sexta-feira, 16 de março de 2012

Instituto aponta erro em estudo que achou partícula mais rápida que luz

Os neutrinos medidos pelo experimento Ópera, que sacudiu o mundo científico em setembro de 2011, não são mais rápidos que a luz, segundo os cálculos realizados por uma equipe independente.O anúncio foi feito nesta sexta (16) pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), instituto onde são feitos os experimentos dessa área. "Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", afirma o comunicado.
No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o Cern, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.
Segundo a teoria de Einstein, na qual os cientistas hoje se baseiam, nada que tenha massa pode ser mais veloz que a luz. Se estivesse correta, portanto, a pesquisa mudaria os parâmetros da física. Até por isso, os resultados foram recebidos com ceticismo na comunidade científica.
A pesquisa publicada nesta sexta não é a primeira a questionar os resultados obtidos em setembro. Em 22 de fevereiro, o site da revista "Science" já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão.
"Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".
Segundo a "Science", os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.
Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a revista.

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