Levantamento divulgado nesta segunda-feira (12) pela organização ambiental
WWF aponta que no ano passado cientistas descobriram 207 espécies de plantas e
animais na região do Grande Mekong, rio que corta seis países do Sudeste
Asiático como o Camboja, a China, Laos, Miannmar, Tailândia e Vietnã.
De acordo com o documento, entre 1997 e 2009 cientistas encontraram 1.376
novas espécies na região. Apenas em 2010 foram 145 plantas, 28 répteis, 25
peixes, sete anfíbios, dois mamíferos e uma ave.
Descobertas
Entre os animais encontrados está o lagarto-gecko-psicodélico (Cnemaspis psychedelica), encontrado em uma província do Vietnã. Sua diversidade de cores inspirou o nome da espécie endêmica de uma das ilhas do Grande Mekong, com densa cobertura florestal.
Entre os animais encontrados está o lagarto-gecko-psicodélico (Cnemaspis psychedelica), encontrado em uma província do Vietnã. Sua diversidade de cores inspirou o nome da espécie endêmica de uma das ilhas do Grande Mekong, com densa cobertura florestal.
Lagarto-gecko-psicodélico encontrado na região do Grande
Mekong, no Sudeste Asiático. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)
Outras espécies que foram encontradas são um macaco endêmico de Mianmar
(Rhinopithecus strykeri) e um lagarto que se reproduz por meio de
auto-clonagem, sem a necessidade de um réptil macho (Leiolepis
ngovantrii)
Espécie
de lagarto (Leiolepis ngovantrii) que se clona e descarta a reprodução com
exemplares machos. (Foto: L. Lee Grismer/WWF/Reuters)
Segundo o relatório, esta taxa de descoberta mostra que a região é uma das
últimas fronteiras que abriga espécies desconhecidas no planeta. Entretanto,
enquanto o encontro de novos exemplares de aves, mamíferos ou plantas destaca a
biodiversidade da região, outras espécies estão fragilizadas devido à pressão do
homem.
O WWF afirma que a população de animais como o tigre (Panthera
tigris) caiu 70% em uma década e a extinção do rinoceronte-de-Java
(Rhinoceros sondaicus) no Vietnã, em 2010, “são urgentes lembretes de
que a biodiversidade está se perdendo em um ritmo alarmante.
Por isso, a instituição cobra ações conjuntas destes países para evitar a
perda dos habitats. “As nações não podem resolver efetivamente estes problemas
pensando apenas dentro de suas próprias fronteiras”, informa o documento.
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