O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e
pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair
até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na
temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem
ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra
aumenta.
As estimativas são de que o mundo deve aquecer mais de 2 º C esse
século devido ao crescimento das emissões de gases do efeito estufa.
Os compromissos globais existentes atualmente para cortar o dióxido de
carbono e outros gases do efeito estufa são vistos como insuficientes
para impedir o aquecimento do planeta além de 2º C, um limiar que deve
provocar um clima instável com freqüentes condições meteorológicas
extremas, segundo cientistas.
“Essa pesquisa mostra que as mudanças mais prováveis na atividade solar
não terão um grande impacto nas temperaturas globais, nem farão muito
para reduzir o aquecimento provocado por gases estufa que nós
esperamos”, disse Gareth Jones, cientista que detecta mudanças
climáticas no Escritório Meteorológico.
“É importante notar que este estudo está baseado em um modelo climático
único, em vez de modelos múltiplos que pudessem captar mais incertezas
do sistema climático”, ele adicionou.
Durante o século 20, a atividade solar aumentou para um nível máximo.
Estudos recentes sugerem que esse nível já atingiu um fim ou está se
aproximando dele.
Os pesquisadores usaram esse nível máximo como ponto de partida para
projetar possíveis mudanças na atividade solar ao longo deste século.
O estudo também mostrou que, se a radiação solar cair além do patamar
atingido entre 1645 e 1715 – chamado de mínimo de Maunder, quando a
atividade solar atingiu valor o mínimo já observado – a temperatura
global cairia 0,13 º C.
"O cenário mais provável é que vamos ver uma redução geral da atividade
solar, em comparação com o século 20, que faça com que a radiação caia
para os valores do mínimo Dalton (atingido em cerca de 1820)", disse
Mike Lockwood, especialista em estudos de energia solar na Universidade
de Reading.
"A probabilidade da atividade cair aos níveis do Mínimo de Maunder - ou
mesmo voltar para a alta atividade verificada no século 20 - é de cerca
de 8%”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário