sexta-feira, 16 de março de 2012

Instituto aponta erro em estudo que achou partícula mais rápida que luz

Os neutrinos medidos pelo experimento Ópera, que sacudiu o mundo científico em setembro de 2011, não são mais rápidos que a luz, segundo os cálculos realizados por uma equipe independente.O anúncio foi feito nesta sexta (16) pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), instituto onde são feitos os experimentos dessa área. "Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", afirma o comunicado.
No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o Cern, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.
Segundo a teoria de Einstein, na qual os cientistas hoje se baseiam, nada que tenha massa pode ser mais veloz que a luz. Se estivesse correta, portanto, a pesquisa mudaria os parâmetros da física. Até por isso, os resultados foram recebidos com ceticismo na comunidade científica.
A pesquisa publicada nesta sexta não é a primeira a questionar os resultados obtidos em setembro. Em 22 de fevereiro, o site da revista "Science" já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão.
"Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".
Segundo a "Science", os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.
Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a revista.

Nasa mostra 4,5 bi de anos de história da Lua em três minutos

Vídeo disponibilizado pela Nasa mostra como o astro se tornou o satélite que conhecemos hoje. Neste material é possível ver que cada marca na superfície da Lua foi esculpida por impactos de asteroides e outras forças destrutivas. Vídeo com áudio original.


Hubble faz imagem de estrelas mais antigas da galáxia

Imagem do telescópio espacial Hubble mostra o aglomerado estelar Messier 9, que fica perto do centro da nossa galáxia. Os cientistas acreditam que as estrelas ali estão entre as mais antigas da Via Láctea, cerca de duas vezes mais velhas que nosso Sol. (Foto: NASA/ESA)Imagem do telescópio espacial Hubble mostra o aglomerado estelar Messier 9, que fica perto do centro da nossa galáxia. Os cientistas acreditam que as estrelas ali estão entre as mais antigas da Via Láctea, cerca de duas vezes mais velhas que nosso Sol.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Supercomputador da USP faz 20 trilhões de cálculos por segundo


A USP (Universidade de São Paulo) adquiriu e começa a colocar em funcionamento neste mês um supercomputador considerado um dos cinco mais rápidos do país.
O equipamento foi comprado com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e tem 2.304 processadores.
A máquina, cerca de cem vezes mais rápida que o computador mais potente da universidade, consegue fazer 20 trilhões de cálculos por segundo e será usada pelos pesquisadores do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP e do Núcleo de Astrofísica Teórica da Universidade Cruzeiro do Sul, entidade parceira do projeto.
"Esse computador nos coloca entre os institutos líderes do mundo para fazer computação de alta performance", destaca a professora de Astronomia da USP Elisabete dal Pino.
O primeiro teste de cálculo feito com o equipamento já demonstrou o potencial da nova máquina.
Com o computador antigo, o procedimento levava uma hora e meia. Usando apenas metade da capacidade do novo superprocessador, o teste levou um minuto e 57 segundos.
"[Com o computador] Você pode modelar [criar virtualmente um modelo baseado em teoria] uma galáxia, colisões entre galáxias, colisões entre estrelas. Pode modelar a morte ou nascimento de uma estrela. E pode comparar esses modelos com o que você consegue obter a partir de observações a partir de telescópios", ressalta Elisabete.
O supercomputador, que custou mais de R$ 1 milhão, terá 10% do tempo de seu funcionamento destinado à comunidade astrofísica do país.

Telescópio da Nasa mostra expansão de nuvem de poeira estelar

Nuvem de poeira estelar vista pelo telescópio espacial Wise, da Nasa (Foto: Reuters/Nasa/JPL-Caltech/UCLA/Handout)
A imagem feita pelo telescópio espacial Wise, da Nasa, em infravermelho, mostra uma nuvem de poeira estelar em expansão após a explosão de uma supernova. A nuvem viaja a uma velocidade de 18 mil quilômetros por segundo. Quando a imagem foi registrada, a nuvem já estava a 21 anos-luz do ponto onde ela se originou, e a luz da explosão já tinha percorrido mais de 300 anos-luz. O laranja representa poeira que foi aquecida pela luz, longe da nuvem principal, em verde. Os pontos em azul são estrelas.

Cientistas desenham objeto minúsculo capaz de desviar a luz

Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (14) pela revista científica “Nature” apresenta um objeto minúsculo capaz de modificar a luz que incide sobre ele. Desenhado em três dimensões, o objeto tem menos de um milionésimo de metro, tanto na largura quanto no diâmetro.A tecnologia pode ser usada no desenvolvimento de lentes especiais, as chamadas “superlentes”. Outra aplicação potencial são sensores óticos menores, que podem ser aproveitados na medicina e em ambientes.
Tão importante quanto a potencial aplicação desse objeto é a forma como ele foi produzido. Os pesquisadores utilizaram uma técnica recém-descoberta chamada de “origami de DNA”, que usa moléculas artificiais baseadas no material que contém nossos genes.
Programados usando a sequência da estrutura básica do DNA, esses elementos adquirem a forma desejada pelos cientistas. O objeto descrito na pesquisa é uma espiral com 57 nanômetros (bilionésimos de metro) de comprimento e 34 de diâmetro, e partículas de ouro de 10 nanômetros cada, colocadas em alguns intervalos.
Fluido com as moléculas obtidas pelo 'origami de DNA' (Foto: Kuzyk, Schreiber, Hohmann)Fluido com as moléculas obtidas pelo 'origami de DNA' 

Roedores mamíferos podem ter convivido com dinossauros


Multituberculado teria vivido durante período Mesozoico e convivido com dinossauros. (Foto: Divulgação / Jude Swales)
Multituberculado teria vivido convivido com
dinossauros

Os cientistas acreditavam que, durante a era Mesozoica, os mamíferos eram criaturas pequenas que viviam à sombra de outras. No entanto, agora, eles dizem que pelo menos um grupo de mamíferos conseguiu prosperar.
Criaturas semelhantes a roedores, chamados multituberculados, apareceram nos últimos 20 milhões de anos de reinado dos dinossauros e sobreviveram após a extinção destes, há 66 milhões de anos.
O novo estudo de um paleontólogo da Universidade de Washington indica que os chamados multituberculados conseguiram sobreviver tão bem porque desenvolveram diversos tubérculos (protuberâncias ou cúspides) nos dentes posteriores, o que permitiu que se alimentassem de angiospermas, plantas com flores que estavam se tornando um elemento comum na paisagem.
"Esses mamíferos eram capazes de proliferar em termos de número de espécies, tamanho do corpo e formato de seus dentes, características que influenciaram o que comiam", disse Gregory P. Wilson, professor assistente de biologia da Universidade de Washington.
Ele é o principal autor da pesquisa, publicada nesta quarta-feira (14), em uma edição on-line da revista científica "Nature".


Características
Cerca de 170 milhões de anos atrás, os multituberculados tinham o tamanho aproximado de um rato. As angiospermas começaram a aparecer há aproximadamente 140 milhões e, depois disso, o tamanho dos pequenos mamíferos aumentou, chegando ao de um castor.
Após a extinção dos dinossauros, os multituberculados continuaram a se destacar até que os outros mamíferos - em grande parte primatas, ungulados e roedores - ganharam uma vantagem competitiva. Isso acabou levando, enfim, ao desaparecimento dos multitubeculados, cerca de 34 milhões de anos atrás.
Os cientistas examinaram os dentes de 41 espécies de multituberculados preservados em fósseis coletados ao redor do mundo a fim de determinar para que direção as manchas presentes nas superfícies dentárias apontavam.
Carnívoros têm dentes relativamente simples, com talvez 110 manchas por arcada, pois seu alimento se despedaça facilmente, explicou Wilson. Mas animais que dependem mais de vegetais para a sobrevivência têm uma dentição um pouco mais afetada porque sua comida é dilacerada com os dentes.
Em alguns multituberculados, dentes em formato de lâmina situados na parte da frente da boca se tornaram menos proeminentes com o tempo e os dentes de trás se tornaram mais complexos, com 348 manchas por arcada, um indício de mastigação de alimento vegetal.

Dias após ser descoberto, cometa deve colidir com Sol


Menos de duas semanas depois de ser descoberto, o cometa Swan deve chegar ao seu fim, em uma grande explosão após colidir com nosso Sol, informa o site especializado “Space.com”. O astro foi descoberto na última quinta-feira (8) e não deve sobreviver além da próxima quarta (21).
A rota do Swan é parecida com a do Lovejoy, que passou pela Terra em 21 de dezembro. Mas quando o Lovejoy passou perto do Sol, em 16 de dezembro, ele não colidiu – como os astrônomos esperavam. O Swan pode ter a mesma sorte, mas os cientistas acreditam que é improvável.
Imagem do cometa Swan feita pela Nasa e divulgada pelo Space.com (Foto: Reprodução)Imagem do cometa Swan feita pela Nasa e divulgada pelo Space.com 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Rússia propõe ampliar estadia na ISS de 6 para 9 meses


A Roscomos (agência espacial russa) propôs nesta terça-feira que a estadia dos astronautas na ISS (Estação Espacial Internacional ) seja ampliada de seis para nove meses com o objetivo de aumentar sua contribuição ao desenvolvimento da ciência.
"Devemos garantir que na ISS seja praticada não só a ciência básica, mas também a aplicada. Para que em 2020 possamos dizer: sim, podemos voar mais e mais longe", afirmou o chefe do programa de voos tripulados da Roscosmos, Alexei Krasnov, citado pelas agências russas.
Krasnov está discutindo a ampliação das missões, mas a longo prazo quer sugerir um período ainda maior de um ano.
O chefe russo reconheceu, entretanto, que as missões ampliadas não ocorreriam antes de 2014 e 2015. Ele afirmou que a proposta já foi feita à Nasa (agência espacial americana) em uma recente reunião realizada no Canadá.


VIDA ÚTIL
A Rússia é a favor do prorrogação da vida útil da ISS até 2028. Uma conferência com chefes das agências espaciais em 2010 estabeleceram a data em 2020.
A previsão anterior era de que a ISS encerraria suas atividades em 2015, mas a Rússia e outros 15 países insistiram para que ela continuasse a operar.
Os primeiros astronautas chegaram à plataforma orbital em 2 de novembro de 2000. E, com isso, superou o recorde estabelecido pela russa MIR, com nove anos e 257 dias com presença humana.

Problemas oculares em astronautas podem prejudicar viagens a Marte


Os vôos de longa duração, como os planejados até Marte, estão ainda só no papel. Mas as conclusões de uma recente pesquisa bancada pela Nasa (agência espacial americana) indicam que os empecilhos para se chegar até o planeta vermelho podem ir além das dificuldades impostas pela tecnologia ou pelo tempo de viagem.
O estudo detectou que missões espaciais com no mínimo seis meses de duração provocam problemas oculares em astronautas. Alguns deles, como visão embaçada, parecem persistir mesmo depois do retorno da tripulação à Terra.
Essas mudanças provavelmente ocorrem como uma adaptação do organismo ao ambiente de microgravidade. A esperança dos cientista é poder detectar quais são as características que fazem um astronauta menos suscetível a esse feito colateral das missões espaciais.
Segundo os oftalmologistas Thomas Mader e Andrew Lee, que analisaram os casos, as mudanças não teriam relação com o lançamento e a reentrada no espaço, mas sim com a ação da microgravidade sobre o corpo enquanto estavam na ISS (Estação Espacial Internacional).
A dupla examinou sete astronautas, todos eles com idade em torno dos 50 anos que ficaram pelo menos seis meses contínuos no espaço, e avaliou relatórios de viagem de mais 300.
Do grupo menor, todos tiveram uma alteração no tecido, fluido, nervo ou outra estrutura ocular.
Esses ocorrências podem ter sido provocados pelo aumento da pressão no interior do crânio. Ou seja, dentro da cabeça do astronauta. Contudo, nenhum teve sintomas tradicionais como dor de cabeça crônica, visão dupla ou ouvido zunindo.
Os estudiosos acreditam que há outros fatores envolvidos --como o curso anormal do fluido espinhal em torno do nervo óptico ou do sangue na coroide --, mas não sabem ainda dizer quais são.

Degelo dos polos há 400 mil anos elevou mar em 13 metros, diz estudo


O gelo da Groenlândia e do oeste da Antártica derreteu totalmente há 400 mil anos, em uma época quente na qual o nível das águas subiu entre seis e 13 metros, e não 20 metros, segundo um estudo publicado na revista "Nature", divulgado nesta quarta-feira (14).
Os novos cálculos permitirão prever de forma mais precisa como a mudança climática atual afetará o nível das águas nos próximos anos.
A pesquisa analisou o gelo destas regiões e permitiu a obtenção de informações sobre as últimas centenas de milhares de anos, graças à paleoclimatologia, ciência que permite calcular melhor o impacto da mudança climática na superfície terrestre.
Até agora se imaginava que o nível das águas tinha subido mais de 20 metros, mas o último estudo concluiu que foram entre seis e 13, segundo análise feita por geólogos da Universidade de Colúmbia, em Nova York.
Foto tirada em 12 de julho e liberada pelo Greenpeace mostra seção no glaciar Petermann. Um pedaço gigantesco de gelo, de 260 quilômetros quadrados, se soltou da geleira na Groelândia.   (Foto: AFP)Derretimento do gelo de parte da Groenlândia (foto) e da Antártica causaram elevação do mar em até 13 metros há 400 mil anos, afirma pesquisa dos Estados Unidos.

Exemplos
Segundo os cientistas, estimava-se que no Pleistoceno, época na qual se produziram quatro glaciações intercaladas com períodos mais quentes, o nível das águas nas ilhas Bahamas e Bermudas aumentou mais de 20 metros em comparação com o atual, devido a uma alta das temperaturas. No entanto, os analistas estudaram o relevo litorâneo destes arquipélagos e concluíram que o crescimento das águas há 400 mil anos foi menor do que se pensava.

Na Antártica, onde em algumas áreas a massa de gelo alcança os 5 km de espessura sobre sua superfície rochosa, as geleiras se estendem além dos limites do continente e formam extensas camadas sobre as grandes baías do Oceano Antártico.
O aumento, segundo os cálculos de Maureen Raymo, paleoclimatóloga da Universidade de Colúmbia e autora principal do artigo, deve ter oscilado entre seis e 13 metros e aconteceu em grande parte porque as camadas de gelo da Groenlândia e da costa oeste da Antártica entraram em colapso, ou seja, derreteram totalmente.
Por outro lado, as camadas de gelo do leste do continente resistiram melhor ao aumento das temperaturas, já que nesta região a massa de gelo é maior e se comportou de forma mais estável frente às variações do clima ao longo da história.
Esta diferença entre regiões se deve ao fato de na Groenlândia e na costa oeste da Antártica "o clima não ser tão frio como ao leste e serem áreas mais próximas a um oceano de águas cálidas", explicou Maureen.


Catástrofe
Neste sentido, Maureen indicou que, embora suas estimativas sejam menores que as mantidas até agora, "um aumento do nível do mar entre seis e 13 metros na atualidade seria desastroso para nossa sociedade".

No presente, as camadas de gelo da Groenlândia e do oeste da Antártica são também as duas que derretem a maior velocidade, segundo diferentes medições realizadas por satélite, ressaltou Maurenn.
No entanto, como aconteceu no Pleistoceno, a camada do leste da Antártida volta a resistir melhor ao aumento global da temperatura terrestre, apesar dos geólogos continuarem preocupados com a perda de gelo ocorrida em suas regiões litorâneas nos últimos anos.

Cientistas russos planejam clonar mamute congelado por 10 mil anos

Cientistas russos anunciaram nesta quarta-feira (14) os planos de clonar um exemplar pré-histórico de mamute que esteve congelado durante 10 mil anos no território da república siberiana de Iacútia."Queremos realizar uma clonagem somática, ao inserir o material genético de um mamute que viveu há milhares de anos nas células de uma elefanta atual", disse um porta-voz Instituto de Ecologia Aplicada (IEA) da Sibéria à agência oficial "RIA Novosti".
A fonte detalhou que "as células-tronco serão transvasadas ao útero de uma elefanta que gestará o feto durante 22 meses para que nasça, esperamos, um filhote de mamute vivo".
Concretamente, as células do mamute em questão seriam inseridas em embriões de uma elefanta procedente da Índia, por ser seu parente genético mais próximo.
O porta-voz do IEA antecipou que as amostras genéticas serão extraídas do mamute no final deste ano, após o que serão enviadas à Coreia do Sul, onde a clonagem poderia tornar-se realidade dentro de vários anos.
Na clonagem do mamute que foi encontrada na inóspita tundra siberiana participarão cientistas russos, sul-coreanos e chineses.
Nesta semana a Universidade Federal do Nordeste da Rússia assinou o correspondente acordo com o controvertido cientista sul-coreano Hwang Woo-suk, da Fundação de Pesquisa Biotécnica de Seul.
Considerado então um pioneiro neste terreno ao clonar um cachorro em 2005, Hwang foi acusado em 2006 de falsificar testes científicos para confirmar suas ousadas teorias sobre clonagem humana. Em 2009, ele foi considerado culpado, mas não foi preso.
Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.
O segredo é encontrar tecido e células em bom estado em um animal que morreu, possivelmente de frio ou de fome, há milhares de anos.
A decodificação do DNA do paquiderme pré-histórico, que leva a informação genética sobre o animal, é um trabalho árduo que, em muitas ocasiões, termina em fracasso, sem encontrar uma única célula viva.
Os mamutes apareceram na África há três ou quatro milhões de anos, dois milhões de anos atrás emigraram para Europa e Ásia e chegaram à América do Norte há 500mil anos, passando pelo Estreito de Bering.
Para a ciência continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais começou a diminuir até a total extinção dos últimos exemplares siberianos há 3,6 mil anos.
A maioria dos especialistas estimam que os mamutes foram extintos devido a uma brusca mudança das temperaturas na Terra, embora há também quem atribua seu desaparecimento ao ataque de caçadores ou a uma grande epidemia.

Ossos achados na China podem ser de espécie humana desconhecida


Restos humanos de mais de 11 mil anos atrás, encontrados na China (Foto: Divulgação/PLoS One)
Restos humanos de mais de 11 mil anos atrás,
encontrados na China
Fósseis de pelo menos três indivíduos descobertos em uma caverna na China, e que datam da Idade da Pedra, pertenceriam a uma espécie humana até agora desconhecida, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira (14).
Os fósseis mostram que estes indivíduos tinham características anatômicas muito diferentes, uma mistura de traços humanos arcaicos e modernos, destacaram estes paleoantropólogos na revista científica americana "PLoS One".
Esses indivíduos viveram entre 11.500 e 14.500 anos atrás. É a primeira vez que os restos de uma nova espécie que viveu em um período tão próximo ao atual são encontrados no leste da Ásia, disseram os especialistas.
Estes fósseis são um raro aporte a uma etapa da evolução humana recente e ao começo do povoamento da Ásia.
Este grupo é contemporâneo aos humanos modernos (Homo sapiens) do começo da agricultura na China, uma das mais antigas do mundo, disseram os pesquisadores, liderados pelos professores Darren Curnoe, da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), em Sidney, Austrália, e Ji Xueping, do Instituto de Arqueologia de Yunnan (sul da China).Os paleoantropólogos foram cautelosos, contudo, em relação à classificação desses fósseis, devido ao incomum mosaico de características anatômicas que revelam.
"Estes novos fósseis poderiam ser de uma espécie até agora desconhecida, uma que sobreviveu até o final da Era do Gelo há cerca de 11 mil anos", disse Curnoe.
"Também poderiam descender das tribos de humanos modernos desconhecidos até agora, que emigraram da África muito antes e que não contribuíram geneticamente a populações modernas", acrescentou.
Os fósseis, que incluem crânios e dentes de, pelo menos, três pessoas, foram encontrados em 1989 em Maludong, ou Cova do Cervo Vermelho, na província de Yunnan, mas não foram estudados até 2008.
Um quarto esqueleto parcial tinha sido encontrado em 1979 em uma caverna no povoado de Longlin, na vizinha Região Autônoma Zhuang de Guangxi, mas permaneceu incrustado na rocha até ser finalmente extraído em 2009.
"Este descobrimento abre um novo capítulo na história da evolução humana -- o capítulo da Ásia -- e é uma história que apenas começa a ser contada", disse Curnoe.
Eles eram baixos, tinham o rosto achatado e dentes molares grandes, se alimentavam com carnes de veado, mas o crânio estava mais para um parecido com o dos homens modernos.
Concepção artística do homem pré-histórico que viveu na região que é atualmente a China
Concepção artística do homem pré-histórico que viveu na região que é atualmente a China

Telescópio flagra ‘hábitos alimentares’ das galáxias jovens


Pesquisadores do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto do qual o Brasil faz parte, publicaram nesta quarta-feira (14) uma imagem de estrelas “adolescentes”. Adolescência, no jargão dos astrônomos, é o período entre 3 bilhões e 5 bilhões de anos após o Big Bang – a explosão que deu origem ao Universo há pouco menos de 14 bilhões de anos, segundo a teoria mais aceita.
Os cientistas estão usando o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), instalado no Chile. O principal objetivo dessas pesquisas é descobrir como crescem essas galáxias.
No início dessa fase, as galáxias se “alimentavam” de correntes de gás. Mais tarde, a principal forma de crescimento mudou e passou a ser o "canibalismo" – ou a fusão – de galáxias menores.
Região da constelação da Baleia com uma seleção de galáxias, marcadas com cruzes vermelhas, utilizadas em pesquisa sobre os hábitos alimentares de galáxias jovens (Foto: ESO/CFHT)Região da constelação da Baleia com uma seleção de galáxias, marcadas com cruzes vermelhas, utilizadas em pesquisa sobre os hábitos alimentares de galáxias jovens

terça-feira, 13 de março de 2012

Rússia quer novas missões para modernizar setor espacial, diz jornal

A Rússia pretende, até o ano de 2030, enviar missões para a Lua, Marte, Vênus e Júpiter, desenvolver um novo foguete e modernizar seu setor espacial. As informações são do jornal "Kommerstant", que cita uma ambiciosa estratégia elaborada pela Roskosmos, a agência espacial russa"A Roskosmos não renuncia à exploração de outros planetas e prevê desenvolver uma série de missões par aprofundar o estudo da Lua, entre outras coisas, com robôs (incluindo trazer de volta à Terra mostras do solo), Vênus e Júpiter", explica o Kommerstant.
Segundo o documento obtido pelo jornal e que foi enviado na semana passada ao governo, a Roskomos pretende realizar até 2030 um "voo tripulado sobre a Lua seguido do envio de astronautas a sua superfície antes de trazê-los de volta à Terra", destaca o jornal.
"Além disso, a Roskosmos, em cooperação com sócios estrangeiros, pretende levar à Marte uma rede de estações científicas duradouras".
A agência espacial russa também deseja construir um novo foguete Angara, uma nova nave espacial para os voos tripulados e substituir as tecnologias soviéticas ainda utilizadas e que fracassaram diversas vezes ano passado.
Agência russa começou contagem para queda da sonda Phobos-Grunt. (Foto: STR / AFP Photo)Queda da Phobos-Grunt é um símbolo dos fracassos recentes do programa espacial russo
Em 2011, a Rússia fracassou no momento de lançar satélites, uma nave de abastecimento para a Estação Espacial Internacional (ISS) e sua primeira missão de exploração interplanetária em 15 anos, a sonda marciana Phobos-Grunt.
O cosmódromo Vostotchni (Extremo Oriente russo) deve estar pronto para os lançamentos de satélites em 2015.
O Kommersant afirma que a Rússia investirá até 2015 em tecnologias estrangeiras para modernizar o setor, antes de retornar a partir de 2020 essencialmente a componentes russos.

Stephen Hawking vai participar de episódio da série 'Big bang theory'


O físico Stephen Hawking (Foto: Bruno Fahy/AFP)
O físico Stephen Hawking
O físico britânico Stephen Hawking fará uma participação especial em um episódio de "The big bang theory", série de comédia norte-americana que gira em torno da rotina de quatros amigos nerds, de acordo com o canal CBS.
A emissora confirmou a presença de Hawking, portador de esclerose lateral amiotrófica, em um episódio, já gravado, que vai ao ar no dia 5 de abril nos Estados Unidos. Na cena, ele vai interagir com o personagem Sheldon Cooper, intepretado por Jim Parsons.
Bill Prady, um dos criadores de "The big bang theory", anunciou a participação dizendo que, "na verdade, não temos certeza de como conseguimos ele. É o tipo de mistério que só poderia ser compreendido por alguém como Stephen Hawking". A série já havia convidado o físico anteriormente, mas ele não pode participar por estar muito doente na ocasião.
Além de Hawking, também já apareceram em "The big bang theory" nomes como o astrofísico George Smoot, o físico Brian Greene, o co-fundador da Apple Steve Wozniak e o ator Leonard Nimoy (que interpretou o sr. Spock em "Jornada nas estrelas").

Veja foto de aurora austral entre a Antártida e a Austrália


É do astronauta holandês Andre Kuipers a foto tirada da aurora austral que, neste caso, é visível entre a Antártida e a Austrália (a aurora no Norte da Terra é chamada de boreal).
A imagem mostra ainda partes da ISS (Estação Espacial Internacional) em um clique feito no último sábado (10), que foi divulgado pela Nasa (agência espacial americana) nesta terça-feira (13).
O fenômeno de luzes de cores distintas é causado pela interação de ventos e poeira solar e o campo magnético terrestre.
Imagem da aurora austral, que ilumina o céu no sul do planeta, tirada pelo astronauta da estação espacial
Imagem da aurora austral, que ilumina o céu no sul do planeta, tirada pelo astronauta da estação espacial

segunda-feira, 12 de março de 2012

Radiação solar provoca tempestade magnética moderada na Terra


A Terra está enfrentando tempestades geomagnéticas “moderadas” nesta segunda-feira (12), segundo informações da Nasa. Elas foram provocadas por erupções solares ocorridas no último sábado.
Atividade do Sol no último sábado (10), quando ocorreu a última erupção (Foto: NASA/SDO/AIA)Atividade do Sol no último sábado (10), quando ocorreu a última erupção

Na escala de vai de G1 a G5 – onde G5 é o nível mais forte –, a atual tempestade geomagnética está no nível G2. Nessa intensidade, ela pode afetar as comunicações por rádio nas latitudes mais altas, o que faz com que as companhias aéreas desviem a rota de voos polares.No fim da semana passada, o planeta já tinha sido atingido por outra tempestade solar – a maior dos últimos cinco anos. As novas erupções vêm da mesma região da estrela, chamada de 1429.
Em períodos como esse, aumenta a ocorrência de auroras boreais e austrais. A radiação solar também pode afetar o funcionamento de satélites usados para comunicação e para orientação (GPS).

Restos mortais de pelo menos mil anos são encontrados no México


Antropólogos do México anunciaram que os restos mortais de 167 corpos encontrados em uma caverna no sul do Estado de Chiapas têm pelo menos mil anos de idade.
Fazendeiros encontraram os restos em um rancho a cerca de 20 quilômetros da fronteira com a Guatemala e chamaram as autoridades.
Inicialmente, quando os restos foram encontrados, os especialistas pensavam que se tratavam de restos com pelo menos 50 anos de idade.
Mas os antropólogos perceberam que os crânios tinham sinais de uma deformação típica de comunidades nativas que viviam na região há pelo menos mil anos. O Instituto Nacional de Antropologia do México informou que os restos são do século 8.
Os especialistas agora vão tentar descobrir o sexo, idade e grupo étnico de cada um dos restos encontrados.
Caveiras (Foto: Reprodução/BBC)Crânios encontrados em rancho têm ao menos mil anos de idade. 

Casa é atingida por suposto meteorito na Noruega


O telhado de uma casa em Oslo, capital da Noruega, foi atingido por pedaços de rocha que parecem ser um meteorito. A pedra caiu no domingo (11) e causou estragos na casa de Anne Margrethe Thomassen.
Pedra que seria uma meteorito se quebrou quando bateu no telhado (Foto: Reuters/Terje Bendiksby/Scanpix)Pedra que seria uma meteorito se quebrou quando bateu no telhado 
Rocha causou estragos na casa de Anne Margrethe Thomassen (Foto: Reuters/Terje Bendiksby/Scanpix)Rocha causou estragos na casa de Anne Margrethe Thomassen 

Morre cientista que descobriu o buraco na camada de ozônio


Frank Sherwood Rowland, em foto de 1989 (Foto: AP Photo/University of California Irvine, Arquivo)
Frank Sherwood Rowland, em foto de 1989 
Morreu no último sábado (10) o cientista responsável por descobrir o buraco na camada de ozônio. O americano Frank Sherwood Rowland, que era professor da Universidade da Califórnia, em Irvine, tinha 84 anos e sofria de mal de Parkinson.
Rowland ganhou o prêmio Nobel de Química em 1995 em parceria com Mario Molina e Paul Crutzen por seus estudos sobre a camada de ozônio. Eles explicaram como o ozônio na atmosfera é decomposto pelo clorofluorcarbono (CFC), uma substância que era usada em aerossóis na década de 1970.
Antes da descoberta, o produto era considerado “limpo”, sem riscos ao meio ambiente. Porém, anos depois, os buracos na camada de ozônio sobre as regiões polares deixaram clara a importância do trabalho de Rowland e seus colegas. O CFC foi banido por uma resolução das Nações Unidas e ele caiu em desuso durante a década de 1990.
A camada de ozônio filtra a radiação ultravioleta do Sol, que é nociva à pele. O buraco na camada aumenta o risco de câncer de pele nas regiões que ficam mais expostas a essa radiação.

Micro-organismo unicelular é o ser vivo mais rápido do mundo


Cientistas da Universidade Regensburg, na Alemanha, descobriram que o ser vivo proporcionalmente mais rápido do mundo é a arqueia, um tipo de micro-organismo unicelular capaz de percorrer em um segundo uma distância 500 vezes superior ao seu tamanho.
O guepardo, que pode alcançar a velocidade de até 110 km/h, é considerado o animal mais rápido do planeta, mas em relação ao seu tamanho, o ser vivo mais veloz é, com uma medida de apenas 0,0001 milímetro, afirmaram os biólogos.
As arqueias mais rápidas são capazes de percorrer uma distância de até 500 bps (sigla em inglês de "bodies per second", ou "corpos por segundo").
Segundo estes cálculos, para superar estes micro-organismos unicelulares, o guepardo teria que ter uma velocidade de mais de 3.000 km/h, já que seus 110 km/h correspondem somente a cerca de 15 bps.
A exorbitante velocidade não é o único fato excepcional sobre as arqueias, mas também seu exótico habitat, afirmam os cientistas.
Os micro-organismos se encontram principalmente próximos de emissões vulcânicas, ou seja, fontes de até 400ºC no leito oceânico.
As arqueias dependem precisamente da velocidade para poder se manter de forma permanente nas águas a uma temperatura de cerca de 100ºC.
Se fossem mais lentas, poderiam ser arremessadas pelo jato de água das emissões até a superfície do oceano, com temperaturas mortais de apenas 2ºC.
Os cientistas fizeram outro surpreendente descobrimento. As arqueias não se caracterizam apenas por sua inigualável velocidade, mas também por variar seu movimento. Eles são aptas a se movimentar tanto em linha reta como em ziguezague.
Para o professor Reinhard Wirth, do departamento da Universidade de Regensburg que estuda as arqueias, esta capacidade de variar a forma de deslocamento permite a estes velozes micro-organismos detectar as condições de água ideais.