Cientistas constatam aceleração do derretimento em glaciar na Patagônia
A geleira Jorge Montt, localizada no Campo de Gelo Sul da Patagônia chilena
retrocedeu um quilômetro em um ano devido ao aquecimento global e às condições
oceanográficas, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Centro
de Estudos Científicos do Chile.
“Quase todas geleiras da região têm experimentado perdas de áreas por conta
do aquecimento global. O glaciar Jorge Montt é o que registrou maior
retrocesso”, disse Andrés Rivera, durante a apresentação da pesquisa.
A investigação científica evidenciou que a estrutrura do glaciar de 454 km²
“é uma das que apresentaram uma maior perda de tamanho e mais acentuada
regressão no Hemisfério Sul”.
Além disso, o recuo da geleira Montt significou mudanças na geografia do
Campo de Gelo Sul, que tem 13 mil km² e é a terceira maior superfície congelada
do planeta, atrás apenas da Antártida e da Groelândia.
Durante a década de 1990, a geleira Montt retrocedeu cerca de 7 km, mas desta
vez, o degelo acelerou, o que produziu um grande número de icebergs, acrescentou
Rivera. A pesquisa foi realizada entre fevereiro de 2010 e janeiro deste ano,
tempo em que foram feitas 1.445 fotografias por meio de duas câmeras instaladas
perto do glaciar, com quatro disparos diários.
Imagem
mostra glaciar Jorge Montt, na Patagônia chilena. Estudo afirma que geleira está
retrocedendo rapidamente devido ao aquecimento global.
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