sexta-feira, 4 de maio de 2012

NASA consegue a melhor foto já registrada da Nebulosa do Ovo


  O telescópio espacial Hubble capturou a fotografia mais detalhada de uma "estrela cadente".
A Egg Nebula (nebulosa do Ovo), é como os astrônomos chamam o objeto que eles descobriram há 37 anos, é um casulo de gás e poeira iluminada como uma lanterna por uma estrela envelhecida central.
  Ligeiramente maior e mais quente que o Sol, a estrela há muito tempo ficou sem o combustível hidrogênio e foi levada a mudar para elementos mais pesados. A mudança inchou-a tornando-a uma estrela gigante vermelha que finalmente lança a maioria de seus gases externos, que agora estão sendo levados pelo vento solar a partir do núcleo da estrela, uma pequena remanescente.
 
O sudário de espessura de gás e poeira da Egg Nebula é fraco e extraordinariamente difícil de ser observado pelos astrônomos, mesmo estando relativamente próxima a Terra, cerca de 3.000 anos-luz de distância. Assim a NASA e a Agência Espacial Europeia destinaram seu telescópio espacial Hubble para observar o objeto.
A nova imagem é um extremo ‘close-up’ em comparação as outras fotos da Egg Nebula que o Hubble tirou em 2003. Isso foi seis anos antes dos astronautas terem trabalho no espaço para instalarem o Hubble Wide Field Camera 3, considerado por muitos como o instrumento mais tecnologicamente avançado do telescópio.
Na imagem mais recente, foi capturado um par de vigas com explosão em cada extremidade empoeirada em torno da estrela central. Os astrônomos não estão certos porque os feixes tomam esta forma peculiar, mas pode ser porque a estrela seja na verdade um sistema duplo de estrelas, de acordo com um comunicado de imprensa da NASA.
Seja qual for o caso, as nuvens espessas vão durar apenas mais 1.000 anos. Em cerca de 10.000 anos, os gases da nebulosa planetária irão dispersa. Depois disso, o núcleo estelar será uma anã branca que poderá arder por trilhões de anos.

Matemática maia pode se tornar Patrimônio Cultural Intangível


A matemática da civilização maia, uma das mais avançadas de seu tempo na astronomia e no uso dos números, poderá ser reconhecida como Patrimônio Cultural Intangível da humanidade pela Organização das Nações Unidas para da Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As informações são da agência Ansa.
A proposta será levada ao órgão por um grupo de matemáticos, historiadores e educadores italianos e espanhóis. O anúncio da iniciativa ocorreu durante o lançamento do livro "Sayab, para aprender matemática: matemáticas maias" e foi feito pelo autor da obra, Fernando Magaña. Segundo o escritor, o objetivo é promover também o uso das matemáticas maias como uma ferramenta para a solução do ensinamento dessa ciência.
"Os maias chegaram ao conceito zero e conquistaram grandes descobertas astronômicas antes do que qualquer outra cultura e, hoje em dia, as matemáticas maias se apresentam como uma sensível ferramenta para a aprendizagem das novas gerações por seu sistema de avançada e sensível metodologia", explicou o especialista.
Magaña, pesquisador da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), disse ainda que, na Europa, há pesquisas sobre o assunto com as quais ficou entusiasmado.

Estudo: aquecimento torna águas da Antártida menos densas


As águas mais densas da Antártida tiveram seu volume reduzido drasticamente nas últimas décadas, em parte devido aos impactos das atividades humanas sobre o clima, afirmaram cientistas australianos nesta sexta-feira.
A pesquisa sugere que até 60% da "água antártica de fundo", água densa que se forma nas bordas da Antártida, que penetra nas profundezas e se espalha pelos oceanos do mundo, desapareceu desde 1970. "É uma resposta às mudanças que acontecem no clima das regiões polares, devido tanto a causas naturais quanto humanas", afirmou à AFP o chefe das pesquisas, Steve Rintoul, da Entidade de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica, entidade de ciências do governo australiano.
O fenômeno "não está provocando mudanças no clima, está respondendo a mudanças no clima. Portanto, é um sinal de que as coisas estão mudando na Antártida", acrescentou. Os cientistas não têm certeza sobre o que está provocando o fenômeno, mas Rintoul disse que a hipótese principal é que quanto mais gelo derrete nas bordas do continente antártico, mais água doce chega ao oceano.
Ele disse que isto pode estar provocando o "afundamento" da água densa em latitudes elevadas, um processo que tem sido vinculado a grandes mudanças climáticas no passado. "Nós estivemos rastreando essas massas d'água para ver se mudanças similares ocorridas em condições meteorológicas no passado podem ocorrer novamente no futuro", afirmou.
"Nós não vemos isto ainda, mas isto, a contração da água densa em torno da Antártida, pode ser o primeiro indício de que estamos nesta direção", acrescentou. O estudo foi feito por cientistas australianos e americanos a bordo do navio Autora Australis, que partiu para a Commonwealth Bay, a oeste da costa Antártida, e retornou para Fremantle, na Austrália.
Eles mediram a temperatura e coletaram amostras de salinidade em etapas da viagem rumo ao extremo sul da Terra, revelando também a água densa em torno da Antártida ficou menos salgada desde 1970. Rintoul disse que a mudança estava "provavelmente refletindo tanto o impacto humano no planeta, quanto ciclos naturais".
"E o impacto humano inclui tanto o aumento de gases de efeito estufa, mas também o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida", disse, acrescentando que este buraco fez os ventos do Oceano Austral se intensificarem. Rintoul disse que é importante entender por que as mudanças ocorrem para se ter uma idea do quão rápido os níveis dos mares vão subir no futuro.

Agência espacial planeja divulgar vantagens de investir na ISS


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) está planejando realizar uma campanha para tornar as pessoas mais conscientes dos benefícios de gastar o dinheiro público na Estação Espacial Internacional (ISS).
A lista de produtos e tecnologias com origens na pesquisa especial é longa, indo de colchões a termômetros de orelha. Em um mundo com dificuldades para pagar a conta da crise financeira, no entanto, os bilhões de dólares gastos na exploração do espaço estão cada vez mais difíceis de serem justificados.
O plano de marketing é uma indicação de que os cientistas espaciais estão preocupados com possíveis cortes no orçamento das agências espaciais, e preocupados com que a contribuição delas ao crescimento econômico não seja reconhecida por completo.
"Isso frustra as pessoas porque sabemos que temos um ativo de valor", disse à Reuters o diretor da Estação Espacial Internacional, na Nasa, Mark Uhran, em uma conferência em Berlim reunindo cientistas dos 14 países que financiam o projeto.
A Agência Espacial Europeia estima que a conta da estação espacial atinja cerca de 100 bilhões de euros (R$ 250 bilhões), incluindo os custos de manutenção para os próximos 10 anos. A parcela europeia de 8 bilhões de euros (R$ 20 bilhões), segundo a agência, equivale a 1 euro por dia de cada europeu - menos do que o preço de uma xícara de café.

"Assassinato estelar" causado por buraco negro é visto pela Nasa; veja vídeo


Astrônomos da Nasa captaram evidências de um buraco negro destruindo uma estrela que se aproximou demais do local. É a primeira vez que os especialistas conseguem identificar a "vítima" do campo gravitacional do buraco negro.
Foi um telescópio no topo do monte Haleakala, no Havaí, que detectou o fenômeno. Os cientistas observaram que parte dos restos da estrela haviam sido expelidos do buraco negro.
A estrela estava localizada a 2,7 bilhões de anos-luz. Os resultados foram publicados na versão online da revista "Nature".
Assista ao vídeo divulgado pela agência espacial americana.

Matemático assume presidência de agência espacial brasileira


A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (03) a nomeação do físico maranhense José Raimundo Coelho para a presidência da AEB (Agência Espacial Brasileira). A informação deve ser publicada entre hoje e segunda-feira no "Diário Oficial da União".
Coelho era o nome mais cotado para assumir a pasta deixada em janeiro pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
Ele é um dos principais nomes de confiança do ministro e foi indicado por ele ao cargo.
Em março do ano passado, Coelho já havia substituído Raupp na direção do Parque Tecnológico de São José dos Campos, interior de São Paulo. Antes, os dois trabalharam juntos no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Matemático, Coelho foi professor da Universidade de Brasília, da PUC-Rio e da Universidade de Nova York.
Desde janeiro, a AEB estava sob o comando interino do pesquisador e diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da agência, Thyrso Villela Neto.

Agência europeia planeja divulgação de benefícios da estação espacial


A Estação Espacial Interncional (ISS) em foto de maio de 2011 (Foto: Nasa)
A Estação Espacial Interncional (ISS) em foto de
maio de 2011 
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) está planejando realizar uma campanha para tornar as pessoas mais conscientes dos benefícios de gastar o dinheiro público na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A lista de produtos e tecnologias com origens na pesquisa especial é longa, indo de colchões a termômetros de orelha. Em um mundo com dificuldades para pagar a conta da crise financeira, no entanto, os bilhões de dólares gastos na exploração do espaço estão cada vez mais difíceis de serem justificados.
O plano de marketing é uma indicação de que os cientistas espaciais estão preocupados com possíveis cortes no orçamento das agências espaciais, e preocupados com que a contribuição delas ao crescimento econômico não seja reconhecida por completo.

"Isso frustra as pessoas porque sabemos que temos um ativo de valor", disse à Reuters o diretor da ISS, na Nasa, Mark Uhran, em uma conferência em Berlim reunindo cientistas dos 14 países que financiam o projeto.
A ESA estima que a conta da estação espacial atinja cerca de 100 bilhões de euros (131,53 bilhões de dólares), incluindo os custos de manutenção para os próximos 10 anos. A parcela europeia de 8 bilhões de euros, segundo a agência, equivale a 1 euro por dia de cada europeu - menos do que o preço de uma xícara de café.

Barco ecológico completa 1ª volta ao mundo feita com energia solar

O Turanor Planetsolar chegou a Mônaco nesta sexta-feira (4) e se tornou o primeiro barco movido a energia solar a completar uma volta ao mundo. A viagem durou cerca de um ano e meio, já que a embarcação partiu de Mônaco em setembro de 2010.

O catamarã de 31 metros de comprimento e 15 metros de largura viajou em direção ao oeste. Passou pelo Oceano Atlântico, pelo Canal do Panamá, cruzou o Pacífico e fez paradas estratégicas na Ásia até retornar ao Mediterrâneo, onde entrou pelo Canal de Suez, no Egito.
Projetado por um neozelandês e construído na Alemanha, o Turanor Planetsolar tem bandeira suíça, de onde também vem o capitão Raphael Domjan, chefe da tripulação de apenas seis pessoas.
O projeto custou US$ 26 milhões e conta com 500 metros quadrados de painéis fotovoltaicos. Não só é a maior embarcação movida a energia solar no mundo, como tem também a maior bateria carregável, que é segredo industrial.
Mesmo sem a luz solar, consegue navegar por três dias. A velocidade máxima é de 15 km/h, mas a velocidade média é aproximadamente a metade disso. Assim, foram necessários 26 dias para cruzar o Oceano Atlântico.
Navio Turanor Planetsolar, movido a energia solar, chega a Monaco e completa a volta ao mundo (Foto: Reuters/Eric Gaillard)Turanor Planetsolar chegou a Mônaco nesta sexta 

Nasa cria mapa que mostra locais do planeta com o solo mais quente


Onde é o lugar com o solo mais quente da Terra? Para a agência espacial americana (Nasa), que mediu a temperatura do interior da superfície terrestre em diferentes partes do planeta entre 2003 e 2009, é o Deserto de Lut, no Irã, com 70,7ºC, registro de 2005.
Utilizando o satélite Modis, os cientistas elaboraram um mapa do mundo que mostra a variação do calor que vem do solo. As medidas foram colhidas em locais protegidos do reflexo direto do sol, a poucos centímetros da superfície (média de 0,4 m de profundidade).
Mapa elaborado pela Nasa mostra variação da temperatura da superfície do solo no planeta. (Foto: Nasa)
Mapa elaborado pela Nasa mostra variação da temperatura da superfície do solo no planeta. 
Segundo a Nasa, em cinco dos sete anos analisados, a temperatura mais alta da superfície foi no Deserto de Lut. O calor neste local foi 12ºC maior que a temperatura do ar mais alta já registrada registrada na história (58ºC, na Líbia, em 1922).
Mas nem em todos os anos o deserto iraniano foi o local mais quente. Em 2003, os satélites registraram 69,3ºC nas terras áridas de Queensland, na Austrália (o segundo maior registro da série). Já em 2008, a maior temperatura foi de 66.8ºC, na depressão de Turfan, no oeste da China.
A conclusão dos cientistas é que as temperaturas recordes do solo ocorrem principalmente nos desertos rochosos, quando o céu está claro, o solo seco, os ventos são leves e a terra absorve a luz solar (sem a refletir muito).

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fóssil de marsupial com 15 mi de anos é encontrado na Austrália


O esqueleto de um Nimbadon, animal que viveu há 15 milhões de anos na Austrália. Foto: AFPO esqueleto de um Nimbadon, animal que viveu há 15 milhões de anos na Austrália
Pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, descobriram o maior marsupial escalador de árvores do mundo em meio a fósseis encontrados no Estado de Queensland. O animal, do tamanho de uma ovelha e com cerca de 70 kg, seria relativo aos Wombats, mamífero marsupial endêmico da Austrália que está em perigo de extinção, e teria vivido em território australiano há 15 milhões de anos.
Karen Black, a autora da pesquisa, focou os estudos em uma caverna de 15 milhões de anos que contém esqueletos e ossadas do diprotodonte Nimbadon em seu interior. "Os fósseis do Nimbadon são um raro e significante recurso, não apenas por estarem excepcionalmente bem preservados, mas também por representarem indivíduos de uma era". "Este material nos permitiu fazer um estudo detalhado do desenvolvimento do esqueleto, do cérebro, e também o comportamento destes animais", comenta Black. A pesquisadora afirma que este seria o maior animal escalando árvores naquela época, na Austrália.
Karen Black foi reconhecida pelo estudo, ganhando o prêmio Dorothy Hill 2012 por pesquisas em ciências da Terra, concedido pela Academia de Ciência da Austrália

Austrália tinha marsupiais do tamanho de ovelhas


Parentes do tamanho de ovelhas dos atuais fascólomos viveram no topo das árvores australianas 15 milhões de anos atrás, informou uma paleontóloga nesta quinta-feira, ao ser premiada por sua descoberta. Karen Black, da Universidade de Nova Gales do Sul, afirmou que sua equipe descobriu o maior marsupial escalador de árvores do mundo em meio a fósseis encontrados no sítio Riversleigh World Heritage, no Estado de Queensland.
Os diprotodontes, pesando 70 km, eram similares aos atuais fascólomos, animais de pelo que vivem debaixo da terra e só são encontrados na Austrália, explicou Black, que se especializa na diversidade e na evolução dos marsupiais do país. Sua pesquisa se concentrou em uma caverna de 15 milhões de anos, repleta de fósseis e ossos e que contém crânios e esqueletos bem preservados do marsupial dipotodonte denominado Nimbadon.
"O material fóssil do Nimbadon é um recurso incrivelmente raro e significativo, não só porque está excepcionalmente bem preservado, mas porque representa indivíduos de uma faixa etária que varia de minúsculos filhotes ainda em amamentação a adultos mais velhos", disse Black. "O material do Nimbadon permitiu fazer o primeiro estudo detalhado do desenvolvimento do crânio de um fóssil de marsupial, asssim como do desenvolvimento cerebral e de comportamento", acrescentou.
A criatura teria sido o maior animal escalador de árvores da época, afirmou. "Provavelmente se assemelhava um pouco a um fascólomo de patas longas", acrescentou a cientista. A existência da caverna veio à luz em 2010. Segundo Black, aparentemente os animais mergulharam para a morte ao cair em uma entrada vertical, que estaria escondida pela vegetação.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Estrelas em hipervelocidade são ejetadas da galáxia

Estrelas em hipervelocidade são expulsas da galáxia por buraco negro

Foram identificadas nada menos do que 675 estrelas ejetadas, flutuando no espaço entre a Via Láctea e a vizinha galáxia de Andrômeda.
Estrelas sem galáxias
Há cerca de um ano, causou estranheza a descoberta de planetas sem estrelas, corpos celestes escuros, flutuando sozinhos no espaço, fora da órbita de qualquer estrela.
E, da mesma forma que planetas gostam de estrelas, estrelas gostam de andar em bandos, no meio de galáxias.
Mas agora uma equipe de astrônomos acaba de descobrir estrelas órfãs, sem galáxias, flutuando livremente no espaço intergaláctico.
Os astrônomos já conheciam 16 estrelas naquilo que eles chamam de "hipervelocidade", uma velocidade suficiente para que elas escapem da atração gravitacional da galáxia - contudo, mesmo assim tão velozes, elas foram descobertas ainda no interior da galáxia.
Agora foram identificadas nada menos do que 675 estrelas já ejetadas, "perdidas", flutuando no espaço entre a Via Láctea e a vizinha galáxia de Andrômeda.
Estrelas metálicas
As estrelas sem galáxias são estrelas muito vermelhas, o que significa que elas têm uma alta "metalicidade".
Em astronomia, metais são quaisquer elementos além do hidrogênio e do hélio na composição de uma estrela.
Uma alta metalicidade indica que a estrela se formou no centro da galáxia. Estrelas mais velhas e estrelas que nascem na borda das galáxias tendem a ter menor metalicidade.
Expulsas pelo buraco negro
Mas a pergunta que fica literalmente no espaço intergaláctico é: o que deu a essas estrelas uma velocidade de escape da galáxia?
Como elas vêm do centro da galáxia, o que é deduzido da sua alta metalicidade, os astrônomos suspeitam de uma inusitada interação com o campo gravitacional do buraco negro super maciço que se acredita existir no centro das galáxias.
O primeiro cenário envolve um par de estrelas binárias pegas pela atração gravitacional do buraco negro. Quando uma delas começa a espiralar em direção ao buraco negro, sua companheira é arremessada para fora com uma velocidade tremenda.
Uma segunda possibilidade é o buraco negro galáctico engolir um outro buraco negro menor.
Qualquer estrela que se aventure muito perto desse "binário negro" ficará sem saber para que lado cair e, passando em uma posição precisa, será arremessada pela gigantesca gravidade, em um processo similar ao impulso gravitacional usado pelas sondas espaciais.

Sonda espacial revela segredos do maior vulcão do Sistema Solar

Sonda espacial revela segredos do maior vulcão do Sistema Solar













O maior vulcão do Sistema Solar, o Monte Olimpo marciano, com sua altitude codificada em cores, do branco (mais alto) até o azul (mais baixo).

Vulcões de Marte
A análise de dados da sonda Mars Express, da ESA, adquiridos ao longo de cinco anos, resultou na revelação de alguns mistérios escondidos por baixo dos maiores vulcões de Marte e dessa parte da galáxia.
O estudo inclui o Monte Olimpo, o vulcão mais alto do Sistema Solar, com 21 quilômetros de altitude.
O vulcão mais alto da Terra é o Ojos del Salado, entre o Chile e a Argentina, com 6,8 km. O Monte Everest, que não é um vulcão, mas é a montanha mais alta da Terra, mede 8,8 km.
Ao lado do Monte Olimpio segue-se uma fila com os três vulcões menores da região conhecida como Tharsis, a mesma onde os cientistas acreditam que crateras possam abrigar vida microbiana.
As últimas atividades vulcânicas da região devem ter ocorrido entre 100 e 250 milhões de anos atrás, o que é bastante recente numa escala de tempo geológico.
Vulcão influencia órbita da sonda espacial
A grande massa dos vulcões marcianos causou pequenas oscilações na trajetória da Mars Express quando esta sobrevoou a região, a cerca de 300 km de altitude.
Estas oscilações foram medidas através de radiolocalização e traduzidas em medidas de variação da densidade abaixo da superfície de Marte.
Geralmente, a alta densidade dos vulcões corresponde a uma composição basáltica que está de acordo com os muitos meteoritos "marcianos" que caíram na Terra.
Os dados mostram que a lava se adensou ao longo do tempo, e que a espessura das camadas rígidas exteriores do planeta varia ao longo da região.
Sonda espacial revela segredos do maior vulcão do Sistema Solar
A grande massa dos vulcões de Marte afetaram a órbita da sonda Mars Express em uma magnitude que pôde ser monitorada pelo seu altímetro. 
Ela começou como uma lava andesítica leve, que pode formar-se na presença de água, e foi mais tarde revestida com lava basáltica, mais pesada, a que se vê hoje na superfície de Marte.
"Combinando estes dados com a variação de alturas dos vulcões, podemos dizer que o Monte Arsia é o mais antigo, seguido do Monte Pavonis e por fim o Monte Ascraeus," disse Mikael Beuthe, do Observatório Real da Bélgica e o primeiro autor do estudo.
Contrário da Terra
A variação da composição da lava pode ser resultado de alterações no aquecimento subterrâneo, sob a forma de uma única pluma mantélica - uma ascensão de rocha anormalmente quente das profundezas do manto viscoso.
Essa ocorrência pode ter se deslocado lateralmente ao longo de milhões de anos, formando cada um dos três montes de Tharsis.
Este processo é exatamente oposto ao da Terra, onde as placas da crosta se movem em cima de uma pluma estacionária para formar cadeias de vulcões.
Os dados também descrevem a espessura da litosfera - a camada mais externa do planeta, incluindo a região superior do manto - e permitiram encontrar variações surpreendentes entre o Monte Olimpo e os montes de Tharsis, com os três vulcões menores revelando "raízes" com densidades muito mais elevadas do que o Monte Olimpo.
Estas raízes podem ser bolsas de lava densa solidificada ou uma antiga rede de câmaras magmáticas subterrâneas.
"Estes resultados mostram que os dados sobre o interior de Marte são a chave para compreender a evolução do planeta vermelho", diz Olivier Witasse, cientista do projeto Mars Express. "Uma opção para futuras missões a Marte seria criar uma rede de pequenas sondas que medissem simultaneamente a atividade sísmica de forma a explorar o interior do planeta."

Recordes Espaciais: Conheça qual é o planeta mais quente, mais frio, mais velho, mais jovem, mais rápido...


Nos último 50 anos, como nossos telescópios têm se tornado maior e melhor, nós começamos a aprender um pouco mais sobre nossos vizinhos cósmicos.
E os astrônomos descobriram uma enorme variedade de planetas lá fora, com algumas características surpreendentes, certamente dignos de menção em uma versão intergaláctica do Guinness Book of Records.
Por exemplo, há o planeta mais rápido – SWEEPS-10 - que gira em torno de seu sol a uma distância de apenas 740 mil milhas – aproximadamente três vezes a distância da Lua da Terra, ou seja, um dia dura apenas 10 horas.
Mais Rápido: O planeta SWEEPS-10 gira em torno de seu sol, ou seja, completa uma órbita – ou um “dia” – em apenas 10 horas.
Existe outro que é o maior planeta conhecido por nós – TrES-4 – 1,7 vezes o tamanho do “Golias” do nosso sistema solar: Júpiter. Este planeta também poderia concorrer à vaga de planeta ‘estranho’, visto que é tão leve – com a densidade de uma cortiça – que provavelmente se arrasta em torno de uma cauda de cometa, como composto de uma atmosfera própria.
Georgi Mandushev, do Observatório Lowell, no Arizona, disse: “A densidade média é de cerca de apenas 0,2 gramas por centímetro cúbico.E por causa da tração relativamente fraca do planeta em sua atmosfera superior, parte da atmosfera provavelmente escapa, deixando um rabo como de um cometa.”
Maior: TrES-4, 14,00 anos-luz de distância, é um planeta ‘inchado’, com uma densidade extremamente baixa, como uma cortiça da rolha de vinho.
O catálogo de planetas estranhos foi criado pelo portal Space e nos mostra algumas das características surpreendentes deste universo, que continuam a mudar a nossa percepção da física.
Por exemplo, encontrar o planeta Methusela (ou, se preferir o nome real, PSRB1620-26 b). É o planeta mais antigo já descoberto, um dos avôs do universo, tendo se formado a cerca de 12.7 bilhões de anos – tornando-se, 8 bilhões de anos mais velho que a Terra.
Methusela foi formado apenas dois bilhões de anos após o Big Bang. A descoberta, em 1993, mudou a nossa percepção da formação do planeta, o que implica dizer que existem muitos planetas mais velhos lá fora esperando para serem descobertos.
Implicações indicam que há uma maior probabilidade de vida no universo – como a vida poderia ter evoluído mais cedo do que se pensava – e o planeta pode ter passado por evoluções em sua vida, o que nos levaria a um estudo fascinante como o fato do crescimento de nossas habilidades de observação.
Mais Velho: O mundo antigo de Methusela (nomeado após o homem mais velho segundo a Bíblia) é de cerca de 12,7 bilhões de anos de idade – a mais antiga descoberta.
Os cientistas da NASA também acreditam que o planeta pode ter evoluído em torno de uma estrela diferente, que se autodestruiu, antes de ser capturada por outra estrela passando.
No outro extremo da escala, a menos de um milhão de anos, há um planeta ainda sem nome, que orbita a estrela Coku Tau, em uns 420 anos-luz.
O Mais Jovem: O mais novo planeta de todos. Este orbita a estrela Coku Tau – e tem provavelmente menos de um milhão de anos.

O planeta mais quente já descoberto é o WASP-12b. É um planeta gasoso com uma temperatura por volta dos 2.200 graus Celsius. É também um candidato para um dos maiores, quase o dobro do tamanho de Júpiter.
O Mais Quente: A superfície esta fervendo em WASP-12b. O planeta gasoso atinge até 2.200º C.
Em contra partida temos o planeta mais frio – OGLE-BLG-390L. Menos cinco vezes a massa da Terra; é um planeta rochoso e um dos mais distantes conhecidos pelo homem, 28.000 anos-luz.
O Mais Frio: No outro extremo da escala, o mundo gelado do OGLE-2005-BLG-390L (b) é um muito frio e rochoso.
Epsilon Eridani (b) não pode ter tantas propriedades únicas para isolá-lo – mas não ganha o prêmio especial por ser apenas 10,5 anos-luz distante de nós, o que significa que poderá, em breve, ser possível visualizá-lo através de telescópios, tal como nós podemos ver a nossa própria vizinhança solar hoje.
No entanto, enquanto não é provável encontrar vida – a distância de seu sol, congela qualquer oceano - não se espera que encontrem outros planetas do mesmo sistema solar que valha a pena explorar.
Mais Próximo: Epsilon Eridani (b) está a 10,5 anos-luz distante de nós – tão perto que poderá em breve ser possível observá-lo através de telescópios.
Mais uma excentricidade. Certamente é o menor planeta na lista. Kepler-10b é apenas 1,4 vezes maior que a Terra, cerca de 560 anos-luz de distância, e só foi anunciado ao mundo em janeiro de 2011.
Embora esteja fora da zona do chamado “Goldilocks” – perto da superfície de seu próprio sol onde a água não congele, o planeta está longe o suficiente para a água não evaporar, sua descoberta foi anunciada como um marco importante pela NASA, como foi o primeiro ‘planeta rochoso, sem dúvida, orbitando uma estrela fora do nosso sistema solar’.
O Menor: Kepler-10b é o menor planeta conhecido, e só foi descoberto em janeiro de 2011. 
Com telescópios mais avançados chegaremos a extensões cada vez maiores do espaço podendo captura imagens e informações sobre novos planetas a cada mês.
A pergunta é: Que descobertas fantásticas os próximos 50 anos irão nos trazer?

Organismo estranho unicelular encontrado pode ser o “parente” mais distante do ser humano


Um organismo unicelular encontrado na Noruega tem sido chamado de “parente mais distante da humanidade”.
Análises genéticas de um microrganismo que vive no lodo de um lago em Ås, 30 km ao sul de Oslo, Noruega, está oferecendo aos pesquisadores uma amostra sobre o que a primeira vida na Terra parecia.
É tão longe dos organismos que nós conhecemos que os pesquisadores afirmam que pertence a um grupo novo de base, chamado reino, sobre a árvore da vida.
Nós encontramos um ramo desconhecido da árvore da vida que vive no lago. Ele é único! Até agora não sabemos de nenhum outro grupo de organismos que cheguem mais perto das raízes da árvore da vida que esta espécie”, disse em um comunicado, o pesquisador Kamran Shalchian-Tabrizi, da Universidade de Oslo, na Noruega.
Professor Klaveness Dag passou os últimos 40 anos estudando os microrganismos de reprodução. Grandes quantidades são necessárias para analisar os genes. 

O organismo, um tipo de protozoário, foi encontrado por pesquisadores em um lago próximo a Olso. Protozoários foram conhecidos pela ciência em 1865, mas como são de difícil cultura em laboratórios, os pesquisadores não foram capazes de obter maiores informações sobre sua formação genética. Eles foram colocados no reino protista baseados principalmente em observações de seu tamanho e forma.
Neste estudo, publicado na revista Molecular Biology Evolution, os pesquisadores conseguiram observar o crescimento suficiente dos protozoários, chamados Collodictyon, no laboratório para analisar seu genoma. Eles descobriram que geneticamente não cabem em qualquer dos reinos de vida anteriormente descobertos. É um organismo com estruturas ligadas à membrana interna, chamado eucariota, mas geneticamente não é um animal, planta, fungo, alga ou protista.
O microrganismo está entre o mais antigo organismo eucarionte vivente que conhecemos atualmente. Ele evoluiu cerca de um bilhão de anos atrás. Isso nos dá uma melhor compreensão do que o início da vida na Terra parecia”, disse Shalchin-Tabrizi.
Mix de recursos
Parecia que era pequeno. Os investigadores descobriram que o organismo é cerca de 30 a 50 micrometros de cumprimento (aproximadamente a largura de um cabelo humano). Eles comem algas e não gostam de viver em grupos. Também é único porque em vez de um ou dois flagelos (caudas celulares que ajudam na locomoção dos organismos) têm quatro.
O animal primordial do lago Ås, a 30 km ao sul de Oslo, não se encaixa em qualquer um dos principais ramos da árvore da vida. Kamran Shalchian-Tabrizi teve que criar um novo ramo principal, chamado Collodictyon. 

O organismo ainda tem algumas características únicas, geralmente associadas aos protistas, especialmente as amebas. Estes pesquisadores se perguntam onde o microrganismo se encaixa na árvore da vida. Analisaram seu código genético para tentar classifica-lo em alguma categoria já existente.
Estamos surpresos”, disse o pesquisador Dag Klaveness, também da Universidade de Oslo, porque a espécie é única. Eles compararam o seu genoma com os de centenas de bases de dados em todo mundo, o que não deu muita sorte. De tudo que olharam apenas encontraram uma correspondência parcial com uma sequência de genes no Tibete.
Nova Vida
Os pesquisadores acreditam que este organismo pertença a um novo grupo na árvore da vida. Os pesquisadores não podem dizer com certeza se outros organismos anteriormente classificados como protozoários estão neste ramo sem a informação genética. Aparentemente, o parente mais próximo conhecido é a Diphylleia protista, embora outros organismos que não foram analisados geneticamente possam possuir essa proximidade.
É concebível que apenas algumas outras espécies existam neste ramo familiar da árvore da vida, que tenham sobrevivido a essas centenas de milhões de anos, desde as espécies eucarióticas aparecidas na Terra pela primeira vez”, disse Klaveness.
Por terem características de dois reinos separados da vida, os pesquisadores acreditam que os ancestrais desse grupo podem ser os organismos que deram origem a outros reinos, como os protistas, reino na qual está incluída a ameba. Se isso for verdade, eles seriam alguns dos mais antigos eucariontes, dando origem a todos os outros, incluindo os humanos.

Nova proposta ousada quer fazer um barco flutuar em uma lua de Saturno


É talvez, a missão naval mais ousada já realizada pela humanidade - navegação nos mares de metano gelado da lua de Saturno, Titã.
Uma nova missão da Nasa, com cientistas britânicos no comando, tem como objetivo explorar estes oceanos – usando uma espécie de paraquedas de um navio nos mares de Titã, pouco menos de um bilhão de quilômetros da Terra. “É um barco, essencialmente”, diz o professor John Zarnecki da Universidade Aberta (Open University).
A proposta deve ser discutida em uma conferência sobre o espaço em Londres esta semana. Anteriormente, os cientistas propuseram uma espécie de planador para explorar a lua gelada – ou outros veículos que possam penetrar as nuvens espessas do planeta.
Cassini foi a sonda da NASA que descobriu os lagos de metano no planeta em 2008. Os ‘lagos’ de Titã contém mais hidrocarbonetos que os suprimentos encontrados em toda Terra.
A lua é densamente coberta de nuvens, e os cientistas estão intrigados sobre o que se encontra abaixo delas. Titã é maior que nossa Lua e até mesmo maior que o planeta Mercúrio. A temperatura na superfície de Titã é de cerca de -178º celsius.
O planeta também tem dunas de areis, assim como o nosso. Cassini da NASA foi a sonda que descobriu que as dunas na superfície da lua de Saturno, Titã, variam na forma como dunas na Terra – e têm até mesmo um aspecto semelhante aos desertos do nosso planeta.
 
As semelhanças param por aí, é claro – elas são feitas de hidrocarbonetos congelados em sua grande parte – produtos químicos encontrados no óleo bruto – ao invés de puramente areia.
Existem 4 milhões de km² de dunas em Titã, uma área maior que muitos países aqui na Terra. Suas formações poderiam ser a chave para a compreensão dos padrões misteriosos da lua nublada. O resultado dará novas pistas sobre a história climática e geológica da lua.
Campos de dunas são o segundo relevo mais dominante em Titã, após as planícies aparentemente uniformes que oferecem uma visão peculiar do ambiente da lua.
Fazendo essa hipótese, chegamos a conclusão que os lagos de Titã e os mares não são distribuídos simetricamente pela latitude. Essas reservas de etano e metano líquidos são encontradas predominantemente no hemisfério norte, sugerindo mais uma vez que o solo é úmido ao norte e, assim, novamente, os grãos de areia são menos fáceis de serem transportados pelo vento.
Entender como as dunas se formam, bem como explicar sua forma, tamanho e distribuição na superfície de Titã, é de grande importância para a compreensão do clima e geologia de Titã”, diz Nicolas Altobellis, cientista da ESA projeto Cassini-Huygens.

Empresa volta a adiar lançamento de 1ª nave privada à ISS


A empresa americana SpaceX voltou a adiar, nesta quarta-feira, para uma data não determinada, o primeiro voo privado à Estação Espacial Internacional (ISS) de sua cápsula Dragon, previsto para 7 de maio, anunciou o porta-voz da companhia.
"Neste momento, o lançamento em 7 de maio parece pouco provável", destacou em um comunicado a porta-voz da SpaceX, Kirstin Brost Grantham. "A SpaceX continua trabalhando com a Nasa na verificação do software" da Dragon para assegurar a compatibilidade com o sistema informático da ISS, acrescentou.
"Emitiremos um comunicado quando a nova data de lançamento for agendada", destacou a funcionária. Consultada pela AFP, Brost Grantham disse que o lançamento poderia ocorrer em 10 de maio. Se não for possível, se esperará uma semana mais, explicou. Inicialmente, o lançamento da cápsula Dragon rumo à ISS estava previsto para 30 de abril, mas o mesmo foi adiado por razões técnicas.

Astrônomos flagram buraco negro devorando estrela


Astrônomos americanos observaram em "tempo real" o momento em que um buraco negro supermassivo engolia uma estrela do qual se aproximou demais, um fenômeno excepcional que só ocorre uma vez a cada 10 mil anos, em média, em uma galáxia.
"Os buracos negros são um pouco como os tubarões. Consideramos, sem razão, que são máquinas perpétuas de matar. Na verdade, são tranquilos na maior parte da vida. Mas ocasionalmente, uma estrela se aventura perto demais e o frenesi carnívoro se desencadeia", explicou Ryan Chornock, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, co-autor do estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.
Acredita-se que a maioria das galáxias do universo abrigue um destes buracos negros supermaciços, com massa entre 1 milhão e 1 bilhão de vezes superior à do nosso sol. Alguns são detectados graças à intensa radição que emitem quando aspiram gás.
Mas se o entorno dos buracos for pobre em gás, as fagulhas ficam fracas e por isso fica difícil estudá-los, ao menos surpreendê-los em pleno almoço, como fizeram Chornock e Suvi Gezari, da universidade americana Johns Hopkins.
Em 31 de maio de 2010, por meio do telescópio Pan-STARRS 1, no Havaí, foi descoberta uma luz inesperada procedente de uma galáxia situada a 2,7 bilhões de anos-luz. A luz foi se intensificando até alcançar seu ponto culminante em 12 de julho, antes de desaparecer gradativamente.
"Observamos a morte de uma estrela e sua digestão por parte do buraco negro em tempo real", explicou Edo Berger, que participou do estudo. A luz emanada de um buraco negro supermassivo que estava até agora adormecido, com massa equivalente a 3 milhões de massas solares, equivale à do buraco negro situado no centro da nossa galáxia.
A estrela estava tão próxima que as "forças de maré" geradas pelo campo de gravidade do buraco negro a desmembraram. Os gases que a formavam foram aspirados pelo ogro cósmico, fazendo aumentar tanto a temperatura que produziram a luz detectada pelos astrônomos.
O "Sgr A*" (Sagittarius A estrela), buraco negro supermassivo da nossa galáxia, está prestes a engolir uma grande nuvem de gás, que se aproxima dele. No verão de 2013, a nuvem se aproximará a 40 bilhões de km do "horizonte de eventos" do buraco negro, limite a partir do qual o que acontece é impossível de ser detectado.

Dinossauros já estavam em declínio antes da extinção, diz estudo


Estudo realizado pelo Museu Americano de História Natural, dos Estados Unidos, sugere que a população de algumas espécies de dinossauros estava em decadência devido a problemas ecológicos antes da extinção em massa – que causou a morte desses animais.
Segundo a pesquisa, publicada nesta terça-feira (1°) na revista “Nature Communications”, exemplares que não voavam, de grande porte e que se alimentavam de plantas estavam em declínio nos últimos 12 milhões de anos do período denominado Cretáceo.
De acordo com os cientistas, a localização geográfica pode ter influenciado no “sucesso” biológico dos animais. Para o estudo, foram analisadas diferenças na evolução dos dinossauros de sete grupos de espécies “grandes”, a partir de esqueletos de 150 espécies diferentes.
Com isso, verificou-se que os grupos de hadrossauros e do ceratopsídeos – dinossauros de grande porte e alimentação herbívora --, podem ter experimentado um declínio na população 12 milhões de anos antes da extinção.
Diferenças por região 
Porém, existem desigualdades nesta queda de espécimes quando elas são comparadas em diferentes regiões do mundo. Segundo o estudo, embora ocorra redução na biodiversidade na América do Norte, houve registros de aumento na Ásia durante o último período do Cretáceo.
Segundo Steve Brusatte, da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, isto mostra que o “mundo dos dinossauros” não foi totalmente perdido de uma maneira violenta. Ele sugere que mudanças dramáticas ocorreram com esses animais a longo prazo, pelo menos na América do Norte.

Telescópio mostra poeira cósmica lançada na formação de estrelas


O Observatório Europeu do Sul (ESO), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quarta-feira (2) imagem que mostra a região que rodeia a nebulosa de reflexão Messier 78, localizada a norte do Cinturão de Órion.
Nuvens de poeira cósmica (em laranja) são observadas e mostram aos astrônomos onde novas estrelas estão se formando. A imagem feita pelo telescópio Apex (Atacama Pathfinder Experiment) utiliza o brilho do calor dos grãos de poeira interestelar para mostrar onde ocorre a formação de novas estrelas.
Segundo o ESO, a poeira é importante já que são nas nuvens densas de gás e poeira que ocorre o nascimento de novas estrelas. No centro da imagem está a nebulosa Messier 78, também conhecida como NGC 2068.
Esta imagem da região que rodeia a nebulosa de reflexão Messier 78, situada a norte do Cinturão de Órion, mostra nuvens de poeira cósmica entrelaçadas na nebulosa tal qual um colar de pérolas. (Foto: ESO/APEX (MPIfR/ESO/OSO)/T. Stanke et al./Igor Chekalin/Digitized Sky Survey 2)
Imagem da região que rodeia a nebulosa de reflexão Messier 78, situada a norte do Cinturão de Órion, mostra nuvens de poeira cósmica.

Cientistas encontram vestígios de sangue em múmia de 5 mil anos


Ötzi, uma múmia encontrada em 1991 em uma geleira entre a Áustria e a Itália, nos Alpes, conseguiu preservar por 5 mil anos células vermelhas do sangue, de acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (1º) pela publicação científica “Royal Society Journal”.
O corpo mumificado de um homem de Similaun ficou bem preservado pela geleira, o que preservou tecidos e elementos do sistema nervoso. Mas os primeiros estudos científicos não haviam conseguido detectar qualquer vestígio de sangue. Uma das hipóteses classificadas pelos cientistas, inclusive, foi a de que o sangue tinha se auto-destruído ao longo do tempo.
Porém, estudos recentes revelaram resíduos em algumas feridas. Com um microscópio de força atômica, que tem precisão nanométrica, amostras da mão direita de Ötzi foram analisadas, além de uma ferida na omoplata, causada por uma flecha.
Os pesquisadores encontraram três “corpúsculos” em forma de “disco côncavo”, formato típico das células vermelhas do sangue. Segundo o estudo, a morfologia da amostra não mostrou sinal de dano, degradação ou perturbação, indicando que as células vermelhas do sangue se preservaram por mais de 5 mil anos nos tecidos lesionados da múmia.
A descoberta comprova também que a múmia sofreu uma morte violenta, após ataques múltiplos, o que exclui a hipótese de morte súbita.
Otzi, apelido dado ao corpo com mais de 5 mil anos de idade encontrado em uma geleira na Europa. Pesquisadores encontraram células de sangue em ferimentos. (Foto: Andrea Solero/AFP)
Otzi, apelido dado ao corpo com mais de 5 mil anos de idade encontrado em uma geleira na Europa. Pesquisadores encontraram células de sangue em ferimentos. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Observatório da Nasa registra explosão causada por buraco negro

A mancha rosa no centro da imagem é a explosão registrada pelo Chandra. Foto: Nasa/CXC/Curtin University/STScI/Middlebury College/Divulgação
A mancha rosa no centro da imagem é a explosão registrada pelo Chandra
À esquerda, a galáxia M83; à direita, em close, a explosão de um buraco negro na galáxia (Foto: ESO/VLT/Nasa/CXC/Curtin University/R.Soria et al./STScI/Middlebury College/F.Winkler et al.)
A imagem à direita mostra em detalhes, combinando imagens ópticas com as obtidas pelo Observatório Chandra de Raios X, a explosão produzida por um buraco negro. Esse buraco negro fica na galáxia M83, a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra, retratada à esquerda. A Nasa descobriu há pouco uma série de buracos negros muito antigos na região. As novas observações dos astrônomos podem explicar a existência de buracos negros que produzem uma quantidade de energia milhões de vezes superior à do Sol.



O telescópio Chandra, da Nasa, registrou uma explosão de raios-X equivalente a milhões de vezes a radiação do Sol em todos os comprimentos de onda de radiação eletromagnética. Segundo a agência espacial, o registro, divulgado nesta quarta-feira, veio de uma galáxia vizinha à Via Láctea e é uma evidência direta de que existe uma população de velhos e voláteis buracos negros ants desconhecidos.
Os pesquisadores usaram o telescópio para descobrir uma fonte ultraluminosa de raios-X (ULX, como chamam os pesquisadores na sigla em inglês). Esses objetos emitem muito mais esse tipo de radiação que os outros sistemas binários - quando uma estrela orbita os restos de uma estrela que entrou em colapso. O astro colapsado pode se tornar uma densa estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Acredita-se que os buracos negros dessas fontes ultraluminosas seriam jovens, já que suas companheiras são. Contudo, a descoberta feita com o Chandra indica que alguns seriam bem mais velhos e massivos do que se pensava.
A ULX foi descoberta na galáxia M83, uma espiral a 15 milhões de anos-luz da Terra. Cientistas compararam dados de 2000 e 2001 e descobriram que a emissão de raios-X aumentou pelo menos 3 mil vezes com a explosão, uma das maiores mudanças já vistas nesse tipo de objeto.
"A queima que a ULX teve nos pegou de surpresa e é um claro sinal de que descobrimos algo sobre como os buracos negros crescem", diz Roberto Soria, da Universidade de Curtin (Austrália), que liderou a pesquisa. Essa explosão certamente ocorreu devido à "queda" de matéria no buraco negro.
Outra ULX contendo um velho e volátil buraco negro foi descoberta recentemente em Andrômeda. "Com esses dois objetos, está ficando claro que existem duas classes de ULX, uma com jovens buracos negros que crescem constantemente e outra com velhos que crescem erraticamente", diz Kip Kuntz, coautor da pesquisa, da Universidade Johns Hopkins (EUA). As descobertas serão detalhadas na edição de 10 de maio da publicação especializada The Astrophysical Journal.

Foguete comercial passa em testes e deve ser lançado em 7 de maio

A empresa americana SpaceX realizou com sucesso nesta segunda-feira (30) o teste do foguete Falcon 9, que lançará a nave Dragon em missão de carga à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), no próximo dia 7 de maio.

O teste foi um acionamento estático dos nove motores principais do foguete, que durou apenas dois segundos, mas permitiu aos engenheiros "realizar todos os processos de contagem regressiva, como se fosse o dia do lançamento", destaca a SpaceX em seu site.
O foguete foi testado no Cabo Canaveral, no estado norte-americano Flórida, e "agora os engenheiros continuarão revisando tudo para os preparativos da próxima missão".
Visão por dentro da Dragon, da SpaceX (Foto: SpaceX/Nasa)
Visão por dentro da Dragon, da SpaceX 
SpaceX tem o objetivo de ser a primeira empresa privada a enviar sua propria nave espacial à ISS, algo que atualmente é feito apenas pelos governos de Rússia, Japão e Europa, já que os Estados Unidos encerraram seu programa de ônibus espaciais.
A nave Dragon também é capaz de levar humanos ao espaço e a SpaceX espera que a missão de carga abra caminho para um voo tripulado.
No dia 7 de maio, a cápsula levará 521 quilos de carga ao laboratório espacial e regressará com 660 quilos de carga à Terra, segundo a Nasa.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cientistas criam arte com microscópios, e faturam com isso


As imagens de nanoarte são desenvolvidades por cientistas em laboratórios. Foto: Daniela Caceta /DivulgaçãoAs imagens de nanoarte são desenvolvidades por cientistas em laboratórios
Desenvolvida por profissionais de áreas como física, química, engenharia, medicina e biologia, a nanotecnologia lida com partículas invisíveis mesmo para um microscópio comum - trata-se de medidas em nanômetro, unidade 1 milhão de vezes menor que 1 mm. Com o aumento significativo das pesquisas envolvendo a nanotecnologia, surgem aparelhos de medicina, computação e até mesmo materiais que impedem o acúmulo de gorduras no fogão. E também nasce um novo tipo de expressão artística: a nanoarte.
A sobreposição de partículas de materiais como óxido de prata, óxido de ferro, polímeros, entre outros, formam imagens únicas, que lembram componentes da natureza como flores e rios. Suas formas são captadas em preto e branco por microscópios de altíssima resolução que realizam fotografias. Depois de captada, um editor de imagens dá o seu toque artístico complementando com cores a partir de um programa de computador.
No Brasil, essa atividade começou a ser praticada em 2009 por um grupo de estudiosos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "Achávamos que estávamos criando algo inovador no mundo, mas depois descobrimos que obras semelhantes eram feitas anteriormente pelos Estados Unidos", conta o coordenador do projeto e professor do Instituto de Química da Unesp Elson Longo. Ele se refere ao cientista que iniciou a nova modalidade de arte no mundo, o americano Cris Orfescu.
Segundo o professor, o projeto Nanoarte teve início com a ideia de difundir a ciência para um público maior de uma forma diferente. "Queríamos mostrar para as pessoas a estrutura de um material em nanoescala. Para isso, colorimos as imagens e a transformamos em um quadro de pintura", explica. Longo afirma então que a ideia é fazer com que a população se interesse pela atividade dos cientistas e compreenda que os materiais possuem diferentes formas e propriedades.
As obras podem expostas em formato de fotografias ou vídeos. O grupo de pesquisadores está apresentando seus exemplares principalmente na região de São Paulo, mas elas também já circularam pela Europa e pelos Estados Unidos. Foi em Nova York que o Brasil obteve destaque, recebendo prêmios na Mostra Internacional de Nanoarte, ocorrida em 2010. A imagem Net-like, do pesquisador Ricardo Tranquilin, ficou em segundo lugar, e Bees at home, da técnica Daniela Caceta, obteve a quarta posição.
Os exemplares de nanoarte são vendidos a preços que vão de US$ 3 mil até US$ 14 mil. Para o professor da Unesp, o alto valor é justificável. "Quem pode ter um aparelho de mais de 1 milhão de euros para produzir uma obra como essa?", indaga, referindo-se ao custo do microscópio de alta resolução que possibilita a captação da figura. Além disso, Longo ressalta que pelo seu difícil e oneroso modo de produção as imagens obtidas acabam sendo únicas, diferente de obras tradicionais, que podem ter semelhanças entre si.
Os curiosos ou admiradores da nanoarte não precisam, porém, desembolsar tamanha quantia para apreciar as obras. Basta acessar o YouTube e pesquisar o assunto. É possível ainda encomendar um DVD com vídeos e fotos do projeto pelos e-mails de Elson Longo (elson@iq.unesp.br) ou dos autores das imagens Rorivaldo Camargo (rorivaldo@liec.ufscar.br) e Ricardo Tranquilim (ricas@liec.ufscar.br). 

Veja mais obras:

Biólogos descobrem 24 espécies de lagarto, e todas estão ameaçadas


Tipo de lagarto nativo da Jamaica (Foto: Joseph Burgess, Penn State University)
Tipo de lagarto nativo da Jamaica 
Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) descreve 24 espécies ainda desconhecidas de lagarto que vivem na região do Caribe. Ao mesmo tempo em que entram nas páginas da “Zootaxa”, revista científica que traz a novidade, as espécies já vão para a lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Os lagartos recém-descobertos são todos da família Scincidae. Embora sejam semelhantes aos lagartos comuns, eles possuem características próprias. Alguns destes lagartos, em vez de pôr ovos, geram os filhotes dentro do ventre.
Blair Hegdes, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e autor do estudo, acredita que esta peculiaridade esteja entre os fatores que colocaram em risco a existência destes animais. As fêmeas grávidas são mais lentas e vulneráveis aos predadores.
O principal predador dos lagartos é o mangusto, um mamífero carnívoro de pequeno porte. Os colonizadores levaram este animal da Índia para a região no século 19 para controlar o aumento da população de ratos, que tinham se tornado uma praga para as plantações de cana.

Além de atacar os ratos, os mangustos rapidamente incluíram os lagartos na dieta. A população dos répteis é muito pequena desde o início do século passado, por isso levou tanto tempo até que cientistas os descobrissem.
Os lagartos têm pequenas diferenças entre si que justificam a separação em tantas espécies. Desde o século 19, não havia na ciência a descrição de mais de 20 espécies de répteis de uma só vez.
Tipo de lagarto nativo de Antigua (Foto: Karl Questel, Penn State University)
Tipo de lagarto nativo de Antigua

domingo, 29 de abril de 2012

Austríacos testam traje espacial para futura missão tripulada em Marte

O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte testou neste sábado (28) um traje espacial que está sendo desenvolvido pelo Fórum Espacial da Áustria para futuras visitas ao chamado "Planeta Vermelho".

A roupa, batizada de Aouda.X, foi mostrada para a imprensa em uma caverna de gelo no monte Dachstein, perto da vila de Obertraun. Ela permite simular uma possível missão tripulada a Marte.
O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte é uma iniciativa internacional que envolve estudos em diferentes países, desenvolvendo tecnologia para uma futura viagem espacial ao planeta.
O físico Daniel Schildhammer exibe o traje espacial para jornalistas na caverna austríaca (Foto: Lisi Niesner/Reuters)
O físico Daniel Schildhammer exibe o traje espacial para jornalistas na caverna austríaca 
A roupa está sendo desenvolvida para uma futura missão tripulada no 'Planeta Vermelho' (Foto: Lisi Niesner/Reuters)
A roupa está sendo desenvolvida para uma futura missão tripulada no 'Planeta Vermelho'