apresentaria rotação; e que ao menos os planetas de Mercúrio e Vênus girariam em torno do Sol.
Aristarco foi além, afirmando que os movimentos de todos esses corpos poderiam ser mais facilmente descritos caso se admitisse que todos os planetas, incluindo a Terra, giravam em torno do Sol. Esse modelo heliocêntrico do universo foi, no entanto, considerado ousado demais e seu autor chegou a ser acusado de insulto religioso. Mesmo assim, a reação contra ele não chegou a ser tão agressiva quanto a que atemorizaria, quase 2000 anos mais tarde, Copérnico, Kepler e Galileu.
Os escritos de Aristarco sobre esse tema se perderam e só pudemos conhecer suas idéias porque foram mencionadas por Arquimedes. Porém, tivemos acesso a outros trabalhos de sua autoria. Em sua obra sobre os tamanhos e as distâncias do Sol e da Lua, Aristarco procurou determinar a distância Terra-Lua em relação à distância Terra-Sol, considerando o triângulo formado por esses três astros no início do quarto crescente.
Aristarco concluiu que o Sol estaria 20 vezes mais distante da Terra que da Lua. Embora a proporção verdadeira seja cerca de 400 vezes, o procedimento utilizado estava correto. Os instrumentos de medição de ângulos então disponíveis é que não permitiam obter valores mais precisos.
Aristarco também procurou calcular o diâmetro da Lua em relação ao da Terra, baseando-se na sombra projetada pelo nosso planeta durante um eclipse lunar. Concluiu que a Lua tinha um diâmetro três vezes menor que o da Terra (o valor correto é 3,7). Com esse dado, deduziu que o diâmetro solar era 20 vezes maior que o da Lua e cerca de 7 vezes maior que o da Terra.
Aperfeiçoando as medições ao longo dos últimos séculos, sabemos hoje que o diâmetro terrestre não alcança um centésimo do solar. Embora os seus resultados tivessem erros de uma ordem de grandeza, o problema residia mais na falta de precisão dos seus instrumentos do que no seu método de trabalho, que era adequado. Além disso Aristarco também calculou, com mais precisão do que a dos antigos sábios, a duração de um ano solar. As imprecisões de Aristarco assumem pouca importância frente a seu bom senso. Para ele, seria mais natural supor que o astro menor girasse em torno do maior, e não o contrário.
    Carl Sagan Falando sobre Aristarco
  

Antoine Lavoisier

Antoine Lavoisier (1743-1794) foi cientista francês. Autor da frase "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Foi considerado um dos pais da Química moderna. Foi um dos pioneiro na Química, Fisiologia, Economia, Finanças, Agricultura Científica, Administração Pública e Educação.
Antoine Lavoisier (1743-1794) nasceu em Paris, França, no dia 26 de agosto de 1743. Filho de rico negociante e proprietário de terras. Ficou órfão de mãe ainda muito pequeno, foi criado pelo pai e por uma tia solteira. Estudou Direito mas seu interesse era estudar ciências. Assistia aulas de Química do professor, Bourdelian e se empolgava com as experiências. O encontro com o naturalista sueco Lineu, influiu na escolha de sua carreira científica.
Com 22 anos, recebeu a medalha de ouro da Academia de Ciências da França, pelo plano de iluminação das ruas de Paris. Em 1768, torna-se membro da Academia, como reconhecimento pelo estudo geológico da França e pela pesquisa sobre a gipsita e o gesso. Trabalhou como Fermier General, arrecadador-geral dos impostos da monarquia francesa. Já fazia suas pesquisa científicas.
Antoine Lavoisiere conhece Marie Anne, uma jovem que tinha metade de sua idade. Logo estavam casados e Marie torna-se sua secretária e assistente. Traduzia para Lavoisiere, os artigos de Priestley e de Cavendish, entre outros cientistas ingleses da época. Fazia desenhos para os livros do marido.
Lavoisier inventou balanças muito delicadas que lhe permitiam realizar suas experiências. Foi o primeiro a sistematizar a matéria segundo sua propriedade e peso determinado, anunciando assim, as leis de conservação de massa. Dedicou-se ao estudo experimental da combustão e do enferrujamento dos metais. Fazia experimentos agrícolas, demonstrando a importância dos fertilizantes. Os fundamentos da nomenclatura da química estabelecidos por Lavoisier estão na obra "Tratado Elementar de Química",(1789).
Lavoisier interrompeu suas pesquisas para dedicar-se ao serviço público. Entre 1785 e 1787, foi membro da Comissão de Agricultura. Foi Secretário do Tesouro. Elaborou um Sistema Educacional Nacional para a França. Era político, representava o Terceiro Estado (o povo) no Parlamento Provincial de Orléans. Em 1789, foi nomeado presidente do Banco da França.
Em 1793, por haver rejeitado um tratado químico submetido por Marat, à Academia de Ciência, foi denunciado e caiu na ira dos terroristas da Revolução Francesa. Foi preso, acusado de fraude, junto com o sogro e todos os coletores de impostos.
Antoine Lourent Lavoisier foi guilhotinado em Paris, no dia 8 de maio de 1794 e jogado na vala comum. Em 1796, o governo francês providenciou um funeral de honra, em louvor ao grande cientista.

Aristóteles
Nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso é também chamado de o Estagirita). Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2o, pai de Filipe e avô de Alexandre, o Grande.
Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o centro intelectual e artístico da Grécia, e estudou na Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C.
Depois disso, passou algum tempo em Assos, no litoral da Ásia Menor (atual Turquia), onde casou-se com Pítias, a sobrinha do tirano local. Sendo este assassinado, o filósofo fugiu para Mitilene, na ilha de Lesbos. Foi depois convidado para a Corte da Macedônia onde, durante três anos, exerceu o cargo de tutor de Alexandre, mais tarde "o Grande".
Em 335 a.C. voltou a Atenas e fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, de onde recebeu seu nome: Liceu. O caminho coberto ("peripatos") por onde costumava caminhar enquanto ensinava deu à escola um outro nome: Peripatética. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platônica.
Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o imenso império por ele erguido esfacelou-se. Em Atenas eclodiu um movimento que visava a restaurar a independência da cidade-Estado. Malvisto pelos atenienses por sua origem macedônica, foi acusado de "ateísmo" ou "impiedade". Para não ter o mesmo fim de Sócrates, condenado ao suicídio, exilou-se voluntariamente em Cálcida, na ilha da Eubéia, onde morreu um ano depois.
Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Suas investigações filosóficas deram origem a diversas áreas do conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, a zoologia, a física, a história natural, a poética, a psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a metafísica.
Cada uma dessas áreas é discutida minuciosamente pelo filósofo. Suas investigações, muitas vezes de caráter exploratório, não chegavam a conclusões definitivas. De modo geral, Aristóteles fazia uma lista das hipóteses já enunciadas sobre determinado assunto e demonstrava sua inconsistência para, a seguir, buscar respostas que preservassem o melhor das hipóteses analisadas.
As obras de Aristóteles que sobreviveram ao tempo foram obtidas a partir de anotações do próprio autor para suas aulas, de textos didáticos, de anotações dos discípulos, ou ainda de uma mistura de várias fontes. De suas obras destacam-se "Organon", dedicada à lógica formal; "Ética a Nicômaco" (cujo título indica o tema; Nicômaco era também o nome de seu filho); "Poética" e "Política".


Arquimedes

 Filho do astrônomo Fídias e aparentado com o rei Híeron 2º, de Siracusa, Arquimedes, muito jovem ainda, visitou Alexandria, onde conviveu com cientistas da época. Retornando à terra natal, Siracusa, entregou-se inteiramente às pesquisas matemáticas.
 Seus engenhos de guerra, suas máquinas de caráter utilitário e as lendas que circulavam sobre suas invenções originais tornaram-no conhecido em todo o mundo antigo. O nome de Arquimedes ficou intimamente ligado à história das invenções.
A Arquimedes se referiram praticamente todos os grandes historiadores da Antiguidade. E foi, sem dúvida, graças ao entusiasmo com que esses historiadores se referiram às suas invenções, que a fama de Arquimedes alcançou o Renascimento, despertando o interesse dos mais importantes matemáticos e físicos, que leram seus trabalhos e deles se aproveitaram.
Arquimedes, no entanto, não atribuía maior valor aos seus engenhos mecânicos, os quais considerava como fatos episódicos e que, de certo modo, tiravam a dignidade da ciência pura, à qual ele se devotava com extraordinário ardor. Sua mentalidade não era a de um engenheiro, mas, sim, a de um matemático de gênio.
 Dentre os episódios mais famosos de sua vida, o problema da coroa de Híeron reflete bem a personalidade desse matemático genial.

Híeron desejava oferecer aos deuses uma coroa de ouro e, para isso, contratou um ourives, a quem forneceu uma porção de prata e outra de ouro em pó. Quando a coroa foi entregue ao rei, este observou que não havia sido empregado na sua confecção todo o ouro em pó que ele entregara ao ourives. Na impossibilidade de provar o roubo, Híeron consultou Arquimedes.
Sempre preocupado com os problemas que lhe apresentavam, Arquimedes observou um dia, quando tomava banho, que, à medida que seu corpo mergulhava na banheira, a água subia pelos bordos. Imediatamente percebeu o meio que poderia empregar para solucionar o problema. O historiador Vitrúvio diz que, diante da descoberta, Arquimedes teria saído pelas ruas, completamente nu, gritando "Heureca!, heureca!" (Achei!, achei!).
A seguir, Arquimedes preparou dois blocos, um de ouro e outro de prata, ambos com o mesmo peso da coroa. Mergulhou cada um deles, separadamente, em dois recipientes cheios de água, e mediu a quantidade de água que transbordou de cada recipiente.
Assim, por meio desse processo, verificou que os volumes de água deslocados pelos dois blocos eram diferentes, concluindo por estabelecer, com certa precisão, as massas de ouro e de prata empregadas na confecção da coroa de Híeron. Arquimedes determinou, dessa maneira, os pesos específicos do ouro e da prata.
Essa e outras experiências permitiram que o matemático chegasse a uma conclusão igualmente importante - e que passou à história com o nome de "Princípio de Arquimedes": todo corpo mergulhado num fluido recebe um impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido deslocado. Daí resulta que os corpos mais densos do que a água imergem, enquanto os menos densos flutuam.


Iniciador da matemática moderna                                                                                                                                                                

A primeira edição impressa com o texto grego das obras de Arquimedes, acompanhada de comentários do geômetra grego Eutócio, foi publicada em Basiléia, no ano de 1544. Há, contudo, inúmeras referências a manuscritos de seus tratados. Muitos deles foram recopiados através dos séculos; outros talvez tenham desaparecido. Em A quadratura da parábola, por exemplo, Arquimedes demonstra que a área de um segmento de parábola é igual a 4/3 da área do triângulo de mesma base e mesma altura do segmento.       No tratado Sobre as Espirais, Arquimedes caracteriza as propriedades das tangentes e define, pela primeira vez, os conceitos mecânicos de movimento (uniforme retilíneo e circular), além de estabelecer o princípio de geração da espiral.                                                                                                                   A famosa relação entre o comprimento da circunferência e o diâmetro, Arquimedes a demonstra no tratado Medida do Círculo. Calculando os perímetros de dois polígonos de 96 lados, um inscrito e outro circunscrito, o matemático mostrou que o valor dessa relação, representada pelo número (número PI), era: 3 + 1/7 > > 3 + 10/71.                                                                                                                Arquimedes pode ser encarado como um dos maiores físicos-matemáticos da história. Ninguém o excede na utilização da física para fazer avançar a matemática. É um pioneiro da matemática aplicada, sendo o primeiro a valer-se da mecânica para obter resultados matemáticos: seu princípio, citado acima, gerou, por exemplo, a hidrostática.                                                                                                                       Um dos mais engenhosos trabalhos de Arquimedes é o da determinação da área do segmento parabólico. Na resolução desse problema revela-se o gênio, pois Arquimedes traduz o problema, colocando-o em termos de mecânica. Resolve o problema em sua forma equivalente e, em seguida, apresenta a demonstração oficial, rigorosa, puramente geométrica, onde, aliás, aparece, pela primeira vez na história, a somação de uma série


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valendo-se Arquimedes do fato de que 4-n tende a zero quando n cresce.
É oportuno ressaltar, ainda, que Arquimedes é o iniciador da matemática moderna, que permaneceria esquecida até o tempo de Descartes e Newton. Sua cautela é a do estudioso de hoje, que usa axiomas mesmo para as questões aparentemente óbvias.
Arquimedes faleceu em Siracusa, depois que os romanos invadiram a cidade, durante a Segunda Guerra Púnica. Como engenheiro, ele construiu poderosas catapultas para defender a cidade, mas, após lutas cruentas e um cerco que durou anos, Siracusa rendeu-se. Durante o massacre que se seguiu à tomada da cidade, um soldado romano aproximou-se de Arquimedes, que desenhava figuras geométricas na areia, e o matou.


Benjamin Franklin

Benjamin Franklin foi a mais nova de 17 crianças nascidas dos dois casamentos de Josiah Franklin, comerciante de velas de cera. Jornalista e tipógrafo desde os 15 anos, começou no jornal de seu irmão James, "The New England Courant", em Boston.
Em 1729, comprou o "Pennsylvania Gazette". Seu grande sucesso como editor foi o "Almanaque do Pobre Ricardo". Publicado a partir de 1732, o anuário de informações gerais era cheio dos provérbios de Franklin, como: "um tostão poupado é um tostão ganhado". Neste período, além de editor, liderou o grupo que criou a primeira biblioteca pública da Filadélfia. Foi também um dos fundadores da Universidade da Pensilvânia, onde ergueu o primeiro hospital público da colônia que seria os Estados Unidos.
Em 1748, vendeu a editora para se tornar cientista em tempo integral. Suas descobertas sobre a eletricidade lhe trouxeram uma reputação internacional. Além de ser eleito membro da Royal Society, ganhou a medalha Copley em 1753 e seu nome passou a designar uma medida de carga elétrica. Franklin identificou as cargas positivas e negativas e demonstrou que os trovões são um fenômeno de natureza elétrica. Esse conhecimento serviu de base para seu principal invento, o pára-raios. Ele criou também o franklin stove (um aquecedor a lenha muito popular) e as lentes bifocais.
Franklin revolucionou a meteorologia. Com base em conversas com agricultores notou que a mesma tormenta percorria várias regiões. Assim, criou mapas meteorológicos semelhantes aos usados ainda hoje para substituir os gráficos usados até então.
O inventor provou ser ainda um hábil administrador público, porém, usava a influência em favor de familiares. O seu mais notável feito no governo foi a reforma do sistema postal. Foi embaixador das colônias no Reino Unido e, depois da independência americana, representante dos Estados Unidos na França, onde se tornou uma figura popular na sociedade parisiense.
Em 1785, Franklin foi chamado de volta aos Estados Unidos e honrado com um retrato pintado por Joseph Siffred Duplessis para a Galeria do Retrato Nacional, do Instituto Smithsoniano, em Washington, como um dos heróis da independência. Ele participara da redação da "Declaração de Independência" e da Constituição. Engajou-se na campanha abolicionista e continuou com a popularidade em alta. Quando morreu, aos 84 anos, o funeral foi acompanhado por 20 mil pessoas.


Carl Sagan



O astrônomo e biólogo Carl Edward Sagan nasceu na cidade de Nova York, a 9 de novembro de 1934. No ano de 1960, ele se doutorou na Universidade de Chicago, devotando-se logo depois aos estudos e à popularização da Astronomia, bem como à compreensão da exobiologia – pesquisas sobre a existência de vida extraterrestre.
Oito anos depois de seu doutorado, Sagan passou a administrar o Laboratório de Pesquisas Planetárias da Universidade de Cornell, no qual pôde dar vazão à sua paixão pela busca de habitantes de outros planetas. Neste sentido, o cientista elaborou durante anos experiências com aparelhos destinados a captar sinais provindos do Cosmos. Em 1966, Carl Sagan confessou, em artigo publicado na Revista Veja, que antenas radiofônicas instaladas na Universidade da Califórnia, em Berkeley, receberam durante vários anos pelo menos 30 milhões de sinais curiosos, dos quais restaram 164 fenômenos sem nenhuma explicação, pela impossibilidade de repetição destes eventos, o que é imprescindível para uma comprovação científica.
Sagan sempre evitou os caminhos místicos, trilhando constantemente as veredas da razão. Muito próximo das pesquisas espaciais, ele liderou as viagens das sondas norte-americanas Mariner e Viking, as primeiras a empreender uma investigação de todo o sistema solar. Estimulou sem cessar a procura de vestígios da existência de vida em outros mundos no Universo, mantendo a crença de que, com a tecnologia cada vez mais desenvolvida e acessível, o Homem estaria mais próximo de realizar esta grande descoberta.
Carl Sagan era considerado um intelectual genial, pois parecia dominar todas as áreas do conhecimento, sendo detentor de uma vocação ímpar para a escrita, sem falar na sua facilidade para traduzir na linguagem popular os temas mais complexos. Isto lhe possibilitou deixar ao mundo um patrimônio científico de imenso valor, ao consolidar suas experiências e seu saber em uma obra que inclui clássicos como Cosmos, adaptado para a TV na forma de uma série premiada, sucesso de público, Os Dragões do Éden – Prêmio Pulitzer de Literatura -, O Romance da Ciência, Pálido Ponto Azul e O Mundo Assombrado Pelos Demônios – A ciência como uma vela no escuro. Seja nos livros publicados ou nas conferências realizadas, ele influenciou positivamente a geração mais nova de astrônomos.
Este cientista brilhante aventurou-se também no campo da ficção científica, escrevendo Contato, transcrito para o cinema depois de sua morte, atingindo grande parte do público aficionado pelo assunto. Seu último livro, Bilhões e Bilhões, foi lançado postumamente por sua esposa e assessora Ann Druyan. Há pouco tempo foi editado em nosso país uma coletânea de suas conferências sobre teologia natural – Variedades da Experiência Científica – uma visão pessoal da busca por Deus.
Sua participação no projeto espacial dos EUA foi expressiva. Ele atuou como consultor e conselheiro da NASA a partir dos anos 50; colaborou com os astronautas do Projeto Apollo anteriormente à viagem destes à Lua; participou também do programa Voyager e das tarefas que couberam à sonda Galileo. Sagan ocupou vários cargos de destaque nos órgãos encarregados das pesquisas sobre o Cosmos.
Carl Sagan morreu de pneumonia no dia 20 de dezembro de 1996, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, na cidade de Seattle, nos EUA, após uma árdua luta, durante dois anos, contra um câncer raro na medula óssea. Apesar de ter recebido um transplante de medula um ano antes, ele não resistiu e partiu. A Ciência perdeu um de seus maiores estudiosos, patronos, disseminadores e incentivadores, mas o Universo finalmente acolheu em seus braços o Homem que mais o compreendeu e que atingiu, com seus estudos, a sua própria essência.
Assista a série Cosmos, de Carl Sagan

Cosmos - As margens do oceano cósmico
Cosmos - Uma voz na sinfonia cósmica
Cosmos - A harmonia dos mundos
Cosmos - Céu e inferno
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Cosmos - O limiar da eternidade
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23 comentários:

  1. Muita informação e um visual lindo,parabéns!!!

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  2. Por que os gênios da humanidade são todos homens? Por que não existe nenhuma fórmula de matemática criada por uma mulher? Por que hoje, ainda são os homens que criam coisas que revolucionam a ciência, como é o caso do carro que dirige sozinho?

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    1. Existe sim, mas os homens são os mais prestigiados! Em breve o Atualidade Ciência postará as revolucionárias cientistas mulheres...

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    2. Não existe porque mulheres como você, que reclamam e reclamam, mas não fazem nada para estar nestas listas de gênios, existem. Simples assim!

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    3. Existe sim, como Marie Curie, porém como antigamente o machismo prevalecia elas não eram 'importantes'. Esse post são com alguns cientistas que o autor do Blog nomeou 'como os melhores' porém isso não significa nada, até porque o melhor foi e sempre será Isaac Newton, junto com Charles Darwin, só não precisa morrer porque não tem uma mulher. Se fosse com os melhores, Carl Sagan não estava nesta lista.

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  3. Brenda.
    Psr minha mãe e engenheira Química daqui a pouco ela pode ser reconhecida pelo seu talento

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  4. Onde está o leonardo da Vinci?

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  5. Leonardo da vinci devia estar ai

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  6. esqueceram de colocar o santos dumont inventor do avião.

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    1. Não mesmo, isso não significa ser um gênio, ele só foi um inventor meu Deus, povo sem informação

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  7. Faltou colocar o Tesla estima_se que seu QI poderia chegar a 310 e sem sua brilhante inteligência e suas patentes seria como se estivéssemos ainda no começo do século XIX.

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  8. agora já sei o que vou escrever na redação do meu colégio

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  9. esqueceram o príncipes dos matemático Gauss

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  10. O site esta muito bom mas faltam muitas das mentes que revolucionaram o mundo por exemplo Leonardo Da Vinci, Aristóteles, Pasteur,Galileu Galilei, Isaac Newton, Turing, Stephen Hawking

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  11. falta mesmo a única e mais importante: JESUS CRISTO, pois tudo foi criado por Deus e revelado através de seu filho, o resto é pó, a sabedoria do homem é loucura para Deus, o mais sábio do ser humano é como um leigo para Deus e ponto final...leiam o livro de melquisedeque sobre a criação do universo e fiquem de boca aberta, aí verão que uns tem que suar anos estudando para descobrir o que Deus já deixou escritos para os humildes de coração que aceitam as sua palavras...abraço a todos e busquem a Deus enquanto se pode encontrá-lo!!!

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    1. Jesus Cristo se é que existiu não foi nenhum gênio , apenas um homem espiritual .

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    2. Jesus Cristo se é que existiu não foi nenhum gênio , apenas um homem espiritual .

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  12. Falta Mendeleiev o criador da Tabela Periódica se não fosse por ele grande parte dos cientistas não seriam o que sã hoje

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  13. Falta Mendeleiev o criador da Tabela Periódica se não fosse por ele grande parte dos cientistas não seriam o que sã hoje

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  14. Faltou Platão, Darwin, Bohr e muitos outros.

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  15. Carl Sagan não é gênio, apenas um homem talentoso

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